Para Sempre Shadow-Kissed escrita por liljer


Capítulo 9
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Opá! Olá, como estão...
Bem, o capítulo foi mais cedo, mas não conta, já que é quase sábado. E... Gente, obrigada, mesmo. Vocês são muito demais.
E lembrem-se, assim que terminarem de ler esse capítulo... Não me matem. Porque até eu quis me matar com esse capítulo... Mas deixa quieto. Isso já é Spoiler.
Vou dedicar esse capítulo à Annia, porque tipo... Eu disse que eu ia recompensar ela, mas acabei não cumprindo, exatamente...
Bem, boa leitura, divirtam-se, e lembrem-se, não me matem.



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Eu deixei a luz da lua entrar pelos meus poros, como se ela pudesse, algum dia, fingir ser o sol. Eu sentia falta do sol. O que era obvio. E enquanto esperava Lissa e Avery, do lado de fora de uma das lojas Moroi, que eu fiz questão de não entrar, por que me bastava os olhares de reprovação dos Moroi, eu me sentei nos bancos, encarando o céu.

Ser deslocada começava a me incomodar como o inferno. Então, eu suguei uma excelente quantidade de ar, e fechei meus olhos, me lembrando de como era ter o sol entrando por meus poros. Até que de repente, eu senti a temperatura mudar um pouco ao meu lado. Eu abri meus olhos e me virei para ver Dimitri sentado nos bancos do lado de fora da loja. Ele sorriu levemente.

– Você não sente falta do sol? – eu perguntei, ainda olhando para ele. Ele fechou os olhos, e arqueou sua cabeça para cima, fazendo seu cabelo que estava fora do seu rabo de cavalo cair para trás. Eu me senti hipnotizada, enquanto assistia. Meu peito formigou.

– Às vezes, quando tenho sorte, eu posso ver o Sol, Rose. – ele disse, de repente, virando seu rosto para mim, seus olhos escuros, quentes.

– Eu já acredito que enquanto eu estiver aqui, eu não posso. – eu disse, dando de ombros.

– Se você não gosta daqui, porque continua? Porque acha que ficar aqui vai resolver alguma coisa? Você nem sequer acha que sua amizade com Lissa ainda exista. – Eu senti o ultraje, e logo, minhas bochechas arderem com as palavras duras dele, então, ele respirou fundo, fechou seus olhos e se levantou, me estendendo uma mão para eu levantar também. Eu hesitei, depois a peguei, me levantando. Eu podia sentir a conexão entre nós, assim como o desconforto. Assim como eu também sabia que existia lógica ali. Eu não queria continuar na Corte, ainda mais, quando Lissa e eu não estávamos tão bem. Diabos, eu ainda me segurava para não bater em Avery. Mas os pensamentos foram embora, enquanto nós nos distanciávamos das lojas, e caminhávamos para perto de um jardim, ali.

– Para onde estamos indo? – murmurei, me sentindo desconfortável.

– Ginásio. – ele disse, com aquele ar de “alias” que eu odiava quando ele usava.

– Você quer dizer... Treinar? Você vai treinar? – questionei. Ele sorriu.

– Quando eu quero ficar longe das pessoas, eu costumo vim para cá. – ele disse, abrindo a porta do pequeno prédio, eu entrei logo atrás dele, ainda esperando ser recebida por um soco ou só Deus sabe-se o que mais...

– E porque me trouxe aqui? – eu perguntei tão instantaneamente, que quase me odiei. Dimitri me olhou por cima do seu alto ombro.

– Você queria ser uma guardiã antes, não queria? – perguntou ele, tirando o seu casaco gigantesco. Ele usava por baixo uma camisa cinza. Ele caminhou até uma porta, e desapareceu, enquanto eu me encostava à parede, depois de tirar meu casaco. Ele surgiu, vestindo uma camiseta sem mangas e calças de treino. Eu me senti arfar, enquanto me desencostava da parede e caminhava até o meio do ginásio. – Lá tem calças femininas, acho que alguma deve caber em você.

Eu assenti, enquanto caminhava pela porta de onde ele havia saído, encontrando uma grande extensão de armários, e uma calça dobrada. Ela era preta, e menor do que eu esperava. Mas mesmo assim, eu a vesti, sentindo-a muito justa.

Caminhei para fora, encontrando Dimitri se alongando. Ele acenou, enquanto eu me juntava a ele.

– Você não espera que eu vá treinar com você, não é? Eu nem sequer fiquei no colégio... Não tem como. E de qualquer forma, não tem como eu me formar numa academia novamente. Já que eu sou velha demais para isso. – eu tagarelei, enquanto esticava minhas pernas, Dimitri sorriu de forma exasperada.

– Nunca é tarde demais, Rose. – ele disse, eu então, parei e o encarei.

– Não? Eu não quero me tornar minha mãe. Quero dizer... Eu não pude estar lá naquela época, não posso agora. Eu não vou abrir mão do que eu já não tenho para me colocar na frente de mais ninguém...

– Nem na frente de Lissa? – ele perguntou, parando também, e se aproximando, enquanto cruzava seus braços musculosos sobre seu peito não tão diferente. Eu tentei me concentrar no seu rosto, mas bem... Diabos! Aquilo não ajudou.

– Chame de egoísmo ou como quiser... Mas eu não quero isso para mim. – eu disse, seus olhos me estudaram por algum instante.

– Você não gosta quando as pessoas te olham estranho. – ele disse, aquilo não foi uma pergunta, mas eu me senti na obrigação de responder.

– Eu sou uma estranha aqui. Entenda isso. Eu não vou matar Strigois. No mundo real, Strigois não aparecem assim. – Deixei meus braços caírem ao meu lado, e então, suspirei barulhentamente. – Eu acho melhor eu ir embora... 

– Você está morrendo de raiva, por isso eu te trouxe aqui. – ele abriu seus braços, apontando para o nosso redor.

– Se eu bater em alguns bonecos, minha raiva passa? – eu disse, zombeteira. Ele sorriu exasperado.

– Porque não? – ele questionou, indo até um dos cantos e pegando dois pares de luvas. Ele me passou um par, e eu o coloquei sem muita demora.

– Eu poderia te socar? – eu perguntei inocentemente, ele arqueou uma sobrancelha de forma legal.

– Você está com raiva de mim? – ele manteve sua sobrancelha arqueada, eu coloquei minhas mãos nos meus quadris.

– Mas é claro! – eu disse, de forma obvia. Ele parou de pé, e me encarou ainda mais. Dessa vez, divertido.

– Por quê?

– Você não me beijou hoje de manhã. Nós dois dormimos na mesma cama, e nem sequer você me deu um beijo. Não é pedir demais, já que meu quarto está cheirando a você, e você queria me beijar. E bem... Eu também queria te beijar. – eu tagarelei. Então, enquanto eu esperava alguma coisa como um raio cair na minha cabeça, ou ele dizer que eu estava louca, que isso nunca iria acontecer, Dimitri riu. Ele gargalhou tão graciosamente, de forma que sua cabeça foi para trás, me fazendo corar, instantaneamente. Eu me mexi desconfortável, mudando meu peso para outra perna, então ele parou, me encarando com aqueles olhos escuros.

– Você falou sério? – ele perguntou de repente. Eu senti uma pontada de raiva, substituindo o embaraço.

– Sobre o que diabos!?

– Sobre estar com raiva de mim? – diabos, ele era idiota ou o que? Não era como se eu tivesse acabado de dizer que ele não tinha me beijado, e ele perguntou se eu estava com raiva dele? Era obvio que eu estava. Eu suspirei, passando a mão no meu cabelo, enquanto juntava tudo em um coque péssimo e o prendia. Seus olhos seguiram meu movimento, enquanto eu pensava em alguma coisa inteligente e La Rose Hathaway para dizer.

– Ok. – eu disse, depois de prender meu cabelo. – Vá à merda, Belikov.

Tão instantaneamente, eu caminhei até ele e esmurrei seu ombro, ele deu um passo para trás, desprevenido. E eu sorri.

– Não é tão fácil te pegar de guarda baixa, uh? – zombei.

– Não é como se você fosse alguma ameaça. – ele sorriu, levantando suas mãos, enquanto eu começava a socá-las, enquanto treinávamos alguns golpes de boxe misturado com alguns outros chutes que eu havia aprendido na academia há anos atrás. – Você é rápida.

– Você é o guardião. Você devia ser rápido. – eu bufei, e antes que eu fechasse minha boca, ele nos inverteu de posição, me prendendo contra seu corpo, e fechando seu braço ao redor do meu pescoço. Eu tentei-lhe acotovelar.

Depois de eu espernear, eu pude notar o quão bem nossos corpos se encaixavam. O quão bem ele cheirava, e o quão com vontade de beijá-lo eu estava. Eu reprimi um gemido frustrado, e então, Dimitri nos virou, me prendendo contra a parede, seu braço ainda contra meu pescoço, ele estava numa posição que o deixava mais ou menos na minha altura. Eu podia sentir seu cheiro e respiração contra minha pele.

– Você realmente falou sério? – ele sussurrou, sua voz carregada, e meu coração batendo tão rápido que por um instante, pensei que ele iria sair pela minha boca. Eu não precisei de mais nada para entender do que ele estava falando.

– Sim. – eu disse, com dificuldade, seu braço se afrouxou contra meu pescoço, eu me permiti respirar muito pouco, sem demonstrar muito como eu estava me sentindo. – Eu queria que você tivesse me beijado. Eu queria que você... Eu não sei. Diabos, eu não sei–

Antes que eu pudesse dizer mais alguma coisa, seus lábios estavam nos meus. Eu me senti arfar, enquanto eu permitia que meus olhos se fechassem e meu braço fosse para seu pescoço, puxando-o para mim, e minha outra mão, instantaneamente fosse para suas costas, agarrando sua camisa e minhas unhas cravando em suas costas também. Sua mão estava no meu cabelo, me puxando para ele e soltando-o do meu coque já destruído e a outra estava na minha cintura.

Deus, Dimitri beijava tão bem. Eu me senti perdida, como se a qualquer momento, meus joelhos fossem ceder, e eu, definitivamente, acreditei que isso fosse acontecer, à medida que eu me sentia pressionar ainda mais contra ele e ele responder tão bem quanto possível. Sua mão estava logo, debaixo da minha camisa, deslizando por minha pele e mandando ondas de arrepios por sob minha pele. Sua mão se fechou em um dos meus seios, por cima do sutiã. Eu me odiei por não estar usando um melhor. Enquanto eu suspirava contra seus lábios.

– Roza... – ele suspirou contra meus lábios, enquanto ainda acariciava meu seio. Eu senti minhas unhas cravarem contra sua pele, o puxando para mim e sentindo a extensão da sua excitação, à medida que ele se apertava contra mim.

“Por favor, não pense no quão grande Dimitri é...” – eu pensei.

– Não podemos... – eu murmurei quando sua mão foi para minhas costas, abrir meu sutiã. – Não... Não aqui.

Ele se afastou, nossas respirações ofegantes. Ele cambaleou para trás, enquanto eu lutava mentalmente para não puxar ele de volta para mim.

– Roza... – ele suspirou, passando a mão pelo seu cabelo. Eu sorri doente. – Eu sinto muito.

– Não sinta... – eu balbuciei, enquanto caminhava até o meu casaco perto da porta e o vestia, saindo do ginásio. Me sentindo terrível.


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Notas finais do capítulo

Olha, vou dizer nessa também: Aceitamos recomendações. Mesmo achando que eu não tô merecendo. Mas eu tenho a cara de pau. =)
Boa semana, e finalzinho desse. Até a próxima. Beijos.