Para Sempre Shadow-Kissed escrita por liljer


Capítulo 10
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Já dizia-se uma lenda: Eu sem escola, não dá muito o que preste no tempo livre. ô Mas é melhor do que deixar tudo e ser oficina para o diabo!
Enfim, olá! Hoje é sexta, mas do jeito que meus sábados vão, vai ser uma dificuldade para postar, então, vou postar na sexta, mesmo.
Annia, obrigada pela recomendação, eu fiquei soltando fogos de artifícios, tanto que levou ao meu pai pensar que eu tinha tido algum ataque do coração, ou tava tendo uma convulsão. Enfim. Obrigada.
Dedico o capítulo para todas vocês. E espero que gostem.
Boa leitura! ô



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– Você é tão estúpida! – eu resmunguei para o espelho, enquanto eu o penteava depois de um banho. Eu me sentia estúpida! Diabos, eu era! Porque eu havia dito a Dimitri que eu queria que ele me beijasse?! Porque eu havia beijado ele?! E mais... Nós quase tínhamos transado num ginásio. – Você é estúpida... – repeti. – Não é como se eu não tivesse problemas o suficiente, agora, eu tinha que lidar com Dimitri.

“Rose... Eu preciso te ver.” a voz mental de Lissa me puxou dos meus resmungos de como eu tinha que lidar com toda a minha vida. O que havia sido bom, para variar. Eu prendi meu cabelo em um rabo de cavalo, e corri para o prédio de Lissa. Sentada no chão, imersa aos livros. Eu lutei para não soltar nenhuma piadinhas, mas o que aconteceu a seguir, me chocou ainda mais.

– Hey, onde está a Vadia-Lazar?! – eu perguntei, me sentado no chão, junto à ela. Lissa me lançou um olhar de reprovação.

– Avery tinha que resolver algumas coisas fora, com o pai. – ela disse, com desgosto.

– Só assim para ela sair da sua cola. Ela deve está torturando alguém.

– Rose... – ela balançou a cabeça, exasperada, e então, eu lhe sorri, inocentemente.

– Você me chamou? – perguntei, dando uma olhada nos livros sobre a pequena mesa. Lissa suspirou ao meu lado.

– Sim. Nós duas não tivemos chances de conversar, desde que você voltou. – ela disse, apertando minha mão, levemente.

– Você sempre esteve ocupada demais com o seu mundo de “sou-uma-princesa-com-meus-melhores-amigos-Usuários-de-Espírito”. Não sentiu minha falta. – dei de ombros.

– Rose... Eu pensei que vocês poderiam se dar bem, também. – Lissa murmurou, usando aquele tom desapontado, eu reprimi um gemido.

– São seus amigos, Liss. Eu não fiquei tempo o suficiente com você, como eles... – eu disse, diplomaticamente, e derrotada.

– Você esteve mais comigo do que qualquer um deles, nesses últimos anos. Não diga isso... Você sabe que as coisas não são à toa. Sempre há um propósito.

– Eu não acho que haja um “propósito-superior” nisso, Liss. – enfatizei as aspas, no ar. Lissa suspirou, o tipo de suspiro derrotado demais para me mandar para o inferno. Talvez por que ela fosse uma garota educada demais para isso. – Hey. Como está você e o Christian? Eu soube que ele foi domesticado...

Lissa sorriu, deixando de lado aquela tristeza que eu havia sentido através do laço. Eu podia ver a melhora em só pronunciar o nome de Christian. Ela o amava, o que era obvio para nós duas.

– Nós estamos bem. – ela sorriu. – Estivemos discutindo sobre comprarmos um apartamento ou uma casa aqui na Corte. Ou próximo à faculdade.

– Seria uma boa ideia. É melhor do que ficar em prédios separados. Só lembre-se de se certificar de que ele não coloque fogo na casa. – Lissa riu, e algo bom e familiar se remexeu dentro de mim. Eu senti a falta dela mais do que eu havia me permitido admitir.

– Avery acha que não é uma boa ideia eu me mudar para morar com Christian. Ela acha que talvez não fosse seguro vivermos juntos. Pelo fato da família dele ter tido toda aquela história. Faria mau para mim...

– Realmente? – eu cerrei meus punhos – Avery não tem absolutamente nada a ver com a sua vida. Ela não pode sair por aí dando palpites. E se não for eu a derrubá-la, outra pessoa vai. Ela é uma vaca total!

– Ela me lembra a antiga você. – Lissa murmurou, encarando os livros.

– A antiga Rose não existe mais. Eu mudei, Lissa. Eu cresci... Você não pode se prender a uma suposta lembrança de mim. Eu não sou Avery, eu não sou mais tão vaca quanto ela. Eu sou Rose, aquela que divide um laço com você. Que queria ter se tornado sua guardiã, mas você já tem um guardião bom o bastante... – eu hesitei, me lembrando de Dimitri. Mas juntando todas as minhas forças, para continuar – mas não significa que eu não vou tomar conta de você, ou vou querer o melhor para você. Sua felicidade. E ao que parece, não é o que Avery quer. Ela quer uma garota rica, princesa, como aliada.

Lissa piscou, me encarando com aqueles grandes olhos verdes típicos dos Dragomir, cheios de lágrimas. Então, tão de repente, Lissa jogou seus braços sobre mim, me desarmando completamente.

– Oh, Rose! Eu senti tanto sua falta... – ela chorou no meu ombro, e então, eu permiti descansar minha cabeça no seu próprio ombro, sentindo as lágrimas virem. Me sentindo de repente tão feliz.

– Eu estou aqui agora, não estou? – Lissa balançou sua cabeça, ainda soluçando – então acalme-se e pare de chorar. Eu não vou a lugar algum.

– Você promete? – ela se afastou para me olhar. Eu senti um amargo no meu peito. Eu sabia o peso de uma promessa. Eu sabia que eu havia quebrado promessas o suficiente ao decorrer dos anos. E, diabos, eu havia quebrado uma promessa com Lissa. Eu não podia quebrar outra.

– Eu prometo. – eu disse, sem hesitar. – Eu sempre vou cuidar de você.

– Oh, hey! Sinto muito. – a voz embaraçada de Christian soou, ele estava parado na porta, nos encarando.

– Tudo bem. – eu sorri para ele.

– Você está bem? – ele perguntou, enquanto caminhava até Lissa, que enxugava as lágrimas de suas bochechas.

– Sim. – Lissa sorriu, o tipo de sorriso que eu não via há muito tempo. – Eu estou bem agora.

Christian Ozera se abaixou e sentou-se ao lado dela, abraçando seus ombros, enquanto ela reencostava sua cabeça em seu ombro. Ele sussurrou coisas doces no ouvido dela, que graças a Deus, eu não havia escutado. Lissa sorriu, enquanto eu me levantava.

– Acho melhor deixá-los um pouco sozinhos. Não quero presenciar a fabricação de novos Dragomirzinhos. – Lissa corou instantaneamente, mas Christian sorriu de forma arrogante, como ele sempre fazia.

– Oh, assim é bem melhor. – ele piscou para mim, ainda usando aquele tom de sarcasmo.

– É sempre bom te ver, Ozera. – eu acenei. Então, eu caminhei até a porta, mas logo, Lissa me chamou, eu me virei para encará-la.

– Hey... Rose... Eu sei que vou te ver amanhã, mas... – ela hesitou.

– Mas o que?

– Eu só queria dizer, depois de tudo o que aconteceu... Bem, não quero que nunca mais a gente se separe desse jeito. Eu quero dizer, eu sei que não podemos ficar juntas a cada segundo – e que é meio bizarro mesmo – mas nos ligamos por uma razão. Fomos feitas para cuidar uma da outra e estar lá uma pela outra.

Eu sorri para ela, enquanto fechava a porta atrás de mim, me sentindo contente demais. Mas toda a minha felicidade se foi, quando meu celular tocou no meu bolso. Fazia muito tempo em que eu o havia guardado, e vê-lo tocar, foi algo novo. Como se algum tipo de milagre. Então, quando eu olhei para o identificador de chamadas, eu me senti hesitar completamente. Tratava-se de Braddy, meu ex-namorado humano.

Eu me escondi no primeiro lugar que achei prudente. Enquanto apertava o telefone tão apertadamente contra minha orelha. Eu sabia que algo muito provavelmente havia acontecido, mas não significava que eu queria saber o que era. Era uma atitude covarde, mas ainda assim, eu estava indo bem, enquanto Braddy esteve afastado de mim. Eu suspirei, enquanto, tomando uma boa quantidade de ar, eu atendi o botão verde.

– Braddy? – eu exigi.

– Rose! Oh, Deus! Eu estive preocupado. Onde você está? – ele perguntou, parecia histérico, e eu não me sentia tão diferente dele.

– Eu voltei para casa. – eu disse, ainda que sentisse um desconforto em minha voz, eu não precisava especificar o tipo de casa em que eu estava. Por Deus, aquela não era minha casa.

– Você pode sair? Quer dizer... Você não está trancafiada, não é?

– Não. – eu senti minha mandíbula se cerrar. Alguns Moroi passaram por mim naquele momento, em suas conversas estranhas sobre alguma coisa a ver com a maldita rainha. Eu não liguei. Quero dizer. Bem, eu não estava num estado que pudesse ligar para fofocas. – O que aconteceu?

– Eu preciso te encontrar, Rose. – ele disse, relutante. Eu não consegui me evitar hesitar. Enquanto me agitava estranhamente. O que de mal poderia acontecer? Braddy nunca me machucaria. Ele nem sequer sabia onde eu estava. Não era nenhum problema. Eu suspirei.

– Onde? – perguntei sem hesitar. Caso eu parasse para pensar muito, eu hesitaria.

– Hoje à noite. – ele disse nervosamente. – Agora, praticamente...

– Oh, bem... – eu hesitei daquela vez. – Onde?

– Em frente àquele deposito, perto daquele colégio luxuoso, que tem perto. – Perto da Corte. Eu corrigi mentalmente.

– Bem, não vai ser nenhum problema. Há um restaurante perto... Bem, mais distante e mais seguro do que em frente à um deposito. – eu disse, minha voz mais dura do que eu realmente me sentia. – Você ainda não confia totalmente em mim, não é? – ele questionou, eu senti um nó nos meus dedos.

– Não. – eu disse, sem hesitar. – Eu não confio, mas eu não posso fazer tanto por você. Seria melhor se você me dissesse o que quer, mas eu não tenho medo de você. Isso significa que sim, eu vou encontrar você.

Eu escutei um longo suspiro do outro lado da linha, me perguntando se eu poderia chegar a tempo lá. Eu podia ver as engrenagens na minha mente trabalhando arduamente, mas eu me forcei a não pensar no passado. Braddy era algo que eu deixaria para trás, definitivamente essa noite.

Eu me peguei correndo pelos jardins da Corte Moroi, enquanto não pensava direito no que eu poderia estar a vir a fazer. Diabos, eu não devia fazer isso... Minha mente dizia, de forma repreensiva, como uma mãe. Então, eu tentei ao máximo ignorar. Eu golpeei a porta à minha frente com força total, como se eu pudesse derrubá-la. Diabos, eu ficaria feliz se eu quebrasse.

– Oh, hey! Algo aconteceu com Lissa? – ele abriu a porta, estava molhado. Diabos, Dimitri estava lindo naquelas calças de pijama. Mas eu ignorei, o melhor que eu pude, para não dar uma boa espionada.

– Não. Lissa está bem. Bem... Você poderia me ajudar com uma coisa? – eu disse, enquanto entrava no simples quarto. Dimitri enxugou seu cabelo molhado com a toalha que carregava no ombro, ele parecia preocupado de repente.

– O que aconteceu? – ele perguntou, enquanto pegava uma camisa sobre a cama, e a vestia habilidosamente. Eu me perguntei se ele tiraria ela tão mais rápido.

Não pense..., a voz veio na minha mente.

– Você poderia, por favor... Me emprestar seu carro? – eu sorri, o mais doce que eu consegui, mas eu sabia que eu estava suada, e terrível demais para conseguir algum efeito válido. Dimitri estreitou seus olhos, enquanto arqueava uma sobrancelha.

– Para que você quer meu carro? – perguntou ele.

– Diabos! Para assaltar um banco e colocar a culpa em você! – eu exclamei. – Eu preciso fazer umas coisas fora da Corte. Eu não sei se você se lembra, mas eu sou uma classe baixa, ou seja, eu não tenho carro. E você foi a primeira pessoa em que eu pensei. – obvio, já que ele era a única pessoa que eu pensava...

– Para onde vai? – perguntou ele, depois de me estudar por uns instantes.

– Encontrar com uma pessoa. Olha Dimitri Se você não quiser tudo bem... Eu posso dar um jeito, ou ir andando, tanto faz.

– Tudo bem. – ele disse solenemente. Por um instante, eu me perguntei se era sobre eu ir andando, me sentindo indignada. – Mas uma condição... – ele continuou, me fazendo, dessa vez, arquear uma sobrancelha – eu não vou deixar você dirigir meu carro, Rose. Então, eu te levo.

– Oh, merda! – eu xinguei.



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