RESURRECCIÓN - La Experiencia escrita por ConstançaAconstante


Capítulo 8
Capítulo Três e Meio - Choco, Morango e... Credo!


Notas iniciais do capítulo

Ok... eu sou uma grande fdp por demorar tanto assim para postar... -.-'. MAS EU JURO QUE VOU TERMINAR ESSA FANFICTION ANTES DO FIM DO MUNDO!!! POR FAVOR NÃO ME MATEM NEM DEIXEM DE ACOMPANHÁ-LA!!
Sei que todo mundo dá essa desculpa de que tem muito trabalho da escola e tals... MAS PORRA! É VERDADE MESMO! Eu tenhos uns quatro-cinco trabalho pra entregar no começo do próximo mês! E isso tá simplesmente um saco. ODEIOO A ESCOOOLAAAA!
E claro, também veio a onda de preguiça, e logo depois, a de falta de inspiração... T.T
Mas prometo tentar não demorar demais da próxima vez! XD
Gomen, minna.
Espero que gostem!



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— Então é isso, Ulquiorra-sa-...-kun", se manteram em silêncio por um tempo. Orihime: não tinha mais o que dizer. Ulquiorra: não era exatamente alguém falante... E mesmo com explicações kilométricas, o único que faria seria assentir.


Caminhavam agora por um parque todo movimentado, procurando um lugar para sentar – ideia de Orihime. Mas antes, haviam passado por uma vitrine que exibia os mais deliciosos chocolates. É óbvio que a menina não resistiu, comprou o maior que havia para ela e Ulquiorra dividirem.



— Olhe! Esse banco está vazio. Vamos nos sentar... — Assim feito, e puseram-se cada um a pensar com seus botões, até que... — Ah, Ulquiorra-san! — tirou o chocolate da sacolinha, entregando-o ao rapaz — Isso aqui é uma barra de chocola-



— Sim, eu sei, Mulher. Chocolate, doce muito popular atualmente, no qual a base é o cacau —.Ai ai... por que ele não fez isso ontem...? Ele sabe o que é cacau mas não sabe o que é uma cueca?! ...Desisto...



— É... isso mesmo, Ulquiorra...-kun... Bem, depois passaremos no mercado, sim? Vou comprar comida para o jantar de hoje. — Resolveu verificar seus bolsos a fim de saber se tinha ou não dinheiro o suficiente naquele momento para comprar comida – muita comida–, tinha. Surpreendentemente, quando já ia tirar um taco do chocolate na mão do moreno... Ué, cadê o chocolate?” A embalagem? Vazia na mão do rapaz. E o último pedaço já estava entrando na boca de Ulquiorra!



— Espere!— pulou sobre ele, roubando o chocolate de sua mão e definitivamente distanciando-o da boca alheia para levá-lo à sua própria. Olhou o ex-arrankar mais atentamente, e se aquela mancha no canto de sua boca não era chocolate, então não sabia de nada. Uma pergunta lhe veio à mente, e verbalizou-a logo após engolir o doce roubado — Ulquiorra-kun, você... é chocólatra? — nenhum dos dois percebeu, mas dessa fez o –kun lhe veio naturalmente.



Ele permaneceu quieto. Ok... ‘chocólatra’ não estava incluído em seu vocabulário limitado, e até parece que ele confirmaria sua suposição se estivesse...! Achou melhor, outra abordagem, uma mais imparcial — Chocolate lhe desagrada?



— Não me desagrada, Mulher —. Bingo! Já estava aprendendo a lidar com alguém que não tinha a capacidade de sentir, ou que não sabia que a tinha, o que fosse. Até havia pensado em perguntar-lhe se amava chocolate, mas claro que ele negaria... Foi inteligente de sua parte, essa pergunta – e um pouco inusual.



Conclusão: Ulquiorra Schiffer gostava de chocolate, não só gostava, como também era um chocólatra. Contudo... só para ter certeza, faria outro teste.



— Tem um vendedor de sorvetes aqui perto, vou lá comprar um para cada. Espere aqui. — Segundos depois, voltou com dois sabores: Chocolate e Morango. Deu no que esperava, tão rápido quanto chegou em suas mãos, o sorvete foi tomado. Mordidas grandes. Sem mastigação. Apenas engolia. “Nossa, a atmosfera humana já ajuda muito”.


Além de tudo isso, a ruivinha descobriu algo interessante... Ulquiorra odiava morango.


_-_-_-_-_



À essa altura, Ulquiorra já havia notado que teria que tratar os outros e que seria tratado muito diferentemente de como era em Hueco Mundo. Lá, as frases eram cheia de ordens, escárnio, indiferença. Agora, tudo era falado numa certa gentileza e falsa simpatia, quem quer que visse mantinha uma fachada de felicidade.



Ou talvez realmente estivessem felizes, quem sabe.



Não que felicidade tivesse sentido para si. Para começar, a felicidade a que todos se referiam nem existia. A ausência dos sentimentos era a felicidade para si.



Mas não é como se algum humano idiota entendesse o que isso significava. E não é como se ele quisesse explicar também.



Lhe desagradava explicar o porquê de tudo que dizia. E era isso que o forçariam a fazer a partir de agora, ele sabia. "Chocolate lhe desagrada?", o que importava se o chocolate lhe desagradava? Ou se lhe agradava?



Isso simplesmente não possuía sentido, chocolate não lhe traria nenhum benefício ou prejuízo em alguma batalha. O chocolate era fútil. E aquele sabor o irritava: fútil e astuto, isso sim. Por que ao comer o maldito chocolate, automaticamente comia mais chocolate? Perguntou-se se era algum tipo de substância que os humanos usavam para garantir que seus cativos nunca tentassem fugir... Ainda sentia o sabor... doce na boca.



Não se importaria se a Mulher comprasse mais uma barra do tal chocolate.




Ele suspirou internamente. Era como a Mulher disse: estava no Mundo Humano agora e existiria sob seus conceitos.




Só esperava não ficar parecido demais a eles.



_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-



— Ulquiorra-kun, olhe só que roupa linda! — apontou a ruiva para um vestido detrás de uma vitrine.



— Futilidades, Mulher. Como olha para esse tipo de coisa sem sentir nojo? Não sou como vocês, humanos. Roupas não é uma necessidade básica para os hollows.



Ela se virou, fazendo um irritado bico. Sinceramente, não sabia o que acontecia consigo ultimamente. A opinião de Ulquiorra sobre tudo era importante, então qualquer coisa que ele dissesse com a qual ela não concordasse era motivo para irritação. Resignou-se – dessa vez–, não queria fazer uma cena com um não-humano semi-ignorante na frente de tanta gente.



Pegou-o pelo pulso e desatou a andar apressadamente. O outro apenas deixou-se ser puxado, mesmo não sabendo para onde ia. — Vamos para o supermercado! Tenho que comprar ingredientes para o jantar! — Ah, sim, o jantar. Que tipo de comida era a humana?



_-_-_-_-_



— Ulquiorra-kun, isto aqui é um pepino — apontou para um. — Isto é uma abóbora — Isto é... — Orihime ia explicando cada coisa existente em um supermercado. E Ulquiorra ouvia, não porque achava interessante, mas qualquer informação era útil para se virar naquele Mundo. Ele... viveria lá a partir de agora e teria que se acostumar, pelo menos até descobrir como desbloquear seus poderes.



Ao decorrer da explicação, fazia perguntas se necessário, algumas non sense, outras até que... plausíveis. E todas estas dúvidas eram tiradas imediatamente pela ruivinha, que corava com os olhares alheios curiosos lançados a si e a Ulquiorra. “Como assim esse homem não sabe direito o que é comida?”, provavelmente pensavam isso.



_-_-_-_-_



A travessa do que deveria ser alimento foi posta sobre a mesa, na frente de Ulquiorra, que olhava... aquilo. Orihime sentar-se-ia do outro lado da mesa. — Aqui, Ulquiorra-kun! Pode comer! É o meu delicioso guisado! — exclamou sorrindo, e logo sentando-se na cadeira disponível.



— Guisado de quê, Mulher? — perguntou, tentando parecer menos humano do que estava.



— De... guisado, Ulquiorra-kun! Agora coma! — desconcertou-se. Francamente, Orihime... você não se lembra dos ingredientes que coloca na própria comida?



O homem mirou-a servindo-se. — O que tá olhando? Não vai se servir também? — Não, ele não ia. Se recusava a comer aquela comida alienígena. Seu cheiro era horrível, sua aparência era horrível, e a garota ainda mastigava aquilo como se fosse um manjar dos deuses...



Vasculhou seu conhecimento... há vários tipos de programas de TV... tem até alguns que ensinam a cozinhar. — Mulher, você já assistiu alguns desses programas de culinária que vocês lixos tanto gostam?



— Ah! Sim, sim! São neles que baseio minhas receitas! Geralmente passa às segundas, terças e quartas às nove da manhã... Por que quer saber?



— Reunindo informações.



E ela burramente acreditou.



_-_-_-_-_



— Ulquiorra-kun? – bateu à porta do quarto do Schiffer, esperando que ele respondesse. Ele já devia ter terminado seu banho. — Posso entrar?



— Entre, Mulher.



Abriu a porta, mas permaneceu no batente desta. Estava já de pijamas, assim como o homem inquilino. Se sentiu meio mal pelo que pediria a ele, mas agora tinha um homem na casa para fazer esse tipo de tarefa. E, e daí que não tinham intimidade o suficiente pra isso? Quer dizer... Ah, deixa pra lá! — Você poderia colocar o lixo pra fora?



Ele ficou olhando, processando as informações que ouviu. Colocar o lixo pra fora? O que isso significava? Apesar de não saber direito o que era “colocar o lixo pra fora” e o porquê disso, aceitou o pedido sem demoras. — Sim, Mulher.



.


Enquanto esperava-o recostada no batente da porta da frente, mirou-o fazer a tarefa que lhe incumbira. Então, algo que chamou-lhe a atenção. Ulquiorra terminou o que fora fazer fora da casa, mas não seguiu direto para dentro desta, ficou lá fora, olhando... a Lua. Imóvel. Olhando apenas.


“O que ele está pensando? Ele...” era bonito. Ulquiorra estava incrivelmente bonito sob a luz do luar, iluminando seu perfil. Lembrou-se do tempo que passou no Hueco Mundo, e não soube por quê. Aquela visão recordou-a daquele Ulquiorra... o leal servo de Aizen-sama.



Mas agora ele não o era mais. Agora ele era Ulquiorra Schiffer, o ex-arrankar que quase se conformava com o fato que viveria com o lixo que tanto odiava.



E foi nesse momento que Inoue Orihime percebeu o quanto ele havia mudado em dois dias. E isso a assustou. Não de um jeito ruim, nem de um bom. Se ele aceitasse completamente a convivência com os seres humanos... o resto aconteceria numa velocidade irreal. Inveja. Raiva. Ciúmes. Tristeza. Amor...



E foi aí que descobriu que, por mais ansiosa estava por ver essas emoções no coração que estava por aparecer, não queria que o velho Ulquiorra desaparecesse. Frio. Estoico. Cruel. Racional.



Encontrou-se entre a cruz e a espada. E estava em contradição consigo mesma.



Apenas voltou ao mundo exterior quando notou o moreno mais pálido ainda sob o luar pisando em algo com o tênis que outrora não era seu.



— O que está fazendo, Ulquiorra-kun?



Virou o rosto para ela. — Ah, matando uma barata. Elas me incomodam tanto quanto humanos. — um rosto tão tristemente belo e sério sob a luz da Lua... E o dono deste rosto acabava de matar... o único animal que a ruiva abominava.



O rosto delicado contorceu-se em nojo, dor, medo.



Olhou para o tênis com o qual pisara na aberração. Aquilo nem fodendo entraria em sua casa. Não pensou duas vezes, fechou a porta e trancou-a, deixando um rapaz que não entendia nada do lado de fora.



Toc-toc-toc.



— Mulher, o que ocorreu? – uma voz ouviu do outro lado da porta, meio abafada.



Catsaridafobia. Essa era a palavra-chave. Fobia de baratas.



— Não não não não não não! Eu vou morrer com certeza! B-ba-baratas! Eu as odeio! Tire esse tênis, Ulquiorra! — sua voz estava ridiculamente chorosa.



Do outro lado da porta, Ulquiorra Schiffer fez algo inusual: formulou sua opinião própria. Ulquiorra-servo-leal-e-quarto-arrankar nunca teria uma opinião própria concientemente, mas Ulquiorra-o-meio-humano talvez fizesse isso. E fez mesmo. E o mais surpreendente é que verbalizou-a.



— Mulher, você é digna de pena. Miserável. — sentou-se encostado na porta e tirou o tênis direito – o que pisara na barata–, mas não contou à mulher. — Abra a porta, agora.



Ela não abriu.



Esperou. Meia-hora. Uma hora. Uma hora e meia. Não aguentou mais. Levantou-se e, como se nada, chutou a porta. Tinha acabado de arrombá-la.



— U-Ulquiorra-kun? — murmurou, meio chocada.



— Mu-mu-Aatchiim!



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