RESURRECCIÓN - La Experiencia escrita por ConstançaAconstante


Capítulo 4
Capítulo Um e Meio - Cueca-do-destino, microbombas


Notas iniciais do capítulo

Bem, espero que gostem!



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Finalmente, encontrou-a na sala, dormindo no sofá.


 

Fazia já um tempo que não a via dormir. Em Las Noches, na maioria das vezes, zelava por seu sono, já que esta era sua função. Sempre intrigava-se com as feições e os murmúrios que fazia e falava durante seus sonhos. Ele se lembrava, ah, como se lembrava, toda noite, sem falta, ela sonhava e sussurrava o nome do maldito Kurosaki.


Orihime se mexeu e murmurou, tal como sempre fizera tantas vezes no Hueco Mundo:


– Ichigo... – teria sorrido ironicamente, se tivesse essa capacidade. A ruiva sempre fora apaixonada por ele, e não a entendia: mesmo sabendo que ele provavelmente já amava outra, continuava querendo seu melhor e preocupando-se com ele? Simplesmente... não compreendia. Aquela era a fraqueza dos humanos que tanto desprezava, a posse do amaldiçoado coração. Lixo.


Neste momento, mesmo que ignorasse-a, uma pontinha de preocupação passou por sua mente: por que sua aparência agora era humana? Ainda havia resquícios de um hollow em si, como a cicatriz e suas eternas lágrimas, no entado, a probabilidade de ter sido reduzido a um lixo não era pouca. Ainda tinha sua reiatsu, intacta até, mas isso nada significava. Humanos possuidores de reiatsu não eram tão raros quanto deveriam ser, a mulher adormecida a sua frente era um claro exemplo disso.


Se acordasse-a, teria pelo menos um pouco das respostas que queria?


– Mulher! Mulher, acorde! – inclinado sobre a garota, sacudia-a enquanto falava – Mulher! Mulher! Trate de acordar!


– Ah!, o qu-ai ai ai – se levantou num sobresalto, batendo sua testa com a de alguém – Desuculpa, foi totalmente min- Ulquiorra-san! Já acordou? Que bom! – colocou os pés no chão e andou rapidamente para a cozinha, embutida à sala*. – Ah, não, a comida que eu fiz para o jantar esfriou! – estava completamente de costas para o moreno, então não poderia saber para onde o outro olhava nem o que fazia.– Tudo bem, coloco no microondas.


Depois de esfregar a testa, que não era mais hierro, perguntou:


– Microbombas? – e notem, a Inoue ainda não via o que Ulquiorra fazia.


– Não, é microondas – explicou enquanto colocava a comida no assunto da conversa. Feito isso, ouviu:


– Mulher, o que é isso?


– Isso o quê, Ulquorra-san? – finalmente levou os olhos ao rapaz, que segurava nas mãos o pano-verde-do-destino (?). Para a infelicidade dos orbes acizentados (N/A: ou felicidade, como preferirem XD), Orihime reconheceu aquele tecido. Apavorada, foi mudando o foco para um lugar mais a baixo das mãos do ex-arrankar e... Ah, não!, era exatamente isso! – Virou para o microondas novamente mais que rápida e tapou os olhos, esquecendo-se que não precisava, já que Ulquiorra não estava mais em sua área de visão – O que... significa isso, Ulquiorra-san?


– Eu é que pergunto, Mulher, por que colocou-me algo tão incômodo? Me aperta. – a pesar da situação ser cômica para nós, não era para seus dois protagonistas. Uma, nervosa, e o outro, encarava tudo como se fosse uma situação normal, tinha seu rosto estoico como sempre, não entendia a reação exagerada da outra.


Esta última, ingenuamente pensado que o esbelto moreno já colocara a cueca, virou-se novamente. Corou ao descobrir-se enganada, porém desta vez, não se absteu de examinar o corpo a sua frente, no qual seu dono agora pensava que nunca entenderia os humanos. Se antes fora tão reservada, por que agora o mirava sem nem um pouco de pudor?


O ex-quarto espada era magro, mas não um magricela, os bípiceps e trícips eram musculosos, mas de longe chegando ao exagerado, assim como as coxas – e, olha que suspresa!, as marcas avermelhadas pelos arranhões já haviam desaparecido! –. O peito e o abdôme, definidos, os ombros e costas largas. Sem falar que ele deveria ter 1, 80 m e mais um pouco. Ah, sim, Ulquiorra Schiffer era um homem extremamente desejável, talvez tão quanto, não, mais que Ichigo Kurosaki, obrigou-se a admitir.


Agora, só faltava um lugar para olhar... mas teria coragem de fazer isso? "Ele... ele não vai notar. Qual seria o.... tamanho?


– Aonde você quer olhar, Mulher?


Inoue Orihime engasgou – Como assim? E-eu não tava olhando nada!

Com sua típicamente impassível voz, Ulquiorra explicou – Mulher, se queria fazer o que penso que queria, fique sabendo que nós, arrankars, somos de todas as formas superiores a vocês, lixos humanos.


"O q-q-q-q-que que ele está dizendo?". Orihime cobriu os próprios olhos com tanta força que chegou a doer – Olha, Ulquiorra-san, se o seu "coiso" é tão grande que não cabe numa cueca tamanho M, o problema não é meu, ok?


– O que quer dizer com isso, Mulher?


– Tá bom, tá bom, eu compro uma G pra você, mas nunca mais tire essa coisa na minha frente, por favor!


– Mulher, o que eu quero saber é-


– Ulquiorra-san, chega de falar disso, por favor!


– ... por que vocês humanos usam algo tão desconfortável.


– Porque sim, porque sim! Eu também uso uma, ok? Todos nós temos que usar!


– Uma... cueca? – lembrou-se rapidamente do nome no qual a garota histérica a sua frente chamou aquele pano.


– Não! Eu uso calcinha, e você cueca, tá?


– Calcinha? Cueca? Isso não faz sentido, Mulher. Não vou usar isso, já disse que me aperta as partes. – é difícil de acreditar, mas o homem que falou isso estava mais sério do que é possível conceber. Não queria rir da situação e nem sentia vergonha desta. – Não usava isso no Hueco Mundo e não usarei aqui.


Ah... então era isso? Ulquiorra só não estava acostumado com essas roupas? Pela segunda vez na semana, um surto de coragem dominou-a. Ela de repente estava a centímetros do moreno virando-o de costas para si. Segurou fortemente o cós de trás da cueca e puxou-o horizontalmente, querendo confirmar alguma coisa – Ulquiorra-san, essa cueca tem o tamanho perfeito pra você! Você vai usá-la e pron-


BUM!, e algo explodiu.


Inoue esqueceu-se totalmente do que fazia e correu direto para o microondas, o motivo da explosão. Tocia com os olhos lacrimejando e a fumaça já começava a chegar no rosto do homem semi-nu também.


– Mulher, tem certeza de que o nome disto não é microbombas?


Orihime suspirou, e descobriu algo importante sobre Ulquiorra: a pesar de ele não ter sentimentos, nem noção da gravidade das situações, era teimoso como uma mula, ô se era! – O nome disto é microondas, Ulquiorra-san. O caso é que sou muito distraída e em vez de colocar 10 minutos de tempo no microondas, coloquei 10 horas, isso sempre acontece... Que boba eu! – apesar do mau humor anterior – que, lembrou-se dos tempos de seu rapto, só Ulquiorra conseguia deixá-la assim –, riu da própria idiotice.


– Entendo. – "Estúpida Mulher".


A ruiva suspirou aborrecida – Teremos que comer fora. Que pena, Ulquiorra-san, queria que você visse o quão criativa eu sou na cozinha! – olhou para ele, só de cueca, todo o seu sangue subia para as faces enquanto fazia um careta – Você não pode sair assim, Ulquiorra-san, qual o seu tamanho?


– Isso importa mulher? Apenas pegue-me alguma roupa que não seja essa tal de cueca, pois me aperta as-


– As partes, Ulquiorra-san, as partes, eu já sei! – com um suspiro de conformação – definitivamente, Ulquiorra era mais teimoso que uma tropa de mulas inteira – se dirigiu ao quarto do irmão, lá teria roupas para o ex-arrankar.


Que apenas ficou observando-a subir as escadas. Que mulher estranha... primeiro ficava nervosa, então corada, logo após ficava aborrecida, aí passa para entusiasmada, apenas para ficar irritada novamente. Que lixo humano complicado era aquele...?




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Notas finais do capítulo

[ATUALIZAÇÃO: REVISADA]
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.
* Gente, eu não sei de onde é que eu tirei que naquele tal sobradinho da Orihime a cozinha era embutida à sala, mas eu não vou mudar, ok?

Ja ne!