RESURRECCIÓN - La Experiencia escrita por ConstançaAconstante


Capítulo 3
Capítulo Um - Ulquiorra abre os olhos


Notas iniciais do capítulo

Bem, mais um cap.!

Gente, quero só avisar que to achando que essa fic vai ser beeem comprida, tá?



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/205153/chapter/3

Orihime lentamente abriu os olhos, a luz da janela, cegando-a, forçou-a a fechá-los novamente. “O que aconteceu? Onde estou? Depois daquele beijo eu desmaiei...”. Corou ao se lembrar do beijo dado em Ulquiorra. “E eu ainda não achei ruim!”. Nunca admitiria, mas adoraria repit- “Espere! Por que há um braço rodeando a minha cintura?”. Examinou-o: longo, pálido. E notou outra coisa: um hálito quente e constante em sua nuca. Estremeceu. Ia, e voltava, ia, e voltava. Tinha que sair dali, antes que aquela estranhamente agradável sensação a vencesse.


A ruiva virou a cabeça para trás, esperando pelo pior. E um homem a abraçava, fortemente, colando seu corpo ao dela era um homem, por causa da silhueta da pessoa, mas não conseguia ver o rosto... –. Seu sono era sereno e profundo. Engoliu em seco.


Cuidadosamente foi tirando o braço do homem de si, ele era forte, mas o fato de estar dormindo ajudou-a a fazê-lo ceder. A partir daí, começou a rolar para fora. De tão envolvida nesse processo, não percebeu que quase chegava à borda da cama.


Soltou um gritinho engasgado quando caiu comicamente de bunda no chão. Massageando o lugar dolorido, se levantava tortamente, a fim de confirmar se o homem que a abraçava segundos antes era mesmo que pensava que era.


E era mesmo, um Ulquiorra muito diferente descansava em sua cama. Pela primeira vez via uma expressão em seu rosto que era pouco mais que nada; neste momento, o moreno apenas parecia cansado, despreocupado. Quando voltou a examiná-lo, percebeu algo muito mais assustador.


– Por que... por que ele está com apenas um manto o cobrindo? – “Per-pervertido!”. A afinal, por que diabos eles estavam abraçados? Com certeza deveria ser uma brincadeira de mau gosto dos Shinigamis que os trouxeram para lá, por causa daquele beijo embaraçoso... Poderia a nudez também ser fruto desta brincadeira?


Cutucou-o, para ver se seu sono era ou não pesado. Não acordou. Deus uns tapinhas em sua bochecha. Nada. Chacoalhou-o. Nem se mexeu. Kami-sama, esse homem não acordava há um ano e meio e ainda queria dormir mais um pouco?


Deixou de reclamar consigo mesma e saiu para comprar roupas de baixo para o Ex-Espada. Ela tinha ainda as roupas do irmãos, mas meias e cuecas foram todas doadas.


_-_-_-_-_


Orihime chegou em casa cheia de sacolas, pesadas.




Sentou-se na cama, ao lado do moreno. ... E agora? Teria que colocar a cueca nele? Ela, uma garota? "Ah, posso esperá-lo acordar!", pensou, mas, por Cristo, teria um homem peladão em sua cama até que este abrisse os olhos?


Rendeu-se, suspirando, colocaria ela mesma... Fechou os olhos, preparando-se psicologicamente.


Virou Ulquiorra de barriga pra cima, ajoelhou-se na cama, aos seus pés – tudo isso com o manto branco ainda sobre ele –, vestiu a cueca até os tornozelos. Fez uma expressão sofrida, "Desculpe, Oni-chan", e começou a trabalhar. Segurando fortemente apenas nas laterais, subiu: canelas, joelhos, coxas... Tudo de olhos fechados, e quando sentiu que aquele pedaço de pano finalmente era "preenchido" (N/A: hahahaha, não resisti em colocar isso XD), soltou bruscamente o tecido.


Observou os dedos, suas juntas estavam avermelhadas, segurara com tanta força assim? Num ímpeto, lembrou-se de algo que notara apenas no subconsciente. Moveu-se um pouco para ver as laterais de uma perna pálida do moreno, e achou o que não queria achar: Arranhões. Arranhões de suas unhas nas pernas de um homem. "Ah, meu deus, eu me auto-corrompi! Arranhei as pernas de um homem, arranhei as pernas de um homem! Nunca vou arranjar um namorado! Muito menos um marido!", ofegava de nervoso, ela praticamente perdera a virgindade!


Mas... espera, se ninguém soubesse, então não havia problema, não? Arranhar as pernas de alguém nem era uma... uma relação sexual. Ou era? Não, não era. NãoEraNãoEraNãoEraNãoEra! Mas que parecia que eles haviam feito, parecia... "Chega, Orihime! Pare de pensar loucuras! Olhe onde você chegou!". Era verdade, tinha que se acalmar. Ela não era uma leviana, que ficava com qualquer um, era é corajosa! Isso, corajosa! Queria ver se Tatsuki faria o mesmo que si.


Suspirou aliviada, era a mesma Orihime de sempre.


Ou quase.




Porque havia um arrankar morando em sua casa.





E não era qualquer arrankar.





Era Ulquiorra Schiffer.





Orihime parou, assustada com seu próprio pensamento. O que fazia Ulquiorra tão especial? Por que ele não era qualquer arrankar?!




_-_-_-_-_




Numa casa, onde uma garota doce e ditraída sempre havia morado sozinha, em um quarto, alguém, depois de séculos, parecia, finalmente, ficar consciente.



"Consciente... estou consciente...? Por quê? Quanto tempo se passou? Séculos? Eu não deveria estar...morto?", perguntas bombardeavam o homem deitado na cama daquele quarto, nem sequer concebia o fato de estar pensando.


Mas estava lá e, se isso ocorrera, Aizen ganhara a guerra e queria seus serviços novamente. Na verdade, não se importava a mínima o porquê de Aizen tê-lo "revivido"; fosse Aizen, fosse outra pessoa, ele serviria seu mestre com total lealdade.


Sempre foi assim, sua existência consistia em estar em prol de outra. Ele não tinha vontades, ou melhor, não precisava destas, era vazio. Um vez, quando ainda era Adjucha, comparou o vazio à felicidade, e agora, fazia esta mesma comparação: o vazio era o mais próximo que alguém conseguia chegar da felicidade.


O homem suspirou, e neste momento abriria os olhos e se levantaria, se não tivesse se apercebido de algo que o deixou mais que chocado: alguma coisa, alguma coisa dentro de si mais precisamente em seu peito, mas que reverberava por todo seu corpo pulsava, algo como um TU-DUM TU-DUM. Levou a mão direita justo no lugar de onde aqueles batimentos vinham. Pôs-se apenas a sentir.


E era estranho, mas não completamente, como se tivesse sentido isso em outra vida. Dor, nunca, por causa do hierro, nem quando perdeu para Ichigo; surpresa também não, talvez interesse, mas não surpresa. Essa sensação, o que Ulquiorra sentia pulsando em seu peito que quase pulava em sua mão era intenso demais, tanto... que deixava-o enjoado.


O coração – pois não era burro e tinha alguma noção da anatomia humana – era muito quente, e muito oposto ao...vazio. O que não era vazio ou associado a este estava além de sua compreensão. E se ele não compreendia, era porque não existia.


Contudo, esse coração não era aquele coração, esse coração era o que bombeava o sangue para o corpo inteiro. E mesmo este não sendo o coração de que a Mulher havia lhe falado, ainda era... intenso.


Haviam mais diferenças em si, de alguma forma seu corpo não era mais o mesmo. Suas lágrimas verdes continuavam em seu rosto? E... o que diabos era aquele aperto desconfortável em seu quadril e em sua virilidade?!


Ulquiorra sentou-se abruptamente de olhos já abertos e tudo começou a girar, deitou e repetiu a ação mais calmamente. Apoiou os pés no chão e com um leve impulso se levantou e, com as pernas desacostumadas, caiu.


É, fazia sentido, era teoricamente alguém que acabava de nascer (lê-se: REnascer), ou seja, um recém nascido, e recém nascidos não sabem andar. Que bom que, literalmente, ele não era recém nascido e sim um arrankar poderoso que sabia andar. Ergueu-se com um pouco mais de habilidade; já de pé, conduziu-se a uma porta aparentando ser do banheiro. Abriu-a, olhou para o lado, o espelho, e chocou-se mais uma vez naquele dia.


Seu... seu buraco hollow! Não estava mais lá, uma cicatriz enorme em seu lugar – que detinha quase o mesmo formato que o vazio que antes lá jazia.


Para sua surpresa – perdera a conta de quantas havia tido até então –, sua máscara também se havia ido, assim como seu hierro. Muito estranho... "Sou um humano agora? Ainda tenho alguma reiatsu? Ah... entendo, ela ainda está aqui mas está congelada, não consigo movê-la. Parece que quem me trouxe de volta quer que eu viva como um humano..."


Olhou para baixo, a fim de encontrar o que é que lhe apertava tanto as partes, descobrindo então – um pano verde... ou algo parecido... –, apesar de não fazer a mínima ideia do que era... Perguntaria à alguém quando tivesse a oportunidade.


Saiu do banheiro, e observou o lugar que o acolhera durante seu sono: um quarto de mulher, e sabia muito bem de que mulher ele era. Por que afinal, ela sempre estava envolvida?


Saiu do quarto, e notou que seus passos naquela escada lhe eram estranhos, os sons destes, na verdade. Em Las Noches, cada passada criava um eco maior que o anterior, já que os corredores e cômodos eram enormes e vazios; aquele lugar era muito menor, e cheio de coisas.


Finalmente, encontrou-a na sala, dormindo no sofá.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

[ATUALIZAÇÃO: REVISADA]
.
.
.

Primeiro, quero que entendam por que eu coloquei que o Ulquiorra ficou enjoado quando sentiu o coração. Tipo, ele era um arrankar, o mais frio de todos, e de repente começa a sentir coisas que nunca havia sentido antes. Qualquer humano aguenta o peso do coração, dos sentimentos e as sensações que eles causam, mas não Ulquiorra, porque pelo menos, a mente dele ainda é a de um hollow.

Só queria deixar melhor explicado, porque, tipo, WTF?! um cara ter vontade de vomitar por um batimento cardíaco?! kkkkk

—-

Bem, gente, se me lembro bem, a Orihime vivia um um sobrado no começo da história, mas parece que ela se mudou ou algo parecido, pois na Saga Fullbringer ela vivia um outro lugar, não sei direito o nome: um tipo de apartamento...?

Coloquei ela vivendo num sobrado mesmo, ok?

Se eu estiver errada quanto a isso me avisem, mas eu não vou mudar o lugar em que ela mora, porque daí eu teria que mudar mais da metade da história... XD

—-

E aí, people? Descobriram qual o plano da Rangiku? Achei bem a cara dela fazer isso... kkkk

—-

Espero que tenham gostado!

Ja ne!