Show Me What Im Looking For escrita por xDropDeadx


Capítulo 9
Quando tudo se vai e não pode ser recuperado


Notas iniciais do capítulo

Hello minhas gatas
Feliz em saber que os reviews estão aumentando e os leitores também! :BBBB
Brigadããão por acompanharem essa bagaça *-*
Faça uma boa leitura. (:
E ah!
Titulo do cap é trecho de Victim ;D



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NOVE.

O som do Cd que havia ganhado no dia anterior de Johnny soava alto no som dentro de sua casa. Lizzy estava dentro de sua estufa trabalhando nas pranchas de seus clientes, e as músicas aparentemente a empolgava bastante.

Não era tão fácil modelá-las quantos muitos imaginam, exigia um máximo de atenção e concentração ao extremo, principalmente nessa de vidro que ela escolhera para começar o dia.

Lizzy era shapeadora de pranchas desde os dezoito anos de idade, e nenhum emprego a mais seria tão completo quanto aquele era para ela. Não se preocupava com patrão porque era seu próprio negócio; Não se preocupava em acordar cedo porque era ela mesma quem fazia seu horário. Não poderia negar que tinha uma vida ótima comparada a de muitas outras pessoas.

No entanto, talvez, aquela seria a única coisa em que fosse realmente boa, porque afinal, já tentara cursar faculdade, mas não conseguira se adaptar naquela vida monótona de estudante, não mais uma vez. Além de ser de seu agrado estar em volta de pranchas, algumas que às vezes até lhe causavam inveja. Ela realmente nascera para aquilo, ao todo de todas as contas.

Naquela manhã Lizzy não soubera ao certo como estava se sentindo, bem e mal ao mesmo tempo, por assim dizer. Não tinha certeza se era o leite com achocolatado que havia lhe feito mal, ou se aquele dia não fosse mesmo o seu. Talvez fossem as memórias, que indelicadas e sutis, a pegaram de surpresa quando reparara que a caixa de ferramentas do seu pai ainda estava ali.

Pode enxergar como um filme rebobinado o quanto sua vida havia mudado desde que seus pais se mudaram de Huntington Beach, e talvez, estivesse com saudade deles. Porém, não queria. Los Angeles não era longe e ela tinha telefone. E mesmo assim só recebia visita no dia de ação de graças, e telefonemas aos seus aniversários. Resumindo, Lizzy era praticamente sozinha.

Claro que se não fosse pelo fato de ter Nick, Noan e Joseph. Nem gostava de imaginar que sem eles seria totalmente solitária, e por causa disso, nunca saberia agradecer totalmente por ter ambos sempre ao seu lado, tanto nos momentos felizes quanto nos piores de sua vida.

Assustou-se com a porta ao seu lado ser aberta, e se incomodou ainda mais por ter visto uma pessoa que não desejaria.

– Que susto, Tyler. – falou, desligando seu aparelho modelador. Retirando os óculos de proteção transparente, o encarou. – O que está fazendo aqui?

– Desculpa... Eu te chamei algumas vezes, mas acho que não me escutou por causa do som. Vi que a porta estava aberta e entrei, espero não ter problemas.

– Só não faça mais isso, não me sinto muito confortável em saber que qualquer um pode entrar a hora que bem entende aqui.

– Você sabe que não sou qualquer um, Lizzy.

– Ainda não respondeu a minha pergunta. O que está fazendo aqui?

– Vim te ver, Izzy... Faz tempo que você não sai com os meninos.

– Ando meio ocupada...

– Com o novo namoradinho?

– Por favor, Tyler, não comece.

– Você sabe que eu não consigo... Eu ainda gosto de você, Lizzy. E se eu pudesse voltar no passado, nunca teria feito o que fiz.

– E porque está me falando isso? Você não pode voltar ao passado, não é?

– Eu só queria que você entendesse e enxergasse o quanto eu me arrependo... – falou dando passos mais a frente, o que fez Lizzy de imediato entrar em estado de alerta.

– O que está fazendo?

– Chegando mais perto de você... Sinto falta do seu cheiro.

– Pode parar já com essa palhaçada, Tyler. Você sabe que perdeu esse direito há muito tempo.

– Eu não te entendo Lizzy Marie! Você me amava!

– Claro... Até o momento de eu rachar a minha cabeça numa pedra por sua causa.

O rapaz engoliu em seco, recuando para trás de novo, o que fez Lizzy se sentir mais aliviada. Depois daquele dia do campeonato, qualquer aproximação vinda de Tyler era vista como uma ameaça, e apesar de ainda ser considerado como amigo, no fundo ambos sabiam que não existia vestígio de mais nenhuma consideração por parte de Izzy. Mas ele era teimoso, e se mantinha cego.

– Eu ainda vou fazer você me amar de novo, Marie. – falou por fim, dando as costas e sumindo entre a porta da estufa.

Lizzy deixou um suspiro alto lhe escapar, as pernas estavam bambas agora.

Nunca sabia reagir muito depois de uma discussão com Tyler, essas que sempre aconteciam quando ambos estavam por perto um do outro. O rapaz nunca aceitara aquele rancor da ex. namorada, e talvez, nunca superasse de fato. Mas era sufocante para Lizzy, ela simplesmente tinha pavor dele.

E decidiu não levar suas ultimas palavras como ameaça, no entanto.



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