Show Me What Im Looking For escrita por xDropDeadx


Capítulo 4
O novo encontro de Johnny Christ - Parte I


Notas iniciais do capítulo

Moscando geral aqui haha então mais um cap pra voces suas lindas *-*
Se apaixonem pelo pigmeu e boa leitura. :B



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QUATRO.

Parte I - Mc Donald's


Lizzy havia perdido a conta de quanto tempo estava sentada naquela cama, encarando a porta do seu guarda-roupa aberta. Pela primeira vez, depois de muito tempo estava em apuros enquanto ao que vestir, ainda mais quando não sabia onde iria ser levada.

A garota chegou até pensar em desistir, ligar para Johnny e cancelar o encontro, mas iria ser extremamente ridículo de sua parte, ainda mais sem ter um motivo aparente para dar ao rapaz.

Sacudiu a cabeça e se jogou pra trás, afundando o rosto em seu travesseiro.

– Izzy, cadê você?! – escutou a voz de Nick, acompanhado de Joseph e Noan mais ao fundo. Ela bufou, precisava ficar sozinha naquele momento desesperador de mulher.

– O que é? – perguntou mal humorada assim que os amigos adentraram seu quarto.

– Xiii! Ela ta de TPM gente, vamo vaza! – respondeu.

– Não, eu preciso que alguém me traga uma caixa de chocolates, e das grandes!

– O que aconteceu, Izzy? – Noan perguntou se sentando a beira da cama.

– Eu acho que vou me suicidar. – dramatizou, sufocando-se no meio dos travesseiros que a cercavam. O rapaz mais próximo puxou o mesmo de seus braços e a encarou ainda mudo, apenas esperando respostas.

– Aquele babaca já te magoou? – Nick perguntou tenso, sentando-se ali também.

– Quê? Ainda estão bêbados? Não tem nada haver. Eu vou sair hoje, mas eu não sei que diabos vestir!

Joseph encostado ao batente da porta apenas observando o que acontecia, desatou a rir, arrancando a atenção confusa de todos.

– Lizzy Marie! Você se preocupando com o que vai vestir... É um encontro, não é? – ela enfiou o rosto entre as mãos, odiava quando os meninos queriam saber dos detalhes; Podiam ser amigos de longa data, mas ela ainda se sentia envergonhada ao tocar em assuntos delicados como aquele.

A garota recebeu uma almofadada em seguida, não segurando o riso conseqüentemente. Apesar de tudo não conseguia mentir para os garotos, e mesmo que quisesse, não conseguiria; Era clichê e assustadora aquela ligação que ambos tinham.

– Como não sabemos nada desse cara... Fala-me: nome inteiro, onde mora, onde trabalha, quantos ganha, número da carteira de identidade, onde nasceu... – Joseph desatou a falar.

– Sério que vocês não sabem quem ele é? – perguntou arqueando as sobrancelhas.

Naquele caso ela tinha motivos para não conhecer a banda, e apesar de seu gosto musical não fugir muito daquele gênero, eram poucas as bandas que realmente conhecia os integrantes. Lizzy era aquele tipo de garota que apenas ouvia o que agradava seus ouvidos, independente de quem fosse. Já seus amigos eram vidrados no bom rock pesado, e por não lhe falhar muito a memória já os vira escutar Avenged Sevenfold algumas das vezes que ficavam deitados no chão de sua sala.

Eles a encarava com os olhares indiferentes, não estavam entendendo.

– Johnny Christ... Sabem? O baixista do Avenged Sevenfold. – ela disse, e um silêncio pairou entre eles por um longo minuto. Noan desatou a rir, assim como Joseph o acompanhou em seguida, mas Nick estava cabisbaixo.

Ele se lembrava vagamente da feição do baixista, porém era o suficiente para comparar ao mais novo paquera de sua amiga. No entanto, se não fosse pela quantia alta do álcool que havia ingerido noite passada, no luau, teria confirmado essa dúvida que fazia mais sentido agora.

– Eu estou falando sério, gente.

– Ela não está mentindo... Li esses dias numa revista que esses caras são daqui, então. Eu sei que eu estava chapado demais, mas eu tenho certeza de que aquele cara é o Christ! – Nick incentivou, fazendo todos se calarem por instantes.

– Ok... Lizzy Marie, você precisa se arrumar agora! – Noan desatou histérico, com a voz afetada. Arrancando risos de todos com sua graça, puxou Izzy pelos braços a incentivando levantar.

– Que tal esse vestidinho... É MARA! – continuou, arrancando de um cabide um vestido floral verde pastel. Lizzy encarou a peça com uma careta, negando com a cabeça.

O rapaz arremessou a roupa longe e ainda com o seu jeito todo afetado de brincar, pegou um monte daquelas e jogou em cima da cama da menina.

– Noan, o que você pensa que está fazendo? Vai ter que dobrar tudo depois, sem mais.

– Olha amiga, você quer ou não sair com o Johnny Fucking Christ?

– Espera! Eu preciso pensar... A gente marcou as nove e ainda é cedo, tenho tempo pra isso, não tenho? – indagou.

– Nove horas? Quer dizer nove horas da noite? – Joseph perguntou preocupado.

– É, qual é o problema?

– O problema Lizzy é que já são oito e vinte!

– O quê? Mas até agora pouco eram seis e meia.

Ela já não se lembrava da ultima vez que olhara o relógio sobre o criado-mudo ao lado da sua cama, e isso já fazia quase uma hora.

– Ah meu deus! – dessa vez ela se pôs a gritar histérica.

Lizzy não costumava ser nervosa, mas aquele era um momento delicado. Já fazia muito tempo que ela não tinha um encontro, por mais que fosse inocente. Johnny era um cara legal, mas ela tinha consciência de que parte do motivo pra tudo aquilo era a aposta com amigos, porém, não se importou no final, ela havia gostado da companhia de Johnny na noite anterior, e não reclamaria por ter novamente nesta.


– Aonde eu levo ela, gente?- Johnny perguntou nervoso, andando de um lado pro outro na sala. Estavam todos na casa de Matt e Valary, bebendo normalmente como costumavam fazer para passar o tempo. Mas naquela noite, Johnny estava inquieto, arrumado e com o cabelo penteado, o que era engraçado diante dos olhares de seus amigos.

– Nossa, Johnny, parece que nunca levou uma garota pra sair... – Val comentou, o fazendo bufar.

– Deve ser porque a surfista é gostosa! – Jimmy debochou como sempre, arrancando risos alheios.

– Larga mão de ser fura olho, girafa! – Zacky rebateu pelo amigo, que não fez nada mais do que mostrar o dedo do meio pro grandalhão, impaciente.

– Olha o respeito, hein. – Val repreendeu, daquele seu jeito maternal.

Johnny encarou mais uma vez o visor do celular, atento as horas. Já eram oito e meia e vendo que lhe faltava pouco tempo, decidiu ir até o banheiro dar uma ultima checada no cabelo arrepiado. Ajeitou a camiseta pólo azul bebe que usava e ficou satisfeito com o que viu. Estava perfeitamente perfumado ainda, e ficou torcendo para que sua colônia durasse com a mesma intensidade pelo resto da noite.

– Gente, to indo. Desejam-me sorte! – disse nervoso, enquanto passava pela sala. Matt riu abafado entre a bochecha de Valary deitada em seu colo, sendo acompanhado pelos outros.

– Se precisar de ajuda lá, Christ. Ainda tem o meu número, não é? – Jimmy retrucou, recebendo mais uma vez o dedo mal educado do baixinho.

Johnny adentrou seu carro todo desastrado, batendo a cabeça sem querer no teto.

– Droga, o que está acontecendo comigo? Até pareço um virgem de quinze anos. – reclamou pra si mesmo, tentando enfiar a chave na ignição. Sem muito sucesso das duas primeiras vezes, finalmente conseguiu, se arrancando com o carro rapidamente.

No meio do percurso decidiu colocar alguma música para relaxar, ligando o som em qualquer rádio - que de inicio não pareceu tão ruim assim - mas quando uma voz irritante soou “Friday, Friday!” foi como se um meteoro estivesse prestes a cair sobre seu carro. O rapaz mudou de estação rapidamente, mas novamente sem sucesso com algo que lhe agradece. Lembrou-se então do porta Cd’s de Zacky que estava com ele, e se torceu até o porta-luvas. Mas definitivamente aquele não era seu dia; Talvez fosse pelo nervosismo de levar uma garota para jantar, ou apenas má sorte. E Johnny estava ficando realmente estressado com aqueles desastres todos de sua autoria. Era desligado às vezes, mas não exatamente um dominador daquela proeza; Segundo fato que agora o atormentava cruelmente.

Decidiu não se arriscar a ir juntas aqueles CDs agora espalhados pelo chão do carro, rezando para que nenhum tivesse arranhado, caso contrário o senhor vingança faria uma concreta depois.

Enxergou Beach Broadway e a adentrou, procurando alguma vaga próxima a casa de Lizzy. A noite era de calor e brisa fresca, o que causava tumultos pelo centro.

Depois de alguns minutos rodando pelo lugar, achou uma perto do quiosque da noite do luau, era apenas alguns metros distantes do sobrado amarelo da surfista.

Tirou seus tênis impecavelmente brancos e decidiu os deixar no carro, voltaria para lá mesmo. Em tempo recorde conseguira arrumar a bagunça, analisando cada disco, estes, por sorte, perfeitamente intactos.

Sentindo a brisa quebrar em seu rosto, Johnny desceu, olhando mais uma vez seu reflexo, desta vez, sem muito sucesso no vidro da janela do carro.

Pegou uma bala de hortelã de dentro do bolso esquerdo da calça jeans clara, e a enfiou na boca rapidamente, esperando que acabasse antes de chegar até seu destino. Não queria parecer nervoso, mas também não queria demonstrar indiferença alguma, aliás, estava difícil.

A propriedade reluziu diante de seu olhar depois de alguns minutos de caminhada, estava toda acessa. Johnny suspirou fundo antes de bater algumas vezes a palma. Se sentindo um adolescente inexperiente, teve a leve impressão de ter sentido aquela brisa lhe tocar mais intensamente quando avistou Lizzy vir ao seu encontro com um vestido, particularmente, bem bonito aos olhos do garoto.

Era um tomara que caia curto, roxo, simples, mas incrível sobre o corpo da mulher.

Ela sorriu sem jeito pra ele, percebendo seu olhar pesado a observar dos pés até a cabeça.

– Oi Johnny! – ela o cumprimentou, beijando delicadamente sua bochecha.

– Oi Lizzy. Er... Você ta bem bonita. – elogiou sem jeito. – Podemos ir?

– Claro... Mas vem por aqui. – ela piscou fazendo sinal para que a acompanhasse. Ainda confuso com a situação, adentrou a casa da menina, sem deixar de reparar na organização feminina aparente pelos cômodos que conseqüentemente passavam.

Então, adentraram a cozinha e dela saíram por uma porta, qual dava para um quintal não muito grande. Johnny por um momento se assustou com a reação, Lizzy fechou a porta atrás de si, e agora apenas a luz da avenida favoreciam iluminação, esta ainda falha.

– O que está fazendo, Lizzy?

– Relaxa Johnny, não vou te apanhar com uma foice. Eu me esqueci de te avisar que tenho outra saída. – ela explicou abrindo um pequeno portão ali, este que passava por despercebido a olho nu. Acompanhava a cerca de estacas de madeiras marrons escuras.

Ele suspirou a seguindo para fora. Estava se sentindo um idiota.

– Onde estão seus sapatos? – a menina perguntou arqueando as sobrancelhas. Encarando os pés descalços e sujos de areia do rapaz, soltou uma risada nasalada, o puxando de volta pra dentro de seu quintal. – Realmente me desculpa, é que eu nunca saio por aqui, então acabei me esquecendo da saída de emergência. – riu divertida, sendo seguida por ele.

A garota ligou a mangueira que estava a escanteio em qualquer canto dali. Johnny entendendo o que ela faria, subiu a barra da calça o máximo que pode, e com ela mirando a água fresca para seus pés , os lavou, esfregando um ao outro.

–Pronto.

– Obrigada. – respondeu tímido.

Johnny quase teve vontade de pular aquela cerca e simplesmente correr pra dentro daquele mar para se afogar. Estava ficando terrivelmente impaciente consigo mesmo. Tinha que desenvolver aquela timidez sobrenatural justo naquela hora?

– Então, aonde vamos? – perguntou ainda sorrindo.

– Eu sei que esses tipos de coisas são um saco, por mais que seja na melhor intenção... Mas é surpresa. – completou rindo. A menina ao seu lado soltou uma gargalha meiga, o fazendo a reparar perfeitamente agora, debaixo da luz.

Por minutos foi como se estivesse dentro de um filme, aqueles filmes de romances colegiais, ou até mesmo daqueles romances piegas... Que seja! Mas de repente Lizzy estava em câmera lenta, se curvando para soltar sua risada gostosa; Seus cabelos se esvoaçando lentamente sobre o vento.

– Tudo bem, eu acho que posso sobreviver... – disse por fim, descontraindo-o de seu momento pessoal, este que mais parecia de um adolescente terrivelmente iludido.

Mas, afinal, iludido não seria exatamente a descrição certa. Ela tinha aceitado sair com ele, e não poderia negar que esse era um fato que o contrariava.


A garota viu o carro adentrar o shopping, e ficou com pensamentos alternativos por instantes. Ela tinha feito aquele escândalo todo por causa de roupa pra ir parar num shopping? Estava esperando, do fundo da sua alma, que aquilo fosse apenas engano... Mas sua idéia foi contrariada ao ver Johnny descer do carro. Ela seguindo exemplo, por mais que fosse contra sua vontade, desceu também. Não questionou, iria ser muito mal educado de sua parte, por mais que estivesse desejando: “Mas que merda! Você é baixista de uma banda mega famosa, e me trás na porra de um shopping? Troféu jóinha pra você seu... Deixa quieto!"

Ela encarou o rapaz ao seu lado, se sentindo um peixe fora d’água subitamente. Ele estava cabisbaixo, com as mãos nos bolsos. E o pior ainda estava por vir, ali mesmo, logo na porta de entrada do shopping.

– Johnny Christ?! – uma menina loira se aproximou dos dois, aparentava ter seus dezessete anos. – Tira uma foto comigo, por favor? – ela pediu com os olhos marejados. Por um instante Lizzy teve vontade de rir da cara da garota, mas não se deu a essa proeza.

– Você pode bater a foto pra mim? – perguntou a surfista e a mesma rapidamente assentiu, se impondo na frente dos dois.

Johnny forçou um sorriso, recebendo um abraço em seguida. Depois de falar qualquer coisa para a menina, ela se distanciou, saltitando.

– Me desculpe por isso, Lizzy. – falou constrangido.

– Ta brincando? Isso é super divertido, não precisa se desculpar.

– Divertido? – perguntou franzindo o cenho.

– É... É engraçado ver as garotinhas se derreterem por você. – completou, sorrindo. – Porco espinho Punk. – deixou escapar por mais que o apelido fosse besta, ainda estava sentindo raiva por estar dentro de um shopping.

– Ok.. – ele cerrou os olhos, e a puxou pela mão shopping adentro. – Você precisa de divertimento de verdade. – respondeu.

O baixinho a arrastou até a praça de alimentação, e pela sorte de ambos o lugar não estava tão movimentado quanto aparentava estar ao julgar. Porém, apesar deste fato, ambos não fugiram da fila, aquela fila quilométrica do MCDONALD’S.

– Mc Donald’s, jura que esse é o seu divertimento?

– Não seja precipitada, Lizzy. – Johnny a cortou, voltando prestar atenção à frente. – O que vai querer?

– Mc lanche feliz, pode ser? – ela perguntou, mordendo os lábios.

– O quê? Sério?

– Quero um Pernalonga. – disse por fim, arrancando risos do garoto ao seu lado. Looney tunes eram os brinquedinhos que estavam dando de brinde, e Lizzy não perdeu a oportunidade de fazer graça – apesar de realmente gostar do cartoon.

– Ok.. Hm, vou querer um Mcnifíco com queijo, uma coca cola dupla e batatas fritas médias. E pra ela... Um Mc lanche feliz com Pernalonga.

A mulher que os atendera dera uma encarada em Lizzy, negando com a cabeça descaradamente depois. Não era proibido para menor de dezoito anos o Mc lanche feliz, então porque tanta descontentação?

E Johnny havia achado aquilo super fofo... Então tudo estava bem.

Apesar de ainda estarem dentro de um shopping.







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