Show Me What Im Looking For escrita por xDropDeadx


Capítulo 5
O novo encontro de Johnny Christ - Parte II


Notas iniciais do capítulo

Hey minhas lindas *-*
Mais um capítulo, e aos leitores fantasmas que estão aparecendo, sejam bem vindos.
(:
Vamos nos apaixonar mais um pouco pelo Christ. kkk



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CINCO.

Parte II – Surpresas do Pequeno Polegar


Depois de finalmente terem conseguido fugir do shopping, adentraram o carro suspirando aliviados. Como sempre fora dito, alegria de pobre dura pouco. Não que Johnny Christ seja pobre, mas tecnicamente, comparado a ele, Lizzy podia ser uma. Enfim.

Aquela multidão de adoradoras de feitiçaria negra havia ficado no pé deles até que finalmente conseguissem pegar seus pedidos no MC Donald’s, e lá estavam elas se aproximando do carro. Até parecia cena daqueles filmes de zumbis, sabe? Em que eles saem correndo sedentos por carne humano. Mas antes que alcançassem o Johnny de carne nova, ele se arrancou com o carro.

– Hoje eu conheci o lado ruim da fama. Deve ser horrível não poder nem ir ao shopping em paz. – Lizzy confessou, segurando os sacos de papel com seus lanches dentro.

– Esse é um dos motivos de... Ah, falo depois. – se arrependeu. Não queria estragar a surpresa, apesar da garota ao seu lado pensar que o Mc Donald’s fosse tal. Na verdade era uma parte, não muito importante, mas de grande detalhe.

Johnny olhou de relance para Lizzy, brigando com o saquinho que protegia seu mais novo brinquedo. Era engraçado ver a cena, parecia uma criança. No entanto, aquela serenidade angelical durara pouco.

– AH EU DESISTO DESSA MERDA! – gritou revoltada, jogando o objeto de volta pra dentro da bolsa. Johnny não pode evitar rir, e logo ela também estava rindo da sua própria proeza. Não costumava ser estressada, mas aqueles sacos plásticos protetores realmente gostavam de desafiar paciências alheias.

A mesma coisa acontecia com os lacres de cd’s. Lizzy simplesmente tinha pavor de abrir seus discos novos, aqueles adesivos nunca saiam, e quando saiam sua capa já estava toda destruída. Isso é um fato, analise.



...

Johnny inspirou tenso quando avistou seu destino se aproximar. O quarteirão estava silencioso - o que era de seu agrado - não teriam problemas se alguém os visse.

– Aonde vamos? – Lizzy perguntou arqueando as sobrancelhas.

Johnny deixou que um sorriso maroto lhe preenchesse, logo após fazendo sinal para que a moça descesse do carro. Pegou de dentro do seu porta luvas duas lanternas, entregando uma delas para a garota ao seu lado.

Com seus devidos lanches e iluminação, Johnny caminhou até o prédio do outro lado da rua.

– Mas ele não está abandonado? – Lizzy perguntou, já ficando nervosa.

– Essa é a parte mais interessante. – mais uma vez maroto, a respondeu.

Ascendendo ambas as lanternas, entraram no prédio abandonado. Lizzy ainda insegura, não evitou olhar para os lados - precisava checar se alguém os veria ali dentro ou não.

O lugar na verdade não estava abandonado literalmente, estava no meio de uma reforma. O único fato que os faziam acreditar que não existia mais dono era que as verbas foram cortadas já há um mês, e nenhum pedreiro se manifestava ali mais.

– Desculpa dizer, senhorita, que nossos elevadores estão no meio de uma manutenção... O que significa que teremos que subir os próximos andares pela escada. – falou divertido.

– Ainda bem que não vim de salto!

Sem deixar que o medo e a preguiça afetasse tudo o que estava por vir, começaram subir os relances de escada, e Johnny estava agradecendo por não serem muitos os andares até chegar o terraço.

Então aquela brisa forte, misturada a cheiro de maresia infectou as narinas de ambos. Lizzy não pode evitar deixar o queixo cair ao enxergar a vista logo a sua frente. O mar estava a quilômetros de distancia, porém a dimensão oceânica podia ser muito bem observada dali de cima.

As luzes da Beach Broadway era simplesmente um charme vista daquela altura, iluminando as calçadas, estas que estavam repletas de pessoas.

– Costuma vir muito aqui? – perguntou, deixando aquele transe involuntário se dispersar.

– Ás vezes, quando quero privacidade, entende? – ela assentiu, analisando a face distraída do rapaz. – Gosto de ficar vendo o píer. – disse por fim.

Sendo a vez dele de deixar a atenção para beleza a sua frente de lado, deu-se liberdade para pegar a mão de Lizzy.

Johnny a puxou até a beira, incentivando-a a se sentar. Mas ela entrou em desespero, não se dava muito bem com alturas.

– Desculpa Johnny...

– Você tem medo?

A garota recuou um pouco, se sentindo envergonhada com a infantilidade.

– Relaxa Lizzy, eu te seguro se você cair. – Johnny soltou uma risadinha nasalada, estendendo sua mão para ela que ainda estava imóvel ali. – Vamos, Lizzy... Não vai se arrepender. É ainda melhor sentado, acredite.

Lizzy analisou a situação. Tinham enfrentado uma fila de MC Donald’s e fãs que faltavam só arrancar seus órgãos com apenas um olhar, então talvez aquilo devesse ser analisado. Não queria estragar o encontro de ambos, por mais que já estivesse ali com Johnny.

Ainda cautelosa, deu alguns passos inseguros mais a frente. Johnny ainda em pé, agarrou sua mão sem pensar duas vezes.

– Se eu morrer terá a consciência pesada pelo resto da vida. – brincou, escutando a risada meiga do rapaz soar ao seu lado.

– Está tudo bem, são apenas 12 andares. – lembrou.

– Ah claro, nem morrerei de traumatismo craniano se eu cair...

Lizzy decidiu fechar os olhos por um instante, a brisa que batia ali era boa, porém não era o suficiente para se livrar daquele medo todo.

– Acho que seria mais fácil se você abrisse os olhos... – disse ao pé do ouvido dela.

Era involuntário se arrepiar com ele tão perto, e ela se odiou por isto. Fazia muito tempo que não tinha aquela aproximação perigosa de alguém, e a sensação não era das melhores. Não que fosse ruim ter Johnny ao seu lado, mas aquele encontro era apenas parte de uma aposta, o que tecnicamente não era um de verdade.

Com a ajuda do rapaz ao seu lado sentou a beira do terraço, se sentindo mais segura conseqüentemente. Soltando um suspiro de alivio, colocou suas coisas a escanteio.

– Não é tão ruim assim, não é? – perguntou por fim.

– Não... Obrigado, Johnny.

– Pelo quê? Você me ajudou a vencer meus demônios hoje, te ajudei com o seus agora...

– Esse lance de boas ações entre a gente ta ficando estranho... – falou, escutando-o gargalhar.


...

Depois de alguns minutos dispersos sobre aquele terraço, já tinham se esquecido do mundo que o cercavam lá embaixo. As luzes da cidade mais além era apenas um detalhe, assim como o som frágil do zumbido das pessoas. Johnny e Lizzy estavam numa sintonia gostosa, conversando lá em cima. Apesar das diferenças, estava sendo uma experiência bem bacana para ambos.

Lizzy por ter descoberto um lugar maravilhoso naquela Huntington Beach que pensava conhecer tudo; E Johnny por ter sua companhia sentada ali, no final das contas.

– Acho que isso é muito pequeno... – Johnny comentou ao ver Lizzy desembrulhar seu Mc lanche feliz. – E essas batatas são muito poucas. – continuou.

– Olha só para o seu lanche! Parece o monte Everest, não fala do meu. – retrucou, fazendo-o rir fraco.

Johnny encarou mais uma vez seu hambúrguer e viu que a menina estava certa, era enorme. Mas não se importou, no entanto. Iria tomar o lugar de seu amigo Zacky aquele dia.

– Eu acho que dou conta... – mordeu – Hey! É muito bom. – disse, ainda com a boca cheia, fazendo-a rir.



...

– Mas eu preciso saber Lizzy... Você gosta mesmo do Mclanche feliz, ou era graça? – perguntou pra ela que encarava suas pernas pendidas no ar. Depois de quatro horas ainda ali em cima, tinha perdido aquele pavor todo e ficou orgulhosa de si mesma.

– Eu realmente queria o Pernalonga... Mas outra parte foi brincadeira. – respondeu sentindo as bochechas corarem. Porque ele tinha que a encarar tão intensamente toda vez que ia falar? - O lanche não é tão ruim assim! – completou divertida.

Johnny não tinha se importado se estava deixando-a constrangida, parecia que seus olhos tinham um pedaço de imã relacionado ao seu rosto. Talvez fosse seu jeito meigo de rir, ou de olhar para o horizonte.

No mesmo instante lembrou-se de como o céu era bonito dali, e se levantou rapidamente, a puxando consigo.

– O que foi?

– Deita aí!

Ainda sem entender muito, decidiu seguir exemplo do rapaz já deitado num canto qualquer do terraço espaçoso. Ajeitando seu vestido para que não acontecessem desastres na frente dele, deitou ao seu lado esperando o porquê de tudo.

– O céu... Olha pra ele. – ele apontou pra cima, sem desviar sua atenção.

Lizzy não conseguiu deixar de olhá-lo de imediato, estava se surpreendendo com Johnny a todo instante. É claro, que aos olhos de qualquer garota, estar naquele terraço já tinha sido uma atitude a não se passar por despercebida, mesmo comendo Mc Donald’s. E agora deitados para olhar o céu? Não era todo dia que apareciam apreciadores de estrelas disponíveis. Isso era tão... Original.

Johnny sentiu o olhar de Lizzy ainda sobre ele, e sorrateiramente te deu atenção. E teve vontade de rir quando a mesma percebeu e virou o rosto rapidamente para o outro lado.

Sorrindo de lado, Johnny não se importou de estar se sentindo um adolescente.





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