Show Me What Im Looking For escrita por xDropDeadx


Capítulo 25
[...] Preciso de algo em que confiar


Notas iniciais do capítulo

Hey everybody,
- Minhas lindas, muito obrigada a todas pelos reviews animadores do cap. passado, muito mesmo *-*
Whatever
Título original do cap
" Eu estou ficando velho e preciso de algo em que confiar."
Façam uma boa leitura :B



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/204739/chapter/25

VINTE E CINCO.

Um mês havia se passado, e muitas coisas haviam mudado. Em trinta e um dias muitas coisas podem acontecer, e Lizzy começara a perceber isso agora, que estava ali ao lado daquele que cada dia mais tomava conta de si.

Durante esses dias houvera pagado todas as suas contas; Jimmy ainda choramingava por Leana - e ela também por ele no fundo-, mas como Valary havia dito, um pouco de doce não faz mal a ninguém. Zacky é quem estava impaciente; Havia ficado inconformado com o plano nulo. Johnny havia tirado o gesso, e Matthew feito churrasco para seu aniversário, alegando que se Izzy não fosse uma das damas de seu casamento – que seria dali um mês – ela não iria à festa. Muitas coisas, han? Nick, Noan e Joseph não eram apenas seus melhores amigos agora, ela havia conquistado os outros, e eles não iriam deixar a surfista com uma simples tão cedo.

– Porque num restaurante chique, Jonathan Lewis Seward?

– Desde quando você olhou minha carteira de identidade?

– Na verdade eu sei seu nome inteiro desde quando você pediu para eu olhar o Wikipédia... Estava tão curioso para saber o que escreveram de você lá.

– Na página do Synyster tem mais coisas.

– Porque ele é mais bonito que você. – Lizzy debochou, vendo-o arquear as sobrancelhas. – Não, to brincando.

– Olha que toda brincadeira tem um pouco de verdade.

– É... Bem pouco. – e dessa vez ele cerrara os olhos na direção dos seus verdes. Ela riu nasalada, bebericando seu copo de cerveja. – E então Christ, porque não terraço abandonado e Mc Donalds hoje?

– Quis fazer alguma coisa diferente. Relaxa Izzy eu não vou te pedir em casamento, os anéis de chiclete não estavam legais dessa vez.

– Hm. – sorriu pra si, constrangendo-se com os olhares invasivos que Johnny lhe lançava. Depositou suas mãos para dentro do casaco fino que usava por cima da blusinha colada ao corpo. O vento que soprava por Huntington Beach aquela noite era frio, solitário. O verão estava acabando.

E ao se lembrar disso Johnny se remexeu a cadeira, incomodado com a idéia de voltar para as estradas. Era o seu lugar, com certeza, mas agora seria mais confortante se Lizzy estivesse ao seu lado, a cada cidade, a cada país que fosse por o pé. Talvez, de fato, se sentiria mais tranqüilo sabendo que nada a poderia acontecer se estivesse, definitivamente, perto dele; Como se a impressão de que ninguém naquele mundo pudesse roubá-la de si fosse possível se Lizzy se mantivesse dentro daquele ônibus com ele, mais alguns caras e cervejas, por mais alguns meses.

Sorriu para si, sozinho, e sem se importar com o cenho franzido da dona de seus pensamentos logo à frente. Estava ficando impressionado com as mudanças. Todo mundo estava mudando. Quem diria aqueles quatro garotos que sonhavam alto apenas... Andando de bicicleta pelas ruas ensolaradas, tocando mal naquela garagem da casa dos pais do Shadows. Um se casaria entre um mês, com a mesma garota que estivera ao lado de todos desde o começo; O garanhão da turma estava prestes a se confinar num casamento também. Zacky continuava a comprar caveiras para sua casa, quadros de Marilyn Monroe também, diga-se de passagem. E James... Bom Jimmy continuava o louco de sempre, mas como Val sempre disse: louco do jeito mais maravilhoso possível. Não podiam negar, todos se perderiam no começo se Rev não desse a base tão importante que sempre deu para a vida de cada um. Ele era o filha da puta mais cuzão do mundo, no entanto, era fato, ninguém acharia graça de outro alguém correndo atrás de patos se não fosse esse alto, desengonçado e com cara de bolacha.

E agora era sua vez... Era sua vez de se apaixonar, se apaixonar por alguém que valesse a pena. Viver a vida sem que fosse gastar todo seu cachê em bebidas. Aquela surfistinha era demais, pensara.

– Está vendo formigas dançantes sobre a mesa, Johnny?

– Han? Ah, não, desculpe. Só esta...

– Lizzy! – escutou uma voz ao fundo lhe interromper. O casal procurou pelo dono dela um tanto conhecida, e quase bufaram em sincronia ao ver então Tyler, acenando logo à frente.

– Só espero que ele não sente com a gente. – Johnny murmurou mal humorado, vendo-a assentir, concordando.

– Lizzy, quanto tempo. – o moreno cumprimentou então, dirigindo-se com um abraço a Lizzy. Ignorou totalmente a presença do acompanhante da ex. namorada, o que, com certeza, rendeu suspiros sonoros do pequeno Christ.

– Estou por aí, Tyler.

– Não aparece mais nas festas...

– Ela tem outras mais importantes agora. – Johnny interrompeu-o, dizendo ríspido. O moreno sorriu sarcástico, dando de ombros. Puxando uma das cadeiras da mesa logo ao lado, colocou-a ali, sentando-se junto. Lizzy coçou o cenho, e Johnny se remexeu mais uma vez em seu acento, tentando ignorar os espasmos involuntários que o incomodo daquela presença já podia lhe causar.

– Noan me contou que vocês foram ver Anthony no aniversário dele... Nem me chamaram. – continuou, fazendo Lizzy estremecer. Não era um assunto que queria tocar naquela hora, naquele local, com Johnny perto.

– Desculpe, mas é que foi uma coisa mais intima nossa...

– Eu entendo... Mas eu só queria estar lá para te ajudar, eu sei o quanto você fica mal.

– Garçom! – Johnny praticamente gritou, arrancando olhares daqueles a mesa junto dele, e chamando, inevitavelmente, a atenção de muitos outros naquele restaurante também.

O rapaz trajado ao típico smoking preto e branco de gravata borboleta se aproximou, atendendo ao pedido de uma garrafa de vinho do pequeno ali. Lizzy lhe repreendeu com um olhar significativo, mas ele ignorou, coçando a barba que já começara pontar em seu rosto.

– É um ótimo vinho este que você pediu. – Tyler comentou, vendo Johnny lhe encarar fulminantemente, porém tentando ser discreto. – Eu e Lizzy costumávamos beber vinho a beira da praia, era muito bom.

– Não estou nenhum pouco intere...

– Então Tyler... Eu acho que estamos indo já. – Lizzy cortou, já adiantando o que deveria fazer.

– Mais já? Acho que seu namoradinho tem algo a dizer.

– Não, ele não tem...

– Quer saber Izzy, eu tenho sim. – Johnny se encostou a cadeira, transparecendo calma, quando na verdade estava quase explodindo por dentro. Christ não costumava ser estressado, mas em relação aquele rapaz, seus nervos transpareciam a pele apenas por vê-lo.

– Então diga. – incentivou, tentando um tom ameaçador.

– Você é um babaca... – começou, arrancando de dentro do bolso um maço de cigarros, qual não demorou muito para acender um. – Que não sabe perder... – pausou para dar sua primeira tragada generosa. – E que teve coragem de machucá-la para se dar bem. – terminou enfim, soltando à fumaça. O mesmo garçom que trouxera a garrafa de vinho mais cedo, se aproximou, repreendendo-o com o cigarro aceso no lugar privado. Johnny assentiu, tragando mais uma vez antes de jogar a bita dentro da taça pela metade do líquido alcoólico.

Levantou-se então, entrelaçando suas mãos na de Lizzy, incentivando-a a sair dali finalmente, a passos apressados. Mas foi surpreendido por uma mão pesada lhe puxando pelos ombros, a mesma que instantes depois empurrara Lizzy, que cambaleou para trás.

Johnny fechou os olhos, tendo tempo apenas para sentir a dor do punho do rapaz lhe acertando em cheio o maxilar. Cuspiu o sangue que surgiu de um pequeno corte a sua bochecha, e a passos largos revidou com um soco muito mais potente ao meio do estômago.

Lizzy já entrava em desespero, ao chão onde havia caído conseqüentemente pelo empurrão de Tyler. Algumas pessoas já estavam em volta da moça, amparando-a, enquanto alguns garçons do estabelecimento tentavam apartar a briga, que estava beirando a violência.

Tyler parou enfim, jogando os braços dos estranhos para longe de si, jorrando raiva pelos olhos a direção de Johnny, que não fugia muito daquilo.

– Vamos terminar isso lá fora, Tyler! – Mas o pequeno conseguia sentir raiva compulsivamente.

– Vocês não precisam brigar rapazes... – um homem de meia idade, muito bem vestido, aparecera ao meio, tentando conversar, mas era, definitivamente, impossível. Izzy ainda com as pernas bambas aparecera naquele circulo também, encarando Johnny.

– Deixa ele amor, vamos embora. – pediu doce, tentando o convencer.

– Amor?! – mas Tyler interrompera aquele momento que seria deles, falando furiosamente. – Sou eu quem sou, Marie! – continuou, se aproximando a passos ameaçadores dela. Lizzy recuou para trás, transparecendo o nervoso por sua face sutilmente, qual não passou por despercebido ao rapaz.

– Me deixa em paz, Tyler. Ele é meu namorado agora.

– Grande merda esse bixinha! Diz a ele que você é minha Lizzy, como sempre foi.

– Eu não sou, e se você quer saber mais do que deveria... Ele é mais homem do que você já foi pra mim, Tyler. – cuspiu as palavras, mantendo a firmeza. O que durara pouco, porque segundos depois, seu cérebro captou a ardência logo ao seu rosto, pelo tapa que havia levado.

– SEU FILHO DA PUTA, DESGRAÇADO, EU TE MATO! – Johnny gritou descontroladamente, voando mais uma vez para cima do rapaz. Desta ninguém conseguiu, com eficazes, segurá-los, e rolando ao chão, os murros que eram dados assustavam a todos.

Lizzy segurou o cabelo, não se importando com a perplexidade do ato que acabara de presenciar. Aquilo não era importante naquele momento, ela só precisava fazer alguma coisa.

Apanhou o celular de dentro da bolsa, e discou qualquer número que apareceu em sua lista, o de Jimmy. Com as mãos trêmulas, e já não controlando o choro que começara a sair, ela escutou-o do outro lado:

Lizzy? – perguntou surpreso.

– Ji-Jimmy, por favor, vem pra cá... O Johnny va-vai acabar matando ele!

Se acalma Lizzy. –pediu preocupado, notando os soluços da surfista. – Onde vocês estão?

– Aqui no Waterfront, anda Jimmy!

Já estou indo!

Lizzy, rapidamente, voltara à atenção para o pequeno, este que já havia sido, por sorte, domado por três homens. Tyler sangrava muito a região de seu nariz, talvez, de fato, houvesse quebrado. Mas aquilo não importava para ela, que tivesse realmente se fodido com aquele nariz, quase que pensou alto.

Correu até o namorado, lhe abraçando.

– Vem, vamos sair daqui. – Ele disse enfim, puxando-a para o lado de fora do restaurante. As pessoas ainda estavam perplexas, apenas encarando a fumaça do casal que houvera passado pela porta. Já Tyler tivera que ficar, sendo forçado pelo gerente que pagasse pelos danos causados, não só ao físico do restaurante, mas sim aos clientes que ali estavam presentes.

– Deixa eu ver isto aqui. – Lizzy o encostou a parede, metros distante da entrada do estabelecimento, analisando seu supercílio cortado. – Nunca mais faça isso Jonathan!

– Ele te machucou? – perguntou exasperado, pousando suas mãos sobre a bochecha atingida mais cedo da mulher.

– Não mais que você a ele.

– Ótimo! Vamos sair daqui.

– Espera! Daqui a pouco o Jimmy chega...

– O quê?

–Desculpa. Eu estava desesperada e sem saber o que fazer, liguei para ele.

Ele mordeu os lábios, franzindo o cenho. Aquele local também doía. Lizzy se manteve a milímetros distantes, sentindo vontade de abraçá-lo simplesmente, mas não o fez. Ele estava nervoso.

– Johnny Christ voltando as suas raízes?! Essa eu queria ter visto! – Jimmy chegou gritando, rindo. Rindo da própria desgraça do amigo. – Pelo menos evoluiu! Briga em restaurante chique agora.

– Cala a boca Jimmy! – Lizzy repreendeu, lhe estapeando os braços.

– Vamo indo antes que a polícia chegue. – disse enfim, esperando que Johnny abrisse seu carro.

– Você veio a pé da sua casa até aqui seu inútil? – o pequeno perguntou, franzindo o cenho.

– Digamos que eu estava ocupado demais quando a esperta da sua namorada aos prantos me liga. Lizzy, Lizzy, está me devendo uma transa.

– Eu enfio o pau no seu cu seu idiota. – Johnny revidou. De fato, ainda estava se recuperando do estresse, ou talvez, apenas fizesse isso de verdade, no dia seguinte, quando estivesse esquecendo a imagem de sua namorada sendo machucada, mais uma vez, por aquele que agora não fazia questão de pronunciar o nome.

– Lizzy da próxima vez deixa quieto. Chamar esse ai, só vai dar em pipoca, porque ele só ia ficar assistindo. - Johnny contou, negando com a cabeça enquanto se arrancava com o carro, vendo o amigo largado ao banco de trás, rindo. Sempre rindo.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!