Show Me What Im Looking For escrita por xDropDeadx


Capítulo 13
[...]Onde nada parece ser uma simples coincidência


Notas iniciais do capítulo

Hey.
Título original:
" Há um lugar onde nada parece ser uma simples coincidência."
Trecho de 4:00am (:
- Bom, eu sei que vocês não gostam muito de cap's sem JOhnny, mas eles são precisos ok? Compreendam >.
Façam uma boa leitura! (:



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TREZE.

[...] Não vai se arrepender se algo começar a funcionar entre vocês dois.

Aquelas palavras de Valary latejavam a cabeça de Lizzy, esta que como sempre não abriu mão de seu ritual matinal. Por mais que o sol fosse fraco sobre as montanhas e a brisa fosse gélida, não se importou. O mar era calmo, doce, coberto por marés relaxantes. Precisava ficar deitada sobre sua prancha, apenas observando o céu sobre si... E pensar, ela precisava e muito.

O que fazer quando uma avalanche se desliza sobre sua vida? Aqueles testes vieram rápidos demais, afinal. Não estava esperando que viesse a cair junto com passagens aéreas, um cara com uma prancha alugada.

Fazia sentido? Uma hora estar totalmente entediada com sua vida porque nada acontece e quando você finalmente decide botar moral e conceitos nela, tudo praticamente começa a aparecer como oportunidades em sua volta!

Morava desde quando se dava por gente naquela casa beirando o mar, naquela cidade, que pra falar a verdade nem sempre foi tão tranqüila assim. Mas tinha que encontrar com ele quando estava pronta para arrumar suas malas? Para arrumar sua vida.

Não era sua obrigação aceitar, por mais que tivesse vagos três meses concebidos para pensar sobre o assunto. Porém, não podia negar que a proposta era de total assédio. Ela sempre sonhara em conhecer novos lugares, estes que pudesse desfrutar de seu amado surf; Mas aquele cara controlador de baixos deu-se por sua vez também. Tantos mas.

Se tivesse esperado mais alguns dias para fazer aquele teste, ou se não tivesse ido à praia naquela manhã... Quem sabe.

Coincidências, destino, chamem como quiser. Mas parece que “A hora certa no lugar certo” foi de total veredicto naquele dia ensolarado em que teve que salvar Johnny de um afogamento.

Lizzy não queria atropelar as coisas como uma onda, por assim comparar, mas por mais que ela se sentisse confusa novos conceitos estavam aparecendo. Pediu para mudar de vida e vendo que seu pedido tinha sido atendido com agilidade e destreza, ela decidiu criar outra teoria.

E ali, deitada sobre a prancha que ganhara do tal porco espinho punk, Lizzy Marie concluiu que se ao pedir mudanças em sua vida aparecera também Johnny Christ, este que não surgiu apenas de passagem... Ele poderia ser uma hipótese para tal realização.

Tem coerência, não?

Aquele teste sobre sua cama iria tomar rumo para dentro de sua gaveta, pelo menos pelos três meses que tinha para pensar melhor na proposta.

Em três meses muitas coisas podem acontecer... E mudar também. Nessa vida, nunca se sabe.





...

– Eu não acredito que você foi parar na casa do Shadows. O que está acontecendo por aqui, terremoto? – Nick desatara a falar assim que soube da noite anterior da amiga.

Lizzy nunca conseguia se esquivar dos interrogatórios de seus amigos, ainda mais quando ficavam sabendo que ela chegara ao amanhecer em sua casa. Não era possessividade, talvez um pouco de super proteção, mas era por boa intenção sempre. Lizzy era mais nova e em conseqüência era tratada como a irmã caçula dos três; Ela gostava dessa sensação de saber que, apesar de tudo, ainda existia pessoas que se importavam com ela.

– E como foi? – Joseph perguntou normalmente, mais calmo que o rapaz ao seu lado.

– São pessoas maravilhosas, vocês nem imaginam! Super divertidos e simpáticos o tempo inteiro...

– Deve ser porque você está entrando para a família. – Noan deixou escapar baixo, porém audível para todos que estavam sentados ao seu redor naquela bancada. Lizzy o encarara surpresa, vendo uma expressão diferente sobre o rosto de seu amigo.

– O que foi Noan? – perguntou, já captando um suposto incomodo no amigo. Conhecia todos eles muito bem para que passasse por despercebido frases, gestos e olhares confusos para paredes.

– Nada. – respondeu indiferente, voltando à atenção para a tigela de cereais que roubara da mesma.

– Tem alguma coisa errada sim que eu sei, desembucha.

– Preciso mesmo dizer? Acho que está bem claro, e olha que não sou só eu quem acha isso.

– Não está nada claro para mim, Noan. Anda, fala!

– Qual é Lizzy! Todo mundo sabe que você ta de rolinho com aquele rockeirinho. Você nem aparece mais nas festas! Chega tarde em casa e quando conversa com a gente fica viajando. Está parecendo uma adolescente idiota! – desatou a falar de uma vez, elevando o tom de voz.

Izzy piscara algumas vezes, perplexa. Não estava acreditando no que estava ouvindo, ainda mais vindo dele, seu melhor amigo.

– Porque está falando assim comigo, Noan? Você sabe muito bem porque eu não vou a certas festas.

– Por causa do Tyler? Como se isso já tivesse te impedido das outras vezes, não é?

– Você está com ciúmes, é isso?! O que aconteceu, Noan... Bateu a merda da cabeça? Você não é assim.

– Passei a ser Marie depois que esse grupo passou a não ser mais o mesmo. – disse frio, saindo pela porta como um furacão.

Lizzy ficou catatônica ali mesmo, encarando a fumaça de Noan. O peito doeu ao escutar aquelas ultimas palavras do amigo, sinceramente não esperava que uma discussão boba terminasse naquilo. Naquele assunto que ela tanto odiava, por mais que não fosse aprofundado.

Ele estava sendo infantil e imaturo, Lizzy tinha absoluta certeza daquilo. Podia muito bem não se importar, mas aqueles garotos definitivamente eram tudo pra ela, e ter um deles praticamente a esmurrando através de palavras a fez perder o rumo.

– Lizzy? – escutou a voz doce de Nick a chamar. Parecia que a voz vinha de quilômetros distantes. Mal percebera que ficara paralisada por longos minutos sem piscar e sequer se mexer; seus olhos ardiam.

– Olha... Não fica com raiva dele. – Joseph começou cauteloso.

–Não estou com raiva... Apenas chateada. Não esperava ouvir isso dele mais uma vez, depois de tanto tempo.

– Eu sei, mas apenas ignore e esqueça. Ele vai se arrepender mais tarde, só estava estressadinho.

– Não sei se consigo esquecer, pelo menos não por hoje.

– Escuta... Estamos aqui com você, sempre estivemos ok? Não se remoa com essas palavras fúteis de Noan. Como eu já te disse estava com ciuminhos besta de amigo, logo ele voltará pedindo desculpas pra você.

A tensão que Lizzy estava sentindo ainda era grande apesar das palavras confortadoras de seus outros dois amigos. Mas a imagem de Noan saindo transtornado de sua casa não se apagava mais de sua memória. Aquilo fazia seu coração apertar um pouco dentro do peito, e não era só pelo fato das palavras cuspidas de Noan e sim do que despertara dentro de si. Aquele velho sentimento que finalmente havia se esquecido de sentir por tanto tempo. Não queria que tivesse voltado, mas aconteceu e parecia que com mais intensidade.




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