Show Me What Im Looking For escrita por xDropDeadx


Capítulo 14
Na embarcação que os leva sem destino


Notas iniciais do capítulo

Heey minhas lindas.
Queria agradecer em especial hoje a Carol Bertozzi que fez uma recomendação linda pra fanfic aqui e no blog lindo dela.
E quem quiser dar uma olhadinha, vale a pena viu ;D
http://therainbowconection.blogspot.com.br/2012/03/welcome-to-paradise.html
Obrigado linda. *-*
- Bom vamos de mais um. Façam uma boa leitura. (:



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QUATORZE.

Lizzy dedicou as próximas horas a pensar em algo que pudesse dizer ao seu amigo, que o fizesse se convencer de que estaria sempre por perto deles, independente de qualquer coisa. Mas as palavras acabavam se embolando dentro de sua cabeça e nada convincente aparecia no final. Noan nunca fora ciumento ao extremo com Lizzy, e aquilo a incomodava mais que qualquer outra coisa no mundo. Só de pensar que poderia perder ele por coisas banais e ma resolvidas, um nó na garganta se formava.

– Lizzy! – escutou a voz de Joseph a chamar no andar de cima. Para que aquele clima acabasse, pediu para que os amigos passassem à tarde com ela em sua casa.

– O que é?! – gritou lá de baixo.

– Eu estou derretendo nesse chuveiro, como que desliga?!

– Tem uma chavinha atrás da porta, puxa a terceira pra baixo! – continuou gritando, esperando o amigo dizer que havia conseguido, mas ao invés disso todos os eletroeletrônicos que estavam ligados naquele instante haviam se apagado.

– Droga Jose, você desligou a energia! Não mexe em nada, ok? Já estou subindo.

Com cuidado Lizzy se livrou da cabeça de Nick, este que já dormia com efeito dos cafunés da garota. Aos passos apressados, ela subiu as escadas indo até o banheiro.

– Você ta de toalha?

– É claro né, garota. - respondeu rindo.

A menina o acompanhando, adentrou o banheiro. Analisou a caixa de trás da porta, decidindo primeiro reorganizar a bagunça que o amigo tinha feito na mesma.

– Olha aqui... – apontou para uma delas – Eu disse a terceira, não todas as chaves existentes seu mané! – disse por fim, dando um tapa leve em sua cabeça. Ele não deixando quieto a agarrou, puxando-a pra dentro do boxe. Ligou o chuveiro - este gelado agora – e vendo que somente Lizzy iria ser favorecida com a água, escutou os insultos da menina ao ser molhada.

– Lizzy! – escutou a voz conhecida de Johnny lá embaixo e congelou.

– Droga Joseph, olha meu estado!

– Vai! Vai trocar de roupa que eu atendo.

A menina saiu em disparada para o quarto, escorregando algumas vezes no piso perfeitamente encerado.


Johnny já estava ficando impaciente com a demora de Lizzy, a garota nunca demorava para ir o atender. Mais alguns segundos e o mesmo estava a encarar Joseph apenas de bermuda e com o tronco molhado. Desejou que tivesse sido apenas fruto de sua imaginação as coisas que havia lhe aparecido em mente.

– A Lizzy está?

– Claro campeão. Entra aí. – mesmo não gostando de ter sido chamado daquele modo, adentrou a sala da garota, vendo Nick dormindo pesadamente no sofá. Ele sabia que eram os melhores amigos de Izzy desde o inicio, mas não pode evitar o incomodo ao ver Joseph daquele jeito. E todas aquelas idéias florescentes que haviam despertado em sua mente, apenas foram aprofundadas ao ver Lizzy descer as escadas com uma toalha na cabeça.

– Oi Johnny! – ela o cumprimentou sorridente, como sempre.

– Hey Lizzy... – porém aquele mesmo entusiasmo de antes havia morrido no rapaz. Johnny não sabia ao certo como reagir, ou se devia. Porém tinha absoluta certeza de que ficar ali não queria.

– Está tudo bem? – perguntou desconfiada.

– Tudo sim... Atrapalhei alguma coisa? – perguntou cauteloso, com medo da resposta. Lizzy franziu o cenho um pouco confusa, mas logo entendeu.

Tinha motivos para pensar mal daquele momento, ela estava com os cabelos enrolados numa toalha, o que tudo indicava que havia acabado de sair do banho; E bom, seu amigo estava com o abdômen respingado por gotas d’água.

Ela bateu na testa, se amaldiçoando.

– Não, Johnny! Não é nada do que você está pensando! – se desesperou em explicar.

– E o que eu estou pensando? – já não tinha certeza se deveria agir daquela forma.

– Que eu e o Jose...

– Hey cara! Nada haver, a gente só estava arrumando o chuveiro! – Joseph se intrometeu, tentando concertar o mal entendido de sua amiga.

– Sei... – mas Johnny pareceu não acreditar, e a feição de Lizzy naquele momento não era das melhores. – Acho que eu já vou indo Lizzy, esqueci que tenho algumas coisas pra fazer.

Johnny deu as costas desconcertado, saindo porta a fora.

Lizzy passou a mão pela tolha pendurada na cabeça e a tirou rapidamente. Não se importando com o cabelo todo embaraçado, saiu correndo no mesmo instante atrás de Johnny, este que andava com passos apressados pela extensão da praia.

– Johnny, espera! – Lizzy gritou, mas ele ignorou. Só queria percorrer a margem da praia, chegar até a costeira e esquecer o que tinha visto e imaginado. Porém não havia prestado atenção em seus amigos sentados na areia mais a frente, curtindo os raios solares já intensos da tarde.

– Johnny, ta tudo bem? – escutou Matt perguntar. Levou um susto ao ver todos o encarando confusos.

– Johnny! – e a voz de Lizzy mais ao fundo o fez querer sair correndo. Não estava entendendo tal sentimento, mas só queria pensar. Porém, sentiu as pequenas mãos delicadas da surfista agarrar um de seus braços, o impedindo de concluir tal idéia.

– Porque está fugindo de mim, Johnny? Eu não fiz nada.

Não se importou se todos estavam encarando os dois com um ponto de interrogação na cara, eles precisavam tirar a limpo supostas atitudes. E ela definitivamente não o deixaria sair correndo mais uma vez.

– Você já tem alguém, não é?

– O quê? Não seja ridículo, Johnny! Você sabe que aqueles meninos são como meus irmãos. Me da até calafrio só de imaginar que você pensou alguma coisa dessas...

– Mas eu vi voc...

– Johnny você supôs o que viu, na verdade não viu nada. Como Joseph tentou te explicar, estávamos arrumando o chuveiro.

Johnny sentiu as bochechas corarem imediatamente, não só pelo fato de estarem todos seus amigos ali, assistindo de camarote o showzinho de ambos; Mas tinha sido definitivamente a pessoa mais burra do mundo de ter feito aquilo com Lizzy sem antes procurar saber melhor sobre os fatos. Não costumava agir impulsivo daquele modo.

– Acho que vou me afogar ali e já volto! – o rapaz falou, dando as costas para a menina que mais uma vez agarrou seus braços, virando-o para ela. – Me desculpa Lizzy...

Cabufa! –escutaram a voz debochada de Jimmy.

– Isso, estraga tudo! – e logo após a de Valary que deu um tapa no braço do mesmo, o repreendendo.

– Agora será que posso ir para casa arrumar esse cabelo, tendo a certeza de que você não vai sair correndo de mim outra vez? – ela perguntou, o fazendo rir fraco.

– Posso ir junto?

– Mas é claro. – disse por fim, entrelaçando suas mãos na dele. Acenando para os outros que admirava a cena com risos aos cantos da boca, fizeram o mesmo, vendo ambos se distanciarem logo após.

Johnny se mantinha cabisbaixo, sentindo que ficaria constrangido pelo resto do dia. Não podia negar agora que havia agido como um perfeito idiota, e o fato que mais o incomodava era que, ao todo de toda essa situação, não tinha absolutamente nenhum motivo para ter feito o que fez. Afinal, Lizzy não era apenas uma amiga?

Ao adentrarem o sobrado amarelo da garota, Nick ainda dormia largado no sofá e Joseph jogava vídeo game sentado no chão. Também precisava se desculpar com ele, tinha sido grosseiro.

– Joseph? – Johnny chamou, quebrando a atenção do rapaz concentrado ao jogo. Lizzy apenas observando já imaginava o que viria dele.

– Desculpa cara, estava com a cabeça quente.

– De boa, Jhow.

Encarando Lizzy atrás de Johnny, Joseph percebeu que deveria deixar os dois sozinhos, e apesar de Nick estar desmaiado no sofá aquilo não seria problema, entretanto. Precisavam ficar um tempo a sós para concertar aquele constrangimento todo.

– Bom, eu vou indo galera. – acenou enfim, saindo pela porta.



Depois de alguns segundos se entreolhando, Lizzy avisou Johnny que iria até o quarto arrumar aquele bolo em sua cabeça que agora não podia nem ser chamado de cabelo.

Apanhou sua escova lilás de cima da penteadeira e começou o processo difícil pelos seus fios.

– Posso te ajudar? – se assustou com a voz súbita de Johnny, o vendo adentrar o quarto dela.

O mesmo pegou delicadamente a escova das mãos da garota, esta que analisava toda a situação com certo nervosismo.

Johnny com todo o cuidado que podia ter, tentou deslizar a escova pelos fios longos da mulher.

– Como você conseguiu fazer isso? – perguntou rindo, a fazendo corar.

– Correr atrás de idiotas é nisso que dá. – respondeu, vendo-o a olhar incrédulo. – Brincadeira!

– Idiota né? – agarrou os braços da menina e a jogou na cama em seguida, onde começou a enchê-la de mordidas na bochecha.

– Para Johnny!

– Então diz que eu não sou um idiota!

– Você é o maior que eu já vi!

– Ah, sua teimosa!

Lizzy tentava ao máximo reprimir sua vontade de rir escandalosamente, mas se lembrara que seu amigo estava dormindo no andar debaixo. Por fim se aliviou ao ver que o rapaz se cansara como ela da brincadeira.

– Você é linda. – escutou a voz delicada de Johnny escapar de suas cordas vocais. Sentira aquelas famosas cambalhotas no estomago lhe atingir como quando estava no colegial.

– Bom saber o que você acha.

Johnny não podia negar que aquele sorriso, agora, a milímetros de distancia, havia o inspirado. Ele estava terrivelmente apaixonado por Izzy. Vendo o sol reluzir o rosto da garota a sua frente, não teve mais dúvidas.

Encostou levemente seus lábios sobre o dela, fechando os olhos para sentir o toque aveludado. Sentindo cargas elétricas vinda de seus batimentos ardíacos, recebeu a passagem que queria para aprofundar o beijo. Chegou a se perguntar por instantes como fora acontecer daquele modo tão intenso, mas seu gosto doce o fazia se embolar no meio de seus pensamentos e teorias. Não se importava no final das contas, só precisava saber se ela também o queria como ele.

– Lizzy!

– Eu acho que conheço essa voz de alg... – quebrou o beijo ao escutar alguém chamá-la.

– Jimmy? – Johnny perguntou pra si, franzindo o cenho. A menina desceu as escadas correndo, sendo seguida por Johnny logo atrás.

– O que estão fazendo aqui? – perguntou mau humorado ao se deparar com todos seus amigos ali na porta. Afinal estava quase se convencendo de que abrir o jogo com Lizzy seria a melhor coisa a se fazer, precisava que aquela confusão toda dentro de si se resolvesse. Mas tinha sido cruelmente impedido por aqueles armários ambulantes.

– E ai, anão. Cadê a nossa surfista? – James perguntou empurrando Johnny pro lado para ter passagem, indo mais a frente onde Lizzy estava estática com Nick de boca aberta e cara amassada do seu lado.

– Oi Lizzy! – Jimmy a cumprimentou, agarrando-a e dando um daqueles abraços esmagadores que ela se acostumaria com o tempo.

– Hey Jimmy.

– Oi Lizzy! – escutou a voz rouca de Matt.

– Oi Lizzy! – Brian

– Oi Lizzy! – e por fim, Zacky.

Era festa agora?

– O que estão fazendo aqui? Quer dizer, como descobriram onde eu moro?

– Reconhecemos o carro do Johnny aqui perto e perguntamos pra um surfista por ali onde você morava. Você é bem conhecida por aqui, né? – Matt desatou a falar, deixando Lizzy meio tonta.

– Deve ser porque ela arruma as pranchas da maioria deles... – Nick se manifestou, arrancando a atenção de todos. Estava quase matando Lizzy por não ter o apresentado, e sacando o que o amigo que queria, ela o fez rapidamente.

– Gente, esse é o Nick.

– Oi Nick! – cumprimentaram em couro.

Não preciso nem mencionar a áurea que instalou ao redor do garoto.

– O que estão fazendo aqui? – Johnny perguntou, cerrando os olhos aos amigos.

– Da licença que o papo é reto aqui com a nossa surfista. – Brian respondeu, se sentando no sofá da garota que olhava tudo e a todos com curiosidade. – A gente veio pedir sua ajuda, Lizzy!

– O que precisam? – ela perguntou atenciosa.

– Vou pedir Michelle em casamento e estou precisando de ajuda para escolher algum lugar e um anel decente, me ajuda? – fazendo bico ele pediu e a menina não pode evitar rir com aquilo.

– Mas é claro!

– Essa é a minha garota! – Brian respondeu animado, indo até Lizzy e a abraçando. – Desculpa corta o seu barato Johnny!

– Amanhã Valary passará aqui pra te buscar, Lizzy. – Matt disse enfim, fazendo-a arquear as sobrancelhas. - Ah é, o desesperado aqui pediu ajuda dela também, vê se pode.

– Tudo bem, Brian. Mas fique sabendo que precisaremos da sua companhia.

– UI! Mal posso esperar pra andar pelas ruas acompanhado de vocês duas! – brincou malicioso, recebendo tapas sincronizados de Matt e Johnny.

– Isso porque vai casar... – Zacky comentou, coçando a nuca.

– Ah fica quieto na sua, porpeta! Pelo menos ele tomou atitude! – Johnny se enfiou no meio das trocas de gentilezas.

– Com coisa que você tem né, Johnny. – e recebeu seu troco.

As bochechas dele queimaram instantaneamente, assim como um seco passou por percebido em sua garganta.

– Vixi depois dessa é melhor a gente ir... – Jimmy falou rindo, abraçando Lizzy e saindo porta a fora, assim como todos os outros fizeram a seguir também.





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