Show Me What Im Looking For escrita por xDropDeadx


Capítulo 11
De paz com a mente, essa tão difícil de encontrar


Notas iniciais do capítulo

Meus reviews estão caindo [aaaaaa]
gente apareçam T_T



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ONZE.

– Acorda, Johnny! – escutou uma voz distante. Remexeu-se na cama algumas vezes pensando ter vindo de seu subconsciente, mas quando sentiu o baque de seu corpo ao chão, se despertou ao impulso.

– MAS QUE MERDA VOCÊS VIU! – praguejou, vendo seus amigos rindo da sua cara amassada. - Não posso dormir nem dentro da minha própria casa.

– Isso aqui não é uma casa, é um chiqueiro. – Zacky falou, analisando o cômodo realmente bagunçado ao redor.

– O que vocês querem em plena madrugada? São oito horas da manhã!

– Te mostrar uma coisa. – Brian chegou mais perto, estendendo algumas folhas enroladas para Johnny, que as olhou com uma careta.

Tomando de suas mãos sentou-se na beira da cama, vendo o nome de um blog, daqueles amadores sem dúvida.

Ao percorrer os olhos para o conteúdo imprimido sobre os sulfites, praguejou até a quarta geração de quem quer que fosse o autor daquelas fotos e textos de quinta. Como podiam ser tão rápidos assim para publicar fofocas? Se fosse noticias produtivas levariam semanas para montá-las, mas quando se tratava da vida alheia, tinham a língua afiada.

Folheando rapidamente demais folhas, viu as outras imagens. O sorriso de Lizzy poderia ser apreciado, se não subjugado todo o ocorrido.

“Um passeio na praia ao final da tarde totalmente dedicado a sua nova namorada, Johnny Christ, baixista da banda de metal da cidade de Huntington Beach, Avenged Sevenfold, balançou o coração das fãs. Aparentemente romântico, o musico trocava caricias com a garota sobre o cais da Beach Broadway. Será que faz tempo que estão juntos? Que seja. O passeio se concluiu na Broadway’s Store, uma famosa loja de cd’s da região [...]“

Johnny então viu mais ampla à foto de ambos ao lado da máquina de prévias musicais. Ele estava com os headphones, e Lizzy sorrindo abertamente para o mesmo.

“Resta-nos saber quem é a sortuda.”


– Essa gente são uns putos de uns desocupados! Mas que merda, não posso nem sair com uma amiga que já inventam que é minha namorada.

– Amiga? Aham. – Jimmy falou coçando o nariz, controlando o sorriso maroto.

– Johnny, você sabe que as coisas são assim mesmo. – Brian falou surpreendentemente sério. – Lembra no começo de mim com a Michelle? Do Zacky com a Gena... Até do Matt com a Val. Isso porque ela já era assumida como namorada dele.

– Não precisa ficar nervoso... Só mostramos isso pra você porque é engraçado, Johnny. – Zacky continuou também sério, ao incentivo de todos. Até Jimmy, mesmo que do sei jeito, demonstrara seriedade enquanto ao assunto. E Johnny não fez nada mais nada menos do que franzir o cenho, com um ponto de interrogação reluzindo no meio de sua testa.

– Eu que fumo maconha e vocês que ficam doidões?

– Nada, anão. A gente sabe como isso é chato... – Matt se manifestou, cruzando seus braços musculosos na altura do peito.

– Mas não pode negar que é engraçado ver essa gente perder seu tempo falando merdas. Nem da pra acreditar que ganham pra isso! – Jimmy disse, sorrindo normalmente.

Johnny piscou os olhos algumas vezes. É claro que tinha seus momentos de maturidade com seus amigos, mas aquilo tinha sido definitivamente a coisa mais esquisita até então. Não seria zoado por estar com cara de idiota na foto e nem por estar numa loja de cd’s, rindo abestalhado para a surfista.

Definitivamente esperava que o efeito daquela droga nunca passasse.

– O que vai fazer mais tarde, Christ? – Matt perguntou, se virando antes de sumir totalmente pela porta junto com os outros.

– Nada, eu acho. Por quê?

– Val quer ver você... Leva a surfista. – piscou saindo em seguida.

– Pra tirar mais umas fotos com cara de trouxa! – Brian gritou já a meio fio da escada, fazendo-o revirar os olhos.

– Ah, já tava demorando praga! – resmungou.

Johnny ficou mais um tempo encarando as barbaridades escritas logo ali, naquelas folhas sobre suas mãos. Teve vontade de rasgá-las em pedacinhos, mas decidiu não o fazer. Queria mostrar para Lizzy, precisava ver qual seria sua reação a partir de sua atitude não dos outros. Afinal, estava sendo rotulada do que definitivamente não era, talvez não até as vacas extraterrestres terem feito Johnny a atacar.




...

– Porque você está dando tanta risada assim? – Johnny perguntou franzindo o cenho, encarando uma Lizzy totalmente entregue a gargalhadas.

– Vai falar que você ficou incomodado com essa merda?

– Han? Lizzy, você é doida? Eles estão falando de você ai!

– Qual é! Desculpe, Johnny... Mas eu não consigo entender como conseguem ser tão patéticos assim. – disse recuperando o ar.

Colocando a mão no peito e tentando não ligar muito para sua cor vermelha excessiva, caminhou com as folhas até o outro lado da bancada, onde ambos estavam sentados na cozinha. Com uma tesoura sem ponta, recortou a foto dos dois dali e pendurou em sua geladeira com um imã.

Johnny de inicio não entendeu muito, mas depois que viu a foto de ambos reluzente sobre a geladeira acinzentada da garota, sorriu abertamente, não contendo o encantamento com tal atitude.

– Pronto, agora a minha geladeira não é mais solitária. - comentou, sentando ao seu lado.

– Eu fiquei muito nervoso, sério...

– Não sei por que, pura besteira.

– Pensei que você também ficaria incomodada.

– Pelo que? Pelo fato de estar estampada num blog que com certeza deve percorrer Estados Unidos inteiro, ou pelo fato de terem me chamado de sua namorada?

– Não sei... Por ter sido estampada num blog que percorre o país inteiro? – perguntou rindo maroto.

– Apertou o botão do super ego de novo, Christ? – defendeu dando um soquinho leve em seu ombro.

– Já temos noticias...

– Esse deve ser o lado ruim de ter um amigo rockstar! – disse debochada, vendo-o se remexer na banqueta.

Johnny não sabia se era o fato de ter sido chamado de amigo que houvera o incomodado profundamente, mas sentiu como se toda aquela empolgação houvesse simplesmente diminuído em partes.

Mesmo relutando enquanto aquele assunto, precisava tirar a limpo. Passara a melhor noite da sua vida e não era só por causa do efeito da droga, isso ele tinha absoluta certeza.

Conseguia se lembrar perfeitamente das conversas loucas e sem sentido que teve com Lizzy, principalmente de seus lábios tocando aos delas, esses tão aveludados e doces. Antes que se viciasse naquele gosto e ainda mais naquela garota, precisava saber se por parte dela não era só a erva falando mais alto.

– Lizzy...

– Eu não me arrependi. – respondeu, já adivinhando o que ele perguntaria. Era fato que aquele silêncio e o modo de como ele a olhava eram por conta de seu incomodo enquanto aquele assunto.

– Sério?

– Eu não estava doidona, Johnny. Lembro-me de tudo, ok? Até das vacas extraterrestres. – completou rindo, vendo-o não se segurar também.

– Ótimo... Porque eu também.

– Terá que dar metade do dinheiro da maconha, Johnny. – disse séria, o fazendo piscar tenso algumas vezes. – Nick descobriu que a gente roubou dele! – confessou rindo nasalada.

– Eu bem que te avisei que não era uma boa idéia.

– Ata! Só me fala qual outra droga que eu usei então, porque pelo que eu saiba foi você quem deu a idéia.

– Tudo bem. – disse enfim, levantando os braços em rendição. – Eu te ajudo a pagar o bagulho, falou? Não sou tal malvado assim... Mas antes tem que fazer uma coisa.

– O quê? – perguntou arqueando as sobrancelhas.

– Ta a fim de ir até a casa do Matt comigo? – perguntou meio sem jeito.

– Aquele seu amigo cheio de tatuagens e todo múscu... - explicava fazendo gestos com as mãos em seus bíceps magros. Johnny revirou os olhos, interrompendo-a.

– É... É esse mesmo. Na verdade, nunca tente definir meus amigos por tatuagens, todos eles tem até a testa.

– Olha só quem fala...

– Enfim, vai ou não vai senhorita complicação? – perguntou de novo, tedioso enquanto revirava os olhos.

– Mas é claro maconheiro! – piscou, vendo-o sorrir satisfeito.




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