Narração por Isabella Swan

Levei a mão à testa, sem sequer abrir os olhos. Ela latejava, com certeza por causa da noite passada. Por falar nela, não me lembro muito o que aconteceu. Lembro-me apenas de beber com a Alice e Jessica...

- Bom dia, Bellinha. - Abri os olhos assustada. 

Eu estava no quarto da Alice, com um pijama que nunca havia vista na vida, com ela parada, me olhando no pé da cama.

Levantei-me por impulso. - O que eu faço aqui?

- Bom, ontem você estava dopada de tão bêbada, e então eu pedi para o Edward te trazer, lá para as seis da manhã...

- Se-seis da manhã? Que horas são?! - Desesperei-me.

- Vai dar quatro da tarde... - Ela sorriu, e começou a lixar as unhas com uma lixa que achara no movel. - Todo mundo já acordou.

Levantei-me, ficando de pé. Cambaleei de tontura. O que havia acontecido comigo? Eu estava péssima! Forcei para chegar ao espelho e ver o estrago.

Eu estava horrível! Meu cabelo estava muito bagunçado, minha maquiagem estava borrada, eu estava mais pálida que o normal, e meu corpo tinha marcas estranhas, como as de chupões.

Que vergonha! O Edward me carregou até o quarto dessa forma? O que aconteceu, aliás? O que eu andei fazendo até as seis da manhã? Ai meu Deus, será que ainda sou virgem? Será que eu machuquei alguém? Será que...

- Alice? - Edward invadiu o quarto evagar, e eu fiquei escondida no banheiro, para ele não ver a demônia que eu estou. - O último convidado acabou de sair.

- Finalmente. A festa começou às seis da noite de ontem e termina quatro da tarde de hoje?

- Pois é... Ei, ela acordou?

Logo reparei que ela sou eu.

- Acordou. Está no banheiro. Mas... Me diz, o que você achou dela ontem? Quero dizer, da cena dela com outros caras... Eu sei que você gosta dela e ficou chateado. Pode falar.

Ele suspirou.

- Eu fiquei mau sim, Alice... Mas ela tem o direito de fazer o que quiser, afinal nós nem saimos ainda... E nem sei se vamos sair mais.

- Como assim? Ontem você nem tocou em nenhuma garota e fica pensando nisso? Tem que valer a pena, vou falar com ela.

- Não! Não precisa. Ela vai se quiser, e ponto. Agora eu vou descer, tá bem? Vou tomar um banho, dormir um pouco...

Afastei-me da porta. Eu precisava sair dali, tinha de ir embora. Ia pegar um ônibus e sair. Estava magoada demais. 

Como eu pude fazer isso com o Edward?

Vesti minhas roupas que estava na pia, e debrucei-me na janela. A queda não seria grande, afinal é o primeiro andarm direto para as plantas espinhosas.

Estava decidido. Joguei-me da janela, caindo de costas nos espinhos. Doeu, mas rejeitei qualquer som que eu poderia fazer de dor. Comecei a me rastejar para fora do gramado, e enfim levantei-me.

Estava tonta. Estava com o corpo dolorido e pesado, e sentia que iria cair. Continuei andando na rua, cambaleando. Não ligava para o que pensariam de mim, apenas continuei a caminhar.

Logo vi uma luz. Minha visão estava ficando embaçada, e eu sabia que não aguentaria por muito tempo.

Logo um som, uma buzina. Olhei para o lado, e não pude ver mais nada, além do impacto. A dor. E os gritos.

Estava tudo negro. Eu não enxergava nada, mas ainda conseguia escutar. Uma voz grossa e segura gritava. Era uma voz familiar.

- Ai meu Deus, você vai ficar bem, calma. Liguem para uma ambulância! Temos um atropelo aqui!

Logo então perdi a conciência de vez.