Narração por Isabella Swan

– Você o que?! - Jessica gritou, e minha mão foi diretamente para a boca dela. Que garota escandalosa!

– Sim, eu vou estudar na casa do Cullen, obrigada por berrar e repetir tudo o que eu falei... - Revirei os olhos, irritada. A Jessica pode ser uma ótima amiga, mas de discreta ela não tem nada!

– Que dia, que horas, e de qual janela eu posso espiar? - Sorriu maliciosa, e eu desejei nunca ter conhecido essa tarada psicopata. Eu mereço...

– Hoje, ás três da tarde, e você não vai ver por janela nenhuma, sua pervertida! Você vai é se entediar. Vamos estudar física, não é nada demais!

– Começa assim, mas ele já transou com todas as garotas com quem estudou. Você tem um corpão, não vai ser diferente.

– Pois é, mas nenhuma dessas meninas o odeia, e muito menos, é virgem! - Sussurrei ao falar virgem. Fala sério, ninguém precisa saber...

– Ah, cara. Você vai almoçar e ir direto para a casa de Edward Cullen! Vai pegar uma carona com ele? Vai naquele possante?

– Vou, mas quer saber? Tchau. Já é duas e cinqüenta e três, não quero me atrasar. - Sai, continuando a falar. - Quanto mais cedo eu for, mais cedo vou embora! - Gritei.

Vi o Cullen se aproximar de mim. Não sei porque, mas comecei a suar frio. Será que ele havia me ouvido gritar com a Jessica?

– Hey, Bella! - Me gritou, correndo até mim. Argh odeio admitir, mas ele fica uma gracinha me chamando pelo nome.

– Para você é Isabella, ou então Swan, Cullen. - Revirei os olhos.

– Ta ok, Bells, vamos indo. Já vai dar três horas. - Ele colocou o braço em volta de minha cintura. Acelerei o passo, deixando ele para trás.

Não o esperei abrir a porta para mim, entrei em seu carro, rabugenta. Logo ele entrou. Ao contrário do que eu pensei, ele não dirigiu, ele parou para me olhar.

– Ta bem, ou você tem medo de homem, ou então me odeia demais.

– O quê?! Não te devo satisfação de nada, vamos logo. Não pense que eu estou adorando estar no seu carro muito caro, porque eu não estou ok? Agora pare de me olhar abobado e acelera! - Berrei. Eu me senti a minha mãe agora. Sempre exagerada...

Ele ficou com o olhar... Idiota de sempre. Tentando me seduzir arrastando a língua nos lábios. Isso não funciona comigo, besta.

– Tudo bem, então. Mas fica sabendo que eu preferia bem mais se a Rosalie Hale estivesse me ensinando química ok?

– E eu gostaria que ela soubesse pelo menos a diferença de água e refrigerante. Vai que ela ficava com menos celulites... Até parece que ela saberia química. Não seja besta. Agora anda. Vamos.

Ele me ignorou por fora, e acelerou. Cinco minutos e chegamos em sua casa. Fiquei toda arrepiada. A casa dele é imensa! Paredes de vidro, pelo menos dez quartos, e uma sala de estar gigantesca. E olha que lá só moram quatro pessoas.

– Gostou? - Ele perguntou, fechando a porta e jogando o casaco no sofá.

– É legal. Agora vamos para a mesa estudar.

– Eu só estudo no meu quarto... De preferência na cama. - Ele arqueou a sobrancelha, tarado! Até parece que ninguémpercebeu a indireta. Que idiota...

– Pois hoje vai estudar na mesa. Pegue seus materiais que eu te espero aqui. - Falei me sentando, e ele concordou.

Fala sério, alguém tem que dar uma real nele. Que idiota. Se ele pensa que será fácil me agüentar e me dobrar, está muito enganado. Até hoje a ciência não viu ser mais violentono mundo. E é bom ele não conhecer esse meu lado...