Opposit Love escrita por Maria Lua


Capítulo 3
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

NOVAMENTE eu quebrei minha promessa. Demorei novamente para postar, mas continuo escrevendo. Eu espero que gostem, e muito obrigada por não abandonarem a fanfic, ok?
Beijos, e boa leitura!



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Narração por Edward Cullen

Não é possível. Eu tentei levá-la para minha cama, no meu quarto, e ela recua dessa forma?Pois hoje vai estudar na mesa. Que tipo de garota tem coragem de me dizer isso?

Pois, se ela acha que eu vou ficar na minha e estudar física com a menininha, está enganada. Ela só conseguiu me excitar mais e mais.

Peguei o meu caderno no quarto, do qual eu não toquei nesse ano, mesmo estando na última unidade do ano letivo. Ao chegar na sala ela estava com os cabelos presos em um rabo de cavalo baixo, mostrando sua nuca. De costas para mim ela arrumava seus materiais, espalhando-os na mesa.

Arrepiado por não poder tocá-la, eu sentei ao seu lado. Ela me encarou incrédula. Retribui o olhar, confuso.

– Onde está o seu livro? Ou o seu estojo? Resumos, ou qualquer coisa que nos ajude a estudar? - Eu dei de ombros, percebendo que ela tinha expectativa.

Eu tinha um estojo, mas não uso faz tempo, e o livro nem fiz questão de comprar. Mas... Resumo?

– Eu só tenho esse caderno aqui. Não faço questão de gastar dinheiro com algo que não vou usar... É desperdício. - Sorri, feliz por deixá-la brava.

– Então por que está na escola? - Arqueou a sobrancelha. Xeque-mate. Ela ganhou dessa vez. Novamente eu dei de ombros, e tentei mudar de assunto.

– Então... Você não sai nunca? Quer dizer, eu nunca te vi em uma festa minha ou do Emm... - Reparei que ela ficou meio cabisbaixa, pensativa e envergonhada. Falei algo errado?

Ela de repente levou uma das mãos ao rosto, e passou-a por baixo dos olhos, como se para secar alguma lágrima ou esconder os olhos úmidos. Isso me pareceu tão estranho. Eu vivo com mulheres - mãe, irmã, piriguetes, prostitutas - mas nunca vi nenhuma delas chorar. Sempre ficam felizes perto de mim.

– Ei, você está bem? - Perguntei, tocando seu ombro e aproximando seu rosto do meu. Só então pude ver sua pele clara e radiante. Seus lábios rosados e carnudos. Seu cabelo liso caindo sobre o rosto. Seus olhos irritantemente e apaixonante mente verdadeiros.

Ela se rebateu, se afastando de mim.- Pegue o meu livro emprestado. Página setenta e oito. Vamos começar do básico, tudo bem? - Ela se recompôs, colocando uma mecha do cabelo para trás da orelha e secando os olhos mais uma vez.

Obedeci, pensando no que havia acontecido. Eu estava tão próximo dessa linda garota com pensamentos... de compaixão. Sem malícia. Qual o meu problema hoje? Ressaca?

Estava abismado. Minha cabeça girava, e por mais estranho que pareça, em volta dela. Isabella Swan, a CDF que se faz de difícil e me deixa louco de excitação.

Ela começou a ler, e eu não escutava nada. Sua voz entrava em minha cabeça, e ecoava, enlouquecendo-me. Dessa forma as horas foram passando, e eu não havia tirado os olhos se seu rosto pálido, quase prateado, que refletia a inocência daquela garota.

Logo um movimento dela me acordou. Ela estava se levantando e arrumando as coisas.

– Espero que em algum momento você tenha me ouvido, pelo menos. Amanhã eu volto, no mesmo horário, ta bem? Revise o que estudamos hoje, e amanhã eu começo a dar assuntos de ensino médio.

Me levantei por impulso, gritando:

– Mas você já vai?!

Ela me olhou, incrédula. Realmente, ninguém nunca imaginaria que eu estaria me importando tanto assim. Nem eu, na verdade. Ontem eu estaria expulsando-a e discando o número de uma de minhas prostitutas, ou quem sabe correndo para o banheiro para bater punheta. Mas agora... Ela poderia ficar não é? Sem segundas intenções, claro.

– Tenho que ir. Já escureceu e eu moro um pouco longe. E pelo visto vamos ter que nos tolerar por mais um tempo, não é? Que maravilha... - Sorriu sarcástica. Pelo menos estava mais gentil que antes, quando chegou.

– Pode deixar, eu te levo de carro, Bella. - Me ofereci. Mas porque mesmo?

– Não... É melhor não. Eu vou indo, até mais. - Ela se virou, mas eu interrompi seus passos.

– Não mereço nem um beijinho de despedida? - Falei, e ela se virou para me encarar. Eu sorri vitorioso, e ela se aproximou devagar. Eu esperava um selinho dela, mas quando fechei os olhos, recebi um beijo na bochecha, e quando abri, ela já estava na porta.

Decepcionado, eu fui me deitar. Estava cansado, e precisando pensar. Em tudo. Desde Adão e Eva até os Swan, se for preciso. Isso estava me matando.

Narração por Isabella Swan

Edward, Edward, Edward... Você fez a coisa que eu mais odeio no mundo.Ignorar-me. Você não ouviu uma palavra que eu falei na aula particular, apenas ficou me encarando, e provavelmente apontando falhas para depois sair fofocando.

Argh, não é à toa que eu o odeio. O desprezo. Assim que cheguei em casa pude ouvir as gritarias novamente. Mamãe continuava brigando com papai.

Entrei, sabendo o que esperava. Fui surpreendida com uma panela voando e vindo parar na parede, quebrando-a um pouco.

– Renné! - Gritei, jogando a mochila no chão e indo segurá-la. Ela estava a um passo de jogar uma frigideira em Charlie. - Para com isso! A casa já não é das melhores e você vem quebrar as paredes também?!

Joguei a frigideira no chão, olhando para Charlie que estava encolhido na parede.

– E você, Charlie? O que fez para ela?

– Eu não fiz nada, eu só... - Ele foi cortado, por Renné, é claro.

– Não fez nada?! Rá. Esse é o problema. Não fez nada! Fica sentado noite e dia na frente da televisão, comendo o pouco que temos, e sem trabalhar! Enquanto isso, eu fico trabalhando feito uma louca como empregada na casa daqueles riquinhos grã-finos!

Ela cuspiu as palavras, se afastando, com a raiva transbordando de seus olhos. Eu estava cansada disso.

– Mãe, pai, parem um pouco! Pai, nós deixamos você ficar aqui por umas semanas para você conseguir um emprego e se ajeitar, mas você tem que tentar pelo menos! - Virei-me para Renné. - E você... Trate de ser mais paciente.

Falei, entrando no meu quarto. Às vezes eu me sentia mãe desses dois, e foi exatamente por isso que eu não permiti que Edward Cullen viesse me trazer em casa.

Seria apenas mais um motivo para ele se afastar de mim.

Lembrei-me então de quando ele se aproximou de mim quando eu, por acidente, comecei a chorar. Ele estava... Diferente.

Se eu não soubesse quem ele é, diria que estava sendo romântico. Mas, como conheço, ele estava tentando se aproveitar de mim.Idiota. Ele estava se aproximando para me beijar. Me. Beijar.

O problema não é beijar, na verdade, mesmo eu nunca tendo beijado na vida, o problema era que eu, que sempre tive um ódio mortal por garotos chorisseiros, metidos, riquinhos e garanhões.

Eles sempre magoaram Renné, e eu não gostaria que isso acontecesse comigo.

Mas... Eu me pergunto: O que levaria Edward Cullen a querer me beijar, a simples e sem graça Isabella Swan?



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Notas finais do capítulo

Gostaram, gente? Que tal uma recomendação? Um review? Beijos, e até o próximo, que DESSA VEZ, não demora.