Madness, Sweet Madness escrita por Guardian


Capítulo 5
Engraçado? Espere só...


Notas iniciais do capítulo

Ceeerto, não ganhei os quatro reviews. Mas postei mesmo assim. Por quê? Porque os que eu recebi já alegraram meu dia ~
Narrado pelo Mello.



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 - Matt? – chamei de cima da escada, ainda sem camisa e com o cabelo pingando na toalha que ainda estava em volta do meu pescoço, esperando uma resposta. Acontece que não recebi nenhuma. Ele está me ignorando ou se fazendo de surdo?!

 Bufei e comecei a descer os degrais, mas parei ao ouvir... O que era aquilo? Um miado?

 ...

 Ahn? Miado? Como assim?

 Intrigado, voltei a descer mais rápido desta vez. E a cena com a qual me deparei, antes mesmo de finalizar o último passo da escadaria, foi o suficiente para minha perna ficar suspensa no ar a meio caminho do chão. Não duvido nada que minha expressão estivesse ridícula agora, de surpresa... E de vontade de rir.

 Que cena era essa? Bom...

 Bem no centro da sala de estar, estava ninguém menos que Matt. Ele estava caído de costas no chão, e ao lado dele tinha um maço de cigarros (recém-abertos, imagino) e seu Nintendo 3DS (era esse o nome? Sei lá, deve ser). Provavelmente tinham caído do seu bolso quando ele caiu. O problema era a cara dele...

 Tinha algo bem peludo, bem peludo mesmo, deitado bem em cima da cara dele, com o rabo bem acomodado também lá. Sim, era um gato. A maioria das pessoas estaria preocupada “Oh, mas ele deve estar sufocando!” ou “Coitado, o gato pode estar arranhando-o!”, não é? Eu não. Por que? Oras, porque primeiro: Matt estava com os braços abertos e seu peito subia e descia profundamente, como se tivesse ficado tentando tirar o animal de cima e enfim tivesse desistido de cansaço. Ou seja, ele estava respirando. E segundo, porque o gato estava ronronando. Ele parecia confortável demais ali.

 Ahhh, que vontade de pegar a câmera...

 Finalmente pousei o pé no chão, me esforçando para segurar a risada, e me aproximei de onde ele estava.

 - Precisa de ajuda?

 A resposta dele foi um agitar desesperado de braços, ora apontando para o gato, ora batendo no chão.

 Isso foi demais para mim. Comecei a rir.

 E sem parar de rir, me abaixei e peguei o animal nos braços,, o largando em cima do sofá em seguida, onde ele se acomodou e deitou.

 Fiquei olhando para Matt, controlando finalmente a risada, esperando-o levantar. Seu cabelo estava todo bagunçado, seu rosto vermelho, e sua expressão, emburrada.

 ...

 Agora me diga, qual parte dessa cena não é engraçada? Ainda mais porque ele raramente fazia essa expressão, e agora por causa de um simples gato...

 Tive que cobrir minha boca com a mão para abafar a risada.

 - Vejo que acordou bem-humorado – ele resmungou, arrumando a camiseta e passando os dedos pelo cabelo, assentando-os um pouco.

 - Acha mesmo? – perguntei sorrindo. Certo, isso agora serviu para alegrar meu dia.

 ...

 ...

 Claro que eu teria continuado a me divertir com tudo aquilo, se naquele exato momento...

 - FILHO DA...

 ... Se naquele exato momento aquele demônio em forma de gato não tivesse enterrado as unhas na minha perna!! Minha calça tem cara de afiador de garras, por acaso??!!!  Isso mesmo, de gato “engraçadinho” aquela coisa passou à demônio, algum problema?! Olhei para baixo, conferindo. Minha pele só ardia um pouco e uma marca tinha sido formada no couro. Mas mesmo assim!

 Eu teria chutado aquele felino maldito, bem forte, o mais forte que conseguisse, se Matt não tivesse me segurado por trás antes que eu conseguisse. Então pensei na arma que sempre carregava na cintura, mas... Claro, eu tinha acabado de sair do banho, então ela não estava lá!

 - Me larga, Matt!!

 Ah, maravilha... Agora era ele quem estava rindo!

 - Calma, calma. Vamos pra cozinha, vem – começou a me empurrar – Eu comprei chocolates, e dá pra tomar café também.

 Aquele tom de satisfação ao estilo de “Ah, doce vingança” por eu ter rido dele era só impressão minha ou estava mesmo lá?

 - E deixar essa coisa na sala?! – me deixei conduzir apenas porque... Oras, eu estava com fome!

 - Fica aqui comendo que eu coloco ele pra fora – ele falou e voltou para o outro cômodo.

 Olhei para cima da mesa, e lá vi duas sacolas que me fizeram esquecer do gato então. Uma que desprendia o cheiro de pão quente, e outra, melhor ainda, que deixava ver barras de chocolate que havia dentro.

 Estava quase me servindo quando ouvi um alto miado e um xingamento vindos da sala, pouco antes da porta bater. Logo depois Matt apareceu na cozinha, sem sorrir, e com um arranhão bem vermelho na lateral esquerda do pescoço.

 ...

 - Foi fácil? – não resisti perguntar, enfiando a mão no saco de pão e pegando um. Estava morno.

 Ele não respondeu, e eu achei engraçado o jeito como ele parecia uma criança, fazendo aquela cara. Com um sorriso de canto, deixei o pão cair no prato e estiquei meu braço pela mesa, encostando em seu pescoço e afastando sua mão que cobria o local. Passei os dedos ali um pouco, apenas roçando em sua pele, bem de leve. Eu não pude evitar... Era naquele mesmo local que residia uma clara e quase imperceptível marca, longa, de um corte bem antigo.

 Pude ver a irritação deixar  rapidamente seus olhos verdes, para dar lugar à um brilho de malícia que eu conhecia muito bem.

 - Mello? Percebeu que você ainda está sem camisa?

 ...

 Agora percebi.


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Notas finais do capítulo

Confesso que me diverti escrevendo esse capítulo Kkkk (e sim, essa cicatriz do pescoço do Matt é a que o Alex causou)
E... Nhyra, o que achou desse momento MattxMello? :)Hahuahua Eu vi seu review em Nameless, e desculpe por ainda não ter respondido, mas estou caindo de sono aqui ~
Então, capítulo pra descontrair um pouco, maiorzinho e saído mais rápido do que eu consigo me lembrar de já ter feito (desde Blade and Stars), pra mostrar que eu não sou tão má assim ~
Boa noite, meus leitores lindos *------*