Madness, Sweet Madness escrita por Guardian


Capítulo 6
Atrasados


Notas iniciais do capítulo

Gente, eu nem sei como (pra variar) me desculpar >//////< Mas os motivos da demora foram vários... Eu estou com uns probleminhas de saúde, totalmente sem tempo por causa do cursinho, me sentindo uma completa idiota pelos resultados dos simulados, em meio a uma crise do mal de falta de inspiração, cansada,...
Peço desculpas também pelos reviews, e por vocês que comentam, eu posto mais um capítulo ainda hoje, pra tentar compensar, ao menos um pouco.
Narrado pelo Matt



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/200771/chapter/6

Enfim chegou o dia de nós sairmos do EUA para colocar logo um ponto final naquele caso. Não estava exatamente pulando de animação com isso, afinal, tínhamos ficado por tão pouco tempo aqui, que eu não conseguia me sentir satisfeito. Até que eu gostava desse país. Não tanto quando da Inglaterra, mas gostava. Queria poder ficar mais um pouco...

Mas claro que isso não significava que eu estava gostando de ficar esperando por bem mais tempo do que estava programado, no aeroporto.

A verdade? Estava entediado.

Para nossa incrível falta de sorte, o vôo estava atrasado. É brincadeira, né?! Nada mais é confiável nos dias de hoje? Pontualidade não significa mais nada não?

O por que de eu estar tão incomodado com isso? Simples. Porque eu sou uma pessoa que conhece muito bem o ser parado ao meu lado. E não é nenhum segredo, para ninguém, o quanto este ser odeia ficar esperando mais de dez minutos por algo. E olha só, a espera tinha ultrapassado os dez minutos já há um bom tempo!

E o pior: parecia que a irritação e impaciência dele estavam me contagiando.

Isso está errado... Isso está muito errado...

E quando finalmente aquela voz feminina - com aquele tom tão monótono que eu não sei como consegue fazer pra não ter variação nenhuma - anunciou “Passageiros do vôo número 4535, com destino ao México, favor dirigir-se para o terminal 2, portão B, para embarque. Pedimos desculpas pelo atraso, o avião decolará em breve. Repito...”, nós dois permanecemos no mesmo lugar. Por quê? Oras, ou era isso ou duas opções nem um pouco agradáveis: primeira, seríamos atropelados pelo grande número de passageiros que pareciam animais finalmente soltos da coleira em uma corrida, com uma urgência incompreensível (para mim) para ser um dos primeiros a embarcar. E segunda, ainda seríamos atropelados pelos desesperados aí, e como resposta Mello abriria caminho à força, só de raiva.

Por isso agora eu não me importo de esperar um pouco. É mais seguro.

Esperamos, e quando finalmente fomos embarcar, não tinha mais quase ninguém. Pra que a pressa? As poltronas são marcadas mesmo, não é como se desse para escolher!

Nossos lugares ficavam do lado esquerdo, uns dos últimos na verdade. Mello ficou ao lado da janela, e assim que sentou, ficou olhando através dela sem desviar nem mesmo uma vez sequer.

...

Isso era estranho.

Agora que eu paro para pensar, desde o começo é estranho. Mesmo com aquela expressão irritada e impaciente que dominou seu rosto durante todo o tempo de espera, ele não tinha dito nada. E também, quando as pessoas começaram a agir como animais, ele não fez nenhum comentário de como aquilo era ridículo.

Por que ele estava tão quieto? Por que eu não tinha reparado antes?

Isso me incomodava.

Mas como eu iria perguntar para ele? “Hey, Mello, por que você não reclamou de nada até agora?”... Não, nem pensar. Bom, talvez ele apenas quisesse pensar em alguma coisa em paz.

Então não seria eu a atrapalhá-lo.

Quando o avião já havia decolado, peguei o PSP da bagagem de mão e comecei a jogar. E acabei ficando assim, distraído, por um bom tempo, até que a aeromoça parou bem ao meu lado e perguntou com um sorriso grudado no rosto se precisávamos de alguma coisa. Foi só nessa hora que eu olhei mais uma vez para o loiro ao meu lado e tive o estranho pensamento de que ele não havia se movido durante esse tempo todo.

Mas o quê?

Dispensei a mulher, educadamente, e mais uma vez peguei a pequena mala que levava, tirando uma barra de chocolate de dentro. Era hora de apelar.

– Mello, quer um chocolate?

– Não, obrigado.

...

“Não, obrigado”?!*

Dane-se se ele estiver pensando, filosofando, ou procurando pela verdade universal, agora é questão de alarme!

– Tá legal, o que está acontecendo? – depositei a mão em seu ombro, fazendo-o finalmente virar para mim. Sua expressão estava um pouco... Preocupada?

– Está acontecendo alguma coisa? – pelo menos não era algo sério o suficiente para impedí-lo de dar esse tipo de resposta.

– Primeiro, você em absoluto silêncio. Segundo, não fez menção de bater em ninguém quando quase fomos atropelados. Até aí, dá pra ignorar. Agora, você recusando chocolate? – deixei que meus olhos abrissem o máximo possível, para deixar bem clara a minha preocupação - O que há de errado? - é bom ele me responder, porque senão...

Ele ficou me encarando em silêncio por um tempo, e eu esperei pacientemente. Porque eu conhecia aquele olhar. Não era o de indecisão de contar ou não para mim, e sim o de como contar a tal coisa. Por isso eu esperei.

– Não é nada, apenas... – ele suspirou – Eu sei lá, Matt. É só uma sensação ruim.

– Sensação ruim?

– Como se alguma coisa fosse acontecer – tirou minha mão de seu ombro, mas ao invés de soltá-la, aplicou-lhe certa força – Está me incomodando.

Alguma coisa? Alguma coisa ruim?

...

Será que o avião iria cair e teríamos que ficar presos em uma ilha deserta até...

...

Tá legal, não deveria ficar brincando com isso.

– Mesmo assim, coma seu chocolate – entreguei a barra pra ele sorrindo – Recusar me assusta, parece que você está doente.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

*Juro que fiquei com MUITA vontade de colocar aquele meme do "Agora a porra ficou séria" nessa parte xD
Mari (maninha, vou tentar escrever um pouco e já volto a dar sinal de vida, okay?), Nhyra (review lindo que não ficará sem resposta por muito mais tempo), Dark rose e Yachiru-san (já devem estar de saco cheio das minhas demora, né?...), muito obrigada por continuarem acompanhando, de coração *-----*