36 – Final Battle

POV Zacky

Nunca havia dirigido tão rápido, por pouco não provocava algo mais sério. Estacionei o carro de Leticya e esta logo veio correndo em minha direção.

- Onde você estava? E você roubou meu carro? Zachary Baker Sullivan eu vou matar você! – ela gritava e me dava tapas nos braços

- Calma, Leh eu vou explicar á você e... – Logo todos apareceram no estacionamento, gritavam

- Seu viado! Não suma de novo entendeu? – Bia me chacoalhava . Me afastei dela, peguei a pasta e mostrei á eles

- Vejam... O que nós mais queríamos! – Brian pegou a pasta das minhas mãos

- O testamento está aqui! Vamos ler?

- Não! Ainda não! Preciso voltar e resgatar minha mãe! Flávio está com ela

- Você invadiu a casa dele? Parabéns... – Diego analisava os papeis junto á Brian.

- Preciso de ajuda! Não precisam ir comigo, mas... – desabei. Precisava chorar e desabafar tudo. Eles me abraçaram com carinho, muitos choravam

- Estaremos com você até o fim amor! – Rosana me beijou – Vamos com você! – sorri, abracei todos mais uma vez.

- Faremos isso pelo Matt e pelo... Jimmy – Brian abaixou a cabeça, a falta que aqueles dois faziam era terrível

- Devemos sair sem falar nada para Chiara? – Kamily perguntou

- Não vamos deixá-la preocupada! Vai ser tudo muito rápido. Podemos viver como podemos sair todos mortos de lá. Não posso deixá-la em perigo novamente! Estão prontos? – eles assentiram. Fomos em dois carros, um de Brian e o outro de Leticya. Confesso que não estava com medo, não mais. Leticya acelerava seu Vectra novo cada vez mais, enquanto Brian com seu Audi preto desaparecia na escuridão. Rosana aproveitou para me beijar. Um sussurro eu ouvi, como se fosse uma despedida “Zacky, eu te amo. Obrigada por tudo”

- Descanse meu amor, ainda teremos a eternidade caso a vida nos deixe essa noite – eu sussurrei em seu ouvido. Ela suspirou, uma lágrima caiu por seu rosto, assim deitou sua cabeça em meu ombro.

Brian seguira mais rápido que Leticya e logo chegamos ao casarão. Luzes estavam acesas e muitas pessoas no esperavam. Homens encapuzados fizeram uma espécie de cerca viva em frente ao portão.

- Chegaram em boa hora... – Leana surgira de dentro da casa. Atrás dela Flávio estava com uma arma apontada á cabeça de minha mãe. Meu sangue ferveu e tentei me aproximar, mas os caras me impediram.

- Olá sobrinho querido! – ele sorria e pressionava mais ainda a arma contra ela. – Trouxe seus amiguinhos? Poxa isso vai ser muito divertido!

- Cala a boca e solta ela!

- Solto sim... Mas antes, devolva-me o que me tirou e a vadia sai viva! Quero a chave e a pasta! AGORA! – Ele golpeou a cabeça de minha mãe, esta gemeu de dor

- Não devolveremos nada! Se quer pegar, vai ter que lutar por isso! – Brian disse nervoso – Você matou Matt e agora quem vai lhe matar sou eu! – Carol segurava os braços dele

- Você quer lutar? Ótimo! Eu adoro esses tipos de joguinhos! Vão e peguem todos! Façam a festa! – Flávio mandou seus capangas avançarem. Correram em nossa direção, tinham armas nas mãos e disparavam para todos os lados.

- Corram! – gritei e nos espalhamos. Cada um foi para um lado. Qualquer lugar servia de abrigo. Disparos eram feitos para todo lado. Ficamos naquele impasse por horas. A casa era rodeada por uma colina medonha onde poderíamos nos perder. Naquela hora eu já havia me perdido de meus amigos. O Sol ameaçava nascer e aquela perseguição estava longe de terminar.

- Não está cansado disso Zacky? Qual o problema? Está com medo do nosso jogo? Mas eu nem comecei! Apareça e lute como homem! – Flávio gritava. Corri para o outro lado, mas não consegui desviar de uma bala. Me acertou diretamente na perna, caí ali mesmo. Flávio sorriu, e se aproximou de mim, o sorriso de assassino era frio e sádico. Meu sangue escorria manchando minhas roupas, a dor não me atacava mais.

- Eu adoro essa parte do jogo sabia? É agora que eu destruo o mocinho de um jeito bem gostoso! – ele ria. Mas seu sorriso se transformou em susto.

- Se afasta dele Prescher! – a mesma garota ruiva aparecera com uma arma nas mãos. – Você está preso!

- Ah por favor... Quem é você e... – quando ele se virou para olhá-la sua expressão foi de uma fúria sem fim. – Sua puta, você me enganou!

- Sou agente do FBI e estou atrás de você faz tempo! Graças á denuncia e de duas pessoas eu consegui provas contra você!

- Duas pessoas? – ele gargalhou – Quem teria provas contra mim? – Ana apontou para um homem

- Eu tenho... Lembra-se de mim? – Flávio foi do céu ao inferno com aquelas palavras. Meu coração palpitou, seria ele mesmo?