26 – Still Believe in Love (part.2)

POV Jimmy

- Por que não me deixaram morrer? Qual o problema de vocês? – Eu perguntava enquanto eles me ajudavam a andar. Minha perna estava sangrando e meu rosto tinha uns pequenos cortes, por causa das pedras e galhos de árvore. Sem contar que eu estava todo ensopado.

Matt segurava meu ombro e Zacky estava do outro lado.

- Não ia deixar você morrer, até por que você precisa estar vivo pra ver uma coisa – Brian sorria

- Ver o que? Minha vida não tem sentido sem ela... Vou matar vocês por isso – eu disse nervoso, eles riam.

- Vamos logo pro hospital ver essa perna e aí a gente te conta o resto. – Brian me disse sorrindo. Por que eles estavam tão felizes? Só por que eu não tinha morrido? Eu não queria retornar aquele lugar. A mulher que eu amo estava morta, não teria coragem de seguir. Eles me arrastaram de volta, onde todos me encaravam.

- O que? Parem de me olhar desse jeito! – eu reclamei. Os meninos me colocaram sentado num quarto vazio onde meus amigos estavam.

- Seu idiota! Podia ter morrido! Ah Rev que raiva! – Chiara dava pequenos soquinhos em meus ombros.

- Era o que eu queria, mas esses inúteis conseguiram estragar tudo. – apontei para Matt, Brian e Zacky.

 Logo aquele mesmo médico que cuidou de Bia veio até mim.

- O que o senhor tem nesta cabeça?

- Posso falar o que ele tem? – Brian perguntou

- Melhor não senhor Haner, isto é um hospital – o médico disse e todos riram. – Vamos até ás enfermeiras e elas irão cuidar dessa perna e depois, temos alguém que quer ver o senhor – Eles me levaram até a ala de curativos, me perguntei quem gostaria de me ver. Não dei importância, as enfermeiras fizeram um curativo na minha perna e no meu rosto.

- Quem quer me ver? – a duvida insistia – Elas não me responderam apenas me ajudaram a chegar á outro quarto. Pediram que eu entrasse, quando a vi não acreditei. Bia estava acordada e sorria pra mim. Eu estava paralisado.

- Não me reconhece mais? – Bia me disse. Ela estava um pouco fraca. Eu não conseguia me mexer – Eu fiquei sabendo o que você tentou fazer. Jimmy seu maluco.

- Bia eu... Não acredito! Você está viva e... Mas como? Ah que se dane – eu andei rápido, a perna latejava, mas eu nem me importava com a dor, eu só queria ficar perto dela. Segurei suas mãos. Ela beijou as minhas mãos e seus olhos estavam marejados. – Como eu te amo tecladista eu...

- Para de falar Jimmy e me beija – ela pediu e eu fiz o que ela queria – Me perdoa por tudo?

- Sim, mas nunca mais tente salvar o dia ok? – eu sorri, ela acariciava meu rosto

- Eu te amo amor... Como você é lindo Jimmy – Bia me dizia e eu estava quase chorando – Preciso te dizer uma coisa...

- E eu tenho que te mostrar uma coisa. Escrevi pra você nessa semana que ficou aqui. É uma música, mas eu ainda não sei o nome. – ela pediu para ler, mas eu não deixei – Não, você só vai ler quando sair daqui ok? – ela sorriu, pediu mais um beijo e eu claro, adorava quando ela fazia isso. Não conseguia soltar suas mãos – O que você quer me dizer? – perguntei

- Eu ouvia você pedir para que eu ficasse, ouvi muitos “eu te amo”, e por isso eu te digo... – ela tomou fôlego – Eu te amo meu amor e agora, eu acredito no amor, agora eu acredito! – ela chorava e eu também. Nos beijamos muito, e pela primeira vez na minha vida eu percebi que confiei em alguém de verdade. 

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Mais uma noite chegara e com ela, a solidão. O homem estava afundado em seus pensamentos. Um retrato estava em suas mãos. “Já fazem anos”, ele pensava. Olhava para uma garota grávida. Ele apertou a foto contra o peito e deixou suas lágrimas caírem. “Eu fui covarde, eu desisti deles”. O homem se arrependia amargamente do que havia feito, mas ninguém sabia onde se encontrava, muitos pensavam que estava morto, inclusive seu irmão.

 Parou um instante para se perguntar “Onde eles estariam?”, talvez se tivesse sorte, ele encontraria sua família novamente. Foi para seu quarto e deitou na cama. Ficou a imaginar com seriam seus filhos. Adormeceu lembrando o primeiro beijo com ela.