Carta Vermelha escrita por Eduardo Sales


Capítulo 4
Vítimas


Notas iniciais do capítulo

Nesse vão ter algumas vítimas(óbvio). Espero que gostem :)



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Aqueles dias foram tensos em Stanford. Eu continuei sonhando com a mesma coisa todas as noites. Eu, Vanessa e John num lugar escuro cheio de manchas de sangue. Há dois dias atrás com o assassinato da irmã da Emily, todas as pessoas que frequentam Stanford ficaram assustadas. Tinham medo que fossem as próximas vítimas. De uma coisa todos estavam convictos: havia um assassino em Stanford.

Todos os dias eu lia aquela carta de envelope azul antes de dormir e ficava com os olhos fixados naquela mensagem “eu vou te matar”. Eu esperava que fosse a próxima vítima. Esperava que eu fosse morrer decepado em breve... Mas eu estava errado.

Naquele mesmo dia todos ouviam gritos vindo de um corredor da escola. Eu corri o máximo que pude com Vanessa me acompanhando. Eu estava com medo. Não sabia o que eu poderia esperar. Podia ser apenas uma cilada e me parecia que eu estava caindo igual um patinho. Eu continuava a correr. Parecia ter acontecido no penúltimo andar..que era quase vazio.

Eu cheguei lá e vi um corpo. Quem gritava era Emily. Ela estava lá desesperada chorando. O corpo estava desmembrado. Havia sangue para todos os lados. Os braços de um lado e as pernas do outro. E na mão não havia dedos... Ela havia tirado todos os dedos da mão da falecida. Aquele rosto eu reconheci. Era Emma. Seja lá quem tenha sido o assassino teve muito cuidado para não deixar nenhum rastro. Não havia facas, armas ou qualquer outro utensílio no local. Eu estava com muito medo. Vanessa começou a ficar verde. Ela não podia ver sangue.

– Vanessa, saia. Você não pode ficar aqui. – Eu disse

Pessoas iam chegando de fininho. As amigas de Emma, Jessica e Spencer, gritaram muito alto quando viram o corpo completamente desmembrado. John também chegou lá com o rosto muito assustado. Talvez eu estivesse errado sobre ele ter assassinado a irmã de Emily.

– Adam, eu preciso ficar aqui. Eu não posso simplesmente ir para o quarto enquanto há um corpo desmembrado na minha frente. – Disse Vanessa com cara de medo.

Os professores chegaram e olharam todos com cara de susto para o corpo. Eles mandaram que os alunos saíssem do local. Todos nós saímos mesmo sem querer. Queríamos todos saber o que havia acontecido ali. Quem era o assassino que havia em Stanford?

Todos nós nos sentíamos como se fôssemos a próxima vítima. Não sabíamos de nada. Todos demonstravam medo. Será que aquilo estava dentro da escola?

No dia seguinte parecia que seria um dia normal...se muitos não estivessem ainda ressentidos pela estranha morte do dia anterior. Até que tudo mudou um pouco. Novamente estávamos em aula quando ouvimos gritos. Fomos ver o que era – como se já não soubéssemos – e lá estava o corpo de um rapaz que eu não conhecia. Ele havia sido fatiado ao meio. Eu não pude me conter. Comecei a chorar. Dessa vez Vanessa conseguiu ficar na sala de aula. Foi muito difícil convencê-la a ficar. Como em todos os outros, Emily e John estavam a frente. Isso era muito estranho. Eu tinha que começar a investigar urgente.

De novo todos estavam com os olhares horrorizados. Os órgãos estavam á vista. Eu me lembrei da carta. Será que alguém mais tinha recebido? Eu não sei porque mas eu estava com um mau pressentimento. Comecei a me lembrar da carta que eu havia recebido estranhamente uns dias atrás. Dúvidas e mais dúvidas surgiam em minha cabeça.

As pessoas estavam horrorizadas. Chorando, gritando. Tentando entender o porque de tudo isso. Eu não podia deixar que isso continuasse. Simplesmente não podia. Quem e porque alguém faria aquilo? Provavelmente era um serial killer...mas dentro de Stanford? Como até agora ninguém tinha visto quem era? Perguntas, perguntas e mais perguntas. Respostas – que era o que eu realmente queria – não havia. Eu ia começar investigando pela carta. E meus sonhos tinham que dizer alguma coisa. Devo ter deixado algum detalhe passar despercebido. Eu fiquei muito tempo ali olhando aquele corpo fatiado ao meio com órgãos espalhados pelo chão.

Era doentio.

Não havia nenhum motivo para matar tais pessoas. Elas nunca fizeram nada de errado. Seja lá quem matava, fazia isso por prazer. Gostava de ver sangue e pessoas sofrendo. Por um breve momento eu senti um vulto muito rápido passando pelo corredor. E quando olhei de novo algumas pessoas não estavam mais lá. Pessoas como Jessica, John, Emily e Spencer. Mas só uma pessoa eu avistei no vulto. Eu poderia ter sentido ou visto se houvesse mais. Acho que aquele vulto tinha algo haver com esses assassinatos. Comecei a correr.

Correr na direção em que aquele vulto havia ido. Procurar saber se havia alguma relação entre as vítimas. Saber porque essa pessoa matava tanto.

– Ei! – Gritei.

Não podia ser Emily, pois a irmã dela foi uma das vítimas. E na vítima anterior, John havia chegado um tempo depois. Jessica e Spencer eram amigas de Emma. Mas mesmo assim..eu sentia que John e Emily tinha algo haver com isso. Era quase como se eu tivesse certeza. Eu não via a Emily em nenhum dos meus sonhos. Mas John estava em todos eles. Nós e Vanessa correndo num lugar cheio de manchas de sangue. De uma coisa eu tinha certeza: o lugar não era Stanford. E eu não conseguia achar nenhuma coisa que ligasse uma coisa com a outra.

Eu continuava a correr. Não avistava ninguém. Corri em todas as direções que achei que aquele vulto tinha seguido. Mas não havia qualquer pessoa em qualquer corredor. Era como se a escola estivesse.....vazia.



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Notas finais do capítulo

E aí?? Teve umas mortes bem macabras aqui, não? :S Mas tem que ser assim se eu quiser que seja um bom suspense, não? O que vocês acham?? Comenta!!!!!



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