Carta Vermelha escrita por Eduardo Sales


Capítulo 3
Sangue


Notas iniciais do capítulo

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Naquela noite eu havia sonhado de novo com o mesmo sonho. Eu, Vanessa e John num lugar escuro com manchas de sangue. Eu estava começando a ficar apavorado. Queria investigar, mas não sabia por onde começar.

Eu iria para minha primeira aula em Stanford aquela manhã. Beijei a testa de Vanessa e nos despedimos. Na aula, encontrei alunos de vários tipos. Desde os normais até os mais esquisitos. E naquela sala estava John. Me sentei ao lado dele já que era o único que eu conhecia.

– Bom dia – ele disse a mim.

– Bom dia – respondi.

A sala de aula era bem grande. Havia em torno de 50 carteiras as paredes eram bem brancas. Havia um quadro negro pra escrita com giz na frente, uma mesa e uma cadeira onde os professores poderiam colocar seus materiais necessários pra aula. Entrou um professor que não entendi nem nome nem matéria porque não conseguia pensar em nada além daquela carta que eu recebera na noite anterior.

– Você está achando que tem algo estranho aqui? – Perguntei para John.

– A meu ver, não. Desde que cheguei ontem não vi nada estranho. – respondeu ele meio apagado. – E a você?

– Tá tudo bem – Menti – , só queria saber para ver se não tem algo mais interessante para se fazer aqui.

– Tudo bem, então. Professor, posso ir ao banheiro? – perguntou ele levantando a mão.

– Pode ir, garoto. – Respondeu um homem alto com bigode usando jaleco branco.

– Obrigado – respondeu John, saindo da sala. O professor continuou a aula.

Comecei a achar estranho que John ainda não voltara. Eu sentia que precisava ver Vanessa naquela hora.

Ouvi gritos histéricos vindo do andar de cima. O professor olhou assustado colocando a cabeça para o lado de fora da sala. Da brecha que abriu pude ver várias cabeças curiosas também querendo saber o que havia acontecido.

– Fiquem aqui na sala – ordenou o professor. – Não saiam por nada que possa ter acontecido, por favor. Pelos gritos pode ter sido algo muito perigoso. Fiquem na sala.

Quando o professor saiu eu senti uma vontade imensa de também sair. Quando fui sair eu vi uma pessoa passar correndo muito rápido. Tinha os cabelos ruivos cacheados. Pelos cachos muito longos percebi que era uma mulher. Não sabia se ia atrás dela ou se ia ver o que aconteceu lá em cima. Talvez ela pudesse ajudar.

Saí correndo atrás da estranha mulher ruiva. Tive que correr muito rápido para acompanhá-la. Ela se virou de repente e falou furiosa:

– O que você quer?

– Desculpe – respondi – mas você sabe o que aconteceu lá em cima?

– Minha irmã gêmea foi assassinada. – Respondeu ela agora chorando e soluçando.

– Ah, eu sinto muito. Eu sei como é a dor de perder alguém importante em sua vida – eu disse isso pensando no meu avô que havia morrido há um tempo. Eu era muito ligado á ele.

– O pescoço dela foi cortado ao meio. Eu não sei o que fazer. Estou desesperada.

– Eu vou ver o que aconteceu lá em cima, tudo bem? Meu número é esse – escrevi o número do meu celular rapidamente numa folha de papel e entreguei a ela – Se precisar de ajuda, me ligue.

– Obrigada. Meu nome é Emily Campbell. – disse ela soluçando. – Eu agradeço muito, bem... Não sei seu nome.

– Adam!

– Adam! – Repetiu ela, soluçando com os olhos vermelhos e uma expressão muito triste.

Saí correndo ao andar de cima. O assassinato havia acontecido na frente da sala da turma de direito. Vanessa estava com as mãos na boca chorando, agoniada, olhando para o corpo decepado no chão. A menina tinha os cabelos ruivos e um pouco menos cacheados que o da irmã. Me perguntei como aquilo havia acontecido. Todo o corpo estudantil e os funcionários estavam no local. Sangue. Muito sangue jorrava do pescoço daquele corpo. Havia poças de sangue em todo o chão do segundo andar. Era como nos filmes de terror, só que, claro, como ali era real, assustava o triplo. Eu por um momento me esqueci como se mexia, como falava, como coordenava qualquer movimento. Eu só pensava no sangue e na carta que eu havia recebido. Alguém estava assassinando alunos do colégio. Mas quem? Qual jovem de 18 á 25 anos poderia ter um sangue tão frio como esse para matar pessoas com tamanho grau de intensidade? Fui até Vanessa para pegá-la e a levar de volta ao nosso quarto.

No caminho eu me lembrei que John havia ido e não tinha voltado. Achei aquilo muito estranho. Quando pensei um pouco eu entrei em pânico. Parecia que tinha sido ele. Vanessa sentou na cama com as mãos indo á cabeça pensando no assassinato que havíamos presenciado a um tempo atrás.

Ouvi a porta bater. Quando perguntei quem era ouvi a voz de John. Abri, hesitante.

– Adam, Vanessa! Vocês viram o que aconteceu no segundo andar? - Perguntou John, desesperado e continuou – Pela reação de Vanessa, parece que sim. Vamos investigar sobre isso? Já que você, Bruno, queria que algo estranho acontecesse..acho que alguém ouviu suas preces.

– Eu não queria que ninguém morresse, John. Isso não é legal. Mas, vamos investigar. Quero saber quem fez isso.



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