Roller Coaster escrita por jgw22


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Como eu tinha falado, esse é diferente. Tá, não é diferente, é triste mesmo ): Mas espero que gostem.



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ZAYN’S POV

Voltamos para a casa, e Liam logo saiu de novo para levar Bru embora.  Louis já tinha ido para seu quarto, Harry estava na sala assistindo algum programa na televisão, e Niall estava na cozinha preparando um sanduiche com uns três andares. Subi para meu quarto também, e quando estava saindo do banho, ouço duas batidas na porta. Fui abri-la só com uma toalha enrolada e vi que era Harry, que se sentou na minha cama enquanto eu ia até o closet colocar uma roupa.

- Hey cara, quer conversar? – ele perguntou quando eu saía do closet.

- Porque a pergunta, Harry? – falei meio na defensiva.

- Eu te conheço, Zayn. Eu não sou idiota pra saber que rolou um clima entre você e a Alice hoje, qualquer um podia ver o sorriso idiota que tinha no seu rosto. – ele sorriu zoando de mim.

- Ah, para com isso tá, Hazza. Não tá acontecendo nada.

- Zayn, você é um péssimo mentiroso, e de novo: eu te conheço, cara. Vai, pode falar.

- Ah, tá bem Harry, eu gosto dela. Feliz? – cara, eu tinha admitido que gostava de Alice? Eu pensava nisso e em menos de 30 segundos, meu rosto inteiro pareceu enrubescer.

- Sério Zayn? Isso eu já tinha percebido né, Mané! Mas e o que você vai fazer?

- Fazer o que?

- Cara, você não pretende ficar só abraçando ela o tempo todo, né? – Harry falou se divertindo da minha vergonha.

- Ah, fica quieto Harold! Eu não vou fazer nada, até porque ela não gosta de mim assim, e eu não vou forçar nada. Melhor ter a amizade dela do que não ter nada.

- Você é muito cego! É claro que ela gosta de ti também, seu tapado. Eu acho que você tem que investir nessa história, cara. Vai atrás, luta, ela não vai te esperar pra sempre, sabia?

-Tá cara, eu sei. E obrigado por me deixar mais confuso do que eu já estava. – eu disse irônico, mas logo depois mudei o tom de voz, me mantendo um pouco mais calmo. – Ei, e não fala nada disso para os outros, tá? Porque se não essa história pode cair nos ouvidos de Alice, e isso é a última coisa que eu quero.

- Pode deixar, Zayn, mas pensa no que eu te disse, ok? E se precisar de ajuda, é só chamar. Tchau, boa noite, garanhão. – ele disse rindo e indo em direção a porta.

Depois que fiquei sozinho novamente, coloquei os fones, liguei o iPod e o notebook, sentei-me à cama e fiquei navegando na internet. Porém, por mais que eu fizesse esforço para me concentrar nisso, minha mente apenas insistia em pensar em Alice e esperar sua ligação, na expectativa de ouvir sua voz pela última vez naquele dia. É, eu não gostava de admitir, mas eu acho que estava começando a me apaixonar por ela.

ALICE’S POV

Eu já tinha acabado de acordar da minha 15° cochilada, era mais ou menos 2:30 am, quando ouvi barulhos de chaves abrindo a porta. Agora, era agora que eu ia ter que engolir todo meu orgulho e me conciliar com Edgar, ter uma conversa definitiva, que colocaria um ponto final em toda essas discussões.

Assim que a porta abriu, eu me levantei do sofá onde estava e parei na soleira da porta da sala, que dava para o grande corredor de entrada da casa. Edgar entrou e eu me surpreendi com o que vi. Ele estava completamente bêbado, seu hálito e seus olhos denunciavam a quantidade de uísque que havia ingerido, a camisa estava totalmente para fora das calças e seus pés dançavam em cruz a sua frente.

- Alice! Vem cá, meu amor. – ele disse assim que me viu, com uma cara de puro espanto, com a voz típica de pessoas embriagadas, atropelando palavras e enrolando a língua. Eu me aproximei e segurei seu braço para ajudá-lo a entrar na sala, mas antes que eu pudesse guiá-lo, ele passou os braços por minha volta, me prensando demasiadamente contra seu corpo, com uma força extrema que eu achei que não fosse possível por causa da bebida.

Eu me debatia e tentava me soltar daquele abraço, ele falava coisas sem sentido em minha orelha, fazendo-me quase vomitar com o cheiro excessivo de álcool vindo até minhas narinas. Edgar começou a alisar minhas costas com as mãos, de um jeito muito bruto, quase me arranhando e levantando e abaixando minha blusa do pijama. Eu percebi que ele estava agindo de um jeito muito estranho, eu me debatia com mais força, tentava-me soltar daqueles braços de qualquer maneira, ele estava me machucando, me deixando nervosa e a beira do choro. Edgar levantou meus cabelos e os segurou no topo da cabeça, me mantendo mais presa do que antes, e começou a passar a língua por todo meu pescoço, enquanto a mão que não segurava meu cabelo percorria meu corpo, apalpando meus seios, bunda e coxas.

Ao ver o que ele começou a fazer, eu comecei a gritar em desespero, me debatia mais do que nunca, tentava arrancar suas mãos do meu corpo, mas ele era muito mais forte que eu. Comecei a chorar compulsivamente, me debatia com uma força que nem sabia que eu mesma tinha e a gritar mais alto. Ele desceu uma das mãos, que estavam em meu peito e começou a tentar abaixar o short de meu pijama. Eu estava em estado de pânico, sabia que precisava sair dali, antes que Edgar fosse mais longe, mas meus pensamentos estavam atordoados e com muito medo para conseguir focalizar algo para fazer. Comecei a bater as mãos em suas costas, tentando me libertar daquilo, mas sem sucesso; então levei as mãos ao rosto dele, que acabou pensando que eu estava cedendo àquilo. No momento em que minhas duas mãos se encaixaram em suas bochechas, comecei a arranhá-lo com a maior força e raiva que pude. Ele pareceu ficar meio atordoado e aliviou um pouco seus braços por minha volta. Eu via alguns arranhões fundos que estava fazendo em seu rosto, alguns começaram a sangrar por minhas unhas, mas não me comovi, a vontade de sair dali era maior do que a decência de não machucá-lo.

Ele segurou meus pulsos com as mãos, mas eu fui mais rápida e torci meus braços para baixo, forçando-o a soltar-me. No momento em que nossos corpos não estavam mais grudados, eu acertei-lhe uma joelhada em sua região íntima, típica defesa feminina, não? Que o fez cair no sofá e ficar gemendo de dor alguns instantes. Não esperei ele levantar-se, eu corri para o andar de cima e me tranquei no quarto, fechando a porta atrás de mim e sentando-me no chão, deixando que as lagrimas caíssem compulsivamente. Eu tremia, estava nervosa demais para fazer qualquer outra coisa, senão ficar ali no quarto deixando todo o medo sair. Eu não conseguiria dormir naquela noite, não ali. Eu peguei o celular e liguei para a pessoa que eu mais queria que estivesse comigo naquele momento.

- Alô, Alice? Como foi? – disse Zayn com certa expectativa na voz.

- Zayn! Por favor, vem pra cá, agora! Vem logo, por favor, eu preciso de você! – eu gritava, chorava e soluçava, o que tornava quase impossível entender o que eu dizia.

- Calma Alice, o que houve? Me fala! – a voz dele tinha abandonado o tom de expectativa a agora assumia um tom de extrema preocupação.

- Só vem pra cá, por favor! Eu preciso muito de você aqui, vem logo! – eu não parava de chorar um minuto.

- Ok, estou indo já pra aí. – ele disse desligando o telefone.

Em menos de cinco minutos, eu já ouvia batidas na minha porta. Fiquei com receio de abri-la, mas ouvi uma voz calmante vinda do outro lado dizendo ‘Alice, abra, sou eu, Zayn’. Destranquei a porta num átimo e me joguei no abraço de Zayn, naquele momento, aquilo era tudo o que eu estava precisando, era a única coisa capaz de me acalmar. Ali eu me sentia protegida.


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