Just Upside Down escrita por letdidier


Capítulo 12
Capítulo 12- Scott, o melhor melhor amigo do mundo


Notas iniciais do capítulo

Ok, eu postei de manhã mesmo o capítulo porque estou mesmo empolgada ~damça. Vou passar o dia num lugar sem internet, então devo ficar escrevendo mais hoje de tarde (tipo assim, os capítulos 13 e 14 *w*) mas só devo postar amanhã ou ~quem sabe~ hoje de noite. É isso aí, espero que curtam o capítulo novo ~nhac :3



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Segunda-feira. Primeira aula do dia: Biologia. O professor explicava a matéria calmamente após a sala finalmente calar a boca. Eu até tentava prestar atenção no que ele dizia, já que era uma espécie de revisão para a prova final, mas minha cabeça estava longe dalí. “Eu beijei o Scott. Meu melhor amigo.” Eu pensava. “Não. Pior que isso. Eu beijei o cara que a Shannon está a fim! ... Não. É ainda pior. Eu dei o meu primeiro beijo com ele!!” . Minha cabeça doía. E o que havia sido aquilo com a blusa dele ontem? O QUE HÁ DE ERRADO COMIGO, MEU DEUS?? No dia anterior, ao entrar em casa (depois da bomba que a Amber havia acabado de explodir na minha cabeça), eu simplesmente caí no sofá, sem forças para levantar. Fiquei processando a informação. Eu ainda estava com a camisa do Scott. Nossa, se a Shannon descobrisse o que aconteceu, ia me odiar ainda mais... Meu Deus, que perfume era aquele? Não era meu, eu tinha certeza... Meu melhor amigo, como isso foi acontecer... Peraí, era a blusa?! Meu Deus, que cheiro maravilhoso que tinha aquela camisa... Que perfume era aquele?? Não, concentra, você beijou o Scott! A Shannon está a fim do Scott! Isso é loucura, é... Insano. Bom, você se vingou um pouco, é. Porque que o ódio da Shannon por mim é meio sem sentido. Mas meu Deus, eu estava hipnotizada, o Scott também tinha esse perfume? Era familiar, mas agora me parecia tão... maravilhoso... MEU DEUS, O QUE ESTOU DIZENDO, é a camisa do Scott, é o perfume do Scott! Tipo assim, o SCOTT! Meu melhor amigo! Que droga estava acontecendo comigo? Eu não tinha idéia... Aquele cheiro idiota não saiu da minha cabeça! A noite toda! Fiquei martelando tudo na minha cabeça até que acabei apagando, de tanto cansaço. Provavelmente meu pai me colocou na o quarto, já dormindo mais tarde, porque eu acordei na cama de baixo. O problema é que acabei dormindo com a maldita blusa! E quando eu acordei e percebi, pensei “Vou lavá-la, lógico! Tipo, eu dormi vestida com ela e tal, é educado da minha parte lavá-la antes de devolver” Mas... Me deu um troço na cabeça e eu fiquei com pena porque aquele perfume maravilhoso ia sair. Ia simplesmente sair da droga da camisa... E eu não queria tirá-la. Não mesmo. Me trazia uma sensação de conforto, segurança... Como estar nos braços da sua mãe até os 5 anos. O que era extremamente estranho, porque, tipo assim, era uma CAMISA! Bom, como deu pra perceber, eu não tinha cabeça nenhuma pra aula. Nem pra nada. E ao me lembrar de tudo isso, fiquei meio tonta. Ok, eu disse MEIO? No segundo horário, acabei pedindo pra ir à enfermaria. Definitivamente eu não estava bem.

– Foi só uma quedinha de pressão, vai passar logo.– A enfermeira orientou, depois de colocar sal na minha língua. – Você saiu de casa sem comer nada provavelmente, não é?

Eu havia ficado tanto tempo enrolando por causa da maldita camisa que não tinha nem tido tempo de beber um copo d’água.

– é, eu... Acordei meio atrasada hoje, aí não deu tempo...

– Não pode fazer isso não que você pode até desmaiar! Agora só relaxe e fique aqui deitada, está bem?

Assenti com a cabeça e fiquei lá, na maca, sem consegui pregar o olho. Ela me olhou preocupada.

– Tente dormir um pouco – Aconselhou.

– Não consigo – Afirmei, desconfortada.

– Preocupada com alguma coisa? – Ela perguntou, solidária – Eu deixo você usar o Ipod, pra tentar descansar.

Agradeci, tentando sorrir, já que ela estava sendo super gente boa. Ipods eram proibidos em horário de aula, você estando na enfermaria, no banheiro, na sala de espera da coordenação, ou qualquer outro lugar. Peguei os fones e coloquei “what the hell” nas alturas, na esperança de que não conseguisse ouvir nem aos meus pensamentos.

Em poucos segundos, eu estava dormindo.


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Acordei com a Amber brincando com meus cabelos.

– E aí, como você tá, sua doida?

– Melhor – Respondi, bem menos tonta. Tentei me levantar e a cabeça latejou um pouco.

– Fugi da aula pra te ver

– Sério? – Perguntei.

– Mais ou menos – Ela fez uma careta com a língua pra fora. É impressionante como até fazendo careta a Amber fica bonita. Mas eu já estava acostumada. Anos de convivência, anos de humilhação – Tava no fim da aula, aí pedir pra ir ao banheiro. Mas vim pra cá. O intervalo vai começar em, tipo assim, um minuto e meio.

Sorri. Amber, como sempre, agoniada.

– Drake e Scott também ficaram preocupados.

– Tá, deixa eu me recuperar pra você voltar a falar no assunto, pode ser?

– Que assunto? Scott?

– É...

– Aposto que por causa desse seu surto, ele vai passar o intervalo com a gente hoje.

Tentei sorrir, mas meu rosto não tinha forças para fingir que eu estava feliz. Não agora.

– Tá difícil superar?

Assenti com a cabeça.

– Desculpa. – Ela falou, finalmente. E eu sabia, algo que ela odiava fazer era se desculpar. – Por tudo tá? Eu não devia ter feito aquelas coisas ontem... Mas... Você me conhece, eu não resisti. E... Eu não tinha idéia de que você ia ficar tão mal.

– Relaxa... É idiotice minha mesmo. – tá, eu sabia que não era idiotice coisa nenhuma, mas eu não estava pensando em contar TUDO pra Amber. Tipo assim, tudo que se passou pela minha cabeça.

Então o sinal tocou: Intervalo.

Amber deu meus dados a enfermeira enquanto eu ia levantando aos poucos. Quando estávamos saindo da enfermaria, avistamos o Drake, o Scott e... O Ned! Ele veio correndo e me abraçou.

– E aí, Cass, como você tá? – Disse, com as mãos em meu rosto.

– Melhor – Respondi, sentindo minhas bochechas corarem um pouco.

– Foi só uma queda de pressão – Amber esclareceu.

Todos então começaram a andar em direção a saída. Parei num dos bancos.

– Gente, eu vou ficar. Não to muito a fim de Mc hoje...

– Ah, então a gente fica também – O Ned tentou ser legal.

– Não, vão lá... Eu me viro aqui com algo da cantina e depois vou pra biblioteca, pra dar uma lida no assunto de biologia. Eu tava mal na primeira aula, não consegui prestar atenção em nada...

– Se você quer assim – Ned deu de ombros. Abaixou-se e beijou minha bochecha – Qualquer coisa liga.

Amber e Drake também sorriram e assentiram com a cabeça, como quem diz “ok então. Liga pra gente ante, não pra ele”. Aquilo me fez sorrir um pouco. Mas o Scott virou pra eles e disse que “já estava indo”. Ambos deram de ombros e continuaram andando. Scott sentou ao meu lado.

– É culpa minha, não é?

– Não... Claro que não, Scott, que besteira... Eu que saí de casa sem tomar café e tal...

– Cass, eu te conheço. Você é minha princesinha, sei quando você está mal.

Abaixei os olhos.

– Aquilo que aconteceu... Teve algum significado pra você?

Suas bochechas estavam rosadas, o que fazia seus olhos azuis se destacarem.

– Eu... Sim. Teve. Tipo, você é minha melhor amiga, Cass. É meio óbvio que sim. Não é como se eu beijasse a Shannon sem querer. Isso não teria a menor importância. Acho que eu nem... Consideraria um beijo, na verdade. Mas você é diferente.

– Também me sinto assim. Seria importante se fosse com outro, claro, mas é... Diferente. Você está certo.

– Foi seu primeiro beijo, né?

Assenti, sentindo que meu rosto ficava cada vez mais quente, como se todo o sangue do meu corpo tivesse ido para as minhas bochechas.

– Ah, Cass, desculpa... Eu... Me sinto um idiota.

– Tá tudo bem, Scott, não foi sua culpa... Na verdade, ninguém teve culpa nenhuma, foi... Um acidente.

– Se te consola, seu primeiro beijo foi com um cara que vai estar sempre ao seu lado – Ele sorriu – Como padrinho do seu casamento, mas vou estar. E eu nunca vou esquecer esse beijo. Talvez outro garoto esquecesse, mas eu não.

Dei um risinho e abracei-o.

– Brigada, Scott...

– Agora desencana com isso, ok? Eu não vou contar pra ninguém não. O Ned não vai saber se você não quiser.

– Melhor assim.

– Quer um suco?

Assenti com a cabeça e cheguei a abrir a boca para dizer o sabor, mas ele foi mais rápido.

– Uva, médio, com açúcar e sem gelo. Se não tiver, maracujá. E, se também não tiver, uma coca. Acertei?

– Você me conhece mesmo, né? – Acho que foi a primeira vez no dia que sorri de verdade.

Ele se levantou e foi indo em direção a cantina. Então no meio do caminho virou-se.

– Cass. A Amber sabe, né?

– Óbvio que sim – Eu disse, ainda sorrindo.


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Notas finais do capítulo

ok, ficou ~meio~ pequeno, mas os outros vão ser maiores, prometo
:***



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