Just Upside Down escrita por letdidier


Capítulo 11
Capítulo 11 - Tudo tem um lado bom... eu acho.


Notas iniciais do capítulo

Desculpa não ter postado ontem, mas fui arrancada do computador :S Bom, hoje está aí pra vocês ^^ espero que gostem! P.S.: gostaram das fics que eu indiquei? :3



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Scott estava com as bochechas meio vermelhas, talvez de vergonha, talvez por causa do frio, mesmo. Seu cabelo loiro-mel caía perfeitamente sobre os olhos azuis, como se ele tivesse, sei lá, acabado de sair do salão, o que era engraçado, porque eu sabia que ele mal os penteava, mas eles sempre estavam assim, perfeitos.

– Hã? Contar o que? – Ele perguntou, me tirando dos meus devaneios.

Desesperei-me por dentro, mas tentei manter a calma.

– Nada não, brincadeira da Amber – Tentei sorrir – Bom, entra aí, Scott!

Ele foi andando calmamente até o sofá, com as mãos no bolso do casaco. Lá fora devia estar realmente frio, apesar de o verão estar chegando. Scott sentou-se no sofá ao lado da Amber. Fui logo atrás e fiz questão de sentar na outra extremidade, ao lado do Drake. Então minha mãe apareceu.

– Oi, garotos, sejam bem vindos! Querem alguma coisa? Uma água, coca-cola...

Ambos recusaram e agradeceram. Minha mãe então virou-se diretamente pro D.

– Cada dia mais bonito hein, Drake?

Ele sorriu, envergonhado.

– Ah, obrigada, tia...

Minha mãe sorriu e, finalmente, saiu da sala. Ela ADORAVA o Drake, eu nunca soube por que.

– E aí, animados com o fim das aulas? – Scott tentou quebrar o gelo.

– Ainda falta, tipo assim, um mês, cara! É MUITO tempo!

– Ah, qual é, D? Você já aguentou pelo menos 6 meses! Só mais um não vai te matar!

– Mas e as notas? Ninguém corre o risco de perder não, né? – Amber perguntou.

E então o papo se desenrolou naturalmente, como sempre. Logo a gente estava discutindo qual a melhor banda do ano, quão frio estava o dia, o término do Drake e da Cameron, etc. Não que eu tivesse algo contra a Cameron nem nada (tipo, eu até gosto dela), mas era legal estarmos só os quatro outra vez.

Algumas horas depois, o celular do Drake tocou. Era sua mãe, dizendo que já estava passando para pega-lo.

– Bom, é isso aí galerinha, até amanhã! – Ele se despediu. Levei-o até a porta. Ele cruzou os braços e se apoiou na lateral, sussurrando – Cass, depois tenho que conversar uma parada com você...

Assenti com a cabeça, rindo um pouco.

– Tá bom, senhor D. O que você vai me contar hein? Roubou um banco famoso na Europa? – Sussurrei de volta.

Ele riu.

– Quase isso!

Então um carro parou na porta e buzinou.

– Vai logo, se doido – Dei-lhe um beijo na bochecha. Ele me abraçou e correu até o Vectra da mãe.

Quando voltei pra sala, Scott estava de pé, passando as mão no cabelo e parecendo um tanto sem graça. Olhei pra Amber, já desconfiada. “Meu Deus, o que ela fez agora?” Pensei comigo mesma.

– Que tal repetirmos a dose de ontem? – Amber sugeriu, sorrindo.

Scott, ainda sem graça, não tinha muito que dizer.

– Bom, não tem problema nenhum... Se vocês quiserem...

Amber não conseguia parar de sorrir. Aquele sorriso triunfante dela estava me dando tanto ódio...

– Claro que queremos! – Ela sorriu ainda mais – Vamos, Cass?

Revirei os olhos.

– Não sei, nesse frio...

– É aqui do lado! Anda, vamos lá.

Fomos então os 3. Mal chegamos lá, desabou uma tempestade do lado de fora. Tipo, literalmente. Com direito a relâmpagos e tudo. “Bom” pensava eu, positivamente “Pelo menos vou TER que voltar junto com a Amber, de carona”. Mas bastou a peste da minha melhor amiga colocar o pé na sala, que declarou pra todo mundo ouvir, que queria ver “O melhor amigo da noiva”. Tentei discordar, mas, bom... Vocês não conhecem a Amber. O poder de persuasão dela é incrível.

Scott entregou o DVD a Amber.

– Vai colocando aí, vou fazer pipoca e uns chocolates quentes pra gente.

– Trás uma água pra mim antes, Scott? – Pediu Amber – Tô morrendo de sede!

– Pra mim também – Pedi, enquanto tentava ligar o DVD.

– Claro – Ele assentiu e foi pra cozinha. Assim que ele sumiu de vista, joguei uma almofada na cara da Amber.

– Ai! – Disse ela, se acabando de rir.

– Há, há. Não to vendo graça. Você quer parar com isso, Amber?

– É MUITO engraçado, você não tem idéia!

Sentei no sofá, de braços cruzados.

– Eu odeio você, sério.

Ela apertou minha bochecha.

– Você me ama, coisa fofa – Depois virou-se pro DVD e colocou o filme.

Nisso, o Scott aparece com um copo de água em cada mão. Deu a Amber o dela e, quando foi me dar o meu, tropeçou na almofada que eu tinha jogado na Amber (que agora estava no chão) e acabou virando o copo de água gelada na minha blusa. Num impulso levantei do sofá, totalmente molhada.

– Droga!

– Desculpa, nossa, desculpa mesmo, Cass! – Ele tentou enxugar, mas foi inútil. Eu estava completamente encharcada.

– Tudo bem, Scott, deixa pra lá...

–- Não é bom você ficar com a camisa molhada nesse frio, Cass.

Quem acha que a Amber concordou com isso, tipo assim, IMEDIATAMENTE? u-u

– É, Cass, faz mal! – Ela tentava, sem sucesso, esconder o sorriso.

Grandes coisas. Eu estava de short! Porque não poderia ficar com a blusa molhada? Ok, não poderia. Tirei o all star e fiquei só de meias. Então, encarei a Amber.

– E o que você sugere, sua maluca? Que eu fique sem blusa?

– Você está entre amigos, Cass – Ela sorriu. Joguei outra almofada nela, só que com mais força dessa vez e lancei um olhar tipo “REPITA. ISSO. E. EU. TE. MATO.”

– Se as blusas da minha irmã não fossem tão pequenas, eu emprestaria uma. – Scott brincou.

– Eeeei! Empresta uma sua, Scott! Vai ficar meio folgada, mas quem liga? É só por enquanto...

Scott deu de ombros e me olhou tipo “Se você topar, não tem problema nenhum”. Eu ia sugerir voltar e pegar uma blusa na minha casa, mas com aquela chuva estava meio impossível. Eu só ia me molha mais. Então acabei concordando.


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Alguns minutos depois, lá estava eu com uma blusa de manga longa (bem quentinha) do Scott, que ficou, tipo assim, meio grande em mim. Parecia um vestido, praticamente cobra meu shortinho jeans. Sentei-me no sofá sobre as minhas pernas (tipo ajoelhada, não sei explicar). A Amber sorriu.

– Velho, você tá MUITO diwa assim.

Ergui as sobrancelhas descrente.

– Estou usando a camisa do meu melhor amigo por que a minha está encharcada. An-hã, claro, super diwa eu. – Falei, irônica.

– Justamente! Posso tirar uma foto?

– Amber!!

– Você tá parecendo uma daquelas meninas de gifs do tumblr! – Ela sorriu.

Revirei os olhos.

– Mas você ficou mesmo bem com a camisa, Cass – Scott disse, todo inoscente.

– Tá gatinha, Cass – Disse Amber, se acabando de rir da própria... hm... Piada interna e acabando com toda a inocência anterior.

Normalmente o Scott ia concordar, dizer que o Ned tem sorte, me zoar... Essas coisas idiotas de melhor amigo. Mas o clima estava mesmo pesado entre a gente, então ele só disse:

– Amber, deixa ela – E jogou outra almofada na Amber, que protestou

– Ah, eu virei um “alvo de almofadas ambulante” agora, é?

– É! – Respondemos eu e Scott ao mesmo tempo.

Amber pegou a pipoca e se jogou no sofá.

– Vocês tão muito chatos hoje!

– Começa logo o filme, por favor? – Disse eu, furiosa.



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Depois do filme, ficamos esperando a mãe da Amber aparecer, sentados na varanda. Eu estava numa cadeira, Scott em outra e a Amber se balançava loucamente na rede.

– E aquele seu amigo, o Caleb, hein Scott? Por onde anda?

– Gostou mesmo dele, hein, Amber? – Ele provocou.

Ela deu língua pra ele.

– E daí? Ele é legal e todo fofinho. Tenho direitos, não tenho? Eu to solteira, até onde sei.

Scott levantou as mãos.

– Ui, ela tá solteira!

Nos fazendo cair na gargalhada.

– Mas e aí, Scott? – Disse Amber, quando parou de rir – E você? Quantas tão dando em cima de você atualmente?

Scott deu um sorriso sem graça.

– Ah, umas aí. Sabe quem veio toda cheia de “meu amor” “lindo” e “fofo” pra cima de mim na sexta-feira?

– Quem? – Perguntei.

– Shannon.

– Tá zoando! – Amber riu – Sério mesmo? Aquela ali dá em cima de todo mundo! É um vadia mesmo!

– Você era amiga dela! – Protestei.

– Não era não! Elas me paparicavam, é diferente. Bando de puxa-saco.

Pra quem esqueceu, Shannon é a popular-patricinha. Uma daquelas loirinhas da qual falei bem no começo. Mais especificamente, a do cabelo cacheadinho. Bom, ela também cresceu e acabou virando uma vadia/patricinha. E ela me odeia. É, basicamente é isso que você precisa saber.

– E você, Scott? – Eu disse, achando a situação meio engraçada.

– Ah, eu não to muito interessado nessas fresquinhas oferecidas não. Eu despistei ela lá.

– Ela não vai desistir tão cedo, você sabe, né? – Amber avisou.

– Ela já deu em cima de mim antes, quando a gente era menor. Mas eu dei o fora nela. Foi engraçado!

– Eu me lembro disso!! – Comecei a rir. Havia sido realmente hilário, porque ela nunca tinha levado um fora na vida!

– Sério? Eu não lembro... – Amber parecia se esforçar para achar a cena em sua memória.

– Eu tava lá de boa depois da aula, aí ela sentou do meu lado e começou a falar que eu era “um gato” etc... Aí depois de um tempo ouvindo uma baboseira pior que a outra, eu peguei minha mochila e simplesmente falei: Mal aí, Shannon, mas eu não to a fim não. E saí andando. A cara dela foi hilária!

– Eu tive uma crise de riso – Admiti. – Acho que você tinha ido embora já, A. Mas eu te contei.

– Capaz – Ela deu de ombros. – Mas eu queria mesmo ter visto a cena.

Então a mãe dela chegou. Nos despedimos do Scott e fomos pro carro. Quando chegamos na frente da minha casa, agradeci e soltei. Mal abri o portão, ouvi passos. Me virei e vi a Amber vindo atrás de mim enquanto pedia pra mãe esperar. A chuva estava bem mais fraca, mas mesmo assim, por que a Amber não, simplesmente, me ligou se havia esquecido de falar alguma coisa? Então ela me puxou e falou ao meu ouvido:

– Cass, pare pra pensar. Ainda que sem querer, você ficou com o menino que a Shannon está a fim! – Ela bateu de leve em meu ombro – Minha garota!

Depois me abraçou a correu de volta pro carro.

E o pior de tudo, é que ela estava certa.



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