Blindfolded escrita por BitingNargles


Capítulo 4
Little Problem (COSMO)


Notas iniciais do capítulo

Oi, não morri. Sei que sentiram falta de mim. Haha
Espero que gostem, desculpe, está curto. Os outros serão bem maiores, prometo.



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COSMO

Então eu não estava exatamente contente em ter que sair do acampamento, principalmente por que havia uma grande chance de eu acabar morrendo no processo, mas aparentemente eu era uma "peça importante" e não podia fugir da missão. Saímos do acampamento dois dias depois que a profecia foi prevista.

Estava muito ansioso, já que era minha primeira missão, minhas mãos tremiam quando colocava as coisas dentro da mochila. Coloquei só o básico, três mudas de roupa, coisas de higiene pessoal e uma foto de minha avó, a única pessoa que parecia me amar nesse mundo. Aproveitei e peguei umas ambrósias e uma garrafa térmica de néctar, no caso de alguém se machucar. Prendi minha aljava nas costas junto com os arcos, pendurei a minha mochila num dos braços e esperei os outros campistas chegarem. Tentei fazer amizade com Argos, mas ele não me respondia, me perguntei se ele era mudo ou simplesmente não queria falar comigo.

Uns dez minutos depois, os campistas traziam suas mochilas e estavam devidamente equipados, com exceção de Jane.

_Tem certeza que não quer uma adaga ou alguma arma, Jane? - Will perguntava preocupado. Ela anuiu.

_Não preciso de uma.

_Como assim, não precisa de uma?

_Tentem me atacar. - quando ninguém se pronunciou, Jane suspirou - Vamos, não vai me fazer mal.

Nos entreolhamos e Will olhou para Nirvana, que hesitou um pouco, mas tentou acertá-la com a espada, ramos de rosas negras saíram da terra e se enrolaram na espada de Will, jogando-a longe. Encaramos Jane com os queixos caídos.

_Como fez isso? - Perguntei, embora soubesse que ela era filha de Perséfone, nunca soube que filhos da deusa conseguiam fazer isso. Tudo bem, nunca tinha visto outra filha de Perséfone, mas de qualquer jeito...

_Descobri umas horas atrás, não sei exatamente o que acontece quando tentam fazer mal a mim, mas tentaram pregar uma peça em mim, acho eu, os dois acabaram no fundo do lago.

Ficamos mais algum tempo conversando, mas Argos bufou impacientemente e entramos na van, rindo. Sentei-me num dos bancos da janela e suspirei, seria uma longa viagem até Los Angeles.

Não lembro quando estive mais entediado em toda a minha vida. Não podíamos usar aparelhos eletrônicos ou íamos morrer. Não podíamos andar de avião ou íamos morrer, não podíamos sair do acampamento ou íamos morrer.

É, ser um meio sangue era uma maravilha, principalmente quando há Zeus e o mundo contra você.

Afastei aqueles pensamentos da cabeça, pensado em minha mãe, na missão e em como tudo mudou tão rápido. Eu costumava ser aquele garoto tímido que sentava no fundo da sala, não conhecia minha mãe, vivia com o meu pai alcoólatra, e todos que me conheciam gostavam de mim, agora eu era um semideus, filho de Ártemis e odiado por praticamente todos os deuses. Estava quase caindo no sono quando escutei o carro dar uma virada brusca e capotar. Senti meu sangue descendo (ou seria subindo?) até a minha cabeça e uma risada maligna vindo do lado de fora do carro.

Soltei o meu cinto e peguei uma flecha e o meu arco, que surpreendentemente estavam intactos, e mirei cegamente na criatura. Eu só conseguia ver os pés, que eram escamosos, parecia que as unhas não era cortada faziam dez mil eóns.

Sentei-me no teto da van, ajudando as outras pessoas a saírem do carro. Escutei um grito e virei-me em tempo de ver Phoebe presa nas garras escamosas e pútridas da dracaenae. Ela colocou uma das mãos nos olhos da criatura, que gritou com a intensidade da luz, cobri os meus e apertando os olhos, me esforçando para não acertar a garota, atirei.

Com um grito, o monstro virou uma montanha de pó dourado, deixando para trás uma de suas escamas, era verde brilhante, do tamanho do meu punho fechado. Examinei o objeto mais de perto e guardei-o no bolso, enrolando a escama num pedaço do banco destruído do carro. Phoebe me agradeceu e sorriu, sorri de volta timidamente. Fiquei surpreso que não tinha machucado a garota. Tenho que admitir que fiquei um tanto orgulhoso de mim mesmo.

Catamos nossas coisas de dentro do carro e, olhando em volta, percebi duas coisas:

Um, estávamos perdidos no meio do nada.

E dois, não fazia a menor idéia de como sairíamos dali.

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Notas finais do capítulo

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-BN



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