Espiando O Futuro escrita por Juliana


Capítulo 12
Capítulo Doze


Notas iniciais do capítulo

PERDÃO!
PERDÃO!
PERDÃO!
PERDÃO!
PERDÃO!
TT_TT
Eu andei tão ocupada essas semanas que não tive tempo de respirar, gente! Eu estava preocupada com essa fic, mas não dava.
Olha, primeiro eu tive que terminar e entragar vários trabalhos da Faculdade. Depois eu peguei virose e quase morri, porque tudo o que eu comia não parava no meu estomago (mesmo assim, continuou gorda! Ò_Ó). Então tive que estudar para provas e para outros trabalhos que estão para vir!
Desculpem a demora, estava aproveitando também que minha irmã ficou um mêzinho aqui antes de voltar a trabalhar num navio na Europa - tentem entender que ela ficou longe de mim por oito meses, e, por mais que eu AME ter meu quarto só pra mim, eu estava matando a saudade!
Mesmo ainda tendo que estudar, vou ver se consigo continuar com as atualizações semanais!
Boa leitura! ;3



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Quase três horas depois de corrida em alta velocidade, Wally chegou a Gotham, cansado e morrendo de fome.

Ele havia se disfarçado entre as pessoas quando entrou na cidade, parando de correr e andando comumente, sem energia e desapontado consigo mesmo – ele estava começando a analisar a situação direito enquanto, antes de achar Ártemis, procurava por um restaurante qualquer para reabastecer – isto é, se ele conseguisse não falar com a comida.

Avistou o primeiro Café no centro de Gotham que estava lotado, uma hora da tarde e ele sentindo a pressão consumindo-o aos poucos. Ele teria que engolir a comida do jeito que ela viesse e correr para achar Ártemis e tentar dar um jeito de explicar a ela seus reais sentimentos – droga! Ele não queria pedir desculpas!

Adentrou no lugar, seguiu até o balcão do bar onde garçonetes corriam de uma lado ao outro, ocupadas, e falou com o primeiro que veio lhe atender, o gerente talvez. Avisou-o que queria o que saísse mais rápido e o homem anotou ovos fritos com bacon, um milk-shake de chocolate e baunilha e permaneceu por ali mesmo, já dando o dinheiro para o homem entre quarenta e cinqüenta anos – as pessoas se juntavam ao seu lado aos poucos reclamando dos pedidos e afins.

Por que tanto caos num sábado? Wally se perguntou enquanto seus olhos verdes exaustos vagavam pelo salão de tamanho médio, focalizando-se, então, na visão da janela, cheia de carros e buzinando e pedindo passagem. Ele havia se esquecido de como Gotham era tão barulhenta e aquilo não o estava ajudando em nada.

Ele morava em Keystone, perto de Central City, e nunca teve que lidar com uma mulher desaparecida por vontade própria numa cidade perigosa e impiedosa – Wally não gostava nada de Gotham por isso. As ruas sempre parecidas, os prédios todos iguais e as pessoas mal-educadas.

Ártemis era natural de Gotham e ela podia ser tão rude quanto quisesse... Entretanto, quando ela sentia vontade de ser engraçada e entrosar com as pessoas, ela conseguia num piscar de olhos e isso o deixava alucinado, pois todos sabiam como ela era e como ela podia mudar seus atos em pouco tempo – menos ele.

Wally, em toda sua glória ruiva e mente geniosa, não entendia nada quando se relacionava a garota de cabelos loiros na altura da cintura – quando presos –, de olhos de cores incomuns e indescritíveis e natureza indomável. Ela era legal; quando? Ela contava piadas; por quê? Ela dizia ser do bem; como?

A garota sempre o tratou friamente e com tamanho desdém com qualquer coisa que ele dizia, mas ele sentia algo dentro de si que esperava que ela se tornasse algo um pouco mais carinhosa com ele, sem deixar de continuar sendo a geniosas e impertinente Ártemis que ela sempre fora – ou mostrava ser.

Ele nunca quis saber – ou nunca quis admitir querer saber mais coisas a respeito da loira, mas, depois de ter ido ao futuro, depois de ter visto tudo o que iria fazer quando mais velho e o que iria lhe acontecer naquele dia, Wally sentia vontade de conhecer Ártemis afundo, sem segredos e sem máscaras cobrindo sua personalidade tão... Diferente.

O ruivo West não queria admitir, mas ele gostava do sorriso que ela fazia quando havia ganhado alguma batalha contra ele, da sinceridade impetuosa que ela dizia a todos sem se importar com o que iriam responder; da rapidez da sua mente quando era necessário rebater qualquer um dos comentários irritantes que o velocista implicava; das implicâncias dela; dos olhos revoltados quando não recebiam o que queriam; do atrito da mão dela sobre a dele em Bialya...

Seu rosto começou a corar e Wally sentiu as sardas esquentarem ainda mais quando o homem lhe trouxe seu almoço, despertando-o de seus devaneios e permitindo que o rapaz recarregasse seu estoque e pudesse voltar a sua busca da Arqueira Verde.

Algum tempo depois, terminando seu rápido almoço, um barulho ensurdecedor ecoou pelo Café e as pessoas gritaram após o tremor rápido, agarrando os entes queridos e correndo para os batentes das portas.

Wally arregalou os olhos verdes e viu poeira tomar conta da rua inteira, algumas pessoas correndo para dentro do restaurante assustadas e outras passando reto, chorando e procurando outro lugar para se abrigarem. O velocista, como qualquer outro super-herói em seu lugar faria, esqueceu do que tinha de fazer e pediu licença para sair da loja, engolindo o resto da bebida e tacando o copo no lixo mais próximo.

Ao deixar o local e permitir que a poeira abaixasse, Wally virou-se para o lado de onde se manifestava e ficou chocado quando notou que o Mestre dos Esportes e alguns outros caras maus estavam destruindo a parede de um banco para assaltá-lo, na maior cara de pau.

O ruivo franziu o cenho e correu, como qualquer um, para o beco mais próximo – sendo Gotham City ele encontrou um com menos de dez passos dados. Apertou seu anel do Flash e tornou-se o assistente em vermelho e amarelo, os óculos de proteção sobre os olhos e os pés rápidos dirigindo-o até o local do crime.

O homem loiro de máscara de hóquei sobre a face não havia percebido-o, portanto adentrou no lugar e continuou a saquear qualquer que fosse seu objetivo. Seus capangas, com certeza geneticamente alterados com veneno do Bane, tacavam os destroços nos carros de polícia que se aproximavam e atiravam em qualquer autoridade que estavam a cinqüenta metros de distância – Wally na outra quadra preparava-se para render os vinte cinco capangas na porta, sabendo que deveriam haver outros, pelo menos a mesma quantidade dos de fora, junto com o Mestre dos Esportes.

Não havia problema! Ele iria conseguir! Iria provar que poderia substituir seu tio Barry se viesse o caso – o único problema era a falta de pressa quanto a isso. Ele conseguiria dar um jeito naquele loiro nojento e em sua mania ridícula de causar quando tudo estava em paz (do jeito de Gotham City).

Acelerando o passo e desenhando o vento com as cores do seu mentor, Kid Flash dirigiu-se num zumbido até a primeira fileira que cercava a esquina da rua, roubando suas armas e ameaçando-os após tacá-las do outro lado da rua.

Os homens ficaram assustados com a coisa rápida que havia roubado-lhes as armas, mas depois de verem que era o adolescente ruivo rugiram e correram para socar-lhe a face, arrebentar-lhe os dentes brancos que sorriam presunçosamente para eles e entregar sua carcaça para o Mestre dos Esportes se divertir com um novo carpete em seu apartamento.

Não foi isso o que aconteceu, obviamente, já que Wally acabou com cada um dos infelizes em questão de segundos – um bateu a cabeça no chão após uma rasteira, o outro sentiu suas partes baixas entrarem em colapso nervoso após apenas um chute; o terceiro sentiu o gosto do sangue nos lábios após o soco que lhe quebrou o nariz e alguns dentes de ouro; o penúltimo e o ultimo foram em apenas um golpe de sorte que o fez se orgulhar mais ainda do poder de super-velocidade.

Kid Flash sorriu e os policiais alcançaram-no, alguns já com uniforme completo contra balas e afins. Um velhinho de cabelos brancos, barba fofa e olhos castanhos sobre os óculos de grau alcançou-o, ele usava um colete anti-balas enquanto seus homens abaixavam o vidro de plástico do capacete sobre a face, preparando-se para entrar e lutar.

–Kid Flash! – o homem disse aliviado, apesar de sua cara mostrar uma tensão absurda. Ele estendeu a mão para o homem e cumprimentou-o rapidamente, esperando ouvir o resto do que tinha a dizer – Comissário Gordon. – Gordon? O ruivo decidiu que perguntar se ele era pai da Bárbara naquele instante não era o melhor momento – Fico feliz que tenha chegado. Não conseguimos nos aproximar deles e Mestre dos Esportes vai escapar se ninguém montar uma barricada contra ele!

–Não se preocupe. Vamos dar um jeito de pegar ele. – KF disse e olhou para suas costas onde mais tiros eram ouvidos – Comissário, leve seus homens por aqui e só entrem quando me ouvirem falar ”Já”, ta? – o homem de cabelos brancos afirmou e Kid Flash sorriu – Temos de ser rápidos!

Após algumas conversas de segundos, Wally acelerou para dar a volta na esquina e avistou o resto dos homens, os escombros ao chão, alguns os arremessando nos carros de policia, outros atirando nos guardas, alguns guardando o carro blindado e outros segurando algumas pessoas como refém.

Ta. Os reféns ferraram o plano do Wally, mas ele não falharia com o Comissário Gordon. Ele daria seu jeitinho e conseguiria colocar ordem naquilo ali. Ele só precisava pegar os cinco com os reféns e partir para cima dos armados e fortes.

Escondido atrás de um dos grandes escombros, Wally ainda lutava contra sua impulsão e com a dificuldade do problema, tentando pensar rapidamente no que fazer, mas nada lhe vinha à mente.

Pensa... Ele lhe disse suor escorrendo por sua face enquanto raiva de si mesmo preenchia-o Pensa! Respirou fundo quando uma senhorinha gritava sentindo seus cabelos brancos sendo puxados pelo capanga sem coração PENSA, WALLY WEST! E após isso e sua impulsão agindo, tudo o que ele havia pensado era correr e socar a cara do filho da mãe maltratando a velhinha.

Antes que ele pudesse alcançar o desgraçado e milhares de tiros se direcionarem a si, uma flecha alcançou o chão no meio dos atiradores e explodiu uma espuma verde escuro, espalhando-se até a altura de seus pescoços e endurecendo em cerca de dois segundos, não permitindo que eles continuassem a impedir os policiais de aproximarem-se.

O ruivo arregalou os olhos e pensou em olhar para cima, tentar ver da onde que vinha o tiro, mas resolveu continuar seu rumo e socar a cara do filho da mãe, pegando a velhinha no colo e correndo com ela para longe – os outros estavam preocupados demais em encarar os companheiros na espuma e assustar-se com seus amigos geneticamente alterados, tacando pedaços de parede na cabeça dos homens da lei que nem notaram o Flash que os atingiu e os desarmou em pouco mais de alguns segundos depois.

–JÁ! – Wally berrou do fundo de seu âmago e os homens de Gordon e alcançaram pouco tempo depois, preocupados e mirando naqueles que estavam resistindo ainda.

Outra flecha foi disparada, mas sobre o carro blindado do banco que não estava mais sendo guardado pelos outros capangas preocupados com suas cabeças se Mestre dos Esportes descobrisse sobre a falha épica daquela missão. Depois de um dispositivo começou a apitar lentamente, então rapidamente num ritmo extremamente rápido, ele explodiu o veiculo que se encontrava do outro lado da rua, inabilitando seu uso e fazendo alguns de seus pedaços – como era blindado, poucas coisas dele se desmontaram – voarem longe.

Dessa vez ele teve que olhar para cima e procurar pelo Arqueiro que estava ajudando-o enquanto os homens de Gordon se espalhavam e atiravam nos capangas carregadores – seus orbes arregalaram-se quando o herói em verde disparava outra flecha na direção da parede interna do banco, um cabo preso a ela, e descia em tirolesa o arranha-céu, seus joelhos dobrados lhe aumentando a velocidade enquanto seus braços musculosos sem mangas seguravam firmemente o arco preso no cabo, segurando o corpo sem mais nenhum aparato para ajudar a figura feminina.

Ela aterrissou perfeitamente com os pés no chão após uma cambalhota, desprendendo o arco do cabo e caindo levemente na calçada de concreto empoeirada. Capuz verde sobre sua cabeça, aljava nas costas apoiada sobre o ombro esquerdo, malha sem mangas terminando abaixo dos seios fartos, destacando a flecha em verde claro apontada para cima, luvas pretas sem cobrir os dedos até os cotovelos, cinto de utilidades do mesmo tom das luvas e das botas de salto alto, calça verde escuro combinando com a parte de cima do uniforme.

–Arqueira Verde! – um dos capangas gritou antes de ser silenciado por um chute em sua cara.

Ela andou para dentro do lugar e Kid Flash ainda não sabia o que fazer até que o Comissário Gordon caminhasse até ele e lhe acordasse de seu breve intervalo mental, cujo qual ele não fazia a menor idéia ter passado tanto tempo.

–Vai com ela, Kid! – o velho mandou apontando por onde ela havia passado. O adolescente balançou a cabeça, bagunçando ou colocando em ordem seus pensamentos, e olhou para o homem de cabelos grisalhos ao seu lado – Vocês precisam trabalhar juntos!

Wally resistiu a uma careta ou uma pergunta infantil assentindo às palavras de Gordon, correndo logo atrás da Arqueira Verde e notando que ela já havia cuidado de parte dos restantes vinte e cinco capangas, tendo alguma dificuldade com os restantes onze.

Ele, como um cavalheiro como sempre havia sido, correu para ajudá-la, nocauteando um que estava atacando-o pelas costas. O arco dela estava no chão, jogando longe dela enquanto ela usava suas artes marciais para derrotá-los e chegar ao tão irritante Mestre dos Esportes.

–Oi. – ele disse secamente parando de costas para as costas dela, defendendo-os dos ataques que vinham repentinos e ajudando-a.

–Fique fora disso. – ela rebateu e Wally lembrou-se do jeito bacana Ártemis de ser.

Ele franziu a face sardenta e chutou um cara que vinha correndo para cima dele, acertando-o na barriga e jogando-o para uma pilha de massacrados a sua esquerda. Tudo bem que ele havia pisado na bola, mas ele estava querendo se redimir – mesmo que forçadamente – e, além de tudo, eles não estavam indo enfrentar qualquer vilãozinho! Tratava-se do Mestre dos Esportes, porra!

–Olha... Eu sei que você está brava comigo... – ele se defendeu de uma cotovelada, depois de um soco, nunca deixando as costas dela – Mas eu vim aqui te procurar...

–Poupe a saliva, Surfista! – Arqueira respondeu acertando um cara na face, quebrando seu nariz e sendo atacada por dois aos seus lados, fazendo-a pular e abrir um espacate no ar, atingindo seus pés nos estômagos deles. Caindo em sua posição, Ártemis cerrou o cenho na direção do atordoado de nariz quebrado e levantou o pé no ar com velocidade, descendo sua panturrilha atrás de sua cabeça e forçando-o a bater a cara no chão, fazendo-o desmaiar. Wally tomava conta dos outros dois que o enchiam o saco – Eu não estou a fim de estragar a sua vida mesmo!

–Você ta levando isso a sério demais! – o moleque disse despejando a raiva sobre um dos capangas musculosos.

–Ah, claro! Porque eu sou a razão de tudo na sua vida dar errado e, além de tudo, sou melodramática! – Arqueira Verde resmungou sentando a mão no outro cara enquanto defendia KF de outro capanga chato.

–Qual é?! Você sabe como eu sou! – Wally nocauteou mais um e esperou que Ártemis terminasse de massacrar mais um capanga, concentrando sua raiva nele para não matar o velocista enxerido.

–Ridículo?! Impertinente?! Pentelho?! Irritante?! – ela perguntou virando-se para encará-lo com os olhos indescritíveis escuros sobre a máscara preta elegante, em torno deles a vermelhidão de um chorar visível.

–... – ele engoliu em seco antes de responder, o rubor tomando-lhe as bochechas conforme o peso de seus orbes magoados clamava por respostas. O velocista não sabia o que responder – Eu não sou tão assim... – ele murmurou tentando defender-se e abaixando a face.

–É claro que é. – Ártemis disse secamente, voltando-se para a direção do cofre e correndo para quebrar o Mestre dos Esportes – Vá para casa, Kid. Eu garanto que sua vida não será tão terrível no seu futuro. – Ela pegou o arco do chão e continuou seu caminho.

O tom sarcástico na voz áspera não melhorava em nada os sentimentos de culpa do ruivo, mas ele não podia ir embora agora ou seria tachado de covarde e destruidor, coisas que ele não queria nem pensar em ser. Não podia evitar aquilo e, além de qualquer sentimento de raiva ou amargura que ele sentia pela Ártemis do presente, ele se sentia mal por estar ouvindo aquelas palavras saindo da boca da Ártemis noiva.

Balançando a cabeça e acordando do transe, Wally ouviu um grito de ódio vindo da direção onde o cofre estava e ficou chocado, com medo de que algo tivesse acontecido com Ártemis – com sua colega de equipe, com a garota irritante que o fazia dar risadas quando abria a boca para zombar de alguma coisa que ele achava graça.

Ele correu até o local, subindo algumas escadas e descendo um corredor branco, com salas vazias dos bancários que trabalhavam durante a semana, atravessando grandes quebradas do restante do corredor, os estilhaços no chão quase o fizeram cair, mas ele não iria deixá-la na mão – não dessa vez! A porta de chumbo estava entre aberta, mas outro buraco na parede a direita o chamou mais atenção, e Wally entrou por ali na sala de contabilidade, dando de cara com alguns computadores estraçalhados no canto da sala, mesas de mogno quebradas em distintos pedaços e um espaço redondo amplo no meio do local, mostrando a loira com as mãos segurando firmemente as enormes mãos do outro loiro de face escondida.

–Garotinha desobediente! – o homem rangeu os dentes empurrando os braços de Ártemis para trás com força, mas ela permaneceu intacta sem um músculo sequer fora do lugar.

–Já falei pra você desistir de mim! – ela gritou irada, virando os quadris e chutando-o na barriga.

Desistir de mim? Wally repetiu confuso prestando atenção a luta enquanto adentrava lentamente na sala. Provavelmente já tinham percebido a presença dele ali, mas ele não queria atrapalhar Ártemis nem deixar o Mestre dos Esportes ir embora sem apanhar um pouquinho.

Ele soltou as mãos da garota e fugiu do chute, dando um mortal de costas e caindo no chão. Dos bolsos ele tirou um nunchaku e começou a rodá-lo conforme se aproximava dela. Rodou pelas costas e ela ficou em posição de luta, preparando-se para se defender e sabendo que o negócio seria muito doído ao atingir seu corpo, então ela se jogou na direção do arco e agarrou-o antes do lado de metal atingir-lhe o arco de aço com força.

-Você não devia estar em outro lugar não?! – o homem questionou com uma voz um tanto amargurada, gritando entre dentes – Talvez fazendo unha, cabelo e maquiagem pro seu casamento, garotinha!

–Eu estou aqui, não estou?! – ela rebateu dando uma rasteira em seus pés e ficando de pé quando lhe dera a oportunidade.

–O que houve?! Brigou com o ruivinho?! – o homem questionou novamente, um sorriso maroto surgindo em seus lábios como se sua vingança havia sido feita e Wally arregalou os olhos quando notou que ele sabia que o rapaz era – Bem feito! Assim você aprende a não largar as pessoas que ligam pra você!

–VOCÊ NUNCA LIGOU PRA MIM! – a Arqueira esperneou, atingindo-o no queixo com o arco e deixando-o mais irado ainda. Rodou pelas costas e tentou atingi-lo na lateral, tristeza em sua face – NÃO TEM O DIREITO DE SE METER NA MINHA VIDA!

–SEM MIM VOCÊ NÃO SERIA NADA, GAROTA! – agora que estava notando melhor, apesar de continuar a ser bem loiro, o Mestre dos Esportes tinha alguns cabelos grisalhos perdidos entre a cor amarelada.

O homem continuava a fugir dos ataques revoltos da mulher com um tanto de dificuldade e Wally aproveitava a deixa para tentar ligar os pontos. Tiros no andar de baixo enquanto gritos e porradas ecoavam na sala em que estava.

Ele falava como se fosse intimo da loira, como se ele a conhecesse a muito e Ártemis agia como se cada palavra que saísse da boca mascarada dele fosse uma lâmina afiada penetrando-lhe as costas – ou pior, o coração. Ao mirar a face da arqueira, novamente, os orbes esmeraldas se arregalaram chocados ao verem lágrimas descendo pela máscara negra e desenhando um caminho pelo rosto bronzeado.

Ela está... chorando? O garoto questionou o gesto, seu queixo quicando no chão ao notar ela quase desistindo de lutar com ele.

–O seu precioso Flash, todo certinho e dono da razão, te desmerece, garota! – Mestre dos Esportes cuspiu as palavras balançando o nunchaku na direção da jovem de vinte e cinco anos e Wally não pôde evitar querer quebrar a cara daquele infeliz – Você não é nada perto dele e tudo o que tem não veio das suas conquistas! Você roubou isso de outra pessoa e você sabe bem!

–EU NÃO ROUBEI NADA DE NINGUÉM! EU FIZ POR MERECER! EU ASSUMI PORQUE EU POSSO! – ela gritou insultada, correndo para cima do mais velho Mestre dos Esportes e batendo com a extremidade na boca do estômago dele.

–VOCÊ ASSUMIU SEM RAZÃO! – e o metal do nunchaku atingiu um milímetro de distância da onde o dedinho dela se encontrava, forçando Ártemis a despejar o arco no chão e gritar de nervoso – Esquece dessa sua vidinha miserável e mentirosa, Ártemis. – o homem disse com desdém e Wally arregalou os orbes assustado. Ele sabia o nome dela – Você não passa de uma assassina como eu e como sua família! – ele rebateu aproximando-se dela.

Artemis negou com a cabeça infinitamente, recuando sem abaixar a face, mas Kid Flash sabia que ela queria ter um colapso ali dentro, pois seus ombros estavam baixos e ele podia jurar estar sentindo que o coração da mulher estava repleto de ressentimentos a respeito daquela pessoa que jogava tanta coisa na sua cara.

Entretanto, nem quando ele havia dito que ela era a pior pessoa do mundo ele a havia visto desse jeito e aquilo estava corroendo-o por dentro. Ela estava chorando na frente do bandido – na frente dele sem cerimônias, mostrando suas fraquezas... Alias, denunciando suas fraquezas já que o Mestre dos Esportes já sabia que ele era e quem era Ártemis, até mesmo mencionando sua própria família e lhe revelando coisas que Wally pensara nunca se relacionar a arqueira que lhe acompanhava em missões contra esse cara.

Ele sentia o calor da raiva torrando seu interior e sua cara entrando numa feição que ele não era familiar, mas danem-se as aparências.

Aquele homem tava desrespeitando a mulher do seu outro eu!

–EU NUNCA VOU SER COMO VOCÊ, PAI!

Wally quase teve um surto após as palavras.



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Notas finais do capítulo

Acho que valeu a pena a espera, ou não? ;)
Um pouco de ação de novo, né? Caso contrário eu não estaria escrevendo uma fic de Justiça Jovem, pessoal! Entendam, por favor.
Bem, Mestre dos Esportes ama a filhinha dele gentem! Ele só ama de um jeito letal e totalmente insano, mas é amor, ainda assim. ^_^' e o Wally entrou em choque quando descobriu!
Não vou dar spoilers, mas fiquem feliz, pois, definitivamente, a fic está em sua reta final!
Acho que mais uns dois capítulos (mas tardar três!) e já era! /o/
Estou pensando em escrever algo em inglês, o que acham?!
Ah! Sigam-me no Tumblr! Eu sou uma pessoa muito engraçada! ;) http://shipperbody.tumblr.com/
Beijinhos e Até a próxima!

P.S.: comentem!



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