O Sequestro escrita por Lívia Black


Capítulo 25
Capítulo 24. -Usar os Cinco, confiar no Sexto.


Notas iniciais do capítulo

Heeey semideuses lindjos do meu coração ♥
Não demorei, certo? (Errado, já sei =S gomenasai)
Estou feliz e triste com vocês.
Feliz porque os reviews que recebi foram lindjos e produtivos e porque recebi uma recomendação nova! Nyaaa, um obrigada de coração para Camille Petrova, meus olhinhos brilharam forte quando vi... ♥
E triste porque o número de reviews caiu :/ Mesmo o de leitores tendo aumentado. Então, fantasminhas, não me deixem aqui sozinha, por favor :/
Eu particularmente gostei desse capítulo :3 Mas algo me diz que vocês vão adorar o próximo ! *---* Então...Bora ler e comentar para eu escrevê-lo postá-lo logo, ok? kkk
Sim, sou uma autora folgada.
Love u guys e espero que gostem mesmo *---*
Beiiijitos ♥
L.B.



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Capítulo 24. -Usar os Cinco, confiar no Sexto.

-Hm, Poseidon?

Atena sabia que não era uma ideia psicologicamente segura retomar o seu diálogo conturbado com o Deus dos Mares e Oceanos, justo em um momento como aquele, quando ele estava tão surpreendentemente quieto – e por mais que fosse custoso admitir - pacífico. Porém, ela simplesmente não era capaz de se conter.

 Havia algo ali que estava a incomodando desde os dedos dos pés até o último fio de cabelo em sua cabeça. E ela simplesmente precisava dizer, antes que acabasse cedendo ao instinto de sair correndo feito um avestruz ou qualquer coisa estúpida do tipo.

-Pode falar, Atena. –Era óbvio que ele também parecia achar a deusa ao seu lado muito mais interessante quando estava com os lábios fechados. Era uma certeza quase nata de que quando ela os abrisse, seria para reclamar, e a única coisa que o consolava é que sempre dava para tirar uma com a cara dela toda vez que ela fazia isso.

-Tem uma coisa muito errada por aqui. -Ele pode senti-la se empertigando ao seu lado, visivelmente desconfortável.

-Você acha? –Reprimiu o riso. -Eu não estou vendo nada de diferente, não...

Poseidon comprimiu os olhos, simulando que estava olhando para cada um dos cantos da redoma a procura de algo inusitado, quando era mais do que evidente que a deusa fazia referência a uma coisa bem, bem mais próxima, que a incomodava.

-Não é isso. –Ela interrompeu a diversão, parecendo finalmente concluir que aquilo era um deboche da parte dele. –É que não há mais necessidade de você segurar a minha mão. Afinal, nós já chegamos! Consigo ver suas flores subaquáticas carcomidas, mesmo dessa distância! –Atena apontou com a mão direita –a que estava livre dos possessivos dedos de Poseidon- algumas plantas diferentes de tudo que ela já havia visto antes, alguns metros adiante. No caminho de areia em que trilhavam, elas cobriam alguns pilares de sustentação coríntios revestidos por algas verde-claras, em tons de amarelo, violeta e carmesim. Reles mortais nunca poderiam ser capazes de encontrar algo do tipo –que não tinha nada de carcomido, embora fosse difícil demais para Atena admitir.–Não tente me enganar...-Ela continuou protestando, vorazmente, visto que ele, ao invés de libertá-la de imediato, como estava sonhando, apenas enroscou os dedos com mais firmeza em sua mão. –Não tente me enrolar...Eu não estou cega!

-Atena, você acha o seu papai o Deus mais bonito do Olimpo inteiro. Como é que você não pode estar cega?! –Poseidon sentiu o ar ficar subitamente dois mil quilos mais pesado, conforme os olhos da loira iam quase saltando das órbitas e criando vida própria para enforcá-lo. Sorriu. – Essas plantas são apenas uma introdução. Nós não chegamos ainda no Jardim que eu estava observando.

-Argh, que seja. De qualquer forma, não acho que haja necessidade disso. –Atena frisou a palavra com uma dose proposital de asco, desviando seus olhos raivosos para o conjunto, nada menos que adverso, de seus dedos entrelaçados com os dele, como se fossem um único amontoado de filamentos tenros. Uma sensação desconhecida se apoderava dela toda vez que fazia menção de notar que estava assim com ele que era, por falta de melhor termo, seu pior inimigo, e infelizmente era algo que ia além do baque da diferenciação térmica entre as temperaturas de suas peles. -Eu não vou me perder. Não sou uma criança.

Ela fazia questão de dizer a frase com seu orgulho vívido. Mas através da rigidez de suas palavras, era fácil ter a imagem de que ela era apenas uma garotinha que nunca tinha experimentado antes ter seus dedos tomados por alguém do sexo oposto. Que tinha medo daquele calor compartilhado ser algo viciante, ou medo de fazer alguma coisa da qual pudesse se envergonhar depois.

É claro que tal imagem era uma blasfêmia, tratando-se da tão aclamada Deusa da Guerra, Justiça e Sabedoria, Palas Atena. Óbvio.   

-Se fôssemos comparar nossas idades, você ainda estaria na pré-adolescência, Ateninha.

-E se fossemos comparar nossos cérebros, você ainda seria um zigoto pré-desenvolvido, Poseidonzinho.

-Posso não querer saber de metafísica ou todas essas coisas inúteis que você adora, mas pelo menos entendo sarcasmos e indiretas.

-O que você quis dizer com isso?- Demorou cerca de alguns minutos -recheados de gargalhadas infames do Deus- para Atena conseguir perceber que havia acabado de responder da pior forma possível, quase como se estivesse provando a indireta dele – a de que ela não entendia sarcasmos e indiretas. -Babaca, é claro que eu entendo sarcasmos e indiretas! Eu não tenho Asperger! –Frustrou-se.

-Aham. É claro que entende.

-Entendo mesmo! Acabo de perceber que você foi sarcástico com essa afirmação! Mais que uma prova concreta de que eu não tenho problemas tangentes a esse assunto.

-Se você diz...

-O que eu quero não é dizer, e sim, perguntar. Por que, por Zeus, nós ainda estamos de mãos dadas?

-Zeus não tem nada a ver com isso, Atena. –Aquele hábito da loira de ficar glorificando seu santo papaizinho entre nove de cada dez sentenças conseguia perturbar Poseidon profundamente. -Nunca passou pela sua mente que, sei lá, talvez eu queira segurar a sua mão?!

A boca de Atena se abriu e fechou várias vezes, enquanto seu cérebro tentava achar uma resposta imediata para aquilo, irrefreavelmente. A pergunta havia sido arremessada, com uma dose de irritação bem maior que a habitual, e provavelmente num impulso, mas isso não mudava o fato de que o que ele dissera fora algo bem suspeito. Suficiente para emudecer a loira, e deixar seu coração um pouco menos ritmado que o normal, uma agitação que se estendia os dedos, mais desesperados para fugir do que nunca estiveram antes. E o pior de tudo é que ele simplesmente parecia alheio, como se só tivesse dito algo banal, mais uma de suas babaquices automáticas.

-Não. –Atena conseguiu dizer, finalmente, depois de ter engolido em seco, ao que lhe parecia, umas três mil e vinte e nove vezes. -Seria totalmenteestúpido pensar dessa forma.

-É. Seria mesmo. - Poseidon sabia que se quisesse realmente seguir seus planos de conquistar Atena, aquele seria o momento preciso para embocar algum tipo de ação, dizendo que ela estava errada por achar aquilo, insinuando que ele não só queria segurar a mão dela como queria fazer outras coisas também... Coisas que ela não era nem capaz de imaginar. Porém, justo nos momentos mais oportunos, seu maldito orgulho teimava em falar mais alto do que ele. -Você me conhece bem, Atena.

-“Conheça o inimigo como a ti mesmo”. –Ela enunciou a frase que ele usara para ataca-la, para vencer aquele desafio corrupto, não muito tempo atrás. -A diferença é que eu não preciso trapacear para isso...

Poseidon não conseguia sentir que realmente havia trapaceado no ato de conhecê-la. Exigira um sacrifício descomunal de Afrodite conseguir aquelas informações, e um sacrifício ainda mais apurado de sua parte conseguir memoriza-las.

Também houvera todo aquele trabalho com as cartas de Lans, em que ele tivera de dissertar sobre ela, e não só isso, se recordar precisamente de vários de seus momentos e intrigas com ela.

 Além do mais, conseguia antecipar com precisão alguma reação que ela poderia ter ou qualquer resposta que ela poderia dar diante de uma briga.

Ele conhecia Atena, de verdade. Sabia como irritá-la, como enfraquecê-la, como envergonhá-la... E era evidente que saberia conquista-la, mesmo que não para os fins perversos de Alana. Ele não queria destruí-la.

Só queria poder provar que os sentimentos dela não eram feitos de pedra. Queria ouvi-la admitindo um monte de coisas que seu orgulho irritante não a deixava dizer. Queria se vingar da prepotência dela, mas ao mesmo tempo não queria machucá-la...

Não mais que o necessário, pelo menos. 

Só não entendia quando nem porque havia começado a se preocupar tanto com o que ia fazer com ela. 

-Agora sim, nós chegamos. –Poseidon anunciou, assim que alcançaram a entrada com os pilares monumentais, dos jardins que havia escolhido para enfeitarem aquela redoma. Não eram muito grandes, até porque ele preferia não reservar muito espaço dos oceanos para aquela estufa de oxigênio, mas eram bonitos como nenhum mortal poderia ter o privilégio de saber, e suficientemente bons para sua finalidade...

Calar a boca de Atena.

-Você não vai mesmo soltar a minha mão? –A loira chutou uma concha para o lado, fingindo estar distraída com a areia sobre seus pés descalços. Era a segunda vez que deixava aparentar que estava desconfortável.

-Não. –Aquele era um ótimo momento para pôr seus planos em prática. -Acho que seria mais romântico ver os jardins de mãos dadas.

A deusa riu.

Esperava que ela fosse se assustar ou algo assim, mas pelo visto ela estava começando a perceber – e a driblar- suas investidas.

-É mais fácil imaginar um porco sendo romântico, Poseidon.

-Hunf. –Ele realmente detestava quando era ela quem debochava. Mas agora que havia provocado, ele fazia questão de retribui-la na mesma moeda. - Aposto que logo mais você mudará de ideia até o final do dia.

Mesmo que estivessem apenas sendo soltas ao vento, a loira conseguia sentir o perigo que adivinha do contorno das palavras dele... Um perigo quase eminente.

Apostas lembravam desafios, que lembravam consequências, que lembravam várias horas sendo uma maid, que lembravam trapaças sujas, que lembravam beijos.

Será que ela estava pronta para correr o risco novamente?

-Aposta aceita.

Atena sempre estava pronta para desafios. Ou melhor, para vencê-los. Se havia algo bom em ter perdido o anterior entre eles, era ter tomado algumas lições. Ela já sabia os pontos fracos e havia se preenchido com cautela. O segredo era continuar respirando, sim, e jogar o jogo dele com uma carta na manga.

Qualquer que fosse o jogo que ele estava pretendendo jogar com ela.

Por enquanto, estavam apenas caminhando nos jardins, em plena manhã. Observando o lugar onde Poseidon possivelmente estivera, no momento em que Atena realizara suas próprias artimanhas dentro de casa, com aquele caderno.

Um passeio quase inocente.

Depois de atravessarem os pilares, uma estrada de areia contornada por conchas dos mais variados tipos, cores e tamanhos, abriu-se sobre seus pés, na companhia de estrelas do mar intimidadoras.

O percurso parecia ocupar quase a meia-volta do espaço circular onde ficava o “Chalé” e sobre suas cabeças ainda era possível admirar a cobertura de água da redoma fabricada por Poseidon, com peixes, golfinhos, arraias, e outras criaturas nadando e os observando, quase como se os deuses fossem estranhas coisas a serem admiradas, dentro de um aquário –só que feito de ar.

À esquerda e à direita, estavam os complexos de plantas e flores mais sofisticados –e belos, de uma maneira exótica- que Atena já havia contemplado em toda sua vida. Eles cercavam todo o local, até o ponto delimitado pelas conchas e estrelas, enredando-se umas sobre as outras em uma sinfonia de tons e estilos.

 Ela tinha certeza de que em nenhum livro ou filme imagens de plantas e flores como aquelas haviam sido gravadas. Era quase como se tudo que estivesse ali fosse uma exclusividade do Deus dos Mares e Oceanos – e de fato, assim se sucedia... Era um projeto dele, e eram cuidadas por ele, pois não havia explicação para flores e plantas tão lindas conseguirem se desenvolver assim brilhantemente a dois mil metros de profundidade, com a ausência de sol, da água, e enraizadas na areia salgada...   

Conforme iam caminhando, era como abrir uma caixinha de surpresas, com infinitas preciosidades dentro. A Deusa não conseguia impedir sua boca de ficar aberta, seus olhos de faiscarem, ou sua mente de esquecer preocupações (como a mão de Poseidon instalada junto da sua).

Ela estava entorpecida pela perfeição adventícia da paisagem.

Havia plantas pequenas, com flores de pétalas delicadas, que lembravam as  nostálgicas hortênsias dos Jardins do Olimpo...Eram desenhadas em tons de jade, púrpura e anil... E sobretons de ônix. Mas havia também as plantas grandes, enormes, quase árvores com corpúsculo de flores, tingidas de pérola, diamante, lápis-lazúli...E pétalas que lembravam um arco-íris numa tarde de verão chuvosa.

É claro que também, mais adiante, Atena pôde contar com elementos mais referentes a sua ideia de subaquático, embora não tivessem absolutamente nada a ver com aquelas palavras grotescas que outrora usara para defini-los... Recifes de corais extraordinários, enfileirados de algas características nos mais indescritíveis tons de verde, calombas, juncos, lírios d’água, tudo distribuído com uma precisão quase simétrica aos arredores da estrada.

Aromas de mar, de tardes ensolaradas, de ventos ruidosos, de nuvens e de casa eram trazidos até as narinas de Atena, quase como se fossem um só, emanados simultaneamente de toda aquela vastidão de amanhas que observava.

Por alguns momentos, que passaram tão rápido como segundos, Atena verdadeiramente se sentiu em paz. Livre de seus problemas, e livre de qualquer sequestro maldito que algum Deus ainda mais maldito pudesse ter arquitetado para ela. Nada parecia importar realmente, diante de tamanha graciosidade.

Mas como o ditado nunca falha, e as coisas boas duram pouco, logo estavam atravessando os pilares da saída, e voltando para atmosfera comum da redoma –a redoma projetada para um Sequestro, e com os risos de Poseidon, ao seu lado, vieram as lembranças, e com as lembranças vinham os problemas.

Atena suspirou, e finalmente tomou a liberdade de fazer aquilo que quisera fazer antes –que não a incomodara nenhum pouco durante todo o passeio, até lhe dera certo...conforto- e desatou os nós de seus dedos com os de Poseidon, para ficar diante dele. Então fez a questão mais óbvia que poderia querer inquirir naquele instante:

-Do que é você está rindo, criatura mentecapta e ignóbil?

Poseidon demorou alguns instantes para falar com ela. Ele tinha uma sincera diversão desenhada no rosto, e era quase como se seu sorriso contivesse uma satisfação diferente da que levava sempre, como se algo a mais o tivesse atingido.

Não que Atena ficasse reparando o sorriso dele, é claro.

-Nada, não estou rindo de nada. Apenas me lembrei da ocasião em que certa deusa me disse que meus jardins eram encanecidos, feios e ressecados. Quando a levei até lá, ela ficou olhando abobalhada para eles por uma e hora e vinte cinco minutos, quase como se tivesse perdido a sanidade em algum lugar do percurso. Nem ouvia minhas palavras e explicações de tão perdida que estava! E ao sair dos jardins, ao invés de admitir o seu péssimo julgamento, a primeira coisa que ela fez foi suspirar como se tivesse sido vítima de um ataque de focas esfomeadas ou algo assim...

Por mais que Atena fosse mesmo uma péssima entendedora de sarcasmos e  indiretas -por interpretar tudo sempre da forma mais literal possível- ela própria se julgaria uma energúmena anencefálica se não soubesse que ele estava se referindo a ela com aquele timbre de deboche tão aguçado.

Apenas cruzou os braços, em sua postura familiar de insolência.

-Tudo bem, Poseidon, eu admito eu os juguei mal. Seus jardins são...Lindos, espetaculares, arrebatadores e uma porção de adjetivos que estão longe de serem familiares para você, e que eu não vou me dar ao trabalho de pronunciar.

Poseidon ficou atônito, por alguns –vários- segundos.

-Olha só... Acho que essa sua declaração é digna de um brinde.

-Um brinde? Mas como é que vamos...-Antes que a loira pudesse interrompê-lo, o deus tinha duas taças com um líquido escuro e brilhante– que Atena não fazia ideia do que poderia ser- entre seus dedos, e estendia uma delas para ela com o sorriso mais elegante que conseguiu produzir. –Ah. –Ela aceitou, franzindo a testa com um pouco de desconfiança, e sentindo o aroma do líquido antes de fazer qualquer coisa. –O que é isso?!

-Você já vai descobrir. Não está adulterado, ok? –Ele estendeu a própria taça, e antes que a deusa pudesse se dar conta de como, a chocou contra a dela, num tilintar sonoro e alarmante. – A você. – Entoou, só para depois levar o líquido aos lábios, bebendo-o com somente dois goles rápidos.

-Pois que seja a mim. – Resolveu imitá-lo, apenas para não ser passada para trás, ingerindo o líquido imprudentemente, o mais rápido que conseguia... Mas não se arrependeu, no entanto, como pressupôs que faria de inicio, pois o sabor que inundou sua boca era quase tão surpreendente e viciante quanto o aroma daquelas flores do jardim.

Só pôde ter a certeza de que era muito alcóolico, mas também havia néctar, cereja...E talvez uma boa dose de chocolate.

-E aí, Atena?

-E aí o quê, Poseidon?

O deus revirou os olhos.

-Isso não foi romântico o suficiente para você?!

-Isso?- Esta foi a vez da deusa dar as suas devidas gargalhadas sarcásticas. –Não chegou nem a ser o mínimo dos aperitivos para mim...

Sem dúvida que ela havia deixado Poseidon frustrado com aquela réplica. Ele estava muito enganado se achava que só pelo fato de ela tê-lo deixado segurar sua mão, a levado para andar nos jardins, e a servindo com vinho e doce, ela iria facilitar as coisas para ele. Não. As coisas não funcionavam assim.

 Palas Atena era e sempre seria irredutível. Sempre.

-Ótimo. Então já que estamos num impasse, teremos que jogar um jogo para resolver isso... –Ele anunciou, num tom de voz inocente, quase como se anunciasse apenas uma mudança de clima no dia, quando, na verdade, a loira já podia pressentir com seu sexto sentido o que a aguardava. Suas veias até esquentaram, com as cartas misteriosas dele finalmente sendo postas diante da mesa. Algumas com certeza contendo as respostas para perguntas que vinham atormentando a mente de Atena desde aquele instante impreciso.

-De que tipo de jogo você está falando? –A voz dela era confiante quando lançou a questão em forma de retruque. Ergueu os olhos para ele quase que como para provar que ele não a intimidava, e que independentemente do que fosse ele não iria vencer.

-O tipo de jogo que eu mais gosto de jogar, Atena...

Um Jogo de Respostas.  


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Notas finais do capítulo

Não percam o próximo, "Os Jogos Em Que Somos As Peças". (: