O Sequestro escrita por Lívia Black


Capítulo 26
Capítulo 25. -Os Jogos Em Que Somos as Peças (P.1)


Notas iniciais do capítulo

Hmmm...Vocês devem estar pensando...Ela demora 20 dias para atualizar e quando o posta o capítulo ele nem está completo? Sim, pois é, sou um ser desprezível e detestável. Mas acontece que apenas escrevo quando vem inspiração, e dessa vez demorou um pouco mais do que imaginava... :C
Ao menos, já estou com a Parte 2 embocada, então...No máximo, uma semana e meia dessa vez para o post. Vou me cobrar com unhas e dentes U-U Mas façam isso também, ok? Mandem MP's me xingando...Elas ajudam kk E muito! Anyway, espero que gostem, meus amores...Vocês são uns anjinhos *-*
Beijitos no coração ♥
L.B



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Capítulo 25. - Os Jogos Em Que Somos As Peças.

-Como é que essa coisa vai funcionar...? -Atena mordeu com força o lábio inferior, ao fazer a dúvida pairar no ar e se mexer desconfortavelmente ao chão -inegavelmente atormentada.

Ela sabia que estava esmagando a tensão silenciosa instaurada entre ela Poseidon, desde o momento em que voltaram para a sala e acomodaram-se no tapete, e até aquele instante, não compreendia como havia deixado aquele “Eu aceito” deslizar ansioso pelos próprios lábios, quando ele manifestara o desejo de jogar um “Jogo de Respostas”. Seus instintos de defesa só podiam ter sido barrados pelo orgulho. A não ser que ele houvesse mentido ao dizer que não adulterara sua bebida –o que, com certeza, era uma hipótese palpável.

-Nós não vamos poder mentir.

Argh.

Poseidon era realmente detestável.

Largado, com as costas apoiadas no sofá, Atena não poderia encontrar outro adjetivo para descrevê-lo, principalmente depois da malícia no sorriso que escolheu para acompanhar sua fatídica resposta.

-Eu sei. Isso é mais que previsível em um Jogo de Respostas, Poseidon. –A deusa bufou, na tentativa de passar uma imagem indiferente e desafiadora.  -Mas como é que vou ter certeza de que você não está mentindo para mim? –Arqueou as sobrancelhas, inclinando-se de forma autoritária num gesto de pura desconfiança.  –Hein?

-É bem simples. –Ele afirmou, todo sorridente. Não fez nenhum movimento para se retesar enquanto ela o inspecionava- na clara busca de algum truque que o incriminasse, e guardou a resposta por mais alguns segundos, até poder rir internamente do quanto ela estava curiosa para saber. - Do mesmo jeito que você terá certeza de que eu não estarei mentindo.

-Hm. E esse ‘jeito’ não é partilhar da nossa mútua e inquebrável confiança, certo?

-Haha. Acha que eu sou idiota, Atena? -Ele simplesmente não a deixou responder. –Nós somos deuses. E justamente por causa disso, todos esses jogos tornam-se extremamente vantajosos para nós...

-Em que sentido?

-Em todos os sentidos.

Atena piscou, enquanto Poseidon parecia estar se divertindo como nunca. A compreensão vinha abraça-la lentamente, mas não era como se deixasse um gosto muito satisfatório em sua boca.

- Você está querendo que juremos pelo Estige que não vamos mentir ao longo do jogo?

-Não. –Por um momento, Atena se sentiu tão aliviada que poderia começar a rir e a suspirar. Ela não queria abandonar o jogo, mas se ela realmentenão pudesse mentir para Poseidon, e ele fizesse uma daquelas perguntas que envolviam seus segredos mais obscuros e sigilosos... Ela teria. Pois era isso, ou, de uma forma completamente absurda e inconcebível, partilhar a verdade com ele –aquela amarga e cruel verdade que ninguém mais sabia- o que não era nem uma opção. Era bom que Poseidon tivesse outras técnicas de garantir que ela não mentiria. -O que eu humildemente proponho, é que façamos novamente um pacto... –Mas sua alegria logo foi cortada, somente pelo ar que ele escolheu conjurar e continuar tratando do assunto. Era mais que misterioso e suspeito, e Atena não gostava nem um pouco de como as notas das palavras soavam em seus ouvidos. –Vou precisar do seu icor.

-O Q-QUÊ?! –a deusa quase se engasgou com a própria língua, enquanto se apoiava no chão para fugir dele, como se ele tivesse alegado possuir uma doença extremamente contagiosa ou tivesse declarado que gostava de se banquetear com excrementos de peixe. – Pelos céus, Poseidon! Que tipo de alga envenenada você andou inalando, nesses últimos tempos? –Os olhos dela quase explodiram para fora das órbitas, enquanto seus múrmurios se tornavam gritos. -Isso aqui é um jogo. Um jogo para nos desafiarmos. Um jogo! Muito patético e está bem longe o dia que eu vou consentir em envolver o meu icor nessas suas palhaçadas impensadas!

Ela estava sem fôlego quando terminou de falar, e ainda completamente cética com a cara-de-pau que ele possuía para lhe vir com uma sugestão tão absurda como aquelas. Seu braços estavam cruzados, acentuando sua postura de indignação, enquanto Poseidon tentava segurar o riso – só para falhar, miseravelmente.

-São só algumas míseras gotinhas, Atena! Não seja dramática. É necessário se formos usar o meu método de obter a verdade.

-E que espécie de delírio abominável é o seu método de obter a verdade?!

-Este é o meu método de obter a verdade. -Os olhos de Poseidon reluziram como se ele tivesse nascido para responder àquela pergunta, mesmo que ela houvesse sido pronunciada com tanto desprezo por Atena. Esta, que não conseguira fisgar ainda ao que ele poderia estar se referindo, até notá-lo tirar alguma coisa do bolso de sua camisa havaiana, uma espécie de objeto estranho, que coberto pelos dedos grossos dele, não fora possível para ela distinguir.

-O quê, pelas sagradas barbas de Zeus, é isso que você está segurando, Poseidon?! –Inquiriu a deusa, precipitada, sem conseguir disfarçar o quanto a perspectiva da resposta conseguia inundá-la de temor.

-Isso, minha cara Atena... -O deus dos mares, só sabia sorrir de maneira satisfeita e leve, em contrapartida, enquanto abria a palma das mãos para deixar Atena visualizar o que, num primeiro momento, pareceu-lhe uma espécie de pedra preciosa aquática, que emanava o dobro do brilho das pedras preciosas comuns. Ela faiscava nos tons mais diversos de turquesa cada vez que era incidida por um reflexo de luz. Atena reconhecia sua beleza rara, enquanto Poseidon a acariciava na palma da mão, como se fosse um brilhante troféu que ele havia acabado de receber. -... É a evidência material de toda a ruína a que são levados, os que tentam ir contra o meu grandioso e infinito poder...

Atena riu.

Por mais que estivesse instigada para decodificar as informações por detrás daquilo, não podia perder a oportunidade de debochar do gigantesco e insuportável ego que ele adorava exaltar.

-Para mim, está parecendo mais com uma simples pedra tosca que você recolheu por aí...

-NÃO É UMA PEDRA TOSCA! – Funcionou de uma maneira bem mais satisfatória da que ela estava esperando. Poseidon parecia prestes a pegá-la pelos ombros e sacudi-la como uma boneca de pano. –Atena! Este é um cristal místico forjado há milênios por feitiçaria, trazido por uma nereida até as profundezas do Mar e conhecido pela sua habilidade única de infiltrar pensamentos e decodificar a veracidade, em deuses, semideuses e até mesmo mortais que estiverem sob o seu efeito...

Por um momento, Atena quase pode achar que Poseidon estava fazendo uma simples e inútil brincadeira para se gabar diante ela. Até perceber que nunca o notara tão sério e fervoroso e perceber que o suposto cristal realmente remetia às recordações que ela tinha do enorme livro onde estavam documentados todos os artefatos místicos perdidos ao longo dos éons entre deuses e heróis. Sentiu um arrepio escorrer por sua nuca.

-Mas este...Não pode ser o lendário cristal de Nunquam Mimo, pode? –Piscou, sucessivamente, por três vezes.

Poseidon anuiu. Ela se lembrava.

- É claro que é! Ele estava todo esse tempo na posse de Oceano, escondido no interior das fortalezas dele. Mas, durante a Guerra contra os Titãs, quando eu o derrotei, fui capaz de tomá-lo para mim... E basta uma única gota de icor ou sangue para que se fique sob o efeito de seu poder durante duas horas irreversíveis. A partir daí, cada vez que ele detecta uma mentira, sua cor muda de turquesa para negro- a cor da farsa e das impuridades. Mas é preciso que se consinta em oferecer o sangue ou o icor. –Atena conhecia aquelas regras. Ela não esquecia fácil sobre as coisas que lia, principalmente quando tangia sobre cristais tão poderosos, forjados para enfeitiçar e enganar heróis. Não sabia que ele havia sido capturado por uma nereida, porém. Não havia isso registrado em nenhum documento que ela houvesse lido, e ela estava impressionada, talvez até feliz, por Poseidon ter conseguido obter a posse dele. Mas Numquam Mimo era um artefato extremamente poderoso, e ela conseguia sentir seu coração se apertar por isso. Era incrível que ele confiasse nela para dizer que realmente o possuía. -É um cristal extremamente útil em um jogo de respostas...Você não acha, Atena?

Sim, é claro que ela achava, mas também não tinha certeza se estava pronta para estar entre os efeitos dele ou sob os riscos que ele acometia, apenas para continuaram se confrontando.

-B-bem...Talvez, mas temos que concordar que também é um artefato muito poderoso, e não seria correto mexermos com as capacidades dele apenas para fins inúteis ou-

-Está com medo de falar a verdade, Atena? –Poseidon soltou um “tsc” e deixou que o deboche brincasse com seus lábios, fazendo o rosto da deusa se contorcer em insatisfação, enquanto assumia tons de rubro, tanto de ódio quanto de desfeita. Aproximou-se um pouco mais de onde ela estava, somente porque sabia que isso iria provocá-la. -Está com medo de mentir e o cristal te denunciar?

-Argh! –A loira se esquivou, corrompida por seu ego desmantelado. -Deixe de ser ridículo, Poseidon! Eu sei que é uma tarefa muito complexa pra você, mas vale a pena se esforçar, às vezes, sabia? –Fez-se rolar os olhos, bufando.- É óbvio que eu não tenho medo de nada. Muito menos de um cristal estúpido e idiota como esse! –Exclamou furiosa, nem perceber que contradizia completamente suas verdadeiras opiniões. –Que absurdo da sua parte considerar uma coisa dessas...

O deus teve que se controlar para não sair rolando no chão de diversão. Talvez cristais nem fossem realmente necessários, de tanto que Atena fingia mal que realmente não se importava. Era uma ótima oportunidade para testar a suposta coragem dela, porém.

-Que bom...Se é assim então, não haverá problemas de jogarmos o jogo e de você me emprestar um pouco do seu icor, certo?

Atena cerrou os punhos.

Incrível como Poseidon conseguia ser pior, justo quando a deusa começava a achar que não havia como piorar. Mas sua sede de vitória e honra fizeram-na apenas dar de ombros, mesmo já sentisse o arrependimento por antecipação. 

-É claro que não há problemas. Não tenho nada a temer de alguém como você.

-Aham. -“Isso é o que você pensa” ele poderia ter dito desafiadoramente, como num aviso, mas deixaria que a deusa Atena isso por conta própria, não só naquele jogo, como também no que estava por vir. –Empreste-me sua mão.

Poseidon podia perceber a hesitação dela em cada mínimo gesto de indiferença que tentava edificar, mas no final, com certeza para não se deixar derrotar, ela acabou cedendo, se aproximando mais de onde ele estava no tapete, e entregando pela segunda vez naquele dia os dedos para que ele pudesse tocá-los –dessa vez, de uma forma muito mais profunda. O deus conjurou uma lâmina de bronze celestial, e fez um mínimo corte na ponta do indicador de Atena – que não se retesou, ou fingiu que se importava, apenas permaneceu quieta- e deixou que o icor escorresse até tocar a borda do cristal, que cintilou em seu tom turquesa com mais força, e em cerca de frações de segundo absorveu o líquido dourado, como se ele nunca houvesse estado ali. Em seguida, diante dos olhos atentos dela, que não podiam perder qualquer artimanha que ele pudesse utilizar para deixá-la para trás, Poseidon fez uma pequena incisão na própria palma, e o mesmo se repetiu, mais uma vez.

Quando acabou, era como se não houvesse acontecido nada, de fato, com alguma importância realmente significativa. Mas o cristal continha agora os segredos mais profundos de ambos, e Poseidon não estaria tão tranquilo se não houvesse feito alguns testes, anteriormente, buscando confirmar se era possível dizer apenas meias-verdades para ele.

 Para Atena, que tentava ostentar sua calma, o ar parecia ter três milhões de vezes o peso que tinha antes, e estar justamente depositado sob seus ombros, mas era algo que ela nunca admitiria em voz alta, claro.

-Funcionou? –Permitiu-se questionar, depois de alguns segundos. O pequeno corte que ele fizera, nem parecia existir mais, com seus poderes de imunidade aflorados. Mas a lembrança de que ele cortara com tanta preocupação, como se sua pele tivesse a textura de uma pétala, não insistia em sair de sua memória.

-Não sei. Teremos de jogar para descobrindo. –Ele se ajeitou, prostrando-se diretamente diante dela, com o cristal repousando entre ambos, emanando seus pequenos feixes de luz turquesa. – Vamos intercambiando nas perguntas. Apenas uma por vez. Quem pode começar?

-Você. – Atena declarou, sem intimidar-se. É claro que um pedaço de si morria a cada instante diante da densa expectativa, ainda que isso fosse, tecnicamente, impossível, mas o mais importante para ela sempre seria manter as aparências. E vencê-lo, logicamente. Com certeza, vencê-lo. –Pode fazer a pergunta que quiser, Poseidon.

-Eu sei. –Era o lema de seu jogo inventado, como ele mesmo poderia não saber? –Hmm...Vamos lá, então, Ateninha. Será divertido. Qual foi seu primeiro pensamento hoje, quando você acordou? 

Ugh.

Por mais surpreendentemente inocente que tivesse sido essa primeira pergunta de Poseidon, Atena não se sentiu muito confortável para respondê-la de imediato, e deixou isso nitidamente transparecer em seu rosto. Ela havia tido um pesadelo horrível e repleto de reminiscências pessoais durante aquela manhã, e provavelmente a primeira coisa que havia pensado era como seria bom se livrar daquele monstro, que pertencera aos seus sonhos, mas também a sua vida.

Felizmente, acabou se lembrando de que, ao acordar, quisera  procurar a luz do sol, e ficara insatisfeita por ela não estar ali.

Um sorriso iluminou o canto de seus lábios:

-Pensei em como estava frustrada por estar há dois mil metros de profundidade e não ter a luz do sol para me acordar... 

As atenções dela e de Poseidon se desviaram automaticamente para o cristal, em busca de alguma alteração. 5 segundos. 10 segundos. 15.

Nada de novo.

-Hmm... Que interessante. Você realmente não mentiu. –“E vamos ver até que ponto isso vai continuar assim”. –Sua vez.

-Eu sei. –Atena bufou. Ambos se irritavam muito quando faziam comentários óbvios. –Tudo bem, Poseidon. Se você pudesse voltar ao passado para mudar alguma coisa em sua vida... O que seria?

A deusa passou a abraçar as pernas com os braços, os dedos tilintando freneticamente na pele, indicando possivelmente que ela ficara ansiosa por sua resposta. É claro. Ela era Atena, e com certeza conseguia mirabolar instantaneamente perguntas realmente boas, sem prévios roteiros antes.

Pegou-se mirando os olhos cinza, frios, que diziam que não havia meios para ele fugir. Não que ele precisasse realmente fugir, óbvio que não. Na verdade, nunca havia parado para refletir sobre o assunto... Mas somente uma única coisa conseguia martelar em sua mente. E não tinha motivos para precisar omitir.

-Eu não teria decidido me casar com Anfitrite. -Bom. O cristal permanecera intacto, depois de dado o tempo, e a loira entreabriu seus lábios, sem conseguir refrear a surpresa. Talvez estivesse esperando que ele dissesse que teria dado um melhor presente para conseguir ser o deus patrono de Atenas. O que, logicamente, era algo de que ele se arrependia, mas não tanto quanto de ter casado com sua ex-esposa. No fundo, ele estava realmente feliz por não ter de lidar mais com a companhia explosiva dela. Mas o melhor de tudo aquilo, é que Atena não podia nem perguntar o porquê de sua resposta. Não na mesma rodada, pelo menos. –Minha vez. Existe alguma coisa que você sempre quis tentar fazer, Atena?

-N...-Atena ia dizer não em um impulso, mas no último momento decidiu pensar melhor. Não seria exatamente agradável se o cristal mudasse de cor e Poseidon ficasse esbanjando um sorrisinho de vitória com a denúncia. Não mesmo. E agora que parava para pensar, havia várias pequenas coisinhas que ela sempre quisera tentar fazer. Mas algumas delas eram constrangedoras demais para expressar em palavras. Era mais fácil escolher uma das mais bobas, que não deixavam de ser verdadeiras. –Já quis tentar viver como uma mortal. No mundo dos mortais, e desprovida de qualquer poder divino. Mas é óbvio que isso nunca daria certo. O Olimpo precisa de mim. –A indireta era tão clara que só teria sido mais nítida se saísse pelada cantando “Look At Me” na direção de Poseidon, mas ele simplesmente ignorou. Ele a sequestrara, essa situação não mudaria tão cedo, e o Olimpo ficava num Caos realmente divertido com a ausência dela. O cristal permanecia turquesa. Ele havia tido esperanças de capturar algo naquela fala...Mas Atena sempre era mais ágil do que parecia. –Minha vez. Por que você se arrepende Anfitrite, Poseidon?

Tsc. Ele já sabia que ela iria perguntar.

-Eu não a amava de verdade... E é péssimo quando você é obrigado a conviver milênios com alguém que não ama. –Turquesa. E de brinde, Atena começou a fitá-lo como se não o reconhecesse mais. Mas ela reconheceria menos ainda, quando Poseidon fizesse sua próxima questão. Para ele, já haviam ultrapassado o tempo de enrolações e perguntas leves... Seus anseios de invadir os territórios censurados eram demasiado desesperados para que conseguisse continuar refreando-os. Finalmente chegara o momento de perguntar o que realmente importava, naquele jogo.  –Você já se sentiu apaixonada por alguém? 

(... CONTINUA...)


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Notas finais do capítulo

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