Dads Diary escrita por Nath Mascarenhas


Capítulo 13
13 de janeiro, segunda, sei não...


Notas iniciais do capítulo

gente, cadê vcs? Sumiram foi? Cadê os reviews???
Bom, espero que apareçam e que curtam mais um cap.



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Filhos, vem cá, me digam uma coisa... Vocês já tiveram aquela sensação de que tá tudo muito errado, mas você começa a surtar ao ver que tá todo mundo achando normal e vocês param para pensar que quem tá doidos são vocês?! Porra, tá tudo muito louco, sério mesmo...

Eu nem terminei de contar mais uma das minhas idiotices, não é? Filhos, eu sei que vocês devem me achar o cara mais imbecil da face da Terra, eu também me sinto assim, mas mesmo assim devo contar apenas pra vocês poderem botar na lista de “burrices do papai”.

 Depois que Lucy praticamente me pôs contra parede, eu surtei e sai correndo feito um louco. Tranquei-me no quarto e fiquei em silêncio absoluto, achando que ninguém viria atrás de mim... Grande erro, a mamãe veio logo pentelhar.

-Filho, abre essa porta agora, isso é uma ORDEM! – Gritou a ultima palavra em plenos pulmões.

-Eu não sou mais criança, você não manda em mim! – Gritei de volta.

-Pois não parece, pois está se comportando feito uma! –Esbravejou e eu me encolhi na cama, sabendo que era verdade.

Lentamente me levantei da cama e abri uma brechinha na porta, lá estava ela toda irritada com as mãos na cintura e batendo o pé no chão. Olhei para ao seu arredor e não encontrei ninguém, o corredor estava vazio. Respirei de alivio e abri completamente a porta. Minha mãe me olhou reprovadora e comentou:

-Foi essa a educação que eu lhe dei? – Sua cara cheia de Botox se fechou, eu acho. Fica meio difícil saber depois de tantas plásticas... – Fugir que nem um covarde... Tsc... Tsc... Você é um homem ou um rato?

Parei pra pensar.

-Um... Rato? –Respondi na duvida e minha exasperou erguendo as mãos no ar.

-Eu desisto de você. Agora desça e resolva o caos que está lá embaixo. – Falou séria.

Eu realmente queria me esconder pelo resto da viagem no meu quarto, mas sabia que se eu não concordasse minha mãe subiria de novo ou pior, Anna viria me buscar nem que fosse a força! Eu conheço bem a mãe de vocês...

Mas chegando lá embaixo, encontro uma cena que jamais pensei que presenciaria na minha vida. Anna estava numa ponta da mesa, enquanto Lucy estava no outro extremo. As duas se olhavam afiadas como se estivessem jogando póquer. No meio, com as mãos cruzadas sobre a mesa estava Anna-Chiclete parecendo uma juíza de tão séria. A tia de vocês começou a falar:

 -Agora que estão todos presentes, quero começar a disputa. Deste lado. – E apontou para Lucy. – Está Lucy, noiva há seis anos e de quem por algum erro do destino, mais amo nesse mundo, meu irmão. Deste lado. – Mostrou a mãe de vocês que receberam uma ovação do público. –Está Anna, minha xará e mãe dos gêmeos, filhos do meu irmão.

-O que diabos está acontecendo aqui?! – Perguntei ríspido a interrompendo.

-Uma intervenção. – Minha irmã falou-me sorridente. – Já que você parece não conseguir se decidir de quem gosta, EU decidirei por você.

-Como assim? –Perguntei confuso com esse absurdo todo.

-Shhh...Cala a boca e presta atenção. – Rick falou do canto e eu percebi que fiquei um bom tempo  lá no quarto, estava todo mundo acordado, vestido e parecendo bem disposto.

-Bom, sem mais interrupções, vamos a disputa... Quero começar com um ponto mega importante.  – Depois de fazer um suspense do caralho, ela solta: - Qual das duas é quem ganha mais?

-Como assim? – Anna perguntou, obviamente confusa.

-Que tipo de pergunta é essa, pirralha?! –Lucy bufou.

-Epa, epa, epa, nada de xingar a juíza! –Bradou e Lucy murmurou um “desculpa”. – É melhor assim... Eu quero saber pelo simples fato de que se eu quiser sei lá, passar as férias de verão com vocês, em que casa eu vou ter mais conforto e total acesso ao shopping, sabe... Nada disso é de graça... – Falou a completa interesseira. –Então bora, quem é mais rica?

-A Anna. – Me pronunciei sem querer. – Eu cuido das finanças dela e sei que ela ganha o triplo do que Lucy ganha num ano em uma  simples semana.

-Sério?! – Os olhos tanto de Anna-chiclete, como o da mamãe e de Lucy se esbugalharam, mas apenas minha irmã encontrou as palavras: - Então pronto! Caso fechado! Matt fica com Anna e acabou.

-Epa, você vai escolher ela apenas por ela ganhar mais que eu? – Lucy estava inconformada, ela simplesmente deu de ombros.

 -É a vida. –E saiu saltitando e digitando no celular ao mesmo tempo.

-Matt, eu te amo! – Lucy falou completamente desesperada. – Você sabe que só eu te entendo...

-Mas você sabe que as coisas entre nós não está lá essas coisas, né?  - Falei de braços cruzados, pois sabia que boa parte daquele desespero todo é puro drama.

-Sim, mas eu sei que você  também me ama! Você sabe que sou melhor pra você do que ela! – Apontou enojada pra mãe de vocês que encolheu com acusação. –Eu sou mil vezes que essa... que essa... DOENTE! –Assim que ela proferiu essas palavras, todo mundo fez um silêncio mórbido. – Isso mesmo! Não acredito que você quer umazinha que tá com o PÉ NA COVA!

-Bonitão, me segura... – John me pediu quase se jogando em minha noiva. - ... Se não eu mato essa PIRANHA!

De repente tudo realmente virou um caos, pois John se debatia em meus braços, só que parecia que estava mais me agarrando que qualquer outra coisa. Alexia partiu pra cima de Lucy, enquanto a mãe de vocês ficou lá, estática. Os rapazes incentivam Alexia e do nada, Anna dá um berro estridente que faz todo mundo paralisar:

-PAREM!!! – Gritou. – Eu só quero saber uma coisa, quem te contou que eu estava doente?

Lucy apontou pra mim e todos os olhares se voltaram na minha direção simultaneamente,  Anna começou a vir na minha direção lentamente, como se ainda estivesse pensando de que jeito me mataria.

-Pra quê você contou pra ela? –Perguntou-me num murmúrio.

-P-Por nada , Devo ter apenas comentado...– Me expliquei dando vários passos pra trás.

-E foi logo comentar com a pessoa que eu mais detesto sobre algo tão pessoal meu?  - Perguntou irada.

-Ah, você que meu pôs maior terror dizendo que ia morrer! – Pus a culpa pra cima dela. – Eu entrei em pânico! Eu queria apenas desabafar com alguém...

-Seu idiota! – Xingou-me na minha intepretação completamente bondosa do que ela me chamou, pois não queria traumatizar ainda mais vocês. E me de um tapão na cara.

Filhos, querem perder completamente a moral comigo? Cheguem pra mim e me dê uma tapa na cara. Isso pra mim é a maior falta de respeito e eu não suporto nem um pouco. Então não se assustem com o que eu fiz a seguir. CALMA, eu não bati na mãe de vocês não, eu estava pirado, mas não pra tanto...

Eu simplesmente fui até a Lucy e entrelacei nossas mãos. Lucy lançou um olhar de vitória a Anna que apenas nos encarou boquiaberta. Subi as escadas voando, com  a MINHA NOIVA ao meu lado. Eu estava tão furioso que assim que fechei a porta, joguei Lucy na cama e a beijei violentamente.

Ela gemeu quando eu a beijei no pescoço e de novo quando rasguei seu vestido e o joguei longe. Ela me encarava com luxúria e eu, naquela hora, faria qualquer coisa pra minha raiva passar.

Não preciso dizer o que foi que aconteceu, né?

Sim, eu broxei bonito. Eu simplesmente não consegui cumprir com o meu papel, pois toda vez que eu olhava para o rosto dela eu não o enxergava e sim o da Anna. Pisquei, fingi não ver, tentei relevar, mas era só virar e lá estava Anna. DROGA!

-O que aconteceu? – Lucy me perguntou e finalmente vi minha loira invés da morena maluca.

-Eu não tô... Conseguindo. – Admiti me jogando na cama.

-Sério amor? – Perguntou decepcionada. – Isso nunca aconteceu...

-Eu sei, porra! – Pô, eu já estava me punindo o bastante, cacete! Não precisava que ela me jogasse sal.

-Não precisa ser tão grosso! – Reclamou num choramingo. – A culpa é sua, não minha!

Filho, eu não sei que idade você tá agora OU se já passou por isso, mas fala aí? Broxar é terrível por ego de qualquer cara, né? Principalmente por isso NUNCA ter acontecido isso comigo.

-Vamos tentar de novo. – Afirmei já me jogando de novo em cima dela.

Mas lá estava a mamãezinha de vocês novamente! Droga! Quem disse que o grande Matt deu sinal de vida? Nadica de nada! Ficou lá paradão, fingindo que não era com ele... Porra, nem depois de muito tentar, ele se animou.

-IH Matt, você broxou legal... – Lucy constatou.

-Percebi e isso, com certeza, não deve ser considerado “legal”. – Falei enfezado.

Ela sorriu.

-Relaxa, meu bem. – E me deu um beijo no rosto. – Mas tarde a gente tenta de novo...

-Aham. – Falei vestindo uma roupa. – Vou lá em baixo... Beber um pouco d’agua. – Mentira! Eu queria sumir do mapa!

-OK. – Falou revirando os olhos.

A casa estava anormalmente silenciosa. Desci as escadas e ouvi uns sussurros num canto qualquer. Tentei ignorar e ir para a cozinha sem ser notado, mas os sussurros foram aumentando o volume e não consegui  não ouvir. Ah, eu não sou surdo!

-Gabi, ontem foi ontem. Eu nem percebi que era você... Se Alexia souber é bem capaz de nunca mais olhar na minha cara.

-Mas Anna, aconteceu. Eu não posso ignorar isso. –Peraí, como um robô, virei-me lentamente e encarei Gabriel e Anna conversando na mesma bancada que ontem eu havia beijado Anna.

-Deus, foram só uns beijos à toa... Não somos adolescentes pra ficarmos todo apaixonadinhos por causa disso ou somos? – Anna falou num fio de voz. – Por favor Gabriel, diga que não está apaixonado por mim!

Não ouve resposta. Eu cheguei perto sem que eles me vissem e fiquei de tocaia ouvindo todo o resto da conversa.  Eu queria saber o que diabos aconteceu e que história era aquela dos dois terem se beijado E qual era do fura olho que estava achando que estava apaixonado pela minha garota.

-Anna, eu poderia estar bêbado pacas, mas eu sei que foi por um triz que a gente não parou na cama e que foi bom, não tente negar. – Anna não respondeu. – Linda, Alexia vive me dando fora atrás de fora, diz que não me quer nem que eu renasça. Você, por outro lado, também está sozinha e Matt já deu a entender que prefere aquela loira oxigenada a você. Nós estaríamos...

-Servindo de muleta um para o outro.  – Disse completando seu pensamento. –Eu não sei, Gabi... Eu...

Ele não deixou ela sequer terminar, tascou-lhe um beijão de novela e sequer deixou-a parar para respirar, pois assim que o seus lábios descolaram dos dela foram para seu pescoço e logo ela já estava toda mole.

-Gabriel, para. –Pediu sem vontade, pareceu mais um gemido pra mim.

Ouvi estalos de boca e depois um suspiro alto, não sei de quem foi, mas tenho quase certeza de que foi da Anna. Cerrei as mãos em punhos, queria socar aquele traíra, mas eu estava querendo ser masoquista e fiquei ouvindo o resto daquela palhaçada.

-Anna, minha querida, nós somos amigos há tantos anos... Não tô pedindo que se apaixone por mim, só quero que você se entregue a isso que não sei como temos e que é tão bom.  

Ela não respondeu, ao invés disso, respirou fundo e o beijou.

Eu dei vários passos pra trás de costas, só parei quando quase quebrei a mesinha de centro caindo sobre ela. Os estalos de boca cessaram e eu percebi que os dois me olharam.

-MATT! – Os dois gritaram juntos.

Ah, sabe de uma coisa?! Já que eles estão lá se pegando eu vou é ficar com a loira oxigenada, quer dizer, minha loira que mesmo agora com essa mascara horrível ainda continua minha noiva. Depois eu escrevo...


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Notas finais do capítulo

E aí mereço reviews?