Dads Diary escrita por Nath Mascarenhas


Capítulo 12
13 de janeiro, segunda, escondido de todos.


Notas iniciais do capítulo

Obrigada a todos que leem, gostam e que deixam reviews, mas hoje quero agradecer especialmente à Geêh, que deixou minha segunda recomendação! Obrigada, flor e espero que sempre esteja a altura da recomendação... Um beijo, não só a ela, mas a todos que estão lendo o capitulo.



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Filhos, a mãe de vocês é tão chata quanto a minha é?! Vocês não acreditam, mas a carcereira do capeta, com tantos infernos para ela passar as férias, ela veio parar aqui! Fala sério... Isso é tão injusto!

Quando eu estava relatando o que aconteceu na festa pra vocês, alguém insano começou a bater na porta e assim que eu abri dei de cara com a mãe de vocês branca que nem papel. Ela entrou sem nem pedir licença e balançou a cabeça em reprovação ao ver o casal gay dormindo, mas logo sua feição voltou a estar assombrada.

-Que foi? –Perguntei preocupado.

-Matt... Ela tá aí. – Ela falou como se a morte estivesse no sofá batendo um lero e havia perguntando por mim.

-Ela quem? – Perguntei sem entender pra que tanto assombro.

-Sua mãe. – Disse pesarosa.

E como se estivesse conjurado o demônio, ela aparece do nada na porta do quarto nos fazendo gritar apavorados. Se um dia vocês me disserem que eu grito que nem mulherzinha eu vou por de castigo, tão me entendendo?!

- O que meus amores estão fazendo aqui? –Perguntou com um sorriso aberto bastante maquiavélico que dava um medo da porra.

-Só vim chamar o Matt. – Anna disse pondo-me na frente de si, como se eu, coitado, fosse um escudo.

-Hum... Sei. – E deu um sorrisinho para nós e eu percebi que Anna me abraçava por trás e eu estava de cueca... – Quando terminar, desçam,  eu quero a família toda reunida.

 Anna e eu nos entreolhamos e nos perguntamos desconfiados:

-Meus amores?!

- Família toda reunida?!

-Lá vem bomba... – Presumi e Anna assentiu, concordando comigo.

Anna foi saindo e eu a segui meio cambaleante por causa do sono e da ressaca. Quando estávamos perto da porta, ela para e me olha:

-Você vai sair assim? – Perguntou cética apontando para meus trajes.

-Ah... –Peguei uma calça, vesti e tirei a gravata da cabeça. Ela me jogou uma camisa e eu coloquei, mas ao olhar para os dois bebuns na cama me lembrou: - Você de lembra de tudo que aconteceu ontem?

-S-Sim, por quê? – Ela gaguejava em tom de culpa. Aí tinha...

-Nada. – Depois eu ia interroga-la até ela me contar como foi que eu parei com esses dois na cama.

Descemos as escadas juntos e todos nos encararam como se fossemos celebridades, a tia de vocês, Anna, também estava aqui. John sorria maliciosamente para nós e quando eu olhei de esguelha para a mãe de vocês a vi corar.

Todos estavam medonhos, com cara de quem morreu. Alexia parecia uma morta viva enrolada no edredom e com só a cabeça de fora. John parecia estar drogado, com os vermelhos e com um pijama rosa. Só Anna e Lucy, que também participaram da festa, pareciam estar normais e apresentáveis.

 -Gente, acorda! – Anna falou batendo palmas e Alexia gemeu se escondendo nas cobertas.

-Como você consegue estar tão ligada, você foi dormir por último, não foi Matt? – John me perguntou com aquele olhar sacana. Deus, o que diabos eu fiz?

Dei de ombros e notei que Anna ficou com a síndrome de avestruz, queria por a cabeça debaixo da terra e não sair nunca mais. E minha mãe não ajudava muito falando que Anna estava magnifica.

Anna se sentou numa poltrona e sua xará foi logo e se sentou em seu colo. Essa menina a adora... Anna chiclete, como a chamo, parece mais irmã da mãe de vocês do que minha, ainda mais quando começou a entrar na puberdade...

-Bora mãe, diz logo o que quer! – Esbravejei. –Não tenho o tempo todo do mundo e sua vassoura logo vai perder a gasolina por ficar tanto tempo ligada...

-Matthew, meu filho, sempre engraçadinho! – Fez aquela cara de quem não achou graça nenhuma, mas mesmo assim sorri só pra não fazer feio. – Mas estou aqui não apenas para ficar com minha querida família, mas lhes comunicar uma coisa...

-Mãe diz logo o que quer! Meu namorado tá me twintando...

-NAMORADO?! – Engasguei ao ouvir aquele absurdo. – Anna você ainda mal saiu das fraldas, só tem onze anos!

-Ah, o Matt II tem seis e já tem namorada! – Observou a insolentezinha. – Não vejo você surtando por causa disso...

-Ele é garoto, você é minha menininha, ele tem que me pedir permissão! – Afirmei de braços cruzados.

-Tem nada! – Gritou brava.  – O papai deixou! E você não é meu pai! Deixe essa bronca pra Kathy quando ela tiver o namorado dela.

-A Kathy nunca vai namorar. – Afirmei sem pensar duas vezes ou me perturbar, nesse assunto  eu não tinha dúvidas. – Ela vai para o convento e se for casar, vai casar com Jesus.

-Aham. –Anna disse irônica.

-Isso foi sarcástico, Anna? –Perguntei em tom superior.

-Se você acha que eu vou deixar minha filha ir para um convento... – Balançou a cabeça. – Você deve estar viajando na batatinha...

-Você então espera que eu deixe que um garoto idiota chegue perto da minha princesa, use-a e acabe a engravidando?

-Exatamente como você fez comigo?– Perguntou ríspida levantando-se e quase derrubando minha irmã. – Pois se você parar para raciocinar, foi isso que aconteceu, não foi? – Ela nem esperou eu formular uma resposta e foi logo me metralhando: - Você me usou, por causa de uma APOSTA e depois por um INFELIZ acaso do destino acabei engravidando de você, não foi? –Ela falava andando à minha direção, mas às vezes gritava tão alto que me fazia estremecer.

 - Papai, eu nasci de uma aposta? – Matt II me perguntou na escada me impedindo de responder e sequer racionar. Sua cara era chorosa, mas assim como eu, você não é de ficar chorando na frente dos outros.

-M-mamãe,  a senhora  não acha legal a gente ter n-nascido?! – Anna tremia e seus olhos acinzentados se tornaram grandes bolas de lágrimas.

Filhos, eu sei que vocês devem ter até a idade que estão agora, enquanto vocês estiverem lendo isso, terão esse dia como dia como o mais traumático de suas infâncias, mas prometo que pagarei todas as sessões de terapia que for preciso para que vocês superem e se puderem, esquecer esse fato, assim que sairmos daqui, ok?

-Não, meu amor. – Anna correu até você, Kathy, enquanto eu trocava apenas olhares com você, meu filho. – Não é nada disso que vocês estão pensando! Por favor, filho vem cá. – Matt II não se movia e me olhava de um jeito ressentido, você sempre foi muito ligado comigo e percebi que hoje, eu tinha te desapontado feio você.

-Mamãe, é verdade o que você disse ao papai? – Katharina choramingou perguntando. – Você e o papai não se amavam quando tiveram a gente? –Essa pergunta veio com um tom tão carregado de mágoa que eu quis ir abraça-la.

-Não é bem assim. Filhos... A mamãe e o papai se gostam pra caramba, né papai? – Perguntou-me me fuzilando com o olhar.

-Claro! – Falei indo até eles e me sentando no degrau que Anna estava abraçando a filha em seu colo. - Eu e a mãe de vocês nos amamos e amamos vocês feito uns loucos, entenderam? –Percebi assim que havia falado que Anna falou gostar e que eu havia trocado por amar, rezei para que ela não tenha notasse...

Nessa hora, você, meu filhote, desceu mais alguns degraus e ficou me olhando como se decidisse ou não se me abraçava. Você cruzou os braços e me perguntou:

 -Se você ama a mamãe, então por que vai casar com a loira chata? – Você tinha que fazer a pergunta de um bilhão de dólares, não é?!!!

-É...É...É... – Gaguejei olhando para todos os lados e percebendo que todos me encaravam esperando minha resposta, inclusive Anna, eu até pude notar que ela sequer respirava.  – Eu... Eu...

De repente, Lucy resolve dar o ar da graça e falar completamente impaciente:

-Bora Matt,  eu quero saber a resposta!

Deus, minha mãe não para de encher meu saco! Agora ela não para de bater na porta... Depois eu continuo escrevendo de onde parei, ok?


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Notas finais do capítulo

Que tão deixarem essa autora feliz e postarem um review, juro que vou responder e que vou postar mais rápido!!!