Contos Da Infância escrita por Blue


Capítulo 2
De onde vêm os bebês?


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoinhas. Eu estou trazendo mais um capitulo para você. Bem eu tenho um boa noticia! Eu resolvi fazer um doujinshi com essa fic.
Na verdade ela sempre foi um doujinshi. Por que antes de eu desenhar um quadrinho eu digito a história. Então quem sabe antes de terminar a fic eu deixe o link para vcs. -Vai demorar um pouco... Ainda estou nas 1º paginas XP.
Pra quem ficou na duvida, Sim eu desenho. Na verdade eu faço curso de desenho mangá.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/186268/chapter/2


Okaa-san, otou-san e nii-san... De onde vêm os bebês?


Era mais um dia comum para Mikoto, levantou-se cedo para preparar o café da manhã, Sasuke e Fugaku logo estariam de pé com fome. Suspirou ao lembrar que Itachi ainda estava em missão.

Dirigiu-se até a cozinha para logo se atarefar de coisas. Na passagem pelo corredor olhou para o calendário e notou que era dia 16. Faltava uma semana para Sasuke completar cinco anos.

Com passos calmos chegou até a cozinha, já próxima da pia começou a lavar as mãos para iniciar o serviço, mas foi “cortada” por alguém, insistente, que puxava o seu avental.

– Okaa-san...

Era o pequeno Sasuke que chamava a sua atenção. Trazia em uma das mãos um urso de pelúcia, que provavelmente; chegou até aqui sendo arrastado pelo chão. Com a outra mão esfregava os olhos.

– Ohayo Sasuke-kun. Mamãe já vai preparar o café. - Falou com um sorriso, enorme, estampado na cara.

– Okaa-san...

– Diga Fofucho.

– Não gosto quando me chama assim!- Sasuke virou a cara fazendo bico. - Mas... De onde vêm os bebês?

O sorriso de Mikoto quebrou em mil pedaços. O que o seu filho caçula, que iria fazer cinco anos em duas semanas, estava lhe perguntando?

“Será que escutei direito” – Pensou.

– Einh... Okaa-san? De onde? Onde? – Indagou mais uma vez, cortando os pensamentos da mãe.

Agora a mulher ficou vermelha e logo depois roxa.

– Mas porque está me perguntando isso? De onde tirou essa pergunta? – Abaixou-se ficando ajoelhada; na altura da criança.

– Ontem, quando eu e a Okaa-san “tavamos sistindo” TV, a mulher falou que iria ganhar um bebê.

– Ah...

Bem que Fugaku havia dito: “Desse jeito ele vai virar um noveleiro”. Definitivamente estava deixando ver televisão de mais.


– O papai Noel vai trazer para ela?

– “Quê”!?

– Ela disse que iria ganhar e o papai Noel da às coisas né?- Olhava para a mãe curioso, esperando pela resposta.

– Sasuke, porque não vai brincar enquanto a Okaa-san prepara o café?



Mikoto começou os seus afazeres com um Sasuke emburrado em suas costas.

Por menor que o garoto fosse, odiava quando não respondiam as suas perguntas. Isso acontecia somente por que era uma criança.

–“Quando eu crescer, eles vão responder as minhas perguntas!” - Falou consigo mesmo.



Sem sucesso em arrancar a resposta que queria, Sasuke, resolveu ir para o quarto.

Lembrou-se que havia deixado um pirulito embaixo do seu “trabisseiro” – como o mesmo costumava a falar.

Subiu na cama alta com dificuldade e tirou o travesseiro do lugar. Lá embaixo tinha um grande pirulito azul, este estava completamente babado e repleto de fiapos de algodão.

Fez uma careta de nojo. De jeito nenhum comeria aquilo. Fez outra careta ao lembrar-se que; se o seu amiguinho Naruto estivesse por perto, já teria comido todo o doce. Recordou-se da ultima vez que brincaram; o loirinho comeu toda a massa de modelar.

Suspirou e colocou o pirulito de volta no lugar. Talvez desse a guloseima para Naruto depois.

– Sasuke, venha tomar café da manhã! –A mãe gritou, tirando a criança dos pensamentos sobre o amiguinho comilão.

Foi até a sala de jantar e notou que o pai já se achava nesta. Abaixou-se para ficar na altura da mesa. –Pelo menos com isso não tinha problemas.

Olhou de relance para o pai e nem se atreveu a pegar os hashis, Fugaku parecia muito ocupado na alimentação que nem prestou nos grandes olhos do filho mais novo.

–Algum problema, Sasuke-chan? – Mikoto perguntou ao filho. Certamente notou os olhares que o mesmo lançava para o pai.

O pequeno suspiro; pegou os hashis da mesa e olhou para o seu pai com as bochechas coradas.

– Otou-san...

Fugaku levantou o olhar e viu o filho mais novo. Sabia que Sasuke tinha uma pergunta para fazer; estava na cara. O menino sempre ficava corado quando se preparava para tal ato.

– Diga Sasuke... –Se concentrou, afinal crianças fazem todo tipo de perguntas.

Mikoto olhava atenciosamente... Com certeza o garoto iria fazer a mesma pergunta que fez a ela de manhã. Se estivesse respondido logo de cara, ele não precisaria repetir a indagação para o pai. Mas como Mikoto iria explicar a concepção humana a uma criança que iria fazer cinco anos?

– Sasuke... – A mulher ainda tentou interferir no tal assunto.

– Mikoto, o deixe perguntar. –Fugaku falou, olhando com atenção para Sasuke. –Faça a pergunta, filho.

– Hai... Eu queria perguntar... –Fez uma pausa. Estava nervoso, mas nem sabia o por que. – De onde vêm os bebês?

O pai engoliu a seco. Nesse momento estava colocando os hashis sobre a mesa e olhou para os olhos do filho.

– Eu preciso ir. -O homem falou se retirando e deixando um Sasuke atônito a tudo que estava acontecendo.

O mais velho sentiu que teve um djavú. Balançou a cabeça tentando tirar esses pensamentos... Foi nesse instante que se lembrou de um acontecimento; de alguns anos atrás.



Flash Back On.


Sobre os olhos do pai, Itachi, era uma criança calada. Nunca mostrava muitas reações. Completamente diferente de Sasuke, que com dois anos já fazia a maior bagunça em casa.

Uma das coisas que chamava atenção no garoto, era que, nunca fazia perguntas. Parece que o pequeno obtia as respostas que queria sozinho; sem precisar de nenhum adulto.

Mas, essa tal “paz” já estava para acabar, pelo desespero de Fugaku. Uma das grandes diferenças, é que, o menino sempre foi mais objetivo e direto.

Nesse dia, o pai, estava de folga e descansava em sua majestosa poltrona na sala de estar. Mikoto havia saído para fazer algumas compras, Sasuke ressonava no berço e Itachi... Onde mesmo que o pequeno estava?

Levantou o olhar e vasculhou o cômodo em busca do filho. O encontrou olhando pela janela. Ele parecia incomodado com algo... Fugaku não sabia dizer, talvez estivesse com alguma duvida. Não! Isso é impossível! Itachi não precisava que respondesse as suas perguntas.

– “Estou ficando mesmo gagá.” – Fugaku pensou.

Foi só num piscar de olhos, e o filho já estava em sua frente. Ele o encarava sério... Será que queria lhe dizer algo? Talvez fosse importante.

– Chichiue... Preciso lhe perguntar uma coisa. – Perguntou direto e Fugaku sabia que, mesmo com somente 10 anos, Itachi era um bom manipulador de palavras... Não poderia deixar-se ser usado como uma marionete do filho.

– Diga. Itachi. – Falou pausadamente por puro estranhamento. Será que haviam sequestrado o seu filho e posto outra criança no lugar? Isso era impossível. Ou não?

– De onde vêm os bebês? – Indagou mais seriamente olhando para o pai.

Fugaku ficou paralisado. Nunca pensou que esse dia chegaria... Ele estava totalmente confuso. Contava ou não contava a verdade? Talvez pudesse usar a velha estória da cegonha, o filho é só uma criança mesmo ele iria acreditar.

A criança ficou parada na sua frente por mais 3 minutos. Realmente estava querendo saber, como o pai nada disse voltou a fazer o de antes. Foi para o seu quarto e ficou observando o céu pela janela.

Pensando estar livres de perguntas, Fugaku tentando relaxar ligou a televisão da sala e se aconchegou. Mas quando menos esperava Itachi apareceu novamente, com a cara de “fazer pergunta”.

– Diga Itachi... – Já estava se preparando para o que vinha a seguir.

– O Shisui nii-san disse que as pessoas só podem ter filhos se amarem umas as outras.

O mais velho suspirou. Shisui pelo menos não falou algo comprometedor, depois agradeceria ao amigo do filho. Pelo menos assim ele poderia só completar a resposta que o menino dera.

– Sim. Isso é verdade. –Disse acreditando que estava encerrando a conversa.

Mas não era hoje que Fugaku teria alivio. Não por enquanto. O filho se aproximou mais ainda.

– Mas como necessariamente os bebês são feitos? –Indagou curioso o garoto.

Era hoje que ele iria ter um infarto no miocárdio! Como ele iria ser mais direto. O seu pai nunca conversou isso com ele, então como iria proceder com o filho?

Por uma boa “ousadia” do destino, os dois que estavam na sala ouviram um choro de bebê. Eles se entreolharam. O que iriam fazer?

– Bom... O Sasuke está chorando. –O filho mais velho falou para Fugaku, arqueando uma sobrancelha.

– Será que ele está com fome? – O pai pergunta mais para si mesmo do que para Itachi.

Sem falar mais palavras os dois seguiram para o quarto e logo que entraram o mais velho tocou o interruptor; acendendo a luz.

O que se via no berço era um pequenino chorando, e muito. A criança balbuciava palavras sem nexos. Fugaku se aproximou do berço adornado de brinquedos, olhando um pouco irritado para o bebê. Talvez se mostrasse para criança que estava bravo ela pararia de chorar.

Mas o que aconteceu foi de cortar o coração de qualquer marmanjo: Sem sentir-se incomodado com os olhares nervosos do pai, Sasuke, levantou o seus braços; como se pedisse colo para o homem. Agora não gaguejava mais palavras sem sentido, mas sim um “tou-san” e às vezes um “tou-chan”.

Um pouco hesitante, o homem, pega a criança que logo se agarra em sua roupa, enfiando o rostinho vermelho na curva do pescoço do pai. Um pouco confuso o mais velho pergunta:

– O que houve... Sasuke-chan? – Perguntou atencioso.

– Iculo, iculo! –Se apertava mais no pai. Porém Fugaku se divertia com a situação do filho tentando provavelmente dizer; escuro.



Flash Back Off



Depois disso não havia acontecido mais nenhuma seção de perguntas de Itachi. Se teve dificuldades para explicar isso ao filho que tinha dez anos, na época, imagine para Sasuke que iria completar cinco anos?


0o0o0o0o0o0o0o0o0o0o0o0o0o0o0o0o0o0o0o0o0o0o0o0o0o0o


Sasuke fez a cara mais birrenta que pode. Ele queria ser respondido! Os adultos eram espertos em enrolar as crianças, mas não iria ser enganado! Nunca!

Saiu quieto da mesa e ficou parado na porta; como se estivesse decepcionado. Mas na realidade estava mesmo. Mikoto pode perceber o quanto o filho estava tristonho.

–Sasuke... –A mulher falou para a criança.

Sasuke sabia que a mulher não iria lhe contar a verdade. Mas como iria saber? O pai também não iria contar... Quem mais podia ter essa informação?

Foi a partir daí, que Sasuke viu a luz no fim do túnel. O seu irmão com certeza sabe! Mas... Itachi ainda não tinha chegado da missão...

–Okaa-san... Quando o nii-san volta? – Perguntou curioso.

– Ele volta hoje. Pensei que tivesse esquecido fofucho. –A mulher falou afagando os cabelos da criança.

Vendo que o filho não iria dizer mais nada, Mikoto, foi recolher as tigelas que ainda se encontravam na mesa.

–“Agora eu só preciso esperar o Itachi-nii-san chegar.” - Sasuke pensou.

Foi direto para o quarto e subiu em cima da cama na esperança de alcançar a prateleira; pegou uma latinha que estava repleta de lápis coloridos.

Depois de descer foi até uma cômoda que havia no local, abriu uma gaveta e pegou muitas folhas brancas de desenho. Após tamanha artimanha sentou no chão e começou a desenhar.

Ficou ali durante 2 horas. Só parou quando ouviu a mãe lhe chamar para tomar banho. Deixou os papeis e os lápis onde estava e segui correndo para a sala, de onde escutara a voz da mãe.

–Mãe! Mãe! O nii-san já chegou? –Perguntou esperançoso.

– Ele já deve estar para chegar. Então que tal tomarmos um banho, assim quando Itachi chegar; você vai estar limpinho. –Falou a mãe se abaixando na altura do garotinho.

Então assim foi; Mikoto deu banho de Sasuke e logo ele já estava arrumado.

–Porque não sai para brincar um pouco, querido? –A mulher falou se sentando no sofá com o filho.

–Tá bom! –Sasuke disse alegremente.


0o0o0o0o0o0o0o0o0o0o0o0oo0o0o0o0o0o0o0o0o0o0o0o0o0o0o


Já era umas 5 da tarde, e o que se podia ver era um garoto de cabelo escuro e outro de cabelo claro. Sasuke e Naruto. Os dois haviam brincado a tarde intera e agora estavam sentados na caixa de areia.

E foi ai que aconteceu algo não muito comum. Sasuke fez uma pergunta para Naruto. Não que nunca fizesse perguntas. –Hoje mesmo já fez varias- Mas para Naruto? Nunca indagava nada para o outro menino, porque sempre se achou mais inteligente e sendo assim não precisava de respostas de um dobe.

–Ei... Naruto... –Falou baixinho. Ainda duvidava que essa fosse a opção correta.

–Hum...?

– De onde vêm os bebês? –Falou logo por vez.

– Da barriga das mulheres. –Falou o mais novo convencido. Afinal, Sasuke Uchiha estava lhe fazendo uma pergunta.

– Ah... Tá. –Iria fazer mais outra pergunta mais ouviu uma voz conhecida chamar o seu nome.

–Sasuke...

–Nii-san!

O menino saiu da caixa de areia e abraçou fortemente o irmão mais velho. E claro, Itachi retribuiu.

–O que faz aqui? –Sasuke perguntou.

– Eu cheguei da missão e a mamãe pediu para mim buscar você. – O outro respondeu.

–Ah... –Sasuke sibilou baixo.

–Não espera aí! Naruto, não! – Itachi soltou Sasuke por um segundo e foi socorrer o amigo do irmão que nesse momento enfiava uma mãozinha cheia de areia na boca.

Sasuke riu. Talvez em outra ocasião ele ficasse com ciúmes, mas essa não.

– Por Kami, Naruto! Não se come areia. Você vai passar mal desse jeito. –O mais velho disse levantando a criança.


Nesse exato instante, Iruka, que era praticamente o pai de Naruto apareceu.

–Tudo bem Itachi-san, eu cuido deste pestinha. –O garoto que era um pouco mais novo que Itachi falou. – Naruto! Quantas vezes eu lhe disse para não comer tudo que vê!

Os dois irmãos Uchihas sorriram ao ver que Iruka levava Naruto pela mão e se afastava.

–Bom Sasuke... Vamos para casa.

Agora os dois irmãos faziam o caminho de volta para o clã em silencio. Itachi percebeu na hora que o pequeno Sasuke tinha um pergunta.

–Fale Sasuke. –O mai novo olhou surpreso para o irmão, que só deu um sorriso.

–De onde vêm os bebês. É das barrigas? –Perguntou ansioso pela resposta.

O maior parou de andar. Olhou para Sasuke e respondeu um “é”... Meio que fraco.

– E como eles entram lá? –Perguntou novamente. Talvez por que não percebeu que a cor do irmão se aproximava a de um tomate.

– Se duas pessoas se amarem, o amor se junta e vai morar na barriga da mãe. - Fez uma pausa. Não acreditava que estava mentido para o seu otouto- Daí depois de mais ou menos nove meses o amor sai em forma de criança.

– Agora eu entendi! –Sasuke falou alegre.


o0o0o0o0o0o0o0o0o0o0o0o0o0o0o0o0o0o0o0o0o0o0o0o0o0

O dia acabou com Sasuke explicando a Fugaku como se nascia os bebês. Já que o pai não respondeu, o pequeno acreditou que o mais velho não sabia.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

No próximo capitulo:
-Sasuke, assopre as velas e faça um pedido.
-Sim! -E quase em cima da mesa Sasuke, assopra as velinhas.