Janeiro de 2005

Já havia algum tempo que eu estava namorando o Bill e estava sendo perfeito! Tom adorou a idéia de eu ser a cunhada dele... Os garotos há algum tempo também, realizaram os sonhos deles, conseguiram um contrato em uma gravadora e eles estavam sendo reconhecidos por seu trabalho. A cada dia que passava eles ficavam mais famosos.

Agora raramente o Bill tinha tempo para vir me ver, não era fácil para mim, e suponho que para ele também não era, mas eu levava na boa. Eu estava feliz por ele, Tom, Georg e Gustav, que eu já havia me tornado amiga também, estar realizando seus sonhos. Eu só não sabia que com o início desse sonho, o meu iria acabar.

Dezembro de 2005

Dezembro havia acabado de chegar, era o primeiro dia do mês. Bill havia me chamado para passear com ele, às 15h00min ele passou em minha casa e nós seguimos para um pequeno parque que ficava não muito longe dali.

- Karol, eu preciso conversar com você... – disse ele sério

- Diga... – falei

- Você sabe que a nossa banda está ficando cada vez mais famosa e com isso teremos mais turnês, e isso significa que ficaremos cada vez menos aqui na Alemanha... – disse ele me fitando

- Sei... Mas por que você tá me dizendo isso? – perguntei

- É que o David quer que nós moremos em Los Angeles... Ou pelo menos passe um tempo lá para gravar nosso próximo CD... – disse ele

- Hm, entendo... Talvez seja melhor para a carreira da banda. – falei sorrindo

- Tem mais uma coisa... E creio que essa seja a mais difícil... – disse ele me olhando sério

- O quê? – perguntei já começando a ficar nervosa

- Eu... Err... – ele tentava dizer algo

- Fala logo Bill, você já está me deixando nervosa... – falei

- Eu estou terminando com você... – disse ele desviando o seu olhar do meu, que agora provavelmente já estava cheio de lágrimas

- O quê? Eu acho que ouvi errado... – falei, eu não queria acreditar no que ele havia acabado de me dizer

- Vai ser melhor assim, para nós dois... Com a fama vai dificultar tudo... – disse ele

- Para NÓS dois? Você tem certeza? Isso só vai ser melhor para VOCÊ! Eu não acredito que esteja me trocando pela fama... – falei passando a mão em meu cabelo

- Eu não estou te trocando... – disse ele

- Não? Ah, não? Você não presta Bill, não vale nada e não merece o meu amor! Eu nunca deveria ter aceitado namorar você! – falei nervosa e já chorando

- Entenda Karol, vai ser melhor assim... – disse ele começando a chorar

- Você vai ser ator também? Por que acho que essa ceninha aqui não passa de um teatrinho de quinta! Você nunca me amou não é? Você é um mentiroso e eu não quero mais nunca olhar na sua cara Bill Kaulitz! Eu te odeio! – falei tudo de vez

Saí de lá sem esperar que ao menos ele dissesse algo. Voltei para minha casa e me tranquei em meu quarto. Chorei até não conseguir mais, quando finalmente eu consegui me acalmar, senti meu estomago reclamar. Saí de meu quarto e fui em direção a cozinha.

- Filha, tem visita para você! – disse minha mãe entrando na cozinha

- Eu não quero falar com ninguém mãe, diz que eu não to em casa. – respondi

- Nem se for comigo? – disse uma voz bem familiar

- Tom! – virei para fitá-lo e fui correndo lhe dar um abraço, não agüentei e desabei em lágrimas

- Hey, calma... Ei já soube o que aconteceu... – disse ele alisando meus cabelos

- Por que Tom? Por que ele fez isso comigo? – eu falava em meio ao choro

- Calma... Calma... Eu to aqui... – ele dizia

Permanecemos calados por um tempo, até ele quebrar o silêncio.

- Karol, eu estou indo embora amanhã...

- O quê? – perguntei incrédula

- Eu e os outros vamos nos mudar para Los Angeles, vamos morar lá por um tempo. – disse ele

- Você vai me abandonar também? – perguntei voltando a chorar

- Hey, mesmo eu estando longe, nunca abandonarei você ok?! – disse ele

- Você vai me esquecer... – falei

- Nunca! Isso nunca vai acontecer... Eu prometo! – disse ele – Você vai se despedir da gente no aeroporto não vai?

- Tom... Eu não quero ver o seu irmão... – falei

- Por mim e pelo Georg e pelo Gustav ao menos... Por favor... – insistiu ele

- (suspiro) Tudo bem, eu irei... – respondi

O dia que se seguiu foi bastante doloroso pra mim. Despedi-me do Tom, do Georg e do Gustav com um abraço bem apertado, como se aquilo fosse os fazer ficar comigo. Bill... Bem, o Bill eu apenas disse adeus. Eu estava profundamente magoada com ele, era uma ferida que levaria bastante tempo para se curar, e quando isso acontecesse certamente deixaria cicatrizes.