Julho de 2004

Nossa amizade finalmente tinha voltado a ser como era antes, Tom já sabia sobre o que eu sentia pelo Bill, mas ele havia prometido para mim que não contaria nada ao irmão. Eu decidi que seria melhor assim, eu não queria ter que perder a amizade do Bill.

Em um certo dia, quando eu estava em casa estudando para uma prova que eu teria no dia seguinte a campanhia toca, levantei-me e fui atendê-la. Era o Bill.

– Bill?! – exclamei surpresa, pois todas as vezes que ele vem a minha casa ele avisa antes.

– Oi Karol! Eu... Eu preciso conversar com você! – disse ele

– Tudo bem! Entra... – falei

Ele entrou e se sentou no sofá. Sentei-me de frente para ele para melhor conversarmos.

– Err... Eu nem sei por onde começar... - disse ele

– Hm... Começar pelo começo seria uma boa idéia! – brinquei

– É... – sorriu – Karol, e-eu...

– Você... – o incentivei a continuar

– E-eu... Estou gostando de você – disse ele de uma só vez

– O QUÊ? – perguntei espantada

– Eu estou gostando de você... – disse ele

– Mas Bill... Isso não p... – tentei falar, mas ele me interrompeu

– Não venha me dizer que isso não pode acontecer ou que não vai dar certo se a gente nem ao menos tentou! E eu sei que você sente o mesmo por mim, não adianta negar. – disse ele

– Como você sabe? Aaaaargh! Eu mato o Tom! – falei

– Tom? O que tem haver o Tom? – perguntou ele arqueando uma das sobrancelhas

– Err... Não foi ele quem te contou? – perguntei

– Não... Ele já sabia disso? – perguntou ele

– Sabia... Se não foi ele, como você soube? – perguntei

– Pela sua forma de agir quando estava perto de mim, não era mais a mesma, você sempre ficava nervosa. – explicou ele

– Estava tão na cara assim? – perguntei

– Não... Mas te conhecendo da forma que eu conheço... Foi fácil perceber. – disse ele

– Hm... – fitei o chão por um momento

– Então... – disse ele

– Então o quê? – perguntei

– Como vamos ficar? – perguntou ele

– Não sei... – falei

– Err... Quero te fazer uma pergunta. – disse ele

– Faça. – falei

– Karol... Você quer ser a minha namorada? – perguntou ele

Confesso que levei um susto com a pergunta.

– N-namorada? – perguntei

– Sim... – falou ele

– Err... Eu quero! – falei

Nem tive tempo para falar mais nada, o Bill havia me calado com um beijo. Só nos separamos por falta de ar.

– Wow! Isso é tão estranho! – falei

– É... – falou ele suspirando logo em seguida