A Verdadeira Face Do Amor 2 - Vida Nova! escrita por Jessy Rodrigues


Capítulo 7
O Casamento


Notas iniciais do capítulo

Olha aí, nem demorei muito dessa vez, né? Como vocês estão minhas pessoinhas queridas?



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-Eu guio a Ichigo a partir daqui. As meninas saíram do cômodo sem dizer nada e Zakuro deu um selinho nos lábios do marido. Afinal, eu mereço. Espero que não se importe.
-É um prazer ser levada ao altar por você, Akasaka Keiichiro. Respondeu docemente. O moreno sorriu, percebendo que era a primeira vez que ela o chamava pelo nome completo. Ele beijou a mão pequena e ela passou o braço direito pelo esquerdo dele.
Caminharam por vários corredores e desceram muitas escadas de novo, mas dessa vez ela podia ver o caminho. Chegaram a grande entrada da casa e Ichigo sentiu-se num conto de fadas ao saber que moraria ali naquele castelo para sempre com seu príncipe encantado.
As portas foram abertas por duas empregadas, e os dois seguiram um caminho de pétalas de flor do morango e de flores de cerejeira.
-Deixe-me adivinhar, flor do morango combina comigo.
-Ora, de onde tirou essa impressão? Perguntou sorrindo, mostrando o quanto a ruiva estava certa.
Enquanto andavam, Ichigo reparou no máximo que podia. Havia um lago com flores de lis aquáticas e canteiros com miosótis azuis e tulipas plantadas. Quando chegaram ao grande salão, viu gladíolos caindo radiantes por todas as paredes do salão. Do teto pendia um lustre, o piso parecia até mesmo ser de ouro e as cadeiras com tecidos brancos decorando, as fitas vermelhas entre as mesmas, dando um destaque, e um longo tapete vermelho. Viu Pudding entrando toda feliz e jogando as flores de cerejeira pelo tapete, saltitando como se nem estivesse em um casamento, o que fez os convidados rirem e relaxarem.
Aí, ela olhou para o rapaz parado no altar. Loiro, bronzeado, inteligente, maravilhoso e com um passado desgraçado. Havia perdido os pais, e tinha como única família o antigo ajudante do pai, Akasaka Keiichiro, o mesmo que agora lhe levaria até o loiro. Aquele garoto que tinha tudo para odiar a vida e as pessoas, mostrou a ela o quanto tudo podia ser maravilhoso.
Ficou feliz em saber que teria filhos com ela!
Aqueles olhos azuis e astutos, que eram felinos. Felino esse que lhe salvou tantas vezes. Ela não podia desejar ninguém melhor em todo o mundo, o universo, para cuidar dela e para que ela cuidasse.
Caminharam lentamente enquanto a marcha tocava. Os convidados levantaram e ela reconheceu poucas pessoas, como a moça americana que tocou piano num baile oferecido por Ryou, os irmãos de Pudding, as duas amigas da escola, a antiga babá, o irmão e a antiga inimiga de Mint, o garoto que um dia Lettuce gostou junto com a namorada e o agente de Zakuro. As outras poucas pessoas não eram conhecidas pela ruiva.
Keiichiro deixou que o braço feminino deslizasse para fora do seu e viu quando a mão pequena tocou a do garoto. Olhou para a ruiva com os olhos molhados e viu que os dela também estavam marejados.
-Não chora, se não eu não te deixo comer o bolo que fiz. Ela riu e enxugou uma lágrima teimosa. O moreno colocou-se no lugar dos padrinhos do noivo, junto com a esposa.
-Não chora, se não ela chora também. Disse-lhe Zakuro, fazendo-o rir da imitação de frase. Ela vai ser feliz e nunca vai esquecer do quanto é importante para você, saiba disso sempre. Sussurrou beijando a bochecha direita.
O padre começou a falar e Ichigo se forçou a prestar atenção em cada sílaba dita por ele.
-Ichigo Momomiya, diga seus votos ao noivo. Pediu o padre. Ela estranhou o nome vir primeiro que o sobrenome, mas sabia que teria de se acostumar.
-Bem, eu não preparei um, mas vou fazer o possível. Respirou fundo. Eu ainda me lembro de quando nos conhecemos, não que dê para esquecer que fui empurrada de uma árvore... Os convidados riram e o padre arregalou os olhos. Quando você olhou nos meus olhos daquela primeira vez, eu não pude ver o amor da minha vida, mas pude ver aquele me salvaria sempre que eu precisasse ser salva. Agora, quando olho nos seus olhos, vejo o homem mais bonito, irritante e maravilhoso, vejo o meu verdadeiro amor.
Algumas mulheres presentes no casamento enxugaram as lágrimas e Ichigo chorou mais. O dedo longo do seu noivo enxugou a pequena gota e sorriu.
-Ryou Shirogane, diga seus votos à noiva.
-Isso é errado, você teve tempo para pensar. Ela sussurrou.
-Quando eu te segurei na árvore, antes de te empurrar, olhei nos seus olhos e vi que você queria estar com outro. As pessoas se entreolharam nervosas pela situação, não era comum comentar de outros homens quando se estava casando. Fiz o possível para não entrar no seu caminho com ele, não só para não atrapalhá-los, mas também para não sofrer quando ele a tivesse por completa. Vi uma garota capaz de dar a vida por alguém que amava, alguém que sofria se o amado sofresse, mas que sorria para que ele não chorasse.
Ela chorou mais e soluçou alto. Ele lhe afagou o rosto com todo amor e carinho. Tirou uma fita vermelha do bolso com um sininho para gatos e se abaixou um pouco para amarrar na cintura dela.
-Ele te deu isso, e você foi feliz. Sempre que ele tocava esse sino Ele fez com que um barulho fosse ouvido -, você sorria. Deixo com você algo velho, para que nunca se esqueça do antigo amor que tive por você, que nunca desapareceu. Quero que você nunca deixe para trás a garota linda e perfeita que foi, quero que seja uma adulta com a mesma alma que tinha quando adolescente. E eu nunca precisei pensar para te falar isso, eu sempre soube, sempre senti por você o que digo agora.
-Ryou Shirogane, repita comigo: eu prometo amá-la e respeitá-la em todos os dias da minha vida, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, na alegria e na tristeza, até que a morte nos separe.
O loiro repetiu tudo enquanto encaixava um anel de prata com diamantes incrustados no aro e um grande rubi brilhante se destacando.
-Ryou Shirogane, eu prometo amá-lo e respeitá-lo em todos os dias da minha vida, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, na alegria e na tristeza, até que a morte nos separe. Repetiu a ruiva como o padre mandava.
-Se alguém aqui é contra ou sabe de algo que possa impedir esta união, diga agora ou cale-se para sempre. Pediu o padre.
-Eu te amo, Ichigo. A ruiva arregalou os olhos ao ouvir aquela voz e o loiro percebeu o nervosismo. Somente ela tinha ouvido, o casamento prosseguiria. Perdão, eu te amo. Sussurrou novamente e ela torceu para que ninguém ouvisse.
-Com os poderes a mim investidos, eu vos declaro marido e mulher. Pode beijar a noiva.
Ryou aproximou-se cauteloso e com os olhos azuis fixados nos dela, vendo o medo. Beijou calmo, porém rápido. Os convidados batiam palmas de pé e saiam para jogarem arroz no casal.
-Por que estão jogando arroz na gente, Ryou?
-É uma tradição, é para desejar fartura aos recém-casados.
Foram para outro salão, muito parecido com o salão onde a cerimônia foi realizada. O lustre de cristal, ao invés de ouro, o piso branco e as mesas para convidados e Buffet eram as poucas diferenças.
Dançaram e cantaram no karaokê, onde todos aplaudiram a belíssima performance de Zakuro e a bela dança de Mint.
-Agora, quero apresentar um número feito especialmente para os noivos. Gritou Pudding dando uma pirueta e se curvando. Gotas escorreram na cabeça dos amigos.
-Pudding, comporte-se, você está de vestido. Repreendeu Mint.
-Na-no-da! Pudding está com um short por baixo.
-Eu já esperava que Pudding não fosse se comportar como uma mocinha, então a deixei preparada. Explicou Lettuce.
-Muito esperto de sua parte. Disse Ichigo.
-Certo, todos fora do palco, quero me apresentar!
Todos correram de medo da expressão da loirinha, que já estava com alguns fios fora da trança. Ela deu uma pirueta no ar, um salto mortal, depois parou e uma mão só e tirou sabe-se lá de onde um buquê.
-Aqui, Ichigo, é hora de jogar o buquê. Ela ofereceu com os olhos brilhantes e a voz calma, como raramente acontecia. A ruiva pegou o buquê e reconheceu todas as flores presas pela fita vermelha. Flor do morango, flor da fortuna, flor de cerejeira, frésia e lírio. Eu que escolhi as flores. Completou pulando de novo e agradecendo aos aplausos.
-É o melhor buquê que eu já vi. Sorriu Ichigo beijando a bochecha da menor. Arigatou, macaquinha.
Ichigo puxou Ryou e subiu no palco do salão. Ficou de costas para o público e de frente para o marido. Fechou os olhos e jogou com toda a força. Quando abriu os olhos, viu que Ryou sorria maroto e virou-se.
-Eu não quero o buquê! Não quero casar! Gritou a loirinha. Eu já vim pro fundo para não correr o risco! É tudo culpa sua, onee-chan! Apontou para a garota no palco que ria incontrolavelmente.
-Pegou o buquê, agora vai ter que casar. Respondeu Mint, segurando uma xícara de chá. A loira emburrou-se e algumas mulheres a criticaram por querem pegar o buquê e ele ir parar na mão de uma criança.
A festa durou horas e todos se divertiram muito. Ichigo sorriu quando finalmente estavam só ela e os amigos.
-Vocês três não abriram a boca o dia inteiro, está tudo bem? Perguntou Ichigo aos três cyniclons.
Eles se entreolharam e Kisshu engoliu seco.
-Está tudo bem, sim... Não! Não tá tudo bem! Eu perdi minha gatinha, nunca mais vou vê-la! Gritou o verdinho histérico.
-Você já é casado. Respondeu Mint de forma monótona.
-Eu sei, e eu te amo. Mas nós nunca mais vamos ver a Ichigo! Gritou mais, começando a abraçá-la.
-Hey, não vou desaparecer, não. Ela respondeu o abraçando também e rindo. Aliás, não sou sua gatinha! Gritou batendo na cabeça dele.
-Ai, eu aqui, demonstrando meus sentimentos por você e você me bate.
-Se ela não batesse, eu batia, o que seria muito pior. Disse Ryou, monótono como a azulada ao lado dele.
-Trouxe o bolo de casamento. Disse Keiichiro feliz.
-É, Keiichiro-san, o bolo já foi comido pelos convidados, lembra? Perguntou Ichigo.
-Fiz um só pra nós. Não sei quando você vai comer meus doces de novo, então quero aproveitar. Respondeu sorrindo.
-Parece o bolo que você fez quando nós cinco nos reunimos pela primeira vez. Mostrou Pudding.
-Hum, está bom mesmo. Elogiu Lettuce.
Mas a pior hora, foi quando eles tiveram de se despedir.
-Ichigo onee-chan, cuida bem dos bebês, quero que eles fiquem fortes para brincarem comigo e com o Taru-Taru.
-Não me chama assim. Ouviu-se ao fundo.
-Acho bom que sejam garotas, assim poderão tomar chá comigo. Elas terão de aprender algo de útil com alguém, já que você não presta nem para isso.
-Também sentirei saudades suas, Mint-chan. Respondeu abraçando a amiga que se assustou. Principalmente de você, foi minha primeira amiga Mew Mew. Sussurrou.
A azulada retribuiu o abraçou e deixou que as lágrimas finalmente saíssem.
-Hey, gatinha, não esqueça de contar sobre mim para suas filhas, vai que elas se interessam... Ai! Reclamou ao receber uma cotovelada da namorada.
-Vou sentir falta de você, Ichigo. Disse Lettuce enxugando as lágrimas.
-Não vou deixar de pensar em você por um dia sequer, de nenhum de vocês. Disse a ruiva olhando para todos no enorme jardim em frente a mansão.
Taruto se aproximou e, um pouco tímido, a abraçou.
-Sei que vai cuidar bem deles, você foi boa pra mim e pra Pudding, cuidar deles vai ser moleza.
-Se tiverem puxado ao pai... Tomara que não tenham puxado.
-Obrigada, Ichigo. Agradeceu Taruto. Ichigo sentiu mais três lágrimas rolarem.
Pai desviou os olhos e suspirou resignado.
-Espero que não deixe de pensar em mim também, porque não vou te esquecer.
-Pai, você está ficando sentimental. Ela respondeu rindo pouco e abraçando ele também. Ele deixou que uma única lágrima caísse no rosto maquiado dela e enxugou as outras.
-Isso é a convivência com a Lettuce. Respondeu a afastando um pouco e colocando a mascara de frieza.
-Hora de ir embora! Anunciou Kisshu. A nave está pronta.
-Não vão de avião?
-As meninas vão, mas nossas orelhas são um pouco problemáticas... Respondeu Taruto.
Ichigo ficou lá, acenando para amigos que não sabia quando veria. Acenou por minutos incontáveis para as estrelas, por onde os aliens sumiram.
-Vamos entrar, você precisa tirar essa roupa.
-Estou feia?
-Nunca, mas imagino que quer aproveitar nossa primeira noite de casados.
-Não que realmente vá fazer diferença estarmos casados. Ela sorriu e o beijou.
Assim foi a primeira noite deles. Ela já grávida, casada e feliz ao lado de quem amava. Esqueceu completamente que alguém foi contra aquela união.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Ja ne, minna~



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