A Verdadeira Face Do Amor 2 - Vida Nova! escrita por Jessy Rodrigues


Capítulo 8
Terceiro Mês


Notas iniciais do capítulo

Demorei de novo, né? Desculpem, eu começo a fazer coisas que gosto e esqueço das minhas obrigações. Gomen, minna -.-'
E agradeçam a Mew San :D que sempre me cobra hahahahahahahahaha
Portanto, dedico esse capítulo à ela!



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-Ryou, acorda. – Alguém chamou com voz chorosa. – Eu preciso de um favor, acorda!

-Fala. – Disse ele sentando na cama.

-Quero chocomenta.

-Você não tem idade para tomar licor.

-Mas tenho idade para estar casada e grávida. – Respondeu irritada. – Por favor, ninguém vai saber que eu bebi e é só um pouquinho.

                Ele se inclinou para o criado mudo e olhou no relógio.

-São duas e trinta e um. Onde você quer que eu arrume licor a essa hora?

-Por favor. – A ruiva implorou.

                Olhando naqueles olhos castanhos molhados, a barriga pouco a mostra pelo pijama curto, os lábios tremendo tentando segurar o choro, o nariz ficando vermelho e as mãos unidas pedindo, era impossível dizer não.

-Eu já volto. – Saiu da cama bufando.

                Ichigo estava tão necessitada do licor, que esqueceu que estava sozinha naquela casa enorme. Fechou os olhos e deitou a cabeça no travesseiro, apenas ouvindo o som fraco de um galho de uma árvore balançando com o vento.

-Ichigo... – Chamou alguém. Ela levantou imediatamente, com o cabelo bagunçado. Olhou ao redor e não havia ninguém, sua voz não saía.

                Ficou olhando para a porta do guarda-roupa, incapaz de olhar debaixo da cama. Quando teve coragem de dar uma espiada pelo canto do olho na porta ficou um pouco aliviada, mas quando os olhos se voltaram para frente, gritou.

-O que foi? Está com medo de mim? – Perguntou docemente, segurando o rosto jovem com as mãos geladas. – Por que está com medo de mim?

                A voz não saía com sarcasmo ou ironia, nem mesmo deboche, pelo contrário, estava impregnada de preocupação e ternura. Os olhos castanhos acinzentados, o cabelo curto e castanho, a pele morena.

-Como você chegou aqui?

-Eu sempre estou com você.

-Não! – Gritou. – Vai embora, não quero olhar na sua cara, some da minha frente.

                Ele afastou um pouco a mão e os olhos miraram outro ponto que não fosse o rosto dela. De repente, ele a abraçou.

-Me diz que me ama, por favor. – Ela ficou em silencio, sem saber se era perigoso falar algo. – Você me amava, por que não pode me amar mais? Por que ama ele se foi a mim que deu a vida para salvar? Por que está com ele e não comigo?

-Você me traiu! Me larga agora, eu te odeio. – Gritou se debatendo. Ele apertou o abraço.

-Não vou deixar que escape de mim, eu te amo. Não posso ficar sem você.

-Aguentou todos esses anos, já deveria ter aprendido.

                Ele se afastou e olhou fundo nos olhos chocolates. Era a primeira vez em anos que conversava com ele, sem lutas ou pânico. Os olhos do garoto estavam tão tristes e molhados que quase não parecia aquele que tanto a fez mal.

-Você não gosta mais de mim? Eu te amo tanto e você não gosta mais de mim... – A franja lhe cobriu os olhos quando ele abaixou a cabeça. Pode-se ouvir uma risada macabra, ela sabia que aquela depressão não duraria muito. – Então por que ainda tem o sino que eu te dei?

                Ela ficou sem resposta, a boca aberta mostrando apenas uma pequena parte dos dentes superiores. Sentiu o olho lacrimejar, a boca ficar seca, as mãos tremerem e o quarto ficar frio de repente. Ele levantou a cabeça exibindo orgulhosamente os olhos azuis.

-Eu sempre estou com você. – Sussurrou em seu ouvido e sumiu na mesma hora que Ryou gritou do andar debaixo.

-Já vou levar o licor pra você, espera só mais um pouco.

                Ele subiu e encontrou-a chorando desesperadamente. Correu e abraçou a esposa.

-O que foi? Demorei muito, você ficou com medo de estar sozinha?

-Eu nunca estou sozinha, esse é o problema.

-O que aconteceu enquanto estive fora?

-Ele veio aqui. Aoyama esteve aqui.

-Aoyama? Voltou a chamá-lo pelo nome? – Perguntou de expressão fechada.

                Ela o olhou sem expressão, apenas com atenção aos traços dele. Os olhos claros e felinos, diferentes dos escuros e doces, a pele bronzeada pelo sol de uma forma que não parecia tão bonita como a do ex.

-Está me comparando a ele.

-Eu... Eu não... – Ficou em silencio um tempo e abaixou a cabeça. – Eu não queria, me desculpa.

                Ele levantou da cama e ela apertou a barra do shortinho que usava, queria chamá-lo, mas o que diria? Sentiu o colchão afundando de novo e viu um copinho em sua frente.

-Você queria de chocomenta, não é?

-Obrigada, Ryou. – Ela o abraçou e bebeu todo o liquido. – Eu te amo, de verdade.

-Também te amo. – Ele sorriu e colocou mais no copo dela. – Se quiser pode tomar tudo, mas isso deve ser um segredo só nosso, tá?

                Ela balançou a cabeça e virou o liquido novamente, pegando mais em seguida.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Então, kissus nos seus kokoros e até o próximo capítulo!



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