Kira escrita por atalanta


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Finalmente ele deu o ar de sua graça. kkkkkk
É sério, ele é realmente um figura muito relevante para a história.
Capitúlo curtinho só para introduzir o novo personagem.



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Os dias passaram e no Egito tudo parecia um pouco mais tranqüilo, embora minha presença ainda causasse algum constrangimento, para mim é claro. Sed passou a ser aclamado como um herói, por salvar sua ineficiente prima da morte certa. Ele não se preocupou em corrigir que ele fora o causador do meu quase acidente e quando eu tocava no assunto ele simplesmente se mantinha em silêncio, tal como costuma fazer. Eu ainda fui chamada de tola inconseqüente por Farah, que pensou que eu fizera tal coisa para chamar atenção.

 

Derek nos advertiu que não deveríamos nos envolver em brincadeiras tão descuidadas e nos repreendeu como se fossemos crianças travessas. No fundo ele sabia que não deveria ficar preocupado conosco, não é desse modo que as coisas estão destinadas a acontecer. Derek, previra isso e eu sabia, mas não pudessem ter certeza.

 

Cavalos não me matariam, realmente. Minha promessa, sim.

 

Afinal, Akir tem os deuses a seu lado. Eu acreditava nisso, mas foi antes dos boatos começarem a se alastrar pela cidade. Como fogo em palha a notícia correu Mênfis naqueles dias e causou tremendo receio entre os habitantes. Todos, dos nobres aos servos, cada um exprimia surpresa ao fato que se seguiu.

 

Eu não sei bem como a lenda começou, mas vou narrá-la pelo modo como ela chegou até mim e pela poucas conversas que consegui ouvir de Anath e Derek.

 

Ninguém percebeu como ele chegou, apenas deram conta de sua presença quando ele avançava para os portões da cidade e entrou sem dar atenção aos guardas que faziam a ronda.

 

O fato é que havia um visitante novo na cidade e como bom forasteiro ele se dirigiu ao centro da cidade, na praça onde ficava o grande templo e a biblioteca. Não procurou uma pousada para sua estadia e alimentação, nem mesmo água naquele dia quente. Ele simplesmente ficou parado no meio da via e assim permaneceu naquela manhã.

 

Eu não estava lá, não havia ido ao templo naquele dia , mas Sed foi e o viu. Ele me contou que o importante não era que ele fosse desconhecido na cidade, ela pelo fato de não se poder ver quem ele era.

 

— Ele simplesmente fica lá o dia todo. Quase não se move. — ele contou.

— Não é algo comum por aqui? — eu perguntei.

— Ele não é nenhum visitante, disso eu sei. O mais estranho é aquela máscara. — Sed comentou. Eu me interessei pelo assunto.

— Que máscara, Sed? Você não falou nada sobre isso.

— Como eu disse, é a parte mais incomum, ele usa uma máscara de Íbis.

— Como é realmente?

— Você já viu esses pássaros por aqui, aves escuras e com o bico longo curvado.

 

Assim o mistério permaneceu, porém o estranho não ficou muito tempo em seu lugar estático, começou a perambular pela cidade, percorrendo cada viela, cada casa, falando com cada vendedor na rua. Aumentando ainda mais o seu interesse.

 

Uma tarde eu estava saindo do templo,carregava os papiros que Anath me dera e voltava para casa, dessa vez Sed não me acompanhou e eu segui sozinha. Não era novidade que sempre que eu saia sozinha o caminho ficava sempre mais longo, eu sempre parava para observar ou seguir por um novo caminho. Novamente eu passava por um pequena loja de perfumes impressionada com a qualidade dos aromas que emanavam de lá. A essa altura, eu já não me surpreendia mais pelo boatos do estranho morador.

 

Portanto, eu não fiquei exatamente surpresa quando o encontrei, ele era tal como me descreveram, uma figura de grande porte, o corpo coberto por mantos surrados e sujos de areia e a máscara. Ele estava no loja de perfumes. Eu o vi a distância e segui meu caminho, sem pensar mais nele. No entanto, eu ouvi sua voz ao longe. Falava com um dos vendedores.

 

— Ela tem pele de marfim. — ele disse. A voz profunda como um sussurro, carregada de autoridade.

— Realmente eu não conheço nenhuma moça assim. — o homem respondeu, visivelmente intimidado pelo porte dele.

— Ela está aqui, tenho certeza. Chegou há pouco tempo e tem a pele muito clara. Provavelmente ela apareceu por aqui perdida. — insistiu.

— A única moça que chegou recentemente foi a sobrinha do sacerdote. A senhorita Kira, no entanto ela é tão egípcia quanto qualquer garota daqui. — quase suspirei aliviada.

— Não, a garota que eu procuro definitivamente é incomum.

— A senhorita Kira tem olhos como o lápis-lazúli. — informou e eu senti medo. Isso dava a entender simplesmente que ele estava trás de mim.

— Descreva-a para mim.

 

A única saída agora era fugir, a casa de Derek estava há muitos metros ainda e definitivamente eu não iria correr tanto. A única saída era voltar para o templo, mas se ele tinha minha descrição eu seria facilmente identificada se ele me visse voltando. A solução era recorrer a alguém que não tinha motivo algum para me ajudar, porém era o local mais próximo para onde eu poderia ir sem ser vista.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.
Eu vou indo, tenho outras história para atualizar v



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