Por muitos anos as pirâmides do Egito foram temidas, pelas histórias de maldições que povoavam o imaginário dos exploradores. Sempre temendo tocar em objetos, afastando-se das tumbas, tudo pelas histórias contadas sobre os terríveis castigos para quem profanasse um túmulo. Será que era essa minha maldição? Castigo esse que eu não pagaria sozinha havia outras pessoas envolvidas algumas as quais eu aprendi a gostar.

Eu daria qualquer coisa para não frustrar as expectativas de ninguém, eu admito que aceitei o que me pediram, eu só não imaginava que seria tão difícil.

Eu vi o rosto dela, calmo como sempre, contida, mas ainda assim presente. Ela diria que meu desespero era infundado, que não havia o que temer. “Ora Kira não seria mais fácil enfrentar seus medos, se você não desse tanta importância a eles?” Ela me perguntou uma vez.

Minha mãe saberia como me apoiar nesse momento. Eu não poderia pedir que ela estivesse aqui comigo, seria muito egoísmo, mas mesmo assim eu sinto tanta saudade. Eu sei que para ela o período que eu passar aqui não existirá, contudo, eu vou me lembrar de tudo.

Ela provavelmente estava passando todo o tempo que tinha trabalhando no Museu Britânico, ela sempre foi muito dedicada ao trabalho, mas ela sempre passa mais tempo lá quando eu estou viajando, ela se senti sozinha. Eu insisti para que ela também tirasse férias e se ela quisesse poderia vir comigo, mas ela recusou. Disse que se sentia bem no museu e que não havia férias quando havia muito trabalho a ser feito.