Back To The Dream. escrita por Jajabarnes


Capítulo 2
O Sonho.


Notas iniciais do capítulo

Sorry pela demora, mas eu estava empolgada com Fruto do Nosso Amor e dei uma adiantada nela ;D
Espero que gostem do cap.
Boa leitura!!



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A claridade inesperada feriu meus olhos, mas assim que pude enxergar olhei em volta. Era um bosque iluminado por raios dourados que conseguiam atravessar a densa folhagem das arvores. Troquei um olhar com Caspian e com meus irmãos e sorrimos. Sabíamos bem onde estávamos.

                - Nós voltamos? – perguntou Eustáquio.

                - Sim. – respondeu Lucia, sorrindo, logo Eustáquio fez o mesmo.

                - Voltamos? Como assim? Que lugar é esse, Edmundo? – quis saber minha cunhada.

                - Narnia. – respondeu meu irmão. Depois de tentar explicar a Nicolas, Natalia e Jill onde estavam, decidimos andar e ver se encontrávamos alguém.

[...]

Caminhávamos desde ontem e nada. Parecia que, quanto mais andávamos, mais precisávamos andar. Ao pôr-do-sol decidimos parar, acender uma fogueira e comer as frutas que colhemos pelo caminho. Assim foi. Pedro, Caspian, Edmundo e Eustáquio estavam entretidos em uma conversa. Jill e Nicolas ressonavam tranquilamente há alguns minutos. Natalia e Lucia vieram sentar ao meu lado.

- Ainda não perdoei vocês por não terem me contado. – Natalia fez um biquinho.

- Tanto você quanto seu irmão nos tomaria por loucos. – argumentou Lucia.

- Ok, já entendi.

- Mudando de assunto... – Lucia foi interrompida.

- Silencio! – pediu Pedro de repente. Eustáquio deslizou pela relva até Jill e Nicolas e tentou acorda-los. – Vem vindo alguém. - Fez-se silencio e ouvimos passos na mata. Todos nós ficamos próximos uns dos outros, ao redor dos que agora acordavam.

O som tornou-se mais alto e de repente parou. Do meio das sombras que as arvores faziam o primeiro a surgir foi um centauro, depois um texugo, logo em seguida dois faunos e um anão. Ao final eram, ao todo, dez. Todos, soldados. Não reconheci ninguém. O centauro fez uma reverencia seguido pelos outros.

- É uma honra vê-los, majestades. – disse, com sua voz grave.

- Para nós também. – Pedro aproximou-se dele.

- Meu rei, viemos para leva-los ao encontro de Aslam. – o texugo deu um passo a frente.

Naquela mesma noite iniciamos a viagem. A noite estava fria, mas cada um dos rapazes levava uma tocha o que amenizava um pouco do seu frio e do frio da que o acompanhava. Por que estávamos viajando a noite? Simples, não voltamos a Narnia só para visitar, estava acontecendo algo, e serio para Aslam trazer até aqueles que não podiam mais voltar. Narnia precisava de nós e com certeza uma aventura extraordinária nos aguardava.

- Pedro, não podemos parar e continuar de manhã? – perguntou Lucia. - Estamos todos com sono aqui atrás... – ela parou para bocejar.

- Tudo bem se pararmos? – Pedro perguntou ao centauro.

- Sem problemas, majestade. – assegurou.

- Ótimo... – comemorou Edmundo escorando-se, exausto, a uma arvore, dando um longo bocejo e esfregando os olhos em seguida.

Pedro e Caspian acenderam uma fogueira utilizando o fogo das tochas e as mesmas. Eustáquio deitou e praticamente no mesmo segundo já estava dormindo. Jill deitou-se mais perto da fogueira. Natalia e Edmundo foram os próximos a se entregarem ao sono. Lucia se acomodou próxima a Pedro e Nicolas pouco depois os três já ressonavam. Os soldados acomodaram-se em outro ponto e eu sentei ao pé de uma arvore, Caspian veio em minha direção e sentou ao meu lado.

- Sem sono, Su?

- Com sono eu estou, acho que só não consigo dormir... – respondi.

- Você continua tendo pesadelos? – perguntou preocupado.

- Não, ainda bem... Eu ainda não acredito que estou de volta.

Caspian sorriu, depois ficou serio novamente.

- Eu estou preocupado. Aslam me mandou para o seu mundo para que eu a salvasse, e salvei, fiz o que devia fazer lá. Agora ele me trouxe de volta... Não sei se vou poder voltar com vocês. – falou. Eu ainda não havia visto por esse lado. – Eu não vou suportar se tiver que ser separado de você de novo, Su...

- Oh, Caspian... – eu o abracei e ele afundou o rosto em meus cabelos abraçando-me fortemente. – Não pense nesse assunto agora, meu amor...

Caspian desfez o abraço para me dar um beijo e sussurrar um “eu te amo” sincero, desejou-me boa noite e em seguida eu já estava dormindo.

Peguei no sono profundamente inalando o aroma da relva.

À minha mente veio uma imagem, eu estava sentada nas costas de um leão com o vento soprando ferozmente meus cabelos para trás, estávamos em uma grande campina, cortando-a a toda velocidade. Aos poucos a imagem foi se esvaindo tornando-se turva até que sumiu dando lugar a outras, primeiro vi o rosto de Pedro seguido pelo de Edmundo, Lucia, Eustáquio, Jill, Natalia, Nicolas, Caspian, Sophie, Josh... Então parou em um par de olhos azuis que durante noites me atormentaram em pesadelos.

Johnny sorria para mim com uma rosa vermelha na mão, estávamos em um cemitério onde acabara de acontecer um enterro. Ele beijou a rosa e jogou-a no chão, olhei para onde ela caiu, era a lápide que acabara de ser colocada sobre o tumulo mais recente dali. O tumulo que acabara de ser fechado. Meu coração deu um pulo gelado quando vi a lapide, a minha lapide! Sengue começou a escorrer da rosa por cima da terra nua. Meu coração palpitou mais e eu despertei em um susto.

- Está tudo bem, Su? – Ouvi a voz de Eustáquio, olhei em sua direção e o vi sentado ao pé de uma arvore.

- Está... Foi só um pesadelo... – sussurrei revendo-o em minha mente. Estremeci e resolvi não pensar mais nisso. – E você, o que faz acordado tão cedo?

- Não sei muito bem, acho que foi só falta de sono mesmo.

- Hum – seguiram-se alguns minutos de silencio. – O que está achando de Narnia?

- Esse lugar é incrível! – ele abriu um sorriso encantado. – Acredita que agora há pouco uma dríade me deu boas vindas?!

- Acredito. – sorri.

- Será que dá para vocês fazerem silencio? Eu ainda estou com sono... – a voz arrastada de Edmundo. Eustáquio riu alto despertando Jill. Ela esfregou os olhos enquanto sentava.

- Bom dia, Jill.

- Bom dia, Su. – ela bocejou.

- Bom dia, Ed. – falei olhando para ele que havia voltado a ressonar. Eu ri.

- O que vocês fazem acordados tão cedo? – Lucia bocejou, sentando-se.

- Bem, eu estou sem sono, a Su teve um pesadelo e acordamos a Jill sem querer. – resumiu meu primo.

- Calem a boca... – Edmundo falava dormindo e logo voltava a ressonar. Nós rimos.

- Ei pessoal, menos, ainda está muito cedo – ouviu-se a voz de Nicolas.

- Ah, acorde e deixe de coisa. – reclamou Lucia. Ele sentou.

- Não é só por que você acordou que vai acordar todo mundo. – rebateu ele.

- Não me torre a paciência, Nicolas. – exigiu ela. Nick revirou os olhos enquanto Lucia abraçava os joelhos.

- Manjar turco? Sim, sim eu aceito... – Edmundo falou novamente, ainda dormindo. Rimos de novo.

- Qual é a graça? – Pedro murmurou com a voz rouca.

- Já que você insiste eu aceito mais um... – ouviu-se Edmundo mais uma vez.

- Essa é a graça. – falou Nicolas.

- Chego a casa às sete... – continuou Edmundo.  


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Ideias para a fic??? Hum? Hum? Deixe sua opinião por favor!
Beijokas!!