O Segredo Da Vida escrita por miss_lovato
Notas iniciais do capítulo
Eu sei que o primeiro cap ficou meio confuso mas PLEASE não me matem, é que eu sou meio atrapalhada... O segundo capitulo está pronto, espero que gostem ;)
Uma semana e três dias...
A minha semana foi uma droga. Eu estava triste e com saudades de casa. Minha mãe vinha me visitar quase todo dia e me ligava a cada cinco minutos, mas mesmo assim eu ainda queria voltar pra casa. Eu queria poder ver meus amigos de novo, queria ver o meu cachorro Mate (Lê-se Meiti) Ele é um poodle bem pequenininho, muito fofo!
Queria poder comer um hamburger enorme do Burger King! Mas eu tinha que ficar comendo sopa e gelatina. Droga de vida!
– Bom dia, flor do dia! – A enfermeira Melody entrou no meu quarto e já foi abrindo as janelas.
– Fecha isso! – Eu resmunguei cobrindo meus olhos por causa da claridade intensa.
– Vamos lá Heby, mais animação! Você já esta a mais de uma semana vegetando nesse quarto! O hospital tem um jardim lindo que eu aposto que você ainda não viu, que tal irmos até lá?
– Sem chances!
– Dexa de ser mal humorada garota!
– Você não esta vendo que eu estou doente?
– Ai mais que drama! – Ela revirou os olhos. – Vamos, levanta daí e vai tomar um banho pra gente ir pro jardim.
– Melody, eu to cansada... – Choraminguei enterrando meu rosto no travesseiro.
– Vaaaaaaaaaamos! – Ela me puxou pelo braço e eu fui obrigada a levantar. – Você tem 6 minutos pra se arrumar! Estou te esperando no corredor.Beijinho!– Ela avisou e saiu do quarto.
Eu fui até meu banheiro e me olhei no espelho. Eu estava péssima. Com olheiras, cara de cansada e pálida que nem um fantasma.
Tomei um bom banho e escovei os meus dentes. Vesti um short jeans e uma blusa e calcei minha vans preta e branca.
Fiz uma maquiagem leve pra tentar melhorar meu estado crítico e penteei meu cabelo. Fui até o corredor e encontrei a Melody la.
– Nossa! Bem melhor do que antes! – Ela disse sorrindo.
– Obrigada! Então... Vamos ou não? -
– Vamos! – Ela concordou e nós fomos até o jardim.
O dia estava bonito e ensolarado. A grama de lá era bem verdinha e florida. O jardim era enfeitado com cadeiras de cor marrom e tinha várias crianças correndo por lá.
Eu e Melody nos sentamos na grama e ficamos lá tomando sol.
– O que achou do jardim? – Ela perguntou pra mim.
– É muito bonito! – Eu afirmei.
Olhei pra uma das cadeiras e vi aquele garoto que estava no quarto hoje mais cedo, aquele que tossia sem parar e ficava cantando a enfermeira.
Ele estava conversando com uma menininha ruiva que estava fazendo bolhas de sabão. Os dois pareciam estar se divertindo muito com a conversa porque ele ria tanto que parecia até que seu sorriso iria rasgar a cara. Não que o sorriso dele fosse feio, pelo contrário, era muito bonito. É que era um jeito diferente de sorrir, como se sua alma estivesse imensamente alegre.
– Ele é uma gracinha não é? – Melody perguntou rindo.
– Hã? – Olhei pra ela sem entender
– Aquele garoto que você estava olhando.
– Ué... Não sei... – Eu disse envergonhada.
– O nome dele é Chad, eu vou apresentar você a ele! Vem! – Ela se levantou, mas eu a puxei no mesmo instante.
– NÃO!
– O que foi?
– Eu não vou lá! – Minhas bochechas queimaram.
– Porque não?
– Por que... Porque não!
– Esta com vergonha?
– N-não! Eu só não quero ir lá...
– Tudo bem. Mas fique sabendo que o Chad é um garoto muito legal! – Ela afirmou.
– Chad?
– Sim, é esse o nome dele!
– Hm. – Eu olhei novamente pro tal Chad. Não sei por que mais ele me chamava atenção...
Argh! Como eu sou idiota!
Balancei a cabeça e desviei meu olhar.
(...)
Depois de passar um bom tempo tomando sol no jardim, eu resolvi andar mais um pouco pelo hospital, ele era muito grande e eu ainda não tinha visto tudo.
Enquanto caminhava pelos corredores olhei pela porta de uma sala e vi um monte de crianças, nenhuma delas tinha cabelo. Deviam ter câncer...
As crianças estavam sentadas no chão e riam muito de alguma coisa. Mudei de posição pra ver melhor e consegui descobrir o motivo das risadas. Era um palhaço, quer dizer um garoto vestido de palhaço. O mesmo garoto do quarto e do jardim. Desse jeito ele vai começar a pensar que eu estou o perseguindo.
– HEI, crianças eu sou o palhaço miojo e vou contar uma história pra vocês! – Ele disse com uma voz engraçada. – Um dia um cachorrinho chamado bidu estava passeando pela floresta...
– Ele fez um cachorrinho com a bexiga. – Oi eu sou o bidu! – Deu voz ao cachorro e as crianças riram.
Eu soltei uma risadinha baixa e ele olhou pra mim. Tapei minha boca com a mão e me abaixei. De repente a porta se abriu e o tal Chad apareceu. Ele não falou nada, só colocou um nariz e uma peruca de palhaço em mim e depois me puxou pra dentro da sala onde as crianças estavam.
– Pessoal, essa é a palhaça pompom! – Anunciou apontando pra mim e eu acenei para as crianças dando um sorriso amarelo.
– Vem pompom, senta aqui. – Chad disse colocando a cadeira atrás de mim, quando eu fui me sentar ele tirou a cadeira e eu me espatifei no chão.
– SEU... – Eu já ia xingar o garoto mas aí as crianças começaram a gargalhar e eu resolvi entrar na brincadeira. Dei uma rasteira nele que caiu de bunda no chão. As crianças riram mais ainda.
– Vingativa não? – Ele disse irônico massageando a perna. – Por hoje é só crianças, muito obrigado! – Chad se levantou e estendeu a mão para mim me levantar.
As crianças aplaudiram e depois começaram a brincar.
– Eles gostaram de você! – Chad disse sorrindo enquanto lavava o rosto pra tirar a maquiagem.
– Isso que você faz é bem legal!
– Dizem que sorrir é o melhor remédio, eu só tento fazer elas ficarem felizes.
– Palhaça pompom, não é um nome muito criativo! – Eu ri
– Eu não tive tempo de pensar em um nome melhor, você apareceu do nada! – Ele também riu. – Eu sou Chad! – Estendeu a mão pra mim amigavelmente.
– Sou Heby! –
– Heby. – Ele repetiu sorrindo torto. – Foi você quem me atropelou semana passada.
– Hã?
– Você tava correndo desesperada pelo hospital e me derrubou.
– Ahhh! – Eu exclamei ao me lembrar daquele episódio. – Desculpe...
– Tudo bem. – Ele deu de ombros. – E então, quem você veio visitar?
– Hã? – Perguntei sem entender o sentido de sua pergunta mal acabada.
– Quem você veio visitar no hospital? Seu pai? Sua mãe?
– Não.
– Então o que esta fazendo aqui?
– Eu estou doente. – Respondi e ele começou a me analisar, como se tentasse descobrir o que havia de errado comigo.
– De que?
– Primeiro eu pensei que meus únicos problemas eram a SMD e a espera por uma medula nova, mas agora descobri que estou com anemia também. – Cuspi as palavras.
– Wow... E eu pensando que o meu amigo Gary era legal por vomitar sangue, mas a sua doença é bem mais maneira! – Ele sorriu animado como se aquilo fosse um tipo de super poder.
– Maneira? Não é nada maneiro quando você está prestes a morrer! – Resmunguei.
– Já deram a data da sua morte? – Ele perguntou.
– Não, mas...
– Então não antecipe as coisas.
– Não estou antecipando, só estou dizendo que vai acontecer, mas tudo bem eu já me conformei. – Afirmei. O garoto riu sem humor e depois balançou a cabeça negativamente. Não entendi direito o sentido daquilo e nem fiz questão de entender, ele era estranho...
– Você não esta nesse hospital a muito tempo está?
– Não.
– Foi o que eu pensei.
– Eu posso te mostrar como são as coisas por aqui. Quer dizer... Só se você quiser... – Ele convidou meio sem jeito, mas até que foi fofo.
– Legal! – Aceitei logo de cara. Ele parecia meio estranho, mas tudo bem eu também não sou muito normal então...
– Então amanhã a tarde? – Ele perguntou.
– Ta. Eu tenho que ir agora.
– Tchau Heby. - Ele sorriu.
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Se tiverem alguma duvida é só perguntar gente pq eu vi que vcs ficaram com algumas duvidas no primeiro cap.
Sweet Kisses ♥