Milagre De Ano Novo escrita por Lua, March Hare


Capítulo 5
Se o Fantasma dos Natais Passados Viesse Visitar


Notas iniciais do capítulo

eu não tive tempo para revisar isso, então possivelmente tem muitos erros. Não ficou como eu queria TT.TT Mas é melhor que nada.



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Quando se é criança, natal é a coisa mais mágica que pode existir. Tudo é feliz, as pessoas parecem dispostas a tratar todos bem, tudo parece tão perfeito e a utópica paz mundial parece quase possível.

Depois que você cresce, a magia do natal diminui, mas mesmo assim ele continua sendo uma data muito especial para todos nós, não é verdade?

Há muitos anos atrás, mais especificamente em 19 de dezembro de 1843, um inglês chamado Charles Dickens publicava a primeira edição de seu, como ele mesmo chamou, “livrinho de Natal”. O livro de Dickens se chama A Christmas Carol.

Ele foi escrito para pagar uma divida e foi um grande sucesso. Não, mentira, o verbo “IR” no passado não cabe nessa frase, ele é, “IR” no presente, um grande sucesso.

Acho que todos conhecem a historia de “A Christmas Carol”.  Nela um homem rabugento, chamado Ebenezer Scrooge, acha que o natal não passa de bobeira. Scrooge recebe a visita de quatro fantasmas.

O primeiro, Jakob Marley, seu sócio que tinha morrido antes do começo do livro, diz que ele vai receber a visita dos três fantasmas do natal e que deve mudar sua maneira de agir para não acabar vagando por toda a eternidade.

O segundo, Fantasma dos Natais Passados, mostra para Scrooge como ele era feliz antigamente, e como tudo mudou.   

O terceiro, Fantasma do Natal Presente, mostra como as pessoas estão felizes comemorando o natal, mesmo com todos os problemas.

O quarto e último, Fantasma dos Natais Futuros, mostra um natal onde Scrooge já não existe mais e onde as pessoas pouco ligam para sua morte, ou melhor, parecem até mais felizes sem ele.

Depois da visita desses espíritos Scrooge mudou sua maneira de ver o natal, e passou a ser um bom homem.

Bonito, não é? Arthur sempre gostou muito dela, tinha um livro que pertenceu a sua mãe e toda noite de natal ele olhava para aquela herança. Mesmo antes de saber ler ele já era bastante apegado aquele objeto.

No natal do ano anterior ao que acontece nossa historia, Arthur estava sentado no seu quarto lendo aquele livro pela milionésima vez. Francis estava na França e Alfred nos EUA. Seus irmãos e o senhor Kirkland comemoravam lá em baixo, mas essa era uma festa que Arthur não queria e nem podia participar.

 Enquanto lia, Arthur pensou o que os espíritos mostrariam para ele, se por acaso viessem vê-lo.  O presente e o futuro não pareciam bons, mas uma lembrança do passado aqueceu o coração do inglês naquela fria noite de natal.

Essa lembrança tinha acontecido há 16 anos, 17, se fossemos contar o tempo atual de nossa historia e não a época natalina que falávamos antes.

O pequeno Arthur não gostava muito do natal. Só servia para lembrá-lo do quão deslocado ele era dentro de sua família, só servia para fazê-lo sentir mais falta da sua mãe. Era bem triste. Os franceses que moravam na frente dele adoravam o natal e faziam uma festa muito boa. No ano anterior, Arthur passou a noite inteira olhando para a festa deles pela janela de seu quarto, enquanto abraçava seu livro. Tudo naquele lugar parecia simplesmente perfeito.

Passou-se um ano e, uma semana antes do natal, nosso pequeno inglês já pensava que passaria a tão falada festa sozinho novamente, até que teve uma surpresa. Iria uma festa esse ano

Era o sexto natal de Arthur e ele foi convidado para passar com os vizinhos. Eles eram uma família realmente feliz.

O menino, Francis, rival declarado de Arthur, mesmo dois anos mais velho. Os dois não desgrudavam, e muitas vezes iam para o hospital engessar um braço ou perna depois de uma briga. Mas eles tinham uma coisa engraçada, quase possessiva, só um podia bater no outro. Então quando Francis via um dos outros garotos de sua escola implicando com Arthur, era briga na certa.

A menina, Madeline, uma graça de criança. Na época tinha só quatro anos, era aquela criança feliz que esta sempre correndo, rindo e pode se tornar amiga de qualquer um que tenha coração. Atualmente, não é diferente, apesar do humor meio acido. Chama Arthur de irmão e adora contar com a ajuda dele para irritar Francis.

 O pai, Pierre, um homem feliz e bom, com um fraco por vinho herdado por seu filho, que teve que levar sua família para a Inglaterra para que pudesse trabalhar ao mesmo tempo em que pintava seus quadros. Suas pinturas eram perfeitas, mas parece que atualmente foi perdido o gosto pelo real, pelas pinturas que realmente parecem fotos. Sem nenhum apego ao abstrato, Pierre não fez sucesso no século XXI.

A mãe, Jeanne, uma mulher maravilhosa. Arthur diz que ela é um anjo. É aquele tipo de pessoa que quer ser boa para todo mundo. Ela que resolveu trazer a criança dos vizinhos para comemorar com eles.  Jeanne era o que poderia se chamar de amável, mas ninguém poderia encostar um dedo na família dela. E Arthur foi carinhosamente incluído naquela família depois daquele ano.

O Senhor Jones e seu filho também tinham sido convidados para a festa. Alfred tinha só dois anos naquela época e seria seu primeiro natal fora de um avião.

A festa era linda. Quando Arthur chegou, seus olhos se iluminaram. Aquelas luzes, aquele cheiro, aquelas cores. Era tudo perfeito. O som das risadas, a alegria estampada em cada rosto. Todos os “Feliz Natal” ditos ali soavam tão aconchegantes, todas as vezes que bagunçavam seus cabelos eram tão delicadas, tudo era tão... Arthur não sabia definir algo tão perfeito.

A dona da festa, ao ver o garoto olhando encantado para tudo, sorriu e se ajoelhou na frente dele. Arthur vestia seu casaco de coelho, só que esse já estava pequeno para o corpo do menor. Ele carregava um buque de flores, era simples, mas bonito. As flores estavam bem arrumadas, tinham sido colhidas do jardim dos Kirkland, e estavam amarradas com um laço grande e vermelho.

- Boa noite, Arthur, feliz natal.

-Boa noite, senhora Jeanne. Feliz natal para a senhora também. Eu trouxe para a senhora. – muito vermelho, ele entrega as flores.

- Obrigada querido. Vou te levar para brincar com o Francis, tá bom? Sem brigas hoje. – ela pegou as flores e sorriu feliz, segurando o garoto pela mão.

 - Sim, senhora. Vou me comportar, prometo.

Jeanne sorriu. Arthur era uma criança linda e bem educada. Sabia que não teria nenhum problema tê-lo na festa daquela noite.

- Queria que o Francis fosse tão bem educado que nem você, Arthur- Ela riu, feliz com o rumo das coisas.

Francis, ao ouvir seu nome sendo usado para uma comparação com Arthur, correu para perto da mãe.

- Mère! Não me compare com o Arthur assim! – ele fazia aqueles biquinhos de criança e abraçava a perna da mãe, com ciúmes – Por que você o trata tão bem?

- Por que ele é uma criança e todas as crianças merecem ser tratadas bem, meu amor. – Ela levou o pequeno Francis para o quarto dele, deixando Arthur esperando-os na sala. - Agora você vai me prometer uma coisa. Hoje você vai cuidar do Arthur, tá bom?

- tá bom, mãe, mas por que a senhora o trouxe para nossa festa? Eu gosto de ficar perto dele, mas a senhora nunca deixou ninguém participar da nossa festa...

- Francis querido você ficaria chateado se ele passasse o natal com a gente durante todo o tempo que continuarmos morando aqui? Se você não quiser, se a presença do Arthur te incomoda...

- Não, mamãe, claro que não! Eu fico feliz que ele participe na nossa festa. Vai ser muito bom se ele passar todos os natais com a gente! Ele é meu amigo.

- Que bom que você pensa assim filho. Então hoje eu conto com você para ensinar tudo sobre o natal para o Arthur, está bem?

- Oui!

Francis estava muito animado quando saiu de seu quarto para brincar com Arthur. O inglês até se assustou quando foi arrastado para os fundos da casa.

- Francis? O que aconteceu?

Francis sorriu com o medo do mais novo.  Ele inflou o peito e fez sua melhor cara de quem ia dizer algo importante.  Lembrou daqueles filmes que se passavam na idade media que sua mãe gostava de ver e fez um som de corneta com a boca, como se imitasse aquelas pessoas que anunciavam as coisas importantes, como a entrada de um rei em algum lugar. Depois começou a falar serio.

- Arthur Kirkland, como a gente se conhece desde que você nasceu, como minha mãe e a sua eram amigas e como você esta sempre todo tristonho no natal eu e a mamãe decidimos que, enquanto os Bonnefoy morarem na Inglaterra, todo ano, a partir de hoje,  você irá passar todos os natais conosco. Fique feliz e traga presentes para todos.

Arthur riu junto com Francis. O mais velho jogou o mais novo no chão coberto de neve, em seguida deitando do lado dele, ainda rindo com a brincadeira. Os dois olharam para as estrelas, que pareciam brilhar mais naquela noite. Arthur abraçou o garoto que estava ao seu lado e sorriu para ele

- Vai ser um ótimo natal, não vai, Francis?

- Sim, o melhor natal! Vem, o Alfred deve estar chegando! Temos que dar boas vindas para aquele pirralho. Eu vou te ensinar as coisas do natal dos Bonnefoy!

Eles correram para dentro novamente, chegando à porta quando a campainha tocava.

- Primeira coisa que você deve aprender, todo mundo que entrar tem que ouvir um bem vindo e um feliz natal. – Francis abriu a porta, e sorriu para os visitantes – Bem vindo senhor Jones, Feliz Natal! Bem vindo, Alfred, Feliz Natal!

- Feiz Natal Flancis!

- Feliz Natal, criança.

Francis olhou para Arthur, incentivando-o a fazer o mesmo que ele. Timidamente, o inglês desejou um feliz natal para os recém chegados, seguindo pelo “seja bem vindo” que Francis tinha mandado-o dizer.

Alfred desceu do colo do pai e foi logo pulando para cima do inglês.

- Feiz natal Althu! Colo, colo!

- Você ainda não aprendeu a falar direito, Alfred? É Arthur! Com R, não com L! – Mesmo reclamando o inglês pegou o mais novo no colo – Você está ficando pesado garotinho.

- Uma criança carregando outra haha! Vocês são dois pirralhos!

- Sapo, você também é criança! Só é dois anos mais velho do que eu!

- Flancis também é pilalho!

- Não sou, eu já tenho oito anos, minha mãe disse que eu já sou um Homenzinho!

Os dois olharam para ele pensativos. Alfred tentava entender e Arthur se perguntava com quantos anos alguém seria um “homenzinho”.

- O Althu palece se mais madulo que você, Flancis. Aco que ele também é um Homenzinho. Ele me da upa e cuida de mim...

Francis se afastou irritado ao ouvir essa frase do mais novo. Mas logo voltou, tinha muitas tradições de natal para ensinar a Arthur.

- Vem Arthur, vou te mostrar como tudo funciona aqui. E esse bebê pode vir também.

O mais velho sorriu e começou a puxar Arthur, que ainda estava com Alfred no colo, e a cada lugar da casa ele explicava algo novo.

Depois de muitas explicações e de histórias contadas sobre como era o natal daquela casa, Francis parou na frente de uma janela meio escondida embaixo da escada do corredor e mandou Alfred ir ficar com o pai um pouco. O pequeno, contrariado, voltou para a sala.

Francis sentou ali e puxou Arthur para sentar também.

- Tira seu sapato Arthur.

-Why?

- Vou te ensinar mais uma coisa para se fazer no natal. Anda, estou tirando o meu também, vê?

Confuso, Arthur obedeceu. Francis pegou os dois pares de botas e colocou no parapeito da janela.

- Olha Arthur, você vai dormir aqui em casa hoje. Quando mamãe e papai mandarem a gente ir dormir, a gente espera eles dormirem e depois vem pra cá, está bem? Quero te mostrar algo legal!

-Tá! Mas Francis, você tem certeza que eu vou poder dormir aqui? Você já falou com a sua mãe? E tem algum lugar para eu dormir aqui?

- Não se preocupe Arthur, se ela não deixar, eu te seqüestro. Você vai dormir aqui comigo hoje, no meu quarto, não é obvio? Vou falar com a mama!

Arthur viu Francis desaparecer correndo pelos corredores e sorriu, indo brincar com o Alfred e Madeline.

Eles brincavam de avião quando Jeanne chamou todos para a ceia. A mesa estava linda, tudo muito bem feito, bem arrumado e cheiroso. No centro da mesa estava um vaso transparente, com um buque de flores simples, mas bonitas, que estavam bem arrumadas e amarradas com um laço grande e vermelho. Eram as flores que Arthur tinha colhido no jardim de sua casa e entregue para a senhora Jeanne.

Francis explicava e falava sobre o gosto das diversas comidas natalinas ai presentes enquanto levava as três crianças para a mesa. Alfred sentou-se do lado do pai e Arthur entre Francis e a irmã. Quando todos se sentaram, Pierre levantou com uma taça de vinho na mão.

- Esse ano, temos visitas no nosso querido natal. Todo natal eu faço um discurso para pedir proteção para a família Bonnefoy e para agradecer pelo ano que passou. Esse ano farei um pouco diferente. Além de proteger nossa família, quero pedir que Deus cuide de nossos visitantes. Que ele proteja a família Jones e que de para ela tudo do bom e do melhor. Quero que ele faça o pequeno Arthur feliz durante toda a sua vida e que não deixe nada tirar o sorriso dos lábios e o brilho dos olhos desse garoto. Sem discursos complexos hoje, só um feliz natal para todos.

Todos sorriram e bateram palmas felizes. Um dos “visitantes”, tio de Francis e irmão de Pierre, pegou uma plantinha e ficou segurando ela acima da cabeça dos donos da casa. Arthur não entendeu, mas Francis riu.

- Você é mesmo muito criança. Você sabe que planta é essa, Arthur?

- It’s... a mistletoe?

- Oui. É uma tradição, se você estiver debaixo de um visgo , qualquer um pode te beijar.

Enquanto o casal se beijava, Madeline tinha uma idéia. Ela pegou um visgo e escondeu no seu bolso, sussurrando algo para Alfred que estava do seu lado.  Os dois riram.

A ceia correu muito bem, as conversas eram agradáveis e todos sorriam alegres. Arthur nunca tinha se sentido tão feliz assim. Quando todos terminaram de comer, foi a hora da troca dos presentes. Cada um tinha que ir à frente e falar sobre a pessoa que iria entregar o presente. Depois de algumas horas nessa brincadeira só tinha sobrado um presente em baixo da grande árvore. Arthur tinha certeza que aquilo não estava ali quando chegou, era uma caixa um pouco maior do que uma de sapato e tinha uns furinhos nas laterais...

Francis levantou sorrindo. O resto da família dele também parecia não saber de onde tinha surgido aquela caixa.

- Esse é o meu presente. E a pessoa pra quem eu vou dar é chata, insuportável, irritante e que acha que pode ser melhor que eu em alguma coisa. É um coelhinho que quer seu um pirata... Mas mesmo sendo tão ruim assim, eu gosto de você Arthur. Você é meu melhor amigo, por isso eu comprei pra você!

Francis sorriu mais ainda ao ver a expressão surpresa do seu amigo. Muito vermelho, Arthur foi abrir seu presente enquanto os adultos batiam palmas e riam.

Os olhos do inglês se arregalaram de surpresa ao abrir a caixa. Era por isso que aquilo não estava ali antes...

Um bicho pulou da caixa, tinha orelhas grandes e caídas e era bem pequeno. Uma fita vermelha no pescoço completava o presente.

Era um coelhinho. Um coelhinho de verdade, cor de caramelo. Arthur nunca tinha ganhado um presente tão legal.

- Francis! Obrigado!

Os adultos riram mais ainda quando um garoto com um casaco de coelho e um coelho com um laço vermelho no pescoço pularam em cima de Francis.

Depois de muitas gargalhadas e brincadeiras as crianças foram mandadas para o quarto. Enquanto seu pai se despedia Alfred subiu junto com as outras crianças. Ele e Madeline tinham um plano para por em pratica.

Os mais novos tinham tramado colocar o visgo em cima da cabeça do Francis e do Arthur, para fazê-los se beijar e ficar com vergonha para o resto da vida. Simples! Quando chegaram ao quarto Arthur e Francis estavam brincando de carrinho no chão.  Madeline subiu na cama e ficou parada segurando um visgo em cima da cabeça do inglês, que nem a viu entrar.

Alfred sorriu e pulou do lado do francês.

- Tem que beijar Flancis.

- É uma tradição de natal, irmão.

Francis ficou vermelho e olhou para o inocente e confuso Arthur que estava parado na sua frente. Um beijo que durou uma fração de segundos e uma filmagem fariam Francis lembrar pro resto da vida. Essas crianças de hoje em dia...

Depois de um tempo brincando Alfred foi embora, Madeline foi para seu quarto e Francis deitou para dormir. Arthur se sentia excluído naquela hora. Não deveria estar dormindo ali... Mas mesmo assim deitou-se do lado do francês. Jeanne entrou e sorriu, dando boa noite para ambos.

No meio da noite, Francis acordou o mais novo e o levou para ver o sapato da janela. Dentro das botas tinham balas e a vista da janela estava linda. A neve e as luzes mostravam um homem se afastando da janela da casa. Ele era uma pessoa normal, não se vestia de Papai Noel ou carregava uma sacola de presentes. Era só uma pessoa com uma bolsa de carteiro cheia de balas.

- Há muito tempo Arthur, o filho desse moço morreu num acidente. Todo ano ele da doce para todos nós, os visinhos, no natal, por que lembra que o filho dele gostava muito dessa época do ano. Ele é muito legal. Você me ajuda a dar um presente para ele Arthur?

Arthur concordou com a cabeça. Por isso Francis parecia tão ansioso.

Os dois levantaram e correram até a cozinha. Lá, pegaram três rabanadas e colocaram num pote. Pegaram o laço que antes enfeitava o coelho de Arthur e colocaram em volta do presente. Os dois saíram correndo de pijamas na neve, seguidos pelo coelho do mais novo.

- Moço, Moço!

- Espera a gente, moço! Queremos falar com você!

O homem parou assustado e olhou para as duas crianças que o seguiam.

- Moço a gente trouxe para você.

- Para agradecer pelas balas.

Os dois sorriram e estenderam o presente, cada um segurando em uma ponta. Ao mesmo tempo disseram

- Feliz Natal!

- São as rabanadas da minha mãe, são as melhores do mundo! Espero que o senhor goste!

O homem agradeceu, sorriu e continuou seu caminho, entregando as balas para seus vizinhos. Quando chegou eu sua casa, estava realmente feliz com seu presente. As rabanadas eram deliciosas e o carinho das crianças para dar-lhe aquilo era lindo.

Francis e Arthur pegaram suas botas e voltaram para o quarto. Lá viraram as balas no chão. Eram muitas balas, uma mais gostosa que a outra. Eles decidiram guardar todas para comer outro dia.

Francis ainda tinha outra coisa para fazer. Pegou o casaco de coelho do Arthur, junto com a “fantasia de pirata” e colocou numa caixa. Depois, tirou uma foto dos dois juntos.

- Agora você esta crescendo Arthur, daqui a pouco você vai ser um homenzinho que nem eu. Mesmo você sendo sempre um pirralho, você não precisa mais dessas coisas de criança! Vamos colocar tudo nessa caixa, para que quando nós formos mais velhos olharmos para essas coisas e lembrarmos de quando éramos crianças. A partir desse todo ano a gente vai colocar as coisas nas caixas.

- E quando não couber mais, sapo?

- A gente coloca em outra, Arthur! Não seja idiota! Agora vamos dormir.

Eles deitaram novamente. Na manha seguinte já brigavam de novo.

Arthur sorriu lembrando-se daquele dia. Teria que conseguir uma das muitas caixas que eles tinham enchido de fotos e brinquedos. Foi a noite que o fez gostar do natal. Guardou seu livro e virou para o coelho que dormia nos seus pés.

- Aquele foi o melhor natal de todos, não foi Toffee?


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Notas finais do capítulo

Estou correndo aqui, então só tenho tempo para um Feliz Natal!
Ah, obrigada a Diana por aturar meus surtos e perguntas sobre o natal. Você é demais. E eu coloquei os sapatinhos, viu?