True Love escrita por Anna


Capítulo 32
BÔNUS - What happened here


Notas iniciais do capítulo

SIM, FINALMENTE ESTOU AQUI PRA CUMPRIR MINHA PROMESSA O (cap 24, notas finais). Esse capítulo deu muito trabalho, então quero ver todo mundo comentando, entenderam? TO-DO MUN-DO!
P.S.: Eu ia incluir a história do Jason também, mas eu fiquei empacada em uma parte e achei melhor não. Fica pra mais tarde.
P.S.S.: O cap todo está em terceira pessoa, pq sim. É isso aí.



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DOIS ANOS E TRÊS SEMANAS ANTES...

Annabeth andou até o armário e pegou os cadernos que precisaria para a próxima aula, química. Em seguida andou até a sala, cantarolando uma música qualquer de sua banda favorita, Muse.

Quando chegou lá, a professora estava de costas anotando algo no quadro. Caminhou até o seu lugar de sempre e arrumou suas coisas pela mesa aguardando a aula começar. Não muito tempo depois, todos já haviam se acomodado em seus lugares. A professora olhou para a sala e se preparou para começar a aula, mas um garoto loiro levantou-se e falou algo muito baixo para que Annabeth ouvisse. Ela reconheceu o garoto. Luke Castellan, um dos caras mais populares da escola, atleta e namorado de ninguém menos que Melanie Lancaster, a garota mais insuportável do planeta Terra e que, por algum motivo, odiava Annabeth com todas as suas forças.

A professora assentiu e caminhou até Annabeth, sendo seguida por Luke.

— Minha querida, o parceiro de laboratório de Luke está doente, ele fará dupla com você de agora em diante, sim? – disse.

Annabeth conteve um gemido em protesto e Luke se sentou na cadeira ao seu lado, jogando a mochila no chão e olhando a garota curiosamente.

— Oi. – disse. Annabeth olhou para ele contrariada.

— Oi. – respondeu, tentando o máximo possível demonstrar que não estava a fim de conversar. Felizmente, antes que o garoto pudesse dizer mais qualquer coisa, a professora começou a aula e eles ficaram em silencio.

...

O sino bateu e todos os alunos começaram a guardar suas coisas, visivelmente aliviados. Annabeth levantou-se e começou a fazer o mesmo, e estava tentando evitar ao máximo seu novo parceiro de laboratório quando derrubou seu livro de física.

Antes que pudesse pensar em se abaixar para pegar, o garoto fez isso e estendeu o livro a ela, que pegou contrariada. Luke franziu o cenho.

— Qual o problema? – perguntou.

— Não tem nenhum problema – disse Annabeth terminando de guardar suas coisas e fechando o zíper da bolsa.

— Bem, não é o que parece. Está agindo como se eu fosse algo desagradável com que você tem que lidar porque não tem outra opção. Tipo matemática.

— Descreveu perfeitamente a situação. – respondeu, caminhando para fora da sala. Luke a acompanhou.

— Comparar com matemática é crueldade. - disse Luke fingindo estar magoado. Annabeth sentiu vontade de rir, mas conseguiu se conter.

— Eu não te comparei com matemática, você que fez isso. – lembrou a ele.

— Você concordou.

Annabeth deu um meio sorriso olhando para frente.

—Concordei.

— Que aula você tem agora? – perguntou o garoto.

—Filosofia. Acho.

— Eu também! Podemos ir juntos para a aula. – Annabeth o olhou curiosamente, mas não falou nada.

...

Nas semanas que se seguiram, Luke e Annabeth ficaram bastante próximos. Em um belo dia, enquanto almoçavam, Annabeth notou Melanie fuzilando-os com o olhar. A ideia de irritar a líder de torcida a alegrou.

— Sua namorada está olhando para cá e não parece nada feliz. – comentou com Luke enquanto tomava um gole de sua Sprite. Luke deu de ombros.

— Acho que ela não gosta de você.

Annabeth o olhou incrédula.

— Não gosta de mim? Ela me odeia!

— Por quê? – perguntou Luke erguendo o olhar.

— Não faço ideia. – confessou Annabeth. – Acho que ela tem inveja da minha beleza estonteante. – disse de um jeito brincalhão. – Mas não posso fazer nada. Não pedi para nascer perfeita.

Luke riu.

— É, não acho que seja possível evitar.

...

Luke tinha acabado de voltar da Educação Física e trocava de roupa quando a garota entrou no vestiário masculino.

— O que você pensa que está fazendo?! – exclamou Melanie colocando as mãos na cintura.

— Trocando de roupa? – respondeu o garoto com uma sobrancelha arqueada enquanto colocava a camiseta. – O que está fazendo no vestiário masculino, aliás?

— Não foi isso que eu quis dizer! – Luke arriscou um olhar para Adam, que observava a cena apoiado na parede. – Andando com aquela garota, como se fossem um casal!

— Annabeth? – perguntou confuso.

— É!

— Nós somos apenas amigos. – respondeu Luke dando de ombros e se apoiando no armário. – Ela é legal. – acrescentou.

Melanie bufou.

— Legal? Legal! Oi, eu sou Luke Castellan, eu sou um idiota. Annabeth Chase, a garota mais nerd do mundo é legal.— disse, em uma péssima imitação da voz do garoto.

Luke franziu o cenho.

— Eu não falo assim.

Melanie revirou os olhos.

— Não quero saber! Se você continuar andando com aquela garota, vai se arrepender, e muito. Está me entendendo?

Luke suspirou e revirou os olhos.

— E o que exatamente quer que eu faça? Diga que não posso mais ser amigo dela porque minha namorada não aprova nossa amizade? Porque eu não vou fazer isso.

Melanie deu um sorriso torto.

— Tenho uma ideia melhor.

...

Luke suspirou e apoiou a cabeça na mesa.

— O que você vai fazer? – perguntou Tristan, batucando na mesa.

— Não sei. – respondeu. – Ela é minha amiga. Além disso, ela nunca vai cair nessa.

— Mas você sabe como Melanie é quando está nervosa. – lembrou Adam. – Além disso, ela é sua namorada. Você não devia sempre ficar do lado dela ou algo assim?

Tristan considerou.

— Ele tem razão. Digo, a garota provavelmente vai te odiar pelo resto da vida, mas Melanie deveria significar mais para você do que uma garota que você conheceu esses dias.

Luke passou a mão pelos cabelos.

— Talvez vocês tenham razão.

...

Annabeth fechou o armário e se deparou com Luke apoiado no armário vizinho a observando.

— Meu Deus do Céu! – exclamou pondo a mão no coração. – Você quase me matou de susto.

Luke deu um meio sorriso.

— O que vai fazer na sexta à noite?

— Estudar. - disse Annabeth lentamente. - Temos prova de álgebra segunda, lembra?

— Você não precisa estudar. - disse Luke arrumando a alça da mochila - Pensei em irmos jogar boliche ou algo assim.

Annabeth o encarou divertida.

— Sério? O grande e popular Luke Castellan não tem uma festa para ir? Nem um encontro com a namorada?

— Não soube? Melanie e eu terminamos.

A garota levantou as sobrancelhas surpresa.

— Uau. Pensei que houvesse algum tipo de regra que dita que o cara mais popular deve namorar a garota mais popular ou algo assim.

— Não tem. – Luke garantiu.

— Me busque às sete. – disse Annabeth.

...

Annabeth olhava seu reflexo no espelho enquanto terminava de arrumar seus cabelos. Clarisse e Piper, que estavam jogando cartas em cima da cama, pausaram o jogo e começam a discutir o comprimento do vestido da garota.

— Eu acho que deveria ser mais curto. – disse Clarisse. – Para ficar mais sensual.

— Deveria ser mais comprido, para não ficar muito na cara o “eu quero dar para você”. – Annnabeth olhou para Piper ofendida. – Vai falar que não quer? Todas querem.

Annabeth revirou os olhos.

— Eu acho que está perfeito assim. – disse Rafaela surgindo do nada. – Vai lá, vai dar tudo certo. – piscou para Annie, que sorriu.

...

— Hey. – disse Luke indo até a garota e dando um beijo no rosto dela. – Espero que goste daqui. Escolhi o lugar com muito carinho. – piscou para Annabeth puxando uma cadeira para ela, que sorriu.

— Qual exatamente é o propósito disso? – perguntou Annie olhando ao redor.

— Minha mãe sempre me ensinou que puxar a cadeira para uma garota se sentar é sinal de cavalheirismo – respondeu Luke examinando o menu.

— Não me referi a essa situação específica. Me referia ao restaurante romântico, a música brega. O lance da cadeira. – acrescentou Annabeth com as sobrancelhas levantadas.

— Essa música é mesmo brega. – ele deu um sorriso grande. O garçom veio anotar os pedidos. – Eu quero panquecas flambadas, e você?

— Pode ser o mesmo. – o garçom anotou tudo e saiu.

— E eu apenas quero passar um tempo agradável com você. – Annie deu um sorriso envergonhado e corou um pouco. – Você fica linda quando está com vergonha.

— Ainda não me convenceu de suas intenções. Em uma hora você está namorando a garota mais popular da escola e na outra você está chamando a rainha das nerds para sair?

— Você não é nerd.

— Ah, eu sou sim. – assegurou Annabeth. – Tenho o DVD de todos os filmes de Star Wars e todas as temporadas de Doctor Who. Incluido as da série clássica. – acrescentou.

— Bem, talvez seja um pouco. – sorriu. – mas eu me cansei daquelas garotas fúteis. Você é esperta e tem conteúdo. Aqui – apontou para a cabeça da garota – E aqui. – apontou para o corpo dela.

— Quanto atrevimento. – Annabeth riu e Luke se sentiu satisfeito por seu plano estar indo bem.

...

Os dois riam alto enquanto cantavam.

— Até que a rainha dos nerds é bem divertida. – comentou ele estacionando na frente da casa de Annie. A garota soltou um “ei!” indignado e deu um tapa no braço dele, mas estava rindo. Luke riu também e ergueu as mãos em rendição. – Suas palavras, não minhas. Mal posso esperar para nosso segundo encontro. – piscou para a garota.

— Não sei se... – Annabeth não teve a chance de terminar a frase, porque Luke havia se inclinado e a calado com um beijo. Quando se separaram Annie estava completamente vermelha.

— Te vejo na escola. – Annie assentiu e entrou na casa.

...

As próximas semanas foram bastante estranhas para Annabeth, de um jeito bom. Os encontros se repetiram pelo menos três vezes por semana e Luke sempre aparecia quando ela menos esperava, dava um beijo no rosto dela e depois ia embora. Annabeth gostava mais disso do que admitia.

Então, em um belo dia, estava indo para sua aula de História quando algo chamou sua atenção. Annabeth voltou o caminho que havia percorrido, parando na sala de espanhol. A porta estava entreaberta. Annie aproximou-se silenciosamente e observou a cena um tanto chocada.

Melanie estava sentada na mesa beijando Luke, passando as mãos no cabelo do garoto e suspirando levemente. Ele começou a beijar o pescoço dela e ela suspirou um pouco mais alto.

Annie não sabia exatamente o que fazer, nem como reagir. Apenas fechou a porta e caminhou em direção aos portões da escola, não se importando mais com a aula de História. Conforme caminhava, sentia seu coração se partindo lentamente e as lágrimas embaçando sua visão.

Sua cabeça doía, e a cena não saía de sua mente, repassando os detalhes milhares e milhares de vezes, como em um replay doloroso.

Annabeth perguntou-se como pôde ser tão estúpida.

...

UM ANO E DUAS SEMANAS ANTES...

Rafaela suspirou enquanto caminhava pelos corredores vazios da escola, sonhando com um belo banho quente e sua cama. Estava quase chegando nos portões para finalmente ir para casa, quando ouviu alguns ruídos suspeitos. Ela já tinha assistido filmes o suficiente para saber do que se tratava e ia seguir em frente (ela com certeza não iria querer atrapalhar aquilo) quando ouviu uma garota suspirando um nome: Ethan.

Ethan? Rafa franziu o cenho. Só tinha um Ethan na escola, e ele era namorado de uma de suas melhores amigas. Uma onda de fúria varreu os resquícios de pensamentos sobre banhos quentes e camas macias para longe. Parou onde estava e tentou descobrir de onde vinha o barulho. Não foi muito difícil, vinha do vestiário masculino.

Antes que percebesse o que estava fazendo, Rafaela estava caminhando até lá com o maxilar travado. Abriu a porta e viu Ethan se agarrando com uma garota que ela não conhecia. Pigarreou e cruzou os braços. A garota se separou do rapaz completamente vermelha e saiu da sala depressa, com os cabelos e as roupas totalmente bagunçados.

— Olá, Rafa. Como vai? – perguntou Ethan casualmente arrumando o cabelo.

— Eu poderia contar tudo para Annabeth e acabar com essa presunção toda. - disse Rafa trincando os dentes.

— Você poderia, mas não vai. – disse Ethan abrindo um meio sorriso.

— Como tem tanta certeza disso? – perguntou Rafaela cruzando os braços. Teve que segurar a vontade de dar um soco no rosto daquele idiota e tirar aquele sorriso a força.

— Simplesmente tenho. – Ethan deu de ombros. – Agora preciso ir. Minha namorada está me esperando.

Deu um sorriso encantador e caminhou para fora da sala. Rafaela mordeu os lábios e respirou fundo, tentando controlar a onda de ódio que queimava em seu interior.

...

Rafaela jogou o conteúdo de uma gaveta em uma das malas abertas em cima da cama.

— Ainda não acredito que vai embora. – disse Silena, que folheava uma revista deitada no grosso tapete no centro do quarto.

— É só por um ano. – disse Rafa.

— Intercâmbio em Londres. – disse Thalia, que estava sentada em uma poltrona com os pés em cima da cama. – Quem diria?

Rafa sorriu e colocou mais algumas roupas dentro da mala.

— Onde está Annabeth? – perguntou, tentando parecer casual.

— Em um encontro com Ethan, ou algo do tipo. – respondeu Silena, dando de ombros.

Rafaela mordeu o lábio. Precisava falar com a amiga e logo, mas nunca conseguia acha-la sozinha. E ia embora amanhã.

...

— Annie, eu preciso te contar uma coisa. – disse Rafaela antes que pudesse se controlar.

— O que é? – Annabeth perguntou curiosa.

— Sobre Ethan...

— Eu terminei com ele – interrompeu Annie. Rafa sentiu uma onda de alívio e tentou parecer descontraída.

— É mesmo? Por quê?

Annabeth deu de ombros.

— Acho que ele não tinha aquela coisa, sabe? – Rafa assentiu, concordando. – De qualquer jeito, o que você queria me contar?

— Não era nada importante. – sorriu. – Vou sentir sua falta nesse ano.

— Eu também. – Annabeth sorriu também e abraçou Rafa. – Dê em cima de alguns garotos ingleses por mim. – piscou.

Rafaela riu.

— Pode deixar. Preciso ir agora. Meu voo já vai partir. Sentirei falta de todas vocês – disse para as outras garotas, abraçando-as novamente.


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Notas finais do capítulo

O final ficou meio estranho, mas é isso aí.



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