O Peso De Uma Mentira escrita por Arline


Capítulo 25
Capítulo 24


Notas iniciais do capítulo

Bem, o coelhinho não trouxe bombom, mas deixou um capítulo pra vocês! Nem de longe está doce como chocolate e os próximos muito menos o serão. Espero sinceramente que gostem, pois não tive muito tempo. Mãe com pé engessado... Sem tempo pra muita coisa.
Agradeço imensamente à Jeo, que recomendou a fic. Adorei suas palavras e, mais uma vez, seja muito bem vinda ao meu mundo louco.
bjks a todas



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CAPÍTULO 24

POV EDWARD

Quinze dias! Há exatos quinze dias eu não via Bella e nem minha filha. Como previ; as coisas não estavam sendo resolvidas tão rapidamente e eu já estava ansioso, querendo voltar pra casa. Até mesmo daquele cachorro eu sentia falta... Tudo bem que Amanda não o largava mais, mas vê-la feliz daquela forma valia qualquer coisa. Ela cismou de colocar nome de gente no cachorro e ele tinha até apelido! Era Jacob pra lá, Jakezinho pra cá... E ela disse que ele era “tão, mas tão bonitinho” que se fosse gente, casaria com ele. Só minha pequena pra aparecer com essas ideias...

Amanda se saía bem na tarefa de cuidar do seu bichinho de estimação, mas nós não resistíamos e acabávamos por ajudar com ele. Bella disse que eu era muito bobão quando se tratava de nossa filha e eu não pude retrucar. Obviamente aquela história de descontar os estragos feitos pelo cachorro nunca foi verdadeira e Amanda logo descobriu isso.

E como eu sentia falta dela! De ver aquele sorriso enorme todos os dias, de poder levá-la e buscá-la na escola... O primeiro dia que fiz isso, minha pequena parecia que ia explodir de alegria e eu acabaria por ir junto. Não havia sentimento ou palavra que definisse o que eu sentia. Bella nos acompanhou, mas ficou no carro, apenas observando.

Durante a semana que antecedeu minha viagem, Amanda dormiu conosco, exceto a última noite que passei em casa. Aquela eu passei inteiramente com Bella. E era pouco... Nem mesmo a eternidade seria suficiente.

Alice — que decidiu me acompanhar e contar logo tudo a Peter — dizia que eu estava mais chato do que nunca e que Bella já estaria cansada de atender aos meus telefonemas — que ultrapassavam os dez por dia. Até pensei que isso poderia ser verdade, mas ao escutar o barulho do telefone, indicando que ela me ligava, eu sabia que estava enganado. Tudo que eu precisava era ouvir sua voz e saber que tudo estava bem, que eu tinha muitos motivos para querer terminar logo tudo e voltar pra casa.

Meu advogado já nem se incomodava mais quando eu interrompia alguma reunião apenas para ligar pra casa e saber como minhas garotas estavam. E isso acontecia com frequência. Também mantive contato com meus pais e sempre conversava com meu pai, querendo saber se ele tinha notícias de Rosalie, mas ao que parecia, ela continuava levando sua vida como se nada tivesse acontecido no passado. Isso me assustava. Essa coisa dela ficar quieta demais não acabaria bem... Rosalie acabaria por descobrir que eu estava com Bella e sua reação me deixava apreensivo. Mas eu tentava não me preocupar com aquilo; só Alice era suficiente pra me fazer esquecer, às vezes.

Eu tinha mostrado a ela o desenho que tinha feito da aliança de casamento e ela disse que poderia fazer melhor, que Bella estava muito encrencada por deixá-la de fora e, que se eu a irritasse, ela não seria a madrinha mais exuberante do mundo. Depois, ela abria um largo sorriso e se colocava a terminar os detalhes das alianças.

Também conversamos muito a respeito de Peter e decidimos que ela ligaria pra ele e pediria que fosse até nossa casa, pra que contasse sobre o bebê. Por mais que ela sorrisse e demonstrasse estar despreocupada, eu sabia que caso ele não quisesse mais vê-la, minha irmã sofreria muito. Pelo que ela me disse, estava mesmo apaixonada por ele; o amava de verdade. Durante aqueles dias, era eu quem ia dormir em sua cama, tentando dar a ela o mesmo apoio que me foi dado.

A semana inteira não foi fácil pra Alice. Peter só poderia vê-la hoje à noite, domingo e o dia parecia se arrastar pra ela, que dava incontáveis voltas pela casa, me deixando nervoso. Tentar conversar não adiantou; ela sempre me mandava calar a boca. Comer? Mal tocou no café da manhã e só. Nem com nossos pais ela quis falar. Passei a acompanhar as voltas que os ponteiros do relógio dava, e isso só piorava as coisas. Até às sete da noite ainda teríamos muito silêncio pela casa...

Por quatro horas Alice se manteve trancada e, quando o interfone tocou, anunciando Peter, eu tive que quase tirá-la do quarto à força. Ela não poderia continuar fugindo e, depois que a lembrei de tudo o que aconteceu por eu ter sido covarde, finalmente descemos.

Peter parecia calmo quando falei com ele, já Alice... Ela estava a ponto de explodir a qualquer momento e isso não era bom... Mesmo assim, ela nos apresentou e sua expressão foi de surpresa.

— Me desculpe não reconhecê-lo; eu realmente não entendo nada de esportes. — disse ele, agora sem graça.

— Agradeço pelo “não reconhecimento” e não se desculpe. Pelo menos assim, sei que o assunto que o trouxe aqui não será desviado.

Deixei claro pra minha irmã que era pra ela falar logo, sem rodeios.

— É um pouco minha culpa também. — Alice se pronunciou — Quando o conheci, fiquei tão feliz por não me perguntar se eu era irmã do “Edward Cullen, o piloto”, que achei melhor continuar assim, sem falar nada.

— Nem se eu soubesse quem é seu irmão... Não me interessei por ele.

Alice sorriu, ainda que minimamente, mas eu não deixei de me preocupar.

Pedi que minha irmã nos deixasse sozinhos por alguns instantes e ela não me pareceu satisfeita. Mas eu tinha que me certificar que Peter a amava e que, se fosse o caso, ficaria com ela por isso e não somente por conta do filho que estava a caminho. Ele não estava muito confortável; talvez esperasse que eu o pegasse pelo pescoço ou coisa pior... Mas eu não lhe faria nada, apenas seria o mais objetivo possível. E creio que fui. Não hesitei ao ser bem direto e lhe perguntar se amava Alice.

— Eu a amo. Muito.

Em momento algum ele titubeou ou desviou os olhos. Agora, só o que me restava, era tentar entender a briga deles.

— E a profissão dela interfere em algo?

— Não que interfira, mas toma muito do tempo que poderíamos estar juntos.

— Você é médico, não? — ele confirmou — Como se sentiria caso Alice pedisse que você largasse a profissão? Como se sentiria caso ela dissesse que as emergências tomam o tempo que deveria ser de vocês?

— Eu não ficaria nada feliz, mas as situações são diferentes. Minha profissão não me expõe, como a dela.

— Ambos estudaram pra fazer aquilo que gostam. Alice nunca se importou com a fama; pois se assim fosse, ela faria questão de dizer que é minha irmã. Tudo o que ela quer, é trabalhar naquilo que ama, assim como você.

Peter pareceu pensar no que eu acabara de dizer e ficou calado, olhando para o nada. Eu já me sentia mal por tudo aquilo; ao que tudo indicava, ele continuaria não aceitando o que Alice fazia. Uma reação visivelmente machista.

— Não pense que sua profissão é mais importante do que a dela, que só o que você faz deve ser levado em conta. Alice nunca teve jeito pra dondoca, nunca aceitaria ficar o dia inteiro em casa sem fazer nada, apenas esperando o marido chegar.

— E eu não quero isso! Só pedi que ela não fizesse algo que a expusesse tanto. Você tem noção de quantas vezes ela aparece em capas de revistas, em sites de fofocas ou em qualquer outro tipo de mídia?

— Tenho a exata noção; pois sempre apoiei e acompanhei minha irmã em tudo. Olha, não posso mudar o modo como você pensa e só o que eu esperava era que você pudesse passar por cima de seu machismo, mas vejo que será impossível. Vou chamar Alice e deixar que conversem.

Sem esperar que ele dissesse algo, chamei Alice e os deixei sozinhos. Por mais que eu tivesse visto que eles se amavam, a atitude de Peter deixava claro que jamais aceitaria a profissão de minha irmã e isso acabaria por separá-los. Ela sofreria, eu sofreria por vê-la triste, mas acabaríamos por contornar aquilo.

Passar mais de uma hora sentado, sem quase piscar não estava me fazendo bem, mas eu não podia interferir na conversa deles. Eu já tinha quase certeza de que Peter continuaria com sua postura e tinha mais certeza ainda de que Alice não desistiria do que mais amava fazer apenas por ele. Se houvesse um motivo real; se fosse perigoso, imoral, ou fosse contra qualquer coisa considerada “certa” pela sociedade, eu ainda tentaria entendê-lo, mas não havia nada! Era um machismo puro e simples. Jamais me imaginei pedindo que Bella não mais trabalhasse; que não quisesse realizar seus sonhos. Ela já havia abandonado alguns deles por mim e isso não me deixava feliz.

Fiquei tenso quando ouvi passos na escada. A conversa não terminou bem pra eles.

 Alice entrou em meu quarto chorando e aos tropeços e fiz a única coisa que poderia ter feito naquele momento; a abracei e deixei que ela chorasse o quanto fosse necessário.

O amor que ele dizia sentir não era o bastante? Ele ainda pensava que mulheres deveriam ter uma posição secundária na sociedade e ficar em casa, cuidando dos filhos? Que diabos de pensamentos eram aqueles? Que amor era aquele?

Ver minha irmã daquela forma estava me deixando com raiva e tive vontade de ir atrás de Peter, mas não valeria a pena. Ela tinha a mim e aos nossos pais; não deixaríamos que nada lhe faltasse e nem ao bebê. Um dia ela conseguiria esquecê-lo e encontraria alguém que além de dizer lhe amar, demonstraria; apoiando-a no que fosse preciso.

— Quer conversar? — perguntei e ela balançou a cabeça, dizendo que sim.

Ouvi a tudo sem acreditar muito. Peter ficara feliz ao saber que teriam um filho, mas quando pediu que Alice voltasse pra Nova York e ela disse que não, ele simplesmente disse que não poderia fazer nada. Assumiria o filho e cuidaria de seu bem estar, mas se ela não ficasse onde ele estava; o relacionamento dos dois não mais teria volta.

Segundo ele, uma profissão como a de Alice não daria a ela tempo pra cuidar da relação deles e do filho, que estava a caminho. Ele também não procurou por ela porque mantinha contato com Victória e sabia que tudo estava bem.

— Agora se acalme. — falei e ela respirou fundo — Todos nós vamos cuidar de vocês. Eu sei que Peter é uma parte importante de tudo isso e você o ama, mas espero mesmo que com o tempo, você consiga esquecê-lo e arrume uma pessoa que te ame como você merece.

— Sabe o que doeu? Ele dizer que me ama, mas que minha profissão nos afastava. Droga! Ele sabia o que eu fazia quando me conheceu e sempre deixei claro que jamais deixaria minha profissão de lado!

— Ele pensou que com o tempo pudesse fazê-la voltar atrás... Bem, não conseguiu e tenho muito orgulho de você por isso. Agora, como seu irmão mais velho, já que nasci primeiro, vou te levar até a cozinha e vamos encher a cara.

— Eu acho que você lembra que estou grávida...

— Claro que lembro! Mas temos muitos potes de sorvete e isso deve fazer algum estrago...

E assim fizemos. Muitos potes de sorvete depois e mais uma infinidade de lágrimas, Alice adormeceu em meu quarto, dizendo que eu era o melhor irmão gêmeo mais velho do mundo.

Peter não sabia o que estava fazendo de sua vida, não sabia o que estava perdendo por simplesmente não aceitar Alice como ela era. Eu poderia contar a ele tudo que me aconteceu, mas meus exemplos de nada serviriam; ele estava cometendo seus próprios erros. Eu consegui arrumar a bagunça que fiz, mas e ele? Eu conhecia bem minha irmã, e perdoar uma coisa daquelas não era de seu feitio.

Mesmo sendo tarde, eu continuava sem sono e fiquei pela sala, assistindo desenho animado. Um dos costumes que adquiri. Amanda adorava e eu passava horas deitado com ela no chão da sala, assistindo a filmes e desenhos. O telefone tocou e atendi rápido, temendo que algo tivesse acontecido, mas melhor seria ter ignorado...

— Boa noite meu amor... Tanto tempo longe de casa... Não tem medo do que pode acontecer com a irritante da sua filha?

Por mais que eu quisesse falar, meu cérebro parecia não funcionar. Rosalie sabia onde eu estava! Sabia sobre Amanda e Bella.

— Você estava indo tão bem Edward... Tinha que ter permanecido longe daquela golpista, mas não... Você voltou pra ela.

— Fique longe delas Rosalie. Da primeira vez eu me acovardei e fugi por conta da sua loucura, mas agora... Encoste um dedo nelas e não respondo por mim.

— Não sou louca! Eu te amei por todos esses anos e você me ignorou por causa dela! Sempre ela se colocando em nosso caminho!

— Por favor, Rosalie, nos deixe em paz. Você já nos causou muitos problemas.

— Paz? O que é paz Edward? Todos esses anos longe de você foi o inferno pra mim. Só terei paz quando estivermos juntos; eu e você.

— Isso não vai acontecer; você sabe disso.

— Nós ainda vamos ficar juntos meu amor. Eu prometo a você.

Quando pensei em retrucar, ela desligou o telefone.

O que eu faria agora? Não poderia continuar aqui, por mais que muitas coisas ainda estivessem pendentes. Eu tinha que voltar pra casa o mais rápido possível! Talvez Rosalie tivesse ido à Forks... Que outro modo ela teria de saber que eu estava com Bella? E Amanda! Não, ela não encostaria um dedo nelas.

Droga! Quando tudo parecia estar bem... Mas dessa vez as coisas seriam bem diferentes... Eu tinha Bella e ela a mim. Estávamos juntos pra qualquer coisa e, se Rosalie nos queria separar, ela teria muito, muito trabalho... Sabíamos perfeitamente bem como era viver longe um do outro e agora não deixaríamos que isso nos acontecesse. De forma alguma.

Ainda com o coração aos pulos, disquei o número de Bella. Mesmo eu não estando lá, ela tinha que saber de tudo. Pela hora, ela estaria dormindo, mas não era uma coisa que dava pra esperar até o dia seguinte pra ser contada...

Realmente Bella estranhou quando atendeu ao telefone e, como não procurei ser tão amável, ela logo soube que algo estava errado. Também não fiz rodeios e contei tudo.

— Amanhã mesmo eu volto. Vou tentar resolver tudo daí mesmo. — falei de uma vez e Bella permaneceu calada — Fique em casa e, caso Rosalie ligue, fale com meu pai ou ligue pra polícia.

— Não. Você vai continuar aí, vai resolver tudo que tem pra resolver e só vai voltar depois de tudo acertado. Ela não vai nos amedrontar, Edward. Não vamos nos esconder por causa dela.

— Por Deus, Bella! Você sabe bem do que ela é capaz. Não vou deixá-las sozinha, ainda mais depois do que ela disse.

— Edward, é isso que ela quer; nos desestabilizar. Fique aí. Vou tomar cuidado e não vou ficar sozinha; amanhã mesmo eu ligo para seus pais e vamos ficar na casa de vocês. Vou avisar na escola de Amanda que ninguém, além de mim, está autorizado a buscá-la e vou sair acompanhada de seu pai. Não se preocupe; vamos ficar bem.

Bufei. Bella era tão teimosa!

— Como não me preocupar?! Rosalie é louca, Bella! Sei que ela está aqui, mas amanhã pode estar aí ou em qualquer outro lugar. Vamos viver assim? Com medo?

— Sentir medo é inevitável, mas não podemos deixar que isso nos domine. Quando tivermos que sair, avisamos um ao outro, assim não ficaremos preocupados.

— Tudo bem. Você não vai mesmo mudar de ideia... Mas tome cuidado, por favor.

— Vou me cuidar. E não se esqueça de tomar cuidado também. Eu amo você.

— Também te amo e... Diga pra nossa filha que a amo também.

— Ela sabe, mas eu digo.

Assim nos despedimos. Mas nem de longe eu estava tranquilo... Ficar imaginando qual seria o próximo passo de Rosalie não nos ajudaria em nada; eu tinha que saber exatamente o que ela faria, mas não tinha como. Talvez fosse melhor que ela ficasse desaparecida pra sempre; viveríamos esperando que ela voltasse, mas nunca teríamos contato.

POV BELLA

Tudo estava bem demais... Eu sabia que algo aconteceria; ninguém vive plenamente feliz... Mas, no meu caso, Rosalie seria uma sombra pra sempre, enquanto estivéssemos vivos.

Quando enfim deixei o medo de lado e vi o quanto estava sendo idiota por nutrir sentimentos tão bobos, aparece Rosalie, fazendo com que tudo voltasse. Agora eu realmente tinha medo de não mais ver Edward, do que poderia nos acontecer. Agora eu temia por Amanda, por mim, por todos.

A loucura e obsessão de Rosalie só haviam piorado e eu não tinha um pingo de dúvidas de que ela cumpriria a promessa de fazer o possível pra ficar com Edward. Era horrível pensar assim, mas apenas a morte a deteria.

POV ROSALIE

Edward era um idiota! Ele não tinha que ter voltado a namorar aquela vagabunda! Ele pertencia a mim e só comigo poderia ficar. Por todos aqueles anos eu os deixei pensar que tinha desaparecido e esquecido as promessas que fiz, mas jamais iria esquecer. Aquela vagabunda tinha que morrer; só assim Edward a esqueceria de vez e poderíamos enfim ser felizes.

Carlisle era um imbecil; havia colocado detetives atrás de mim e eu me aproximei de um deles, fingindo muito interesse e passei a contar coisas da minha vida, sabendo que as informações seriam repassadas. E eu realmente segui tudo que planejei, esperando apenas a hora de voltar e reencontrar Edward. Depois que ele foi embora, me fiz de triste e desentendida, mas por dentro... Eu não cabia em mim de felicidade por saber que aquela idiotinha não mais ficaria com ele. Edward a amava demais pra arriscar perdê-la de vez. E eu contava mesmo com isso. Ela tinha que morrer na frente dele, pra que não restassem dúvidas de que eu seria capaz de qualquer coisa.

Durante todos aqueles anos eu agi como se de nada soubesse e até deixei que meus pais pensassem que eu era um anjo. Estudei, namorei, entrei pra faculdade e arrumei emprego. Quase não parava em casa e muito mal os via. Volta e meia eu perguntava por Edward e Alice, fingindo que nada acontecia... Mas Carlisle... Ele sabia de alguma coisa, senão de tudo. Talvez, por ele nunca ter me tratado como filha eu não tenha visto Edward como irmão. Ele era um homem como outro qualquer. Meu homem.

E meu ódio por Isabella... Era algo sem tamanho e me alimentava dia após dia. Se ela não tivesse aparecido, eu o teria convencido de que, mesmo a sociedade nos julgando, poderíamos ser felizes. Então ela apareceu e ele se encantou. Até pensei em fazer o mesmo que mandei fazerem à Claire, mas ficaria muito em evidência. Aquela era outra que pensava que poderia me tirar Edward... Além de pagar pra fazerem aquilo, ainda assisti a tudo, querendo dizer que eu estava ali, mas já tinha me arriscado demais...

Por muitos anos pensei no que faria à Isabella e agora era a hora de pôr em prática. Uma morte bem lenta e dolorosa. Talvez eu lhe arrancasse todas as unhas... Talvez cortasse sua carne com um canivete cego... Ela tinha que sofrer e sentir muita dor, implorar pra que eu a matasse de vez. Ou talvez... Quem sabe eu poderia matar aquela garotinha... Isabella iria sofrer muito vendo sua filha pedindo ajuda... Edward também sofreria, mas por pouco tempo; depois teríamos um bebê e ele a esqueceria.

Agora eu tinha que voltar à Forks, teria que continuar a vigiar Isabella e aquela coisinha. Não foi difícil descobrir onde ela trabalhava e morava... Enganar Tanya foi tão fácil quanto tirar doce de criança. Depois que meus detetives descobriram que Isabella continuava em Forks, todo o resto foi fácil. Seguiram Tanya, descobriram onde ela morava e trabalhava e eu... Eu só liguei me fazendo passar por um parente distante que queria notícias. Amigos não são confiáveis...

Assim como Edward, os outros poderiam achar que eu estava louca, mas apenas o amava e, como qualquer mulher, eu estava lutando pra ter o homem que queria. Não poderíamos nos casar nos Estados Unidos, mas poderíamos nos mudar e ser felizes em outro lugar. Com o tempo todos entenderiam.

Agora faltava pouco pra que eu realizasse meus sonhos. Faltava pouco pra que eu fosse finalmente feliz.


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Notas finais do capítulo

Bem, por hoje é isso. Não foi um dos melhores, mas espero ter agradado.
Chegou até aqui? Deixe um review. Não dói, não cansa, é de graça e me deixa feliz!
Até o próximo!