The Other World escrita por MandyLove


Capítulo 7
07 – Visitas Inesperadas


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal ^-^
Aqui esta o ultimo capitulo do ano, agora eu só voltou dia 07/01...
Espero que gostem do capitulo... Enjoy...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/173812/chapter/7

Entrei na lanchonete e olhei ao redor observando com atenção tudo. Eu ainda era uma semideusa e monstros com certeza me atacariam uma hora ou outra, disso eu tinha certeza. Eu deveria estar preparada. Já fui atacada algumas vezes enquanto ia a alguma lanchonete.

Tudo parecia normal, só tinha umas vinte pessoas, então fui até o balcão no qual já tinha cinco pessoas sentadas. Sentei no único banco vazio e logo vi uma garçonete vindo em minha direção sorrindo amigavelmente, mas um outro garçom colocou a mão em seu ombro e a puxou para trás passando em sua frente fazendo ele bufar insatisfeita e murmurar alguma coisa que eu não entendi.

– O que deseja, belezinha? – perguntou o garçom sorrindo de lado se debruçando sobre o balcão e chegando mais perto de mim.

Fiquei morrendo de vontade de rolar os olhos e falar algumas para esse cara, mas infelizmente não deu tempo. O cara que estava sentado ao meu lado direito, e que parecia que a ultima coisa que ele queria era estar nessa lanchonete, foi tirado bruscamente de seu acento assustando a todos que estavam em volta.

Ele foi parar em uma mesa próxima derrubando o café da xícara da mulher que estava na mesa. O cara praguejou alto e olhou mortalmente para quem quer que tenha feito isso com ele, mas no instante seguinte ele se encolheu, deixou um dinheiro no balcão e saiu da lanchonete sem falar mais nada.

Eu não culpava ele de ter ficado assim, afinal quem o tinha tirado bruscamente de seu lugar era um brutamonte com corte de cabelo militar, óculos escuros e vestindo roupas pretas e coladas. Um brutamonte muito familiar para mim que se sentou no lugar do cara ao meu lado.

– Ares. – falei respeitosamente. Por mim eu tinha dado um belo de um sopapo nele pelo que ele havia feito, mas venhamos e convenhamos ele é um Deus eu é que iria me ferrar depois.

– Gostou do que eu lhe mostrei agora a pouco? –perguntou Ares sorrindo para mim e não era um sorriso bonito, me deu calafrios.

Eu já ia perguntar do que ele estava falando, mas me lembrei da voz que eu escutei antes de sair do apartamento. Olhei para Ares confusa.

– Porque fez isso? O que queria quando eu ouvisse aquela voz? – perguntei e Ares sorriu mais ainda e se aproximou de mim.

– Com licença, mas qual é o seu pedido, belezinha? – perguntou o atendente rudemente, exceto quando falou belezinha, me fazendo olhar para ele e me afastar de Ares.

– Mortal insolente. – praguejou Ares, mas o cara só olhou mortalmente para Ares que fez Ares sorriu de lado. – Que interessante. Um mortal corajoso.

Fiz o meu pedido para viajem antes que acontecesse mais alguma coisa que não seria agradável. Ares desperta a raiva em você e você pode acabar cometendo alguma burrada e provavelmente é isso que Ares quer para ter uma desculpa para acabar com você.

– Então o senhor pode me dizer por que me fez ouvir aquela voz? – perguntei depois que o garçom saiu. – E de quem era aquela voz?

– Já havia me esquecido. – falou Ares e se aproximou de mim de novo. – Bom, a voz era de Klaus, o mesmo que você viu na montanha com o outro vampiro. Porque eu fiz você ouvir aquilo? Porque eu estou curioso em qual vai ser a sua escolha. Mas fique sabendo que independente da que escolher vai haver guerra.

– Como assim? –perguntei assustada. Isso é uma péssima noticia, mas pelo menos agora eu sei qual era a aparência de Klaus. – Então, não vai fazer diferença alguma à escolha que eu tomar?

– Claro que vai, mas sua escolha vai definir seu inimigo. – disse ele voltando para seu lugar e tomou o copo de café do cara ao seu lado que se encolhei em seu lugar e pediu outro café para ele.

Meu inimigo? Perguntei a mim mesma e pensei melhor na situação e logo cheguei a conclusão do que ele estava falando quando disse que minha escolha iria definir meu inimigo.

Ambas as minhas escolhas seriam arriscadas, mas se eu deixasse as coisas como estão e ajudar Damon a proteger Elena seria a mais difícil, mas também há melhor escolha no momento. Assim teria fim os híbridos e eu não teria Klaus no meu encalço já que ele é o mais perigoso de todos.

– Vou encontrar alguma maneira de matar Klaus. – murmurei baixinho e Ares riu com gosto assustando mais uma vez todos no estabelecimento.

– Adorei sua escolha, apesar de que a outra também seria boa. – falou ele ainda rindo.

– Só para você. – falei acusadoramente, mas ele se limitou a rir mais ainda e dar de ombros.

– Ora, o que eu posso fazer se eu sou assim? – perguntou ele retoricamente. – É excitante quando você vê o que as pessoas são capazes de fazer para sobreviverem, ou para defenderem a quem amam.

– Prefiro não comentar mais sobre isso. – falei e deu graças aos Deuses pelo garçom ter chegado com os meus pedidos.

– Esta aqui o que me pediu, belezinha. Deseja mais alguma coisa? – perguntou o garçom ignorando completamente Ares e sorrindo para mim. – Qualquer coisa. – falou me fazendo rolar os olhos. É cada um que me aparece.

– Fica por minha conta. – disse Ares jogando alguns dracmas de ouro em cima do balcão e o cara estreitou os olhos para Ares.

– Não aceitamos ouro, velho. – disse o garçom. O cara tem coragem.

Ares se levantou tirando os óculos escuros e encarou o garçom que em segundos já estava com os olhos arregalados assustado, a boca aberta formando um ‘o’, se tremendo inteiro e acabou fazendo xixi nas calças o que fez Ares rir.

– Obrigado pela preferencia. – disse o garçom pegando os dracmas e saiu em disparada passando por uma porta que dava para os fundos da lanchonete.

– Pode ser corajoso, mas coragem, assim como tudo, tem limite. – disse Ares olhando sugestivamente para mim sorrindo malicioso.

– Obrigada. – agradeci pegando as minhas coisas e me levantando. Eu não estava nem um pouco a fim de entender sua ultima frase e muito menos o seu sorriso malicioso.

– Não precisa agradecer. Você vai fazer uma coisa que eu vou adorar muito. – disse Ares ainda sorrindo para mim e recolocou seus óculos escuros. – Vamos nos ver mais cedo do que imagina, filha de Atena. – Ares sai da lanchonete e montou em sua Harley, que estava parada em uma área proibida.

Sai da lanchonete voltando para o prédio. Essa conversa com Ares só serviu para me deixar mal. Não importava o que eu fizesse com certeza teria uma guerra pela frente, mas pelo menos eu sinto que fiz a escolha certa.

Livraria o mundo de uma raça muito poderosa.

Voltei para o apartamento e Elena e eu ficamos conversando enquanto comíamos. Aproveitei e contei para ela quem eu realmente sou e toda a verdade resumidamente, mas omite o que eu havia recentemente descoberto.

Não faria diferença nem uma se ela soubesse ou não, mas não senti que podia contar isso para ela, principalmente porque tudo que ela quer é Stefan e com essa informação ela poderia cometer uma loucura daquelas e Damon me culparia com toda a razão.

Depois de um tempo Elena voltou a ler o diário de Stefan enquanto que eu fui jogar as coisas fora e aproveitei para ligar para o Percy. Fiquei conversando com ele até o anoitecer, falamos sobre coisas banais o que foi bem tranquilizante, e depois voltei para o apartamento.

Elena ainda estava lendo o diário tão concentrada que nem reparou que eu havia chegado. Depois ela deu um pequeno sorriso e fechou o diário e olhou distante como se estivesse pensando ou lembrando de alguma coisa.

– Que casinha charmosa. – ouvimos vozes do lado de fora e Elena se assustou.

Ela moveu os lábios formando uma palavra. “Klaus”. Fiz um sinal para ela se esconder e ela entrou naquela adega de Stefan. Tirei meu boné dos Yankees da bolsa, do qual Elena já sabia que eu o tinha, e coloquei na cabeça ficando instantaneamente invisível.

A porta se abriu e foi bem atempo de eu ir até o outro lado da cama e me escorar na parede perto da janela. Um homem adentrou. Mesmo no escuro o reconheci.

– Sente isso? – perguntou Klaus e Stefan apareceu na porta. Klaus se virou para ele. – Tem alguém aqui?

Engoli em seco e controlei minha respiração e meus batimentos cardíacos. Qualquer movimento brusco com toda a certeza seria o meu fim.

– Está vazia há décadas. Devem invadir sempre. – disse Stefan entrando no apartamento. – Porque me trouxe aqui?

– Seu amigo, Liam Grant. – começou Klaus. Percebi um sorriso em seu rosto. – Aquele que bebeu o sangue da esposa. – senti um arrepio percorrer o meu corpo quando vi Klaus se aproximando de onde eu estava e olhou para a cama. – Não entendi porque quis o nome dele. Então você me contou seu segredinho.

Para o meu alivio, momentâneo, Klaus se afastou da cama para encarar Stefan que olhava para uma mesa com alguns livros em cima como se estivesse se recordando de algo.

– Tudo fazia parte do seu ritual especial. – disse Klaus fazendo Stefan encara-lo.

– Registrar. – disse Stefan com o olhar perdido.

– E reviver a morte, repetidas vezes. – disse Klaus e sorriu.

Deu uma tremenda vontade de gritar quando vi Klaus ir até o armário da cozinha e abri-lo, obviamente eu não fiz. Eu estava contando com a sorte para que ele não visse Elena. E por sorte, Klaus só abriu a estante e ficou do lado dela sem nem fazer menção de entrar.

– Acredita agora? – perguntou Klaus olhando para Stefan.

Stefan caminhou até a adega. Klaus deixou Stefan lá e começou a andar pelo apartamento me fazendo olhar para ele em vez de saber se Stefan tinha visto Elena lá dentro, ou não.

– Olha o que eu encontrei. – disse Stefan depois de um tempo e eu forcei minha cabeça a pensar em algum plano.

Klaus foi em direção a Stefan e minha mão foi para minha cintura a onde estava minha faca. Eu sabia de um feitiço que poderia desorientar as pessoas, espero que funcione com vampiros também. Não sou filha de Hécate, mas mando bem em fazer magia.

Quando dei o primeiro passo vi Stefan tirar uma garrafa de dentro da adega e mostrar a Klaus. Quase suspirei aliviada, mas eu não podia dar essa bandeira para eles.

– 1918. Puro malte. Meu favorito. – disse Klaus pegando a garrafa da mão de Stefan. – Vamos encontrar alguém à altura.

Stefan fechou a porta da adega e seguiu Klaus que saiu do apartamento e fechou a porta. Tirei o meu boné e fui até a adega abrindo ela e Elena saiu respirando pesadamente.

– Você esta bem? – perguntei ajudando ela a se sentar em uma cadeira.

– Ele me viu e não falou nada. – disse Elena. Sua voz soava feliz e eu não podia culpa-la. Mas agora tinha mais um motivo para Elena não parar de tentar trazer Stefan de volta.

– Que sorte a nossa. – falei sorrindo sem humor. Eu não estava afim de ver ela falar palavras de esperanças de que poderia salva-lo. Então mudei de assunto. – Melhor deixarmos as luzes apagadas. O que acha que devemos fazer agora?

– Vou ligar para o Damon. Melhor avisa-lo. – falou Elena e eu assenti.

– Diga que vamos esperar espera-lo aqui mesmo. Eles não vão voltar mais aqui pelo que parece só vieram fazer um visitinha, mas é melhor estarmos preparadas. – falei depois de pensar um pouco e Elena assentiu ligando para Damon.

Depois que fez a ligação, Elena pegou uma seringa de sua bolsa e me passou outra. Eu peguei minha faca também por precaução. Deixamos as luzes apagas e ficamos em silencio escondidas. Não sei exatamente quanto tempo passou até que escutamos barulhos vindo do corredor.

Me preparei para atacar, caso fosse preciso, e Elena também. A porta se abriu rapidamente revelando Damon que estava com o rosto indecifrável e uma bolsa na mão.

– Finalmente. Liguei faz uma hora. – disse Elena saindo de trás da parede e eu também sai de onde estava.

– Fique apresentável. Sei onde Stefan estará esta noite. –disse Damon de forma divertida jogando uma bolsa para Elena e olhou para mim sorrindo, mas seu olhar demonstrava que estava preocupado e eu só assenti sorrindo dizendo que estava tudo bem.

– Conto que Klaus quase nós descobriu. – disse Elena calmamente apontando para mim e Damon somente se sentou na poltrona. – E se preocupa com roupas?

– Tive uma hora para perceber que foi uma péssima ideia deixar vocês duas aqui sozinhas. Processar isso e seguir em frente. – disse Damon e pelo seu tom de voz não era bom argumentar com ele.

Suspirei e me sentei na cadeira. Fechei os olhos e fiquei pensando em tudo que estava acontecendo comigo até agora. Eu precisava saber um jeito de parar um vampiro para eu ter alguma chance contra ele.

Só saber lutar não vai adiantar em nada, já que eles são mais rápidos, mais fortes e se recuperam rápido dependendo do ferimento que causarmos, isso se conseguirmos causar algum ferimento.

– Você esta bem? – perguntou Damon me fazendo voltar a realidade e olhar para eles. Damon estava olhando para Elena que não parava de encara-lo.

– Sim. – disse Elena depois de um tempo assentindo com a cabeça.

– Certo, ótimo. Vista-se. Você esta toda suja. – disse Damon com seu jeito particular de ser.

– Então sabe onde ele estará? –perguntou Elena interessada.

– Sim, com Klaus. Vou distrair Klaus e você se acerta com Stefan. – disse Damon olhando para mim e eu dei de ombros. Se ele quer fazer isso, que faça. Mas eu movi minha boca sem emitir som dizendo que eu ia com ele e Damon sorriu de canto.

– Certo. Obrigada. – disse Elena e Damon se levantou olhando nos olhos de Elena deixando nossa conversa silenciosa de lado.

– Mas você tem cerca de cinco minutos até aquele hibrido louco arrancar o meu coração. Então, por favor, diga que consegue. – disse Damon se aproximando mais de Elena.

– Eu consigo. – disse Elena com confiança.

– Ótimo. Annabeth, me acompanha, por favor. – disse Damon soando sarcástico e apontou para a porta com a cabeça.

– Esta ficando mais educado. Que bonitinho. – falei também soando sarcástica e ele somente rolou os olhos.

Assim que ouvi Damon fechar a porta do apartamento senti seus braços me virarem me fazendo encara-lo e logo senti minhas costas ir de encontro contra a parede e Damon me pressionou com seu corpo.

– O que esta fazendo? – perguntei tentando afasta-lo de mim.

– Temos que falar baixo para Elena não ouvir, estamos muito perto da porta. – sussurrou Damon no meu ouvido.

– Não precisamos ficar tão perto assim e ainda podemos ir para outro lugar. – falei olhando mortalmente para ele e fiquei feliz ao ver que ele tremeu ligeiramente sob o meu olhar.

– Você fica com Elena quando ela encontrar com Stefan, só por garantia. Não quero que vá comigo. Klaus pode ser imprevisível. – disse Damon e isso me fez rir.

– Esta preocupado comigo, Salvatore? – perguntei ainda rindo.

– Espero vocês no carro. – disse Damon sem me responder e saiu andando pelo corredor.

Depois de alguns minutos Elena saiu do apartamento vestindo um vestido e juntas fomos até o carro de Damon que estava bebendo uma bolsa de sangue.

– Estou com sede. Servidas? – perguntou ele estendendo a bolsa em nossa direção.

– Eu passo essa. – disse Elena e entrou no carro sentando no banco de trás.

– Idem. – falei me acomodando no banco do passageiro e colocando o cinto de segurança.

– Já que é assim. – disse Damon terminando de beber a bolsa de sangue e jogou pela janela acertando em cheio a lixeira. – Hora de ir atrás de Stefan e Klaus.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bom, eu espero que tenham gostado. Reviews são sempre bem vindos se quiserem manda-los...
FELIZ NATAL, que Papai Noel lhe de muitos presentes (Mas é claro, só se você foi um bom menino, ou menina, esse ano)...
FELIZ ANO NOVO, que essa novo ano que se iniciara seja repleto de alegria, saúde, amigos e tudo de bom para vocês...
Reforçando, nós vemos novamente dia 07/01... Até lá...
Muito obrigada a todos que leram esse capitulo... Bjs ^.^