The Other World escrita por MandyLove


Capítulo 36
36 – Queimar Sem Fogo


Notas iniciais do capítulo

Oi Pessoal ^-^
Desculpe não ter postado ontem, comecei a assistir Dragão Vermelho ontem a noite e não consegui parar.
Mas aqui esta o capitulo. Eu não sei se o capitulo esta tão bom assim, tem uma parte nele que me deixa com o pé atrás, tentei reescreve-la, porém não acho que melhorei muito ela... Contudo, espero que gostem.



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Eu sabia que nada de bom poderia acontecer se eu fosse nada casa de Klaus, mas quem disse que o meu corpo estava fazendo o que meu cérebro estava mandando?

Por mais que eu tentasse ir mais a fundo para descobrir o que realmente estava acontecendo comigo mais minha cabeça doía.

Para falar a verdade, estou começando a achar que tem alguém me controlando – controlando o meu corpo e como não consegue controlar a minha mente esta me fazendo ter dores de cabeça me impedindo de ir mais a fundo em tudo isso.

Essa é a única explicação que consigo encontrar para tudo que esta acontecendo comigo.

Como pelo raio de Zeus eu consigo pensar – em coisas simples, mas ainda são meus pensamentos – porém meu corpo não responde aos sinais enviados pelo meu cérebro?

– Aqui esta. – a voz suave e feminina ao meu lado me fez ter um sobressalto, assustada, fazendo eu me despertar dos meus pensamentos.

Klaus sorriu ao ver minha reação e meu corpo se arrepiou com isso.

Respirei fundo – milagre, uma coisa que meu cérebro enviou sinal e meu corpo respondeu – tentando, completamente em vão, não deixar que isso me abalasse.

Eu iria descobrir o que esta acontecendo comigo e a pessoa que fez isso comigo vai ter grandes, grandes, grandes problemas com a minha pessoa mesmo que “ela” seja aparentemente mais forte do que eu, eu não vou deixar essa passar. Não mesmo.

Olhei para o lado e vi a mulher esbelta, linda, com seus cabelos negros presos em um rabo de cavalo estendendo em minha direção uma bandeja com um copo em cima com um liquido transparente. Isso era remédio.

Eu tinha ouvido Klaus pedir para que ela trouxesse um remédio para minha dor de cabeça e como remédio em liquido é de efeito mais rápido era esse que estava dentro do copo misturado com um pouco de agua.

– Isso não é engraçado. – falei para Klaus enquanto pegava o copo. Ele sorriu mais amplamente. – Obrigada. – agradeci a mulher e bebi todo o conteúdo.

Um pouco amargo, mas iria ajudar a diminuir um pouco essa dor infernal de cabeça que eu estava sentindo. Bom, assim eu espero que aconteça.

– Pode trazer o jantar dela. – disse Klaus e com um aceno de mão dele a mulher saiu da sala de jantar tão rápido quanto meus olhos podiam acompanha-la.

– Não sei se seria qualificado como jantar comer a uma hora dessas. – falei. Eu tinha olhando no meu celular minutos atrás quando chegamos a casa dele e já estava passando das 10.

Isso me lembra a reação de Klaus quanto ao caderno que Elijah havia me dado. Ele ficou me fazendo varias perguntas de porque, como e o que eu estava fazendo com o seu irmão.

Claro que eu dei respostas simples não contando sobre o que Elijah e eu estávamos realmente conversando. Klaus acabou acreditando. Quando quero, sei omitir fatos como ninguém.

– Em Denver agora são oito e pouco. Creio que é uma boa hora para se jantar. – Klaus deu um sorriso de canto ao terminar sua fala me fazendo rolar os olhos.

Poucos minutos depois o “jantar” estava servido e que jantar. Devo dizer que esse foi o jantar mais chique eu já tive em toda a minha vida.

Tive uma conversa agradável com Klaus enquanto eu jantava e ele só me olhava. Não tinha nada do que reclamar, minha dor de cabeça tinha sumido e isso era muito bom.

Eu poderia passar horas e mais horas conversando com ele. As coisas que ele viu, que ele sabia eram incríveis que me impressionava e muito. Tudo bem, ele é um hibrido de mais de mil anos, mas isso não tira o “charme” da sua inteligência.

Os sinos do relógio indicando que já era meia-noite soaram me fazendo encara-lo e me assustar ao constatar as horas que estavam marcadas.

– Eu preciso ir em... ahhh – o resto da minha frase ficou perdida no ar.

Eu tinha levantado rápido de mais e acabei perdendo o equilíbrio, – eu sei, estranho eu perder o equilíbrio por algo como isso e olha que minha visão nem ficou turva por eu ter levantado rápido assim – Klaus e eu estávamos na sala de estar sentados no sofá conversando depois do jantar, uma conversa interessante sobre a arquitetura de um dos castelos na França que Klaus visitou em sua passagem pelo pais alguns anos trás.

Antes de meu corpo ir de encontro ao chão, já que eu não consegui nem um apoio para me segurar, Klaus rapidamente envolveu seu braço na minha cintura e com a outra mão colocou em minhas costas me estabilizando.

– E eu, inocentemente, acreditando que você tinha bom equilíbrio. – disse Klaus de forma divertida levantando meu corpo de modo que agora estávamos com os corpos retos, mas ainda perigosamente pertos um do outro. – Eu até diria que ficou tonta por ter se levantado tão rápido, mas seus olhos não indicavam isso.

Klaus olhava intensamente em meus olhos e não fazia qualquer menção de se afastar de mim e para mais um dos meus fortes debates internos meu corpo parecia estar gostando, gostando muito de ele não se afastar.

– Geralmente eu tenho, mas às vezes falha. Sou só uma humana afinal. – ouvi-me dizer e ainda por cima eu estava dando um sorriso de canto que ele retribuiu.

– Claro, falhar é humano não é? Na verdade todos falham em alguma coisa algum dia. – disse Klaus. Seus olhos tinham um brilho culposo que atiçou minha curiosidade.

– É reconfortante saber que isso vale para todos. – parece que só minha mente esta curiosa porque minha boca esta dizendo algo que eu nunca diria em um momento assim.

– Você esta diferente. – falou Klaus estreitando um pouco os olhos sem desvia-los dos meus. – Gosto disso e ao mesmo tempo não porque essa não parece com você.

Eu fico com o não, essa definitivamente não sou eu mesma.

Meus olhos teriam se arregalado com a atitude que fiz em seguida se meu corpo estivesse “me” respondendo.

Espalmei minhas mãos no peito de Klaus. Fiquei por alguns segundos assim arrancando um olhar desconfiado de Klaus até que ele inclinou um pouco a cabeça e a desceu vindo em minha direção, eu realmente queria dar um tiro em mim mesma pelo que estava prestes a acontecer, contudo era impossível.

Senti o hálito frio de Klaus bater contra o meu rosto, porém, Klaus levantou a cabeça e beijou a minha testa. Eu daria um beijo, na bochecha é claro, nele por ter feito isso. O cavalheirismo de Klaus é algo de se admirar também.

Klaus me abraçou e disse uma frase que eu não fazia a mínima ideia de que idioma era e muito menos o que ela significava.

Uma gargalhada estridente soou “poluindo” minha cabeça me despertando, completamente. Me afastei de Klaus rapidamente assustada olhando para ele. Klaus parecia tão confuso quanto eu.

– Você ouviu isso? – perguntei olhando para todos os lados.

– O que? – Klaus balançou a cabeça. – Do que esta falando Annabeth?

– Uma gargalhada estridente. – respondi fechando as mãos em punho. O som dela ainda ecoava pela minha cabeça.

– Eu não escutei gargalhada nem uma. – a preocupação bem “audível” na voz de Klaus.

Mordi o lábio inferior, o que é melhor do que a audição de um hibrido como Klaus? Mas eu me negava a acreditar que essa gargalhada foi produto da minha imaginação, tinha que ser real.

Levei minhas mãos à cabeça, eu já não escutava mais a gargalhada, mas em compensação a dor de cabeça tinha voltado e muito pior.

– Dor de cabeça de novo? – somente assentia a pergunta de Klaus.

– Agora esta pior. – falei por entre os dentes e ouvi Klaus suspirar.

– Creio que seja melhor eu te levar para um hospital. – falou Klaus tranquilamente tirando minhas mãos da minha cabeça e segurando meus braços firmemente contra o meu corpo me impossibilitando de mover. – Não sei o que aconteceu com você, mas é melhor tomarmos precauções antes de suposições. Devia ter feito isso mais cedo.

Balancei a cabeça assentindo enquanto tentava colocar meus pensamentos em ordem. Ele estava certo. Seria bem melhor eu ir a um hospital.

– Respire devagar e relaxe o corpo. – ordenou Klaus com a voz tranquila. – Você acabou de tomar um remédio, não posso te dar outro com tão poucas horas passadas, não quero que passe mal e fazer isso pode ajudar a aliviar um pouco a dor.

Ainda mantendo seus braços em torno dos meus ombros Klaus me guiou em direção à porta da entrada e foi quando eu senti os músculos de Klaus se tencionarem.

Sons estranhos soaram do lado de fora e Klaus colocou seu corpo protetoramente na frente do meu. A mulher que tinha nós servido no jantar passou por nós em uma incrível velocidade abrindo a porta e se lançando para o lado de fora.

– Aquilo é um labrador? – perguntou Klaus confuso.

Inclinei meu corpo para o lado e espiei lá fora. Meus olhos se arregalaram com o que eu vi.

Uma verdadeira batalha acontecia do lado de fora e o oponente dos três híbridos de Klaus que estavam lá fora não era um labrador como Klaus estava “vendo”, era um cão infernal bem grande e eu conhecia muito bem esse cão, cadela na verdade.

Era a Sra. O’Leary e ela estava com problemas já que os três a cercaram e estavam prontos para darem o ataque final.

No instante que eu dei um passo para o lado para sair de trás de Klaus e tentar impedir os híbridos meus olhos captaram algo no chão, longe das luzes que saiam da casa, as sombras pareceram ganharem vida e se encaminharam com estrema velocidade vindo das copas das arvores indo até a batalha. Como se seus pés tivessem grudados no chão os híbridos travaram não conseguindo dar nem um passo quando a sombra os alcançou.

Antes que eu pudesse ter alguma reação senti Klaus se afastar de mim. Meus instintos se aguçaram rapidamente prevendo o perigo e como se fosse uma câmera lenta eu vi Klaus indo em direção a Sra. O’Leary em uma super velocidade.

Tentei gritar para impedi-lo, mas o grito ficou entalado na minha garganta assim como as minhas mãos não foram rápidas o suficiente para tentar segura-lo, como se isso fosse funcionar de alguma maneira.

Para meu alivio o mesmo aconteceu com Klaus quando ele se aproximou dos outros, quando ele pisou em cima da sombra que ainda rodeava os híbridos.

Eu conhecia alguém que era capaz de fazer algo assim, mas se ele estava aqui usando esse poder poderia ser muito ruim para ele. Híbridos têm mais do que o quíntuplo da força de um filho de Ares, ele não conseguiria manter suas sombras por muito tempo com quatro híbridos presos nela, sendo um deles o mais forte de todos.

E porque ele estava fazendo isso? Não tinha sentido. Isso iria contra as ordens dos Deuses, Nico nunca faria algo assim há não ser que algo tenha o forçado a fazer isso.

Sai correndo da casa. Minha cabeça latejando com cada passo que eu dava, mas não me importei. Se eu não fizesse algo, as coisas ficariam mortíferas.

– Volte para a casa, agora Annabeth. – ordenou Klaus com um rosnado para mim quando percebeu minha aproximação.

Eu podia ver que ele estava tentando entender tudo que estava acontecendo ao seu redor, contudo seria em vão, ele nem chegaria se quer perto de adivinhar quem estava fazendo isso com ele.

– Nico, pare com iss...

Minha frase morreu ao ver a Sra. O’Leary abocanhar a cabeça de um híbrido arrancando ela fora e mais dois cães infernais saíram das sombras saltando sobre os outros dois híbridos dando mordidas do lado esquerdo do peito deles arrancando aquelas partes junto com o coração deles. Os corpos dos três caíram no chão com um baque.

– Mas o que é isso? – perguntou Klaus confuso em um rosnado raivoso seu olhar direcionado para o chão, para a sombra que se aglomerou ao seu redor enquanto que Nico saia das sombras com as mãos unidas, os olhos fechados em completa concentração.

A sensação de algo se aproximando me alertou. Direcionei meus olhos para cima vendo uma mancha cair do céu em direção a Klaus.

Klaus também a tinha visto, mas estranhamente seus braços se juntaram a seu corpo e tudo aconteceu rápido de mais. No instante seguinte eu vi Percy de joelhos na frente de Klaus com o braço direito estendido, a mão fechada em punho. O rosto de Klaus estava direcionado para o chão, algumas gotas de sangue caiam de sua boca e ele também tinha caído de joelhos.

– Percy? – minha mente estava uma maior confusão tentando assimilar tudo que estava acontecendo, mas a maldita dor de cabeça piorava a cada segundo.

Meu namorado ficou de pé sem tirar os seus olhos de Klaus que agora encarava Percy com raiva transbordando em seus olhos. Percy nem se quer parecia ter me escutado.

Dois cães infernais se postaram atrás de Klaus arreganhando seus dentes pontudos. A Sra. O’Leary ficou ao lado de Percy rosnando em direção ao hibrido.

Pisquei os olhos atordoada. Minha respiração ficou rarefeita, o ambiente em minha volta estava esquentando, o ar que entrava por meus pulmões queimava minha garganta, suor escorria pelo meu rosto.

Era como se eu tivesse no meio de um incêndio sem fumaça e fogo estando somente o intenso color e os efeitos que eles causariam em uma pessoa.

Escutei o latido sôfrego dos cães infernais. Tropeçando nas próprias patas eles dispararam em direção à floresta. Passaram por Nico que também não parecia nada bem, ele caiu de joelhos, seu rosto pálido ganhando um tom mais avermelhado.

Klaus também parecia estar sofrendo a mesma coisa que Nico e eu, diria que até pior porque agora ele podia se movimentar sem a sombra que Nico controlava prendando ele no chão e ele não fazia menção nem uma de se mover.

Meus olhos foram até Percy, a áurea em torno dele estava fervilhando de raiva o ar em sua volta estava embaçado como se aquele lugar estivesse envolto por fogo, mas era só o poder de Percy, era ele quem estava fazendo isso com todos nós, esquentando nosso corpo fazendo como que se tivéssemos essa sensação de estar em um incêndio sem fogo.

Por um lado eu estava até impressionada que ele podia fazer algo assim controlando somente a agua em nosso corpo, porem o outro lado estava me dando medo. Se isso continuasse, Percy mataria a todos nós.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e me desculpa por não ter respondido todos os reviews ainda, mas eu vou.
Estou pensando em escrever um capitulo bônus contando como estão as coisas no acampamento e como Percy, Nico, a Sra OLeary e os outros dois cães infernais foram parar em frente a casa de Klaus e uma noticia que não tem nada haver, eu comprei os três primeiros livros da serie Fallen.
Se quiserem, é claro, mandar reviews e recomendações eu agradeceria muito... Muito obrigada a todos que leram o capitulo. Bjs ^.^



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