The Other World escrita por MandyLove


Capítulo 35
35 – Momento Com Dois Originais


Notas iniciais do capítulo

Oi Pessoal ^-^ Desculpa ter demorado tanto para postar, tive alguns contratempos, mas aqui estou... E muito obrigada a StelinhaBoutris pela recomendação na fic, não sabe como ela me deixou feliz e motivada. Muito obrigada, a todos que sempre estão presentes.
Eu li as respostas que mandaram no capitulo anterior, me desculpem por ainda não ter respondido os reviews, e eu acabei tendo uma ideia que me tirou todas as duvidas e ainda vai dar para mostrar um pouco de cada casal, mas não será como pensam...
Espero que gostem do capitulo... Enjoy ^-^



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Folheei as paginas do caderno devagar, impressionada com os traços perfeitos pintados em cada pagina, os contornos simétricos de cada desenho eram magníficos.

– Por esse caderno eu posso afirmar que Klaus esta bem interessado em você, Annabeth. – falou Elijah me despertando para o mundo “real”.

Olhar aqueles desenhos, principalmente sendo eu naqueles desenhos, me deixou “aérea” para o mundo ao meu redor e por um momento eu havia me esquecido que estava com Elijah.

– E é por isso que me chamou para vir até aqui? – perguntei desconfiada fechando o caderno.

Quando Elijah me encontrou em frente da Delegacia ele me pediu educadamente que o acompanhasse até a ponte na pista que da acesso a cidade de Mystic Falls. A mesma ponte que é sinônimo de azar para Elena. Tomara que não seja para mim também.

– Não. – respondeu Elijah olhando para o céu. – Te pedi para me acompanhar até aqui para tirar algumas duvidas e talvez assim confirmar algo.

– E quais seriam? – perguntei curiosa.

– Desde que te vi na festa dada por minha família eu senti uma estranha sensação familiar, mas eu não estava em um momento para me concentrar nela. – Elijah voltou seus olhos para mim. – E depois do infortúnio que ocorreu ontem eu vi Klaus segurando esse caderno. – ele apontou para o caderno em minhas mãos. – Klaus parecia um pouco... desapontado, ou triste.

“Quando falei para ele minhas intenções ele simplesmente me entregou esse caderno e saiu da sala me mandando queima-lo. Abri o caderno para ver o que tinha nele que faria meu irmão não querer queima-lo.”

– Eu sei, faz todo o sentido pedir para uma pessoa queima-lo e dai você sabe que não era para queima-lo realmente. – falei sarcasticamente e Elijah abriu um sorriso de canto bonito.

– Estávamos em frente a lareira acesa, se ele quisesse queima-lo, ele teria feito. – disse Elijah. Agora fazia sentido. – Mas continuando, quando vi seu rosto nos desenhos me lembrei da noite da festa e da sensação que senti tanto em relação a você quando em relação a ela.

– Ela? – perguntei lentamente tentando entender a onde Elijah queria chegar.

Eu já tinha uma vaga ideia, mas ela não seria possível se não Klaus também saberia. Ou ele contou e Klaus esta fingindo que não sabe de nada, mas eu duvido dessa. Talvez Elijah não contou isso para Klaus, mas se ele não contou ele teria que ter um ótimo motivo para não contar ao Klaus já que pelo que eu sabia eles eram muito unidos o que...

Ok, melhor parar de pensar no momento e esperar a resposta de Elijah. Se ele me der uma né, caso contrario vou passar muito tempo tentando desvendar o que quer que seja que esteja acontecendo aqui.

– Vênus. – disse Elijah com um sorriso discreto no rosto. Franzi o cenho mais confusa. – Ou a Deusa Afrodite para os gregos.

Minha boca se abriu em um perfeito “O” ao entender o que ele estava querendo me dizer.

– Você... você... sabe mesmo sobre...

– Agora confirmei. – disse Elijah sem me deixar terminar minha frase gaguejada o que foi bom, eu odeio ficar gaguejando assim. – Sim, eu sei sobre os Deuses Gregos.  Você transmite uma sensação igual a de Afrodite, mas mais fraca, como Afrodite me disse uma vez sobre meio-sangues. Você é filha de um desses Deuses Gregos, só não sei de qual Deus ainda.

– Klaus...

– Não sabe. – respondeu ele já sabendo o que eu iria perguntar. – Afrodite foi bem direta ao dizer para eu não falar com mais ninguém sobre a existência dos Deuses, monstros e semideuses. Bom, você sabe então não tem problema falar com você.

Olhei Elijah dos pés a cabeça. Não era impossível de se imaginar ver Afrodite se envolver com ele. Elijah é muito lindo, não posso negar, assim como os seus irmãos. E eu muito menos ficaria espantada em saber que ela se envolveu com os outros três irmãos dele.

Esse pensamento fez surgir outra duvida em minha mente. Afrodite com certeza deve ter se envolvido com os outros irmãos Mikaelson, porque que, pelo que estou percebendo, só Elijah sabe sobre os Deuses?

– Por anos tentei saber mais sobre o seu mundo sem que Klaus soubesse. – continuou Elijah parecendo um pouco frustrado. – Mas não consegui absolutamente nada, nem se quer ver algum monstro mitológico.

– Nevoa. – falei e recebi um olhar curioso de Elijah. Acho que não faria mal contar isso a ele. Ele é Elijah e Damon e os outros já sabem, posso confiar nele, Afrodite confia nele, eu acho. – É tipo como uma neblina que esconde, ou distorce a real aparência dos seres míticos. Você pode ter encontrado alguns pelo caminho, mas por causa da nevoa você pode não ter os percebidos.

“Quanto mais forte for essa nevoa mais ela pode mudar aquilo que você vê sendo possível até alterar ou criar memorias. Mortais, ou seres sobrenaturais como você não podem vê-los”.

“Principalmente vocês” Fechei a boca antes de dizer isso em voz alta.

Pelo que ele estava me contando Elijah só sabia que os Deuses ainda existiam, ele provavelmente não sabia do mundo “paralelo” que os Deuses criaram para os seres sobrenaturais – vampiros, bruxas, lobisomens, até uma repartição diferente no mundo inferior para a alma deles tinham – soubessem da existência deles mesmo depois da morte.

Seu eu tivesse continuado a minha fala isso com certeza levantaria suspeitas e isso é o que eu menos quero no momento sobretudo para alguém esperto e inteligente como Elijah.

– Mas alguns mortais podem ver, não é? – assenti afirmando sua pergunta. – Hum... – Elijah suspirou e pareceu estar pensativo. Ele ficou assim por um tempo. – Você poderia me falar mais coisas sobre você, sobre o seu mundo?

– Homero. – falei. – Você já deve ter lido sobre as historias que Homero escrevia. Lá tem tudo que precisa saber sobre os Deuses e semideuses. Não mudou muita cosia desde aquela época. Deuses ainda têm filhos com mortais. Monstros ainda tentam comer meio-sangues...

– Certo. – disse Elijah me olhando compenetrada mente. – Acho que tem coisas que nem você pode me falar, mas tudo bem. Sinto que logo as coisas vão mudar. – não gostei muito de ouvir ele falando isso, sei lá, parece até um mau pressagio. – Bom, melhor eu ir embora. Já passou da minha hora a muito tempo.

Estendi o caderno para Elijah quando ele desencostou do meu carro, mas ele negou.

– Fique com você, são desenhos de você. – disse ele colocando as mãos nos bolsos da calça. Esse cara gosta de um terno. Todas as vezes que eu o vi ele estava usando um. – Não há necessidade de eu ficar com ele.

– E o que eu vou fazer com eles? – perguntei e como resposta ele deu de ombros sorrindo.

– Vou indo. – ele tirou uma mão do bolso e estendeu em minha direção. – Antes de eu ir poderia me dizer de que Deus é filha?

– Sou filha de Atena, a Deusa da Sabedoria e Estratégia em batalha. – falei apertando a mão dele. – Ela tem mais títulos, mas não acho necessário comentar sobre eles.

 – Foi um prazer realmente lhe conhecer, Annabeth Chase, filha de Atena. – disse Elijah com um sorriso no rosto. – Talvez nós encontremos de novo.

– O prazer foi meu. – falei não me importando muito em saber como ele sabia o meu nome completo. Elijah poderia descobrir isso facilmente.

Observei Elijah indo até seu carro, eu havia o seguido com o meu desde a delegacia, e partir logo em seguida me deixando sozinha no meio de uma ponte por onde parece que não passava nem um carro.

Olhei para o caderno em minha mão. O que eu deveria fazer com ele?

Dei de ombros e abri a porta do meu carro colocando o caderno em cima do banco do passageiro, depois eu veria o que faria com ele, agora eu precisava voltar para casa.

Não tinha reparado que tinha se passado tanto tempo que eu estava com Elijah que já era quase o horário do almoço. Voltaria para a cidade e almoçaria em um restaurante. Desde que cheguei a Mystic Falls eu só cozinho, é bom variar um pouco.

Mas meus planos de almoçar foram por agua a baixo.

Eu nem tive tempo de ligar o carro, assim que eu coloquei o sinto de segurança minha visão ficou embaçada e em segundos eu cai na inconsciência.

Abri os olhos assustada. Meu corpo se moveu para frente, mas algo me fez voltar com força para trás. Minha cabeça estava girando e doendo muito. Eu estava respirando ofegantemente, minha visão estava embaçada, minha garganta seca e meu coração batendo acelerado.

Fechei os olhos com força tentando fazer minha mente funcionar direito, mas quanto mais eu tentava, mais minha cabeça doía me fazendo sentir tonta.

O que estava acontecendo comigo? O que tinha acontecido comigo para começo de conversa?

– Controle sua respiração. – falei para minha mesma recostando cabeça, que só agora eu havia me dado conta que ainda estava em meu carro, presa no banco do motorista.

“Inspire e expire. Inspire e expire. Inspire e expire” Eu repetia em minha mente o que eu estava fazendo. Tentando tomar controle de meu corpo em colapso de novo.

O som de algo batendo na porta do meu lado me fez pular – ou quase já que eu ainda estava usando o cinto e ele me forçou a ir para trás de novo, isso é dolorido – de susto e olhar um pouco amedrontada para a porta.

Meus olhos se arregalaram ao me deparar com a figura de Klaus preocupado do lado de fora.

– Abra essa porta, ou eu a arranco fora. – ordenou ele não sendo nem um pouco o cara amistoso que ele sempre tentava me mostrar.

Com as mãos tremendo e não vendo outra escolha eu abri a porta do carro. Klaus quase a arrancou fora ao abrir apressadamente o resto da porta.

– Você esta bem? – perguntou ele preocupado tocando gentilmente em meu rosto.

Abri a boca para tentar falar alguma coisa, mas as palavras não queriam sair por mais que eu tenha tentado. Então no fim eu somete assenti.

– Você não parece nem um pouco com alguém que esta bem. – falou ele sorrindo de canto parecendo um pouco aliviado depois de checar se eu estava com febre.

Encarei Klaus. Tinha alguma coisa errada, não com ele e sim comigo. Eu sentia que tinha algo dentro de mim que estava errado. Mas o que era? Porque eu acho que Klaus tem algo, indiretamente, haver com isso? E porque eu não conseguia desviar os meus olhos dele?

Eu não conseguia nem pensar no que tinha me acontecido para eu ter chegado a esse ponto. Que droga o que esta acontecendo aqui? Porque minha mente não esta funcionando bem?

– Aconteceu alguma coisa? – perguntou Klaus olhando atentamente para mim. – Hum... Você parece um pouco diferente e não estou falando do estado do seu corpo.

Franzi o cenho confusa com o que ele estava falando. Como ele sabia disso?

Balancei a cabeça com a ideia que tinha me ocorrido. Era impossível que Klaus tenha algo haver com o que esta acontecendo comigo, não tem sentido.

– Prece que alguém esta com fome. – disse Klaus de forma divertida. Franzi o cenho confusa o que Klaus rir roucamente. – Deu para escutar o seu estomago roncar.

Senti minhas bochechas esquentarem.

– O que esta fazendo aqui? – perguntei baixinho, era o máximo que eu conseguia, obrigando os meus olhos a se desviarem dele.

Olhei para frente e me assustei não acreditando. Já era de noite, como isso era possível? Deuses o que tinha acontecido comigo?

– Resolvi tomar um ar fresco e escutei o coração de alguém muito acelerado. Quando fui checar vi o seu carro, então aqui estou. – respondeu ele tentando parecer indiferente. – Agora é a sua vez. O que esta fazendo aqui?

– Apaguei. – respondi me lembrando vagamente do que tinha acontecido no dia de hoje.

Eu tinha falado com Damon no telefone. Ele me informou que Ric estava na cadeia acusado de assassinato. Depois que fui visitar Ric encontrei Elijah na porta da Delegacia. Segui ele até aqui e depois que conversamos ele foi embora. Entrei no carro e apaguei.

– Apagou? – perguntou Klaus descrente. Assenti. – Isso é verdade?

– Acredite se quiser. – Klaus suspirou com minha resposta um pouco áspera. – Eu preciso ir para casa. – murmurei levando uma mão a cabeça. Droga de dor de cabeça que não quer me largar, péssima hora em que fui te ter.

– Você não tem condições de ir a lugar nem um assim. – disse ele se aproximando de mim. Seu rosto estava a centímetros do meu, podia sentir seu hálito batendo contra o meu rosto, então ouvi um clic e Klaus abriu um sorriso torto. – Serei seu motorista.

Klaus tirou o cinto de torno de mim e me pegou no colo me colocando no banco do motorista.

Eu estava confusa. Porque mesmo eu estou deixando ele fazer isso sem fazer nada? Eu nem se quer o empurrei e disse que eu poderia fazer isso sozinha. Tem algo de muito errado comigo, com o meu corpo na verdade.

Minha mente esta uma enorme confusão, mas eu ainda consigo distinguir as coisas mesmo que lentamente. O único problema é que parece que meu corpo não esta obedecendo em nada os comandos do meu cérebro.

– Vou te levar até aminha casa que é mais perto. – disse Klaus.

PORQUE NÃO ESTOU CONTRARIANDO O QUE ELE ESTA DIZENDO?

Tinha algo no banco que estava me incomodando. Tirei o objeto e vi que era um caderno, demorou poucos segundos para eu me lembrar que era o caderno que Elijah havia me dado. Olhei para o lado e vi Klaus olhando para o caderno em minha mão um pouco confuso, ou assustado, não consegui distinguir.

– De onde tirou isso? – perguntou Klaus voltando seus olhos para mim.

Prefiro não comentar o que meu corpo sentiu perante esse olhar dele.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do capitulo e eu vou explicar o que aconteceu com a Annabeth, o porque ela apagou e o mais importante, o porque ela esta sentindo essas coisas.
Se quiserem, é claro, mandar reviews e recomendações eu agradeceria muito...
Muito obrigada a todos que leram o capitulo. Bjs ^.^