The Other World escrita por MandyLove


Capítulo 32
32 – Nunca É Por Bem


Notas iniciais do capítulo

Oi Pessoal ^-^ Como prometi em TaL, aqui estou com o novo capitulo de TOW...
Amanha eu atualizo Our Kind Of Love, não tive tempo de terminar de digitar o capitulo hoje, mas amanha com certeza eu atualizo.
Enfim, eu espero que gostem do capitulo...



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Era a quinta vez que meu celular estava tocando nessa noite, uma seguida da outra. Mesmo eu sabendo quem estava me ligando – era Damon, da primeira vez que tocou eu vi quem era só não podia atender – e que ele estaria precisando da minha ajuda eu não podia fazer nada.

Não quando uma filha de Ares com a honra do chalé de Ares em jogo, com sede de sangue – não literalmente – e usando como arma uma lança elétrica esteja na sua frente te impedindo de fazer qualquer coisa.

Me lembrei de como vim parar nesse impasse.

Logo de manhã, bem cedo, Percy tinha voltado para o acampamento. Nico nos havia mandado uma mensagem de Íris pedindo para Percy voltar para o acampamento rapidamente.

Ele tinha nós falado que alguns campistas, vulgo filhos de Ares, estavam arrumando confusão por lá e como o senhor D não estava no acampamento e Quiron também, ambos foram convocados a irem ao Olimpo – isso quer dizer que as coisas estavam bem complicadas para chamarem até Quiron para ir pra lá –, alguém teria que dar conta disso e ninguém que estava no acampamento parecia ter ordem o suficiente para dar conta  da confusão que os filhos de Ares estavam fazendo.

Como eu ainda tinha a minha missão eu não poderia voltar. Sobrou para o Percy e Nico logo mandou a Sra. O’ Leary dar uma carona para Percy – mesmo sendo de manhã e que com isso seus poderes estariam bem mais fracos, mas ainda haviam algumas sombras para eles usarem – para ir mais rápido até o acampamento.

Passei a parte da manhã preocupada com o que poderia estar acontecendo no acampamento, mas também fiz outra coisa.

Assim que Percy foi embora eu fui até Esther como tínhamos combinado. Depois de um encontro com Bonnie e a mãe dela, os planos de Esther tornavam quase impossível de ser burlados, Esther me deu algumas aulas de magia.

Sim, finalmente eu estava aprendendo um pouco de magia com nada mais, nada menos, do que com a bruxa original. Até que eu não estava tão mal assim.

Fiquei impressionada com a confiança que Esther tinha em mim me ensinando vários artifícios mágicos e rituais, a maioria de como deter seres sobrenaturais, sem esconder nem um segredo por trás deles.

– Porque esta me ensinando tudo isso? – perguntei desconfiada a Esther. Eu sentia que tudo que ela estava falando era verdade. – Todos os pontos da magia, tudo. Até os sacrifícios que serão necessários em alguns que me deixaram bem controvérsia e abalada em usa-los você esta me contando.

– Como lhe disse uma vez, os Deuses gostam de deixar os mundos separados. – começou Esther me estendendo outro livro, outro grimório. – Mas agora que permitiram uma presença em um desses mundos, a presença justo de uma garota filha de Atena que tem a fome do saber e vontade de aprender.

Esther abriu um sorriso enigmático para mim, eu não sabia o que ele queria dizer, mas mesmo assim ele fez meu coração começar a bater mais forte e mais rápido como se tivesse acabado de injetar uma dose de adrenalina no meu corpo.

– Eu não vou perder essa oportunidade. Os outros mundos lá fora são perigosos e um dia, assim como você entrou no meu mundo, eles também precisaram da atenção dos Deuses. – continuou Esther. – Tendo um meio-sangue preparado... – ela deixou a frase no ar.

– O que quer dizer com tudo isso, Esther? – a cada palavra que ela falava eu ficava ainda mais confusa do que já estava e eu estava odiando isso.

– Um dia você vai entender porque de tudo que eu disse e de vários outros porquês. – disse ela simplesmente de forma enigmática.

O resto do dia passamos treinando, mesmo eu tentando tirar mais algumas informações ela não me disse mais nada, até que ela teve que ir começar o ritual. Esther pediu, porem pareceu uma ordem, que eu não ficasse por perto por segurança.

Já tinha anoitecido, mas eu estava caminhando pelos arredores do limite da cidade, para tentar pensar em tudo que tinha acontecido comigo desde que cheguei a Mystic Falls, até que sinto a presença de alguém por entre as arvores.

Franzi o cenho confusa e caminhei lentamente em direção as arvores tirando minha faca de bronze celestial da cintura me preparando para o que quer que tenha entre as arvores, se é que tem alguma coisa.

Senti algo vindo em minha direção e parei imediatamente jogando a cabeça um pouco para o lado. Uma adaga passou perto do meu rosto e cravou na arvore que estava atrás de mim.

– Hum, é bom saber que seus reflexos ainda funcionam. – semicerrei os olhos na direção de onde vinha a familiar voz feminina. – Achei que teria perdido depois de se tornar amigas dos vampiros, aqueles a quem você deveria matar.

– O que faz aqui, Clarisse? – perguntei cautelosamente vendo a filha de Ares caminhar um pouco saindo das sombras das arvores até que pude vê-la pela luz da lua.

– Garantir que você termine sua missão. – disse ela de forma despreocupada e deu de ombros. – Ou termina-la por você já que você se tornou tão amiga dos que deveria matar.

– Do que esta falando Clarisse? E você não pode interferir na minha missão. – falei por entre os dentes. Clarisse sabe como irritar facilmente alguém.

– Claro que posso. – disse ela abrindo um sorriso de canto. – Eu tenho a autorização para fazer isso de alguém bem mais influente que seu ego, princesinha.

– Seja lá o que quer dizer com isso, você deve saber que minha missão já esta quase acabando. – nesse mesmo momento, Esther esta fazendo seu feitiço que matara todos os vampiros originais. Completei mentalmente. – Você deve voltar para o acampamento agora. Você sabia que seus irmãos estão cau...

Minha voz morreu quando eu processei o que eu estava falando com o que tinha acabado de passar pela minha cabeça e pelo grande sorriso presunçoso no rosto de Clarisse eu provavelmente estava certa.

– Estão causando confusão? – perguntou ela de forma debochada. – Se estão o que eu tenho haver com isso? Eu não sou a mãe deles...

– Mas é você que tem autoridade o suficiente para pedir algo assim para o chalé de seu pai. – falei interrompendo a ladainha dela. – Você se aproveitou da ausência do Sr. D e do Quíron para armar isso no acampamento como distração para você poder vir para cá sem ninguém para te impedir já que Quíron proibiu a saída do acampamento sem autorização...

– Não se esqueça de com isso eu tirei o sardinha mané de perto de você. – disse ela com um sorriso triunfante me interrompendo.

– O que me faz pensar que essa autorização que você tem não é tão valida assim como você quer que eu pense. – continuei sem me importar com o interrompi mento dela. – Não esta arriscando muito vindo assim aqui? O Sr. D e Quíron não pegaram leve com você e nem com o seu chalé quando souberem disse.

– Estou fazendo isso pelo chalé de Ares, pelo meu pai Olimpiano. – disse ela de forma seria. – Vale apena esse risco, pela nossa honra.

– Hum, então sua autorização veio de Ares, um pedido do seu pai. – isso até que faz sentido para Clarisse fazer isso. – Eu não deveria ficar surpresa, mas isso quer dizer que seu pai também esta fazendo coisas por trás dos outros Deuses. Mais uma vez.

Fechei os olhos tentando entender o porquê de Ares estar fazendo isso, ou melhor, o que significava essa interferência de Ares no auge como estavam as coisas agora.

– O que você quer, ou melhor, o que seu pai quer com tudo isso? – perguntei olhando atentamente para Clarisse.

– Te impedir. –disse Clarisse colocando a mão em seu bolso e logo a tirou de novo.

– Me impedir de que? – acho que Clarisse esta ampliando seus horizontes, além de deixar as pessoas irritadas facilmente também quer deixa-las confusas.

– Te impedir de ajuda-los. – seja lá oque Clarisse tinha nas mãos ela o apertou fazendo um pó dourado se esfarelar por sua mão. Esse pó dourado começou a tomar uma forma, uma que eu conhecia bem.

A forma de uma lança.

Com um pequeno movimento de Clarisse, fechando as mãos entorno do pó dourado, esse pó desapareceu dando lugar para a lança elétrica que Clarisse sempre usa.

– Cada vez que você fala, eu te entendo menos ainda. – falei apertando com força o cabo da minha faca de bronze celestial, eu ainda estava segurando ela. – Ajudar quem e porque trouxe a sua lança?

– Seus amigos sugadores de saquinho vão precisar da sua ajuda e eu vou te impedir de ir ajuda-los. Por bem... – Clarisse apontou sua lança em minha direção. – ... Ou por mal.

– Oque você sabe sobre oque esta acontecendo agora? – minha cabeça estava trabalhando freneticamente tentando entender o que ela estava falando. – Como sabe que eles precisaram da minha ajuda, Clarisse?

– Mas vejam só. – disse ela fingindo estar emocionada. – Não é que é legal saber mais que uma filha irritante sabe-tudo de Atena. – Clarisse tinha um sorriso macabro no rosto. – Eu sei muito mais do que você e isso é tudo que tem que saber filhote de coruja. Vai ficar na curiosidade.

Senti meu celular vibrar no meu bolso e minha mão foi instantaneamente para lá. Em uma fração de segundos uma segunda adaga veio em minha direção. Essa qual que eu desviei com facilidade e ela cravou ao lado da outra.

– Você não tem permissão para atender esse telefone. – disse Clarisse, mas mesmo assim eu peguei o aparelho. Bem capaz mesmo que eu iria deixar a Clarisse mandar em mim.

Vi no visor o nome de Damon. Mordi o lábio inferior nervosa. Será que Clarisse estava certa ao falar que eles precisariam da minha ajuda?

Não tive tempo para pensar nesse assunto. Senti a presença de Clarisse vindo rapidamente em minha direção. Inverti a faca na minha mão segurando com força o cabo e bloqueei o ataque direto de Clarisse em mim.

– Eu disse que você não tinha permissão para atender o celular. – disse ela desferindo outro golpe em mim. Me afastei dela me desviando do ataque e ela abriu um sorriso convencido no rosto. – Gosto quando as coisas são por mal.

– Não brinca? – perguntei fingindo surpresa e Clarisse bufou de raiva. – Eu não fazia a mínima ideia que você gostava de algo assim. Estou surpresa, Clarisse.

– Você não deveria zombar de mim, princesinha. – Clarisse me atacou novamente.

Coloquei o celular de volta no bolso e girei o corpo desviando da ponta da lança de Clarisse. Dei uma cotovelada na haste da lança e tentei desferir um golpe em Clarisse, mas ela agiu rápido soltando uma mão da lança e segurou meu pulso antes de eu acerta-la.

Dei uma joelhada acertando a barriga de Clarisse, graças aos Deuses que ela não estava usando armadura se não teria doido dar esse golpe, e usei minha mão livre para me livrar do aperto da mão dela sobre o meu pulso.

A luta entre Clarisse e eu era equilibrada, mas eu estava preocupada. Meu celular não tinha parado de tocar e já estava na quinta ligação seguida eu tinha que acabar logo com essa luta e saber o que estava acontecendo.

E o jeito mais rápido de acabar com isso era usando magia. Mesmo eu tendo aprendido só hoje como realmente usar magia eu poderia tentar, eu só precisava de um pouco de tempo para reunir energia.

Esther não tinha me ensinado como lutar fisicamente usando magia a onde você tem que pensar e agir rapidamente para não ser ferido pelo seu adversário e não se concentrar para fazer algum feitiço.

Esse deve ser o assunto da nossa próxima aula.

Meus olhos se arregalaram e meu coração perdeu uma batida ao sentir algo estranho em mim. Parecia que tinha alguém bem perto de mim e não era Clarisse, era mais como alguém “dentro” de mim, mas eu não conseguia entender que sentimento estranho era esse.

– Usar magia comigo não vai funcionar. – disse Clarisse limpando o canto da boca. Eu tinha acertado um belo soco nela algum tempo atrás.

Semicerrei os olhos na direção dela tentando entender como ela sabia que eu pretendia usar magia contra ela. Tinha alguma coisa errada.

– Como você sabe...

– Ah queridinha, isso eu não vou te contar. – disse ela com um sorriso travesso assustador.

Meu celular parou de tocar e foi o ponto para Clarisse avançar em minha direção mais uma vez. Ela apontou a lança em direção a minha barriga. Segurei forte o cabo da minha faca e girei o corpo usando a lamina para desviar a ponta da lança.

Como Clarisse ainda estava indo para frente estendi o braço esquerdo e girei o corpo mais uma vez tentando acerta-la, mas Clarisse foi rápida e se abaixou.

Ela usou o cabo da lança para me dar uma rasteira, porém aproveitei que ela estava perto de mim e joguei meu corpo para frente, pulando sobre o de Clarisse e assim desviando do cabo da lança, mas não deu para desviar de uma pedra pontiaguda que estava no chão e acabei ganhando um corte no braço.

Consigo lutar com Clarisse sem me machucar muito e ai aparece uma pequena pedra que me faz ganhar um belo corte no braço pior do que os golpes de Clarisse.

Os minutos se seguiram e mesmo eu estando machucada e nós duas cansadas de tanto lutar nem uma dava o braço a torcer. Eu tentei conversar com Clarisse para que ela desistisse dessa luta que para mim não fazia sentido e foi completamente em vão, nem uma surpresa vendo a determinação que ela estava tendo em lutar pra valer comigo.

Tentei também usar magia contra ela e fiquei surpresa ao constatar que realmente não funcionou contra ela o que me deixava mais ainda intrigada com essa filha de Ares.

Agora, além dos arranhões e do corte no braço, eu também tinha ganhado um corte na perna esquerda que estava dificultando um pouco minha locomoção. Mas Clarisse também não estava ilesa.

Eu consegui acertar um golpe no olho direito dela e agora ela mal conseguia abri-lo. E também eu havia conseguido acerta-la na lateral do seu corpo acima do quadril por isso Clarisse mantinha uma mão pressionando o ferimento e com a outra ela segurava uma faca.

Depois que eu fiz esse ferimento nela Clarisse trocou sua lança pela faca já que estava ficando muito difícil para ela manusear a lança.

– Ah, eu tenho que te dizer mais uma coisa. Deu errado. – disse Clarisse de repente me fazendo piscar os olhos confusa. – O plano de Esther não deu certo e agora vamos ter que encarar cara a cara esses vampirinhos de saquinho.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do capitulo e me desculpem por demorar a atualizar a fic, vou tentar não demorar muito para atualiza-la...
Ahhh não tenho mais nada para dizer...
Muito obrigada a todos que leram o capitulo. Bjs ^.^