The Other World escrita por MandyLove


Capítulo 28
28 – Dias Perdidos


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal ^-^
Sem enrolação espero que gostem do capitulo e LEIAM AS NOTAS FINAIS...
Enjoy...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/173812/chapter/28

Senti algo muito gelado tocar em minha testa e isso me fez abrir os olhos rapidamente assustada. Tentei me levantar, mas o meu corpo protestou me fazendo soltar gemidos de dor.

– Ei, calma meu amor. – ouvir a voz de Percy fez meu coração bater mais rápido. Eu estava delirando ou era o meu Cabeça de Alga mesmo que estava aqui?

Desisti de tentar abrir os olhos novamente ao sentir ele tocar em meu rosto gentilmente e me empurrar de volta, contra algo macio. Era ele mesmo, ou eu estava muito ruim tendo delírios tão lívidos assim.

Eu não fazia ideia do porque que Percy estava aqui e nem do que tinha realmente me acontecido, mas era impossível eu não me sentir melhor com Percy por perto. Delirando ou não, Percy me fazia muito bem.

– Percy... – minha voz saiu esganiçada, fraca, horrível. Minha boca estava seca e meu corpo inteiro estava pesado e dolorido. Parecia que eu tinha feito uma maratona cheia de obstáculos e com monstros atrás de mim esperando eu errar alguma coisa e então eles me devorarem.

– Você esta fraca melhor não falar por enquanto. – disse ele carinhosamente.

– Eu não estou sonhando, estou? – perguntei e o ouvi rir.

– Não, não esta sonhando, Sabidinha. Eu estou bem aqui ao seu lado. – senti ele pressionar seus lábios em minha bochecha demoradamente.

– Isso é bom. – minha voz saiu em um sussurro, eu não conseguia falar mais alto que isso.

– Xiiii, não fale nada Sabidinha. Beba um pouco de néctar e descanse. – entre abri um pouco os olhos e vi uma imagem embaçada do meu Cabeça de Alga. – Feche os olhos para descansar, nada de esforço, e abre somente a boca sim.

Fiz o que ele me pediu e abri um pouco a boca. Percy apoiou um canudinho em meus lábios e eu sorvi um pouco do conteúdo. Ao beber o néctar meu corpo inteiro se sentiu bem melhor do que a segundos atrás, aquecido e com um pouco mais de energia.

As dores foram diminuindo para a minha felicidade, mas as minhas costas ainda latejavam de dor e isso era muito ruim. O que será que me aconteceu para eu estar assim?

Enquanto bebia um pouco mais tentei me lembrar do que tinha acontecido comigo, no entanto nada me vinha. Era como se tudo estivesse bloqueado. A ultima coisa que eu me lembrava era de ver a mãe do Tyler presa em seu carro acidentado e Luke beijando Thalia.

Lembrar disso foi o suficiente para me deixar alarmada.

– Thalia... Luke... – tentei falar abrindo os olhos.

– Amor, por favor, pare de tentar falar. – disse Percy colocando o copo com néctar no criado ao lado. Ele deu um beijo em minha testa e suspirou aliviado olhando em meus olhos com um sorriso lindo no rosto. – Não sabe como é bom ver esses olhos cinzentos intimidadores. Se bem que eles estão bem claros agora.

– Bobo. – consegui falar sorrindo fracamente. – O que aconteceu? – perguntei devagar.

– Você ficou inconsciente por alguns dias. – disse Percy sentando ao meu lado na cama segurando uma de minhas mãos e com a outra fazia carinho em meu rosto. Até o momento ele estava sentado em uma cadeira ao lado da cama. – Mas não precisa se preocupar. Thalia esta bem e Luke voltou para o Mundo Inferior.

– E quanto aos outros? –perguntei me lembrando de Caroline, Bonnie e os outros.

– Hum isso me lembra que devo fazer algumas ligações agora que acordou. – disse Percy pensativo. – Essa casa vai ficar um pouco cheia se resolverem vir pra cá.

Olhei ao redor para saber a onde eu estava e constatei que estava no meu quarto, menos mal. Tinha um vaso com um arranjo lindo de flores em cima da cômoda, balões de gás em formato de bichinhos e umas três caixas de chocolate ao lado. Maravilha.

– Não pode me contar antes o que aconteceu e o que eu perdi? – perguntei e ele soltou uma gostosa gargalhada. Eu não tinha forças para brigar com ele por estar rindo de alguma coisa que eu falei então somente fechei os olhos e deixei um sorriso no rosto.

O que mais eu podia fazer? Meu Cabeça de Alga era um bobo e o sorriso dele era contagioso.

– Sempre curiosa não é, Sabidinha? – ele deu um leve beijo em meus lábios e levantou. – Volto em poucos minutos. É importante que eu ligue, então fique deitadinha ai que eu já venho.

– Você esta sendo malvado. – falei com a voz manhosa.

– Prometo, juro pelo estige, que vou te recompensar por eu estar sendo um cara malvado. – falou ele com um sorriso malicioso nos lábios antes de sair do quarto.

O barulho de um trovão cortou o céu e eu acabei me dando conta que não fazia ideia de que dia era hoje e se era dia ou noite. As cortinas estavam bem fechadas e as luzes acesas.

Olhei em volta do quarto para ver se via o meu celular, mas desisti quando senti minha cabeça começar a “rodar” me deixando um pouco tonta. Essa sensação era horrível.

Poucos minutos depois ouvi o barulho de passos vindos da escada e logo Percy voltou para o quarto trazendo uma bandeja de comida no qual ele equilibrava com uma das mãos enquanto com a outra ele segurava o seu celular que estava ligado a um fone de ouvido, este estava pendurado em sua orelha.

– Sim, Nico, ela esta bem... – disse Percy rolando os olhos e bufou ao ouvir sei lá o que. – Fala serio... Cala a boca, Nico, eu sei como cuidar da minha namorada... – vi Percy travar o maxilar com força. – ... Por que não vai visitar seu pai no Mundo Inferior e me deixa em paz?!

Percy desligou o celular e tirou abruptamente o fone de seu ouvido. Jogou o celular e o fone em cima da cômoda do lado das caixas de chocolate. Minha barriga roncou, ainda bem que foi baixo, pois Percy pareceu não ter ouvido. Ele estava era aborrecido com seja lá o que Nico disse para ela.

– Vejo que você e Nico ainda continuam se amando incondicionalmente. – falei sorrindo e Percy fez uma careta indo até a escrivaninha colocando a bandeja em cima dela.

– E vejo que você esta bem melhor para ficar fazendo brincadeiras. – disse ele vindo para o meu lado da cama. – Hora de comer um pouco, não posso te dar mais comida divina.

Percy me ajudou a sentar na cama, o que teria sido bem difícil se Pecy não tivesse praticamente me pegado no colo e me colocado sentada na posição correta. Ele ajeitou o travesseiro nas minhas costas e foi até a escrivaninha pegando a bandeja.

– Fui eu quem fiz. Eu provei e eu acho que esta bom. – disse ele com o rosto levemente corado me fazendo abrir um largo sorriso.

– Ah Você cozinhou para mim, Cabeça de Alga. Que fofo. – não me importei de ter falado como uma filha de Afrodite, o que ele fez para mim foi adoravelmente lindo.

– É só uma sopa. – disse ele ficando mais corado ainda colocando a bandeja em meu colo. – E um suco de laranja natural, não é lá grande coisa.

– Pois é ai que se engana, Percy. – falei tocando em seu rosto. Levei minha mão para o seu cabelo e desci até a sua nuca e deixei a mão ali, fazendo carinho em quem vem cuidando de mim e faz mais por mim do que pode imaginar. – Obrigada por cuidar de mim.

– Hum, assim ficamos quites de todas as vezes que você cuidou de mim quando eu estava mal. – disse ele sorrindo e eu neguei com a cabeça.

– Não estamos quites nada. – Percy franziu a sobrancelha confuso. – Cuidei de você varias vezes durante esses anos. Você vai ter que cuidar de mim muitas vezes para podermos ficarmos quites nisso.

– Sendo assim prefiro nunca ficar quite com você. – disse ele com o rosto serio. – Nunca mais quero te ver nesse estado, não sabe como isso me faz mal. – ele virou o rosto dando um beijo em meu pulso.

– Então combinamos que nem um de nós dois vamos ficar assim outra vez. É doloroso demais para eu ver você machucado. – arranhei levemente sua nuca puxando ele para mais perto de mim. Sua respiração bateu levemente contra o meu rosto.

– Combinado. – disse ele antes de me dar um casto beijo. – Agora coma antes que a sopa esfrie. Ela com certeza vai ficar pior do que esta se esfriar.

– Você já comeu? – perguntei enquanto comecei a brincar com a sopa.

– Sim, fiz um lanche para mim poucos minutos antes de você acordar agora come logo e para de enrolar, ela pelo menos vai estar comestível. – a carinha de coitadinho que ele fez me motivou a colocar a primeira colherada na boca.

Nesse clima descontraído tomei a minha sopa e por incrível que pareça ela estava deliciosa.

Percy me contou que eu fiquei quase uma semana inconsciente. Ele teve permissão para vir pra cá assim que souberam por Thalia o que tinha acontecido comigo.

Por falar na Thalia ela teve que ir embora. Percy não disse direito, mas parece que ouve uma discussão entre os Deuses no dia que eu me machuquei e que quando ele foi se despedir de Thalia ela disse que Ártemis a proibiu de ter qualquer contato com a gente por um tempo indeterminado e que a mandaria em uma missão longe.

O beijo que Luke deu nela esta cobrando seu preço e pelo jeito muito alto. Queria poder conversar com minha amiga, nada deve estar sendo fácil para ela.

E as coisas no acampamento estavam um pouco agitadas principalmente no chalé de Ares. Clarisse estava fazendo seus irmãos treinarem mais do que o normal e isso estava deixando os outros chalés inquietos.

Um frio percorreu minha espinha quando ele me contou isso. Um massacre seria o mínimo que aconteceria se eu não comprimisse minha missão.

Depois de eu terminar de comer Percy me ajudou a tomar um banho e me contou algumas coisas sobre o tempo que fiquei inconsciente. O que não era muito já que ele mal saiu de casa só indo fazer compras quando era essencial para não me deixar sozinha.

Recebi algumas visitas que incluíam um vampiro que eu não imaginei que viria, Klaus. Obviamente Percy não o deixou entrar, na verdade só os humanos e bruxa que entraram em casa para me verem.

Como, tecnicamente, a casa era minha e eu estava inconsciente não podia convidar ninguém a entrar e nem o faria, minha mãe deixou claro isso no primeiro dia que vim para cá, não convidar vampiros e híbridos, agora.

Percy também me contou que ouve uma festa que ele não sabe dos detalhes porque não foi para não me deixar sozinha e que Elena tinha contado para ele que poderia ser perigoso. E Damon encontrou uma caverna que continha uma historia sobre os originais.

Isso me deixou muito curiosa, mas como ele não sabia sobre mais nada do que aconteceu aqui em Mystic Falls Percy disse que somente amanhã quando Matt fosse vir me visitar antes de ir para o Grill ele me contaria o que eu tinha perdido e meu corpo clamava para um pouco mais de descanso.

Não deu outra, nós dois fomos dormir, já era de noite quando eu despertei.

Percy deitou ao meu lado e me abraçou. Deixei-me entregar aos sonhos, rezando para os Deuses que eu tivesse um sono tranquilo, me sentindo protegida.

Algo gelado e macio pressionou contra meu pescoço, um beijo, e foi com isso que despertei com um sorriso no rosto sem abrir os olhos.

– Bom dia. – sussurrou ele em meu ouvido me dando mais um beijo em meu pescoço.

– Um ótimo dia. – falei abrindo os olhos e encarando os incríveis olhos verdes de meu namorado sentado ao meu lado da cama. – É muito bom acordar assim.

– Eu que o diga. Sempre é você que me acorda assim. – disse ele com um sorriso maroto no rosto. – Nunca pensei que acordaria primeiro que você, Sabidinha. Acho que devo comemorar tal feito com uma grande festa.

– Bobo. – bati de leve em seu braço.

– Aqui. – ele me estendeu um copo com um canudinho. – Beba um pouco.

Sorvi um pouco do conteúdo. Um gemido de deleite saiu por entre meus lábios quando o néctar fez efeito imediato em meu corpo. Me senti muito melhor, cheia de energia.

– Que horas são? – perguntei depois de tomar quase todo o conteúdo do copo. Eu já estava me sentindo melhor e se eu tomasse mais sentiria meu corpo queimar de dentro para fora.

– Por volta das nove. – respondeu ele olhando seu relógio que se transforma em um escudo. Presente do meio-irmão ciclope dele, Tyson. O único ciclope que me dou bem.  – Vim te acordar para tomarmos café. Fiz panquecas.

– Hum, você esta saindo melhor do que a encomenda. – falei sorrindo.

– Prefiro ficar quieto no momento. Estou me sentindo um objeto que foi encomendado agora. – disse ele emburrado fazendo bico.

– Meu objeto. – deu um selinho em seu bico e levantei da cama pelo outro lado. Hoje eu estava me sentindo bem melhor. É nessas horas que é bom ser meio-sangue, nossa recuperação é muito mais rápida do que de uma pessoa mortal. – Vou tomar um banho.

– Posso ir junto com você. – disse ele com um sorriso malicioso sentando na cama apoiando suas costas na cabeceira.

– Não era você que agora a pouco estava emburrado? – perguntei retoricamente vendo ele fazer bico de novo.

– Depois diz que eu sou malvado.

Mandei um tachuzinho para ele e entrei no banheiro. Tomei um banho rápido e fiz minha higiene. Como havia esquecido de pegar uma roupa sai enrolada em uma toalha.

Percy estava do mesmo jeito de quando eu entrei no banheiro, mas seu olhar mudou rapidamente quando me viu só de toalha. Seus olhos demonstravam pura luxuria e desejo, ele umedeceu os lábios enquanto percorria seus olhos pelo meu corpo.

– Acho que o café da manhã pode esperar. – disse ele levantando da cama e vindo até mim.

Assim que chegou perto de mim ele envolveu seus braços em minha cintura me puxando para perto de si e me deu um beijo que me deixou tonta, tonta de desejo. Passei meus braços por seu pescoço o puxando para mais perto aprofundando o beijo, completamente entregue a ele.

A campainha tocou fazendo a gente se separar a contra gosto e agente precisava respirar também, maldito oxigênio. Percy resmungou algumas coisas quando a campainha não sessou antes de me dar mais um selinho.

– Volto em menos de um minuto, rapidinho. – Percy disparou para fora do quarto com incrível velocidade me fazendo soltar uma gargalhada.

Aproveitei essa oportunidade e troquei de roupa. Seja lá quem for que seja na porta eu sentia que Percy e eu não poderíamos continuar com o que estávamos fazendo e não deu outra.

Percy voltou para o quarto minutos depois com uma expressão de poucos amigos.

– Damon esta lá fora, quer falar com você. – disse ele a contra gosto. – Disse que é importante.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bom, eu espero que tenham gostado do capitulo e no próximo o senhor Damon Salvatore vai aparecer depois de um bom tempo longe de Annabeth.
Tenho um recado para aqueles que leem as minhas fics Eu Sou Pai?.! E Sacrifício do Herói, semana que vem não vai dar para eu postar os capítulos das fics, tenho uma coisa que é muito importante para mim para fazer então não vai dar. Me desculpem...
Muito obrigada a todos que leram esse capitulo. Bjs ^.^



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The Other World" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.