The Other World escrita por MandyLove


Capítulo 26
26 – Tribulações


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal ^-^
Me desculpem por não ter postado semana passada pois tive tantos problemas pessoais quanto problemas com o PC.
Espero que gostem do capitulo... Enjoy...



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– Se não parar de rir vou dar um jeito de você sentir muita dor mesmo sendo somente um fantasma, Castellan. – falei ameaçadoramente olhando para Luke.

Luke e eu estávamos em frente a uma casa grande abandonada sentados perto de uma arvore que tinha um tronco caído perto no qual usamos para sentar e usar a arvore como apoio. Thalia, Bonnie e Caroline tinham entrado na casa para ir até o porão para Bonnie fazer o feitiço que o grimório havia “revelado”.

O fato de estarmos do lado de fora explica o porquê Luke não para de rir ao meu lado.

Thalia estava certa. A casa era cheia de aranhas e eu odeio aranhas, aquelas coisas minúsculas peludas que podem ser filhas, ou filhos, de Aracne que queiram se vingar por sua mãe e tentar acabar com os filhos de Atena.

Sabe, aquela velha historia de Aracne e Atena. Assim como aquela entre as três górgonas e Atena. Encontrei uma das górgonas alguns anos atrás e ela queria me transformar em um estatua e me transformar em pó depois. Nada legal.

Um grande problema com esses monstros que nunca morrem é que eles são muito vingativos. Se não podem matar os Deuses que lhe transformaram no que são agora, eles vão para cima de seus filhos para se vingarem e fazem isso há muitos anos, não se saciam com apenas um.

Luke tentou falar alguma coisa, mas logo voltou a rir me fazendo colocar a mão na cintura a onde estava escondida minha faca de bronze celestial que foi ele mesmo que me deu quando eu tinha sete anos de idade e ironicamente foi ela que causou a morte dele com um ferimento fatal em seu ponto de Aquiles.

– Da. Uma. Licencinha. Que. Eu. Vou. Dar. Uma. Sumida. – disse Luke entre as gargalhadas e literalmente o filho de Hermes sumiu da minha frente.

– Idiota. – resmunguei batendo o pé com força no chão e cruzando os braços em frente ao peito. – Isso, tecnicamente, não é culpa minha. Queria que o Percy estivesse aqui.

– Desejos podem se tornar realidade. – disse uma voz divertida atrás de mim que fez um sorriso bobo se formar em meu rosto. – Não acha, Sabidinha?

– Só é decepcionante que seja em uma mensagem de íris, Cabeça de Alga. – falei me virando, descendo do tronco e desviando da arvore, ainda com um sorriso no rosto.

Percy não poderia estar aqui, então o único jeito que eu conheço para fazer comunicação assim é através de MI, infelizmente.

– Nem me diga. – Percy fez uma cara tão fofa de desiludido que me deu vontade apertar suas bochechas. – Mas eu tenho que ser rápido. Depois que você me contou tudo parece que tem sempre alguém a minha espreita para que eu não saia do acampamento.

– É, estou vendo. – sorri sem humor ao ver uma lança surgir atrás de Percy sendo segurada por Clarisse, filha de Ares, que tinha um sorriso presunçoso no rosto.

O sorriso em seu rosto se alargou quando Clarisse deixou a lança cair em cima da cabeça de Percy assustando o meu namorado que olhou rapidamente para trás colocando uma mão na cabeça. Com certeza deve ter doido, coitado.

– Ora, ora, ora. – começou Clarisse estreitando os olhos em direção á Percy. – Transgredindo as ordens impostas por uma Deusa. Que feio, Persiana.

– Estaria transgredindo se tivesse saiu do acampamento, La Rue. – disse Percy mordazmente.

– E o que isso me importa? –perguntou ela desdenhosa. – Você não pode interferir na missão da princesa ai e isso que estava fazendo é uma interferência.

– Qual é Clarisse, eu tenho a permissão de falar com ela. – resmungou Percy bravo. – Caramba ela é minha namorada, eu não estou fazendo nada de mais.

– O que você acha nada de mais pode estar atrapalhando algo importante para ela, seu Nemo. – contra argumento ferozmente Clarisse apertando com mais força o cabo de sua lança.

– Ok, parem vocês dois. – falei intervindo antes que os dois comecem a lutar. Percy já estava com a mão dentro do bolso da calça a onde, supus, estar sua caneta/espada, contracorrente. – É ridícula essa discussão de vocês.

– Melhor eu ir, te ligo de noite. Parece que meu cão de guarda esta afim de levar um corretivo. – disse Percy olhando mortalmente para Clarisse que deu um sorriso superior.

– Me espere na arena, Persiana. Eu é que vou dar um corretivo em você.

– Meus Deuses. – chacoalhei a cabeça em negativa. Idade não quer dizer maturidade mesmo, eles estão agindo pior do que crianças mimadas.

– Até a noite, Sabidinha.

– Se você não estiver na enfermaria impossibilitado de fazer qualquer coisa depois que eu acabar com você. – disse Clarisse confiantemente.

– Até a noite, Cabeça de Alga. – falei ignorando Clarisse. Se desse corda seria muito pior.

– Não. – disse Clarisse batendo na mão de Percy quando ele ameaçou desfazer a mensagem de Íris. – Tenho que falar uma cosia para a Chase.

Percy olhou para mim preocupado, mas eu assenti tranquilizadoramente. Clarisse não poderia fazer nada contra mim por uma MI. Não que eu saiba. E assim meu namorado saiu deixando nós duas sozinhas.

– Tenho um recado para você, princesa. – disse Clarisse e seus olhos faiscaram enquanto um sorriso tomava conta de seu rosto. – Não tenha um coração mole, ou será seu fim e eu que terei que cuidar das coisas por você ter sido fraca.

Antes que eu pudesse perguntar o que ela estava querendo dizer com tudo isso, Clarisse passou a mão pela nevoa desfazendo a mensagem.

– Nossa. – Luke apareceu do meu lado me dando um susto. – Clarisse Simpática La Rue continua a mesma como sempre. – comentou ele passando uma braço sobre os meus ombros de forma reconfortante.

– Você sabe de alguma coisa, não sabe? – repousei a cabeça contra o peito dele.

– Se você der atenção aos fantasmas certos, você pode escutar diversas historias e a maioria são aterradoras. – disse ele e senti quando deu um beijo em minha testa.

– Você esta me enrolando. – acusei e empurrei ele para longe de mim.

– Só tem coisas que você não deve saber ainda se não pode mudar a forma como você vai julgar as coisas. – disse Luke levantando as mãos em forma de rendição. – E eu acho que você esta no caminho certo. Não de ouvidos a concorrência.

– Concorrência? – estreitei os olhos em sua direção e ele abriu um sorriso presunçoso. – Esta falando do que a Clarisse acabou de falar?

– Se juntar as peças vai entender perfeitamente sobre o que ela estava falando.

Olhei em direção à casa que outrora deve ter sido bonita comparada com o abandono que era agora. Vi Thalia, Caroline e Bonnie saindo dela e andando em nossa direção.

– Se eu não cumprir minha missão, Clarisse vai vir pra cá. – falei e me virei encarando Luke.

– Ares esta louco para que você não cumpra sua missão. Se de bem mal mesmo. Que tudo de exatamente ao contrario de missão sucedida. – disse ele olhando para o céu. – Se você fracassar os primeiros no ataque serão o que Ares designar por um acordo que aconteceu entre os Deuses antes de sua missão começar.

– E pelo que parece Clarisse vai estar na frente. Comandando tudo a mando do pai. – Luke assentiu. – Uma maravilha vai ser isso, se acontecer.

– E ninguém poderá impedir. As coisas vão requerer medias extremas se der errado a missão.

– Será tão ruim assim se eu me dar mal nessa missão? – perguntei e Luke abriu um sorriso desanimado enquanto assentiu mais uma vez.

– Poderá ser pior.

Ficamos em silencio olhando em direção as meninas que estavam chegando perto da gente.

Um calafrio percorreu a minha espinha enquanto pensava no que Luke tinha me falado. Pela primeira vez desde que tomei minha decisão eu estava confusa e com medo. Será que eu tomei a decisão certa como Luke acha?

– Uau. Você é um gato. – disse Caroline quando as meninas chegaram perto de nós me tirando dos meus pensamentos. Ela olhava para Luke de cima a baixo assim como Bonnie.

Não dava para negar. Com seus cabelos cor de areia, seus olhos azuis e seu corpo bem definido Luke era um cara muito lindo, pena que esta morto.

– Sou mais do que um gato. – Luke abri um sorriso bem convencido e pisca para Caroline.

– Um gato medroso. Muito covarde e um traidor também. – vocifera Thalia.

– Por favor, que vocês dois não comece. Já tive a minha cota de hoje de brigas por coisas banais. – intervi. Apontei para Luke. – Esse é Luke, filho de Hermes e essas são Caroline e Bonnie. – pontei para cada uma quando falei os nomes delas.

– Ótimo. Apresentações feitas agora podem esquecer esse traidor inescrupuloso assim como eu esqueço dele. – disse Thalia e Luke mandou um beijinho no ar para ela sem que ninguém além de mim viu isso. Ainda bem, se a Thalia tivesse visto Luke já estaria de volta para o Mundo dos Mortos de um jeito ou de outro.

– Acho que não é tão cedo que eu vou ter que falar para não ligarmos para o que a Thalia fala. – Thalia mostrou a língua infantilmente para mim. – Ok, nós conte o que descobriram.

– Bom, uma bruxa do outro lado deixou a porta entre os mundos aberta. Dando passagem livre para todos aqueles com problemas inacabados. – disse Bonnie rapidamente.

– A mesma que ajudou a irmã do Matt? – perguntei e Bonnie assentiu. – O que temos que fazer para levar esses que têm assuntos inacabados para o outro lado da porta de novo?

– Temos que ajustar o equilíbrio da natureza. Fechando a porta. – continuou Bonnie.

– E é mais complicado que usar uma chave em uma fechadura. – disse Thalia.

– Como fazemos isso? – perguntei. Meu cérebro estava funcionando a mil encaixando as peças de tudo que elas estavam me falando.

– Usando o talismã, o colar da Elena. A bruxa do outro lado usa ele para extrair energia deste lado. – respondeu Caroline.

– É um tipo de fonte de energia para ela e o jeito é destruí-lo para que assim possamos fechar essa porta sem que aja interferência dessa bruxa. – falei e Bonnie assentiu.

– Nossa, você pensa rápido. – comenta Caroline e Thalia abri um sorriso de canto travesso.

– Nem pense em fazer qualquer comentário, Thalia. – ameacei e ela bufou chateada. Eu sabia o que aquele sorriso da Thalia significava e não gostava dele. – A onde esta esse colar?

– Esta com Damon. Creio que ele será mais amigável com você já que são tão amigos. – Thalia riu com a fala da Caroline me fazendo rolar os olhos.

– Caroline esta brincando com você. Já ligamos para o Damon. O colar esta na mansão Salvatore. – disse Bonnie um pouco impaciente. – Temos que ir logo.

– Bonnie tem razão. – disse Luke abrindo um sorriso de canto presunçoso.

Me assustei quando ouvi a voz dele. Ele estava tão quieto que eu tinha me esquecido dele.

– Já se perguntaram quantos vampiros tem aqui em Mistyc Falls com “assuntos inacabados”. – Isso deixou todas nós alarmadas. – Pois é, e sabem como são fantasmas com assuntos inacabados. Adoram uma vingança e creio que os vampiros serão bem piores. Muito piores.

– Cidadezinha pacata que nada, hein? – comenta Thalia sarcasticamente. – Pelo que eu ouvi sobre esses vampiros, creio que essa cidade vai virar cinza se não nós apressarmos.

– Vamos para o carro rápido. – disse Bonnie e rapidamente todos nós dirigimos em direção a onde estavam os nossos carros.

Em poucos minutos chegamos ao local. Eu ia entrar no banco do motorista quando Luke me impediu e no instante seguinte senti o celular vibrar em meu bolso.

– Melhor atender ,vai por mim. – disse ele tomando meu lugar em frente ao volante sem se quer me dar uma chance de resposta.

Thalia que estava sentada no banco do carona imediatamente foi para o banco de trás quando Luke sentou ao seu lado fazendo o filho de Hermes murmurar coisas que ainda bem que Thalia não ouviu, porque se não...

Tirei o celular do bolso e entrei no carro do lado do carona. Enquanto olhava na tela do aparelho para ver quem ligou coloquei o sinto de segurança e Luke arrancou indo atrás do carro em que estava Bonnie e Caroline.

Era Damon.

Vamos precisar conversar seriamente depois que isso acabar, loirinha ateniense. – disse ele assim que atendi ao telefone me deixando muito confusa.

– Damon o que quer dizer com isso? Esta me deixando preocupada e curiosa.

Mais curiosa do que preocupada, presumo. – comentou ele divertido me fazendo rolar os olhos. – Sinto muito, mas não posso falar nada agora, tenho um compromisso inadiável e preciso desligar, mas me espere na sua casa.

– Esta fazendo isso de proposito. – acusei e escutei Luke rir ao meu lado. Deu um soco forte no braço dele o que o fez perder um pouco o controle do carro que rapidamente ele conseguiu controlar. Ainda bem que não tinha nem um carro do outro lado da pista.

– Se quer se juntar a mim no mundo dos fantasmas, por favor, que não seja com um acidente de carro. É feio. – falou Luke parecendo estar serio, mas era fácil ver que ele estava é querendo rir de mim.

É, talvez eu esteja. – disse Damon do outro lado da linha. – Mas querendo ou não, loirinha ateniense, só quando isso acabar é que eu vou te contar. – a linha ficou muda do outro lado.


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Notas finais do capítulo

Bom, espero que tenham gostado do capitulo tanto quanto eu gostei de escreve-lo...
Semana que vem vou postar um novo capitulo para compensar eu não ter postado semana passada e espero que me desculpem por não ter postado antes...
Muito obrigada a todos que leram esse capitulo. Bjs ^.^
Bjs ^.^



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