Olhei para o lado e vi Stefan com seu novo estilo bad vampire. Ou de volta ao que era antes, o ripper (estripador). É difícil acreditar que Stefan já foi bonzinho e comia coelhinhos em vez de pessoas, especificamente mulheres.

– Não estou vendo seu nome escrito aqui, Stefan. – falei voltando minha atenção para frente.

– Realmente quer brincar comigo? –perguntou Stefan debochado. Ouvi uma cadeira se arrastar atrás de mim. Ela não fica quieta mesmo.

– E você realmente quer arranjar briga com minha amiga? – perguntou Thalia de pé encarando Stefan duramente.

– Procure outro lugar para se sentar, Stefan. Annabeth chegou primeiro, é direito dela. – disse Alaric chegando perto da gente. – Tem outros lugares livres.

– Para Stefan, você não precisa agir assim. – disse Elena baixinho.

Todos na sala olhavam para a gente e isso era muito desconfortável, mas eu não iria sair do meu lugar. Odeio gente que se acho o tal por ser mais forte e bonito no caso de Stefan. Me lembram muito os filhos de Ares, só tira a parte do bonito.

Stefan olha para o cara que esta sentado atrás de Elena e imediatamente o cara se levante e foi para uma carteira livre bem longe de Stefan. Alaric olhou para mim e depois para Elena parecendo estar preocupado. Elena parecia indignada com o que Stefan tinha feito. Não só ela, mas também os outros que já tinham convivido com ele antes de ser assim estavam.

– Bom, vamos começar a aula. – disse Ric virando e indo em direção à lousa. – Bem-vindos de volta, veteranos e as duas novatas. – disse apontando para mim e para Thalia.

– Ele podia ter parado nós veteranos. – disse Thalia baixinho só para eu ouvir e ela parecia estar aborrecida.

– Vamos religar nossos cérebros, começando com os fundadores deste pais. – continuou Alaric. – Americanos nativos.

– E os vikings? – perguntou alguém e todos imediatamente se viraram para a porta de onde vinha à voz que infelizmente me era familiar. Suspirei desanimada.

– Mas uma. – resmunguei baixinho vendo as expressões dos meus novos amigos que não pareciam nada contentes em verem a irmã de Klaus, Rebekah, entrar na sala e se sentar na minha frente.

– Não há evidencias de que os vikings realmente ficaram nos Estados Unidos. – disse Alaric calmamente. – Quem é você?

– Meu nome é Rebekah. – se apresentou. Thalia gemeu de desgosto atrás de mim. – Sou nova. E historia é minha matéria preferida.

Eu goste de estudar, é divertido aprender coisas novas, mas eu tenho que dizer que essa aula de historia foi bem chata e as outras que eu, infelizmente, tinha com Rebekah também foram.

Na hora da saída, só faltou a Thalia comemorar que estava saindo da escola, todos estão meio que para baixo. Elena e Caroline pareciam que queriam matar alguém ou coisa pior. Tyler estava super feliz e disposto, não vi Matt e Bonnie parecia a única que estava normal.

Acho que não era para menos as meninas estarem assim. Segundo Thalia, que viu tudo que aconteceu com elas na hora da Educação física, Stefan acabou agredindo um garoto que acabou trombando com Elena enquanto ela corria. Na verdade Stefan só empurrou o garoto o que foi o suficiente para manda-lo para o chão.

Quanto a Caroline, parece que ela ganhou uma rival e não uma rival qualquer. Rebekah que aprece que quer ter tudo que Caroline tem, inclusive o namorado.

Thalia ficou mal humorada depois de me contar o que tinha acontecido, isso porque depois que ela terminou de me contar eu falei, de brincadeira, que ela estava parecendo uma filha de Afrodite. Sorte a minha que eu corro rápido, porque se não...

Bom, eu não fiz a aula de Educação física. Não porque eu não gosto, sou uma meio-sangue hiperativa necessito fazer exercícios físicos se não eu piro, talvez não pire, mas deixa assim. E dessa vez eu preferi fazer outra coisa. Ler.

Ok, eu sei que eu faço muito isso, mas é que depois da aula de historia eu fiquei muito curiosa em relação aos vikings que eu resolve ler um pouco sobre eles

– Então nós vemos na fogueira hoje à noite? –perguntou Bonnie antes de entrar no seu carro.

Eu nem tinha reparado que Elena e os outros já tinham ido, espero que na hora que eles foram o meu modo automático tenha entrado em ação e desejado pelo menos tchau para eles, e só havia sobrado eu, Thalia e Bonnie.

– Me passa o endereço por mensagem. A gente se encontra lá. – falei e Bonnie e Thalia me olharam se segurando para não rirem. Bati a mão na testa rindo de mim mesma por ter falado isso se eu já sabia a onde ia ser a fogueira. – Podem rir. Falei idiotice.

– Namorada do Percy. – comentou Thalia rindo e Bonnie a acompanhou.

– Ok, Thalia, meu namorado nem esta aqui para você estar assim implicando com a lerdeza dele. – falei seria, mas por dentro estava com muita vontade de rir. Foi cômico.

– Mas do mesmo jeito fico feliz. – disse Thalia parando de rir e deu de ombros.

Bonnie se despediu da gente e entrou no seu carro dando partida.

– Vamos mesmo nessa fogueira? –perguntou Thalia olhando o carro de Bonnie se distanciar.

– Vai ser divertido. – falei enquanto me dirigia em direção ao meu carro com Thalia me seguindo. Eu nunca tinha ido a uma festa assim, mas eu estava com um mal pressentimento sobre isso.

– Divertido . Garotos, bebidas e noite não são uma boa combinação e Ártemis não vai gostar disso. – resmungou Thalia.

– Você pode ficar em casa se quiser. – falei destravando as portas do carro. Abria porta e coloquei minha mochila no banco de trás antes de entrar, fechei a porta e coloquei o cinto de segurança. – Não precisa ir.

– Quando você fala assim, eu percebo que eu preciso ir sim. – disse Thalia abrindo a porta do lado do passageiro e entrando. Ela jogou sua mochila no banco de trás, colocou o cinto e fechou a porta.

– Vai ser interessante ver uma caçadora em uma festa cheia de adolescentes com os hormônios a flor da pele e bebidas alcoólicas que vão deixar eles mais desinibidos ainda. – comentei dando partida no carro.

– Muito engraçada você. – disse Thalia sorrindo forçadamente. – Coitado do infeliz que tentar alguma coisa comigo. – completou sorrindo maquiavelicamente.

– Coitado mesmo. – eu já estava sentindo pena do infeliz.

Thalia e eu aproveitamos a tarde para treinar. O jardim da minha casa era enorme e dava para treinar-nos tranquilamente. Treinamos principalmente combate corpo a corpo e graças aos Deuses temos ambrosia e néctar aqui porque se não íamos aparecer na fogueira parecendo que tínhamos lutado com um gato extremamente raivoso.

No final da tarde recebi uma mensagem de Damon contando sobre um plano de aprisionamento. Na hora que li um arrepio percorreu a minha espinha.

– Não estou com um bom pressentimento. – Thalia falou exatamente o que eu estava pensando no momento depois que leu a mensagem. Algo nada agradável iria acontecer.

Tinha muitas pessoas dançando, se agarrando e principalmente bebendo enquanto iam em direção a onde seria a fogueira, alguns ficavam pelo caminho caídos no chão. Thalia logo de cara quase fritou um menino que escorregou e acabou se segurando nela para não cair no chão, ato totalmente sem querer, mas quem disse que isso importa para a punk da minha amiga?

A sorte do garoto é que assim que Thalia ia dar o choque nele uma garota furiosa o pegou pelo colarinho e ameaçou de diversas maneiras que o deixaria alarmado pelo resto da vida e traumatizado também.

– Bem feito. – resmungou Thalia para o garoto, mas duvido que tenha escutado.

Às vezes eu não entendo minha amiga. Algumas vezes ela é a malicia em pessoa e a maioria dessas vezes ela da um jeito de colocar Percy e eu no meio. E em outras vezes ela parece mais santa que uma freira.

– Vamos Thalia. Temos que encontrar os outros. – falei enquanto a puxava em direção a onde Damon havia informado que estariam todos.

Em poucos minutos achamos a sala. Somente havia Damon e Alaric na sala e ambos estavam sentados nós esperando.

– Sempre chegando na hora certa. Você nunca se atrasa para alguma coisa não, Annie? –perguntou Damon assim que Thalia e eu entramos na sala.

– Annie? – perguntou Thalia franzindo a sobrancelha olhando para Damon... espera, ela não estava olhando e sim analisando meticulosamente o vampiro na sua frente.

Como Ártemis pode ter uma tenente assim, com todos esses pensamentos e ações contrarias de uma caçadora? Thalia deve ser uma boa tenente para Ártemis deixar esses pequenos detalhes passarem.

Ok, melhor eu parar de me importar com o fato de ter uma caçadora comigo que não faz coisas que uma caçadora faria. Thalia é assim. Castidade eterna, mas a mente...

– Esta gostando do que esta vendo? –perguntou Damon dando um sorriso torto e sexy.

Ele olhou para Thalia da cabeça aos pés. Thalia estava usando uma roupa normal, assim como todos, jeans e camiseta – só para informar, era uma camiseta do Green Day. Quando os olhos de Damon se voltaram para os de Thalia percebi um brilho de divertimento vindo deles.

– Até o ser abrir a boca, estava bem admirável. – disse Thalia mantendo sua postura de indiferente. Mas seus olhos estavam faiscando.

Ótimo. Os dois estão a menos de um minuto num mesmo ambiente e já estão assim? Eles podem ser melhores amigos, ou piores inimigos. Não haverá outra opção para eles.

– Você deve ser a Thalia que eu ouvi falar? Para uma punk maluca é bonita e gosta de Green Day. – disse Damon e eu fechei os olhos. Qual a pérola que minha amiga vai soltar agora?

– E você deve ser o vampiro que era bad que por sei lá quantos anos correu atrás de uma mulher presa em uma tumba que amava seu irmão em vez de você e que agora ficou bonzinho porque gosta de alguém, sem citações de nomes aqui, mas que levara ao mesmo caminho do que aconteceu com a outra que você amava. Ou seja, vai escolher o irmão. – disse Thalia.

– Thalia. – falei reprovadora mente, mas já era tarde de mais.

Damon avançou contra Thalia a prensando com o seu corpo contra a lousa, mas Damon logo se afastou dela gemendo de dor enquanto chacoalhava suas mãos. Olhei para Thalia e vi ela com um sorrisinho vitorioso no rosto.

Alaric olhava tudo assustado. Fui para o lado dele e o cutuquei para olhar para mim. Quando ele me olhou murmurei sem emitir som que não precisava se preocupar.

– Da próxima vez, o choque vai ser mais forte ainda. – disse Thalia divertida.

– Como você fez isso? – perguntou Alaric impressionado. Damon olhava curioso para Thalia.

– Filha de Zeus. – respondeu Thalia mostrando o dedo do meio para Damon e em torno do dedo faíscas elétricas o circulavam.

– Então, resumidamente, sem papas na língua. – disse Damon em forma de deboche.

– As verdades devem ser ditas, não só pensadas. E eu sempre falo os verdades na cara. – contradisse Thalia. – Se não aguentam elas deveriam se trancar nós seus quartos e torcer para que seu urso de pelúcia não saiba falar para não faze-la chorar mais.

Damon gargalhou.

– Vou ficar de boca fechada aqui no meu canto. – disse Alaric cruzando os braços. – Se as coisas não podem piorar, pode apostar que a pessoa que pensou ou falou isso esta muito enganada. – continua e isso acaba arrancando um sorriso meu.

– Pra quem me deu um choque você até que parece ser é legal. – comenta Damon.

– Se o legal você quer dizer que não fico calada em uma discussão ou desafio pode apostar que eu sou mais que legal. – retruca Thalia.

– Você não fica calada em nem um momento, Thalia. – falei e por isso recebi um olhar ameaçador dela. – O que? Só falei a verdade...

– Se não aguenta ela deveria se trancar no seu quarto e torcer para que seu urso de pelúcia não saiba falar para não faze-la chorar mais. – dissemos Damon e eu juntos rindo da cara de put* que Thalia fez.

– Vocês não são originais. – comenta Thalia com os olhos faiscando perigosamente.

– E você...

– Por favor. – pedi indo para o lado de Damon e tampando a boca dele o interrompendo. – Parem de agir como vocês mesmos. – Damon levantou a mão em forma de rendição.

– Ah que bonitinho. – começou Thalia abrindo um sorriso maroto e piscou cumplice para Damon. – Percy vai adorar saber disso. Da próxima me avisa, eu quero tirar uma foto.

– Toma. – Damon jogou o seu celular para Thalia e me abraçou por trás me pegando totalmente de surpresa. – Pode tirar uma agora mesmo.

– Ei, me solta. – falei tentando me soltar de Damon. Ato completamente feito em vão.

– Para de se mexer, Annabeth. – disse Thalia apontando a câmera do celular na minha direção e na de Damon. De repente ela abriu um sorriso. – Faz cocegas nela, Damon, o Percy vai pirar quando ver ela sorrindo estando nós seus braços.

– Não ouse Damon. Ric me ajuda. – gritei mesmo sabendo que um mortal não poderia com um vampiro e para a minha infelicidade Ric não poderia me ajudar porque estava ocupado rindo de mim junto com Thalia e Damon e eu acabei rindo também, mas foi só porque Damon estava me fazendo cocegas.

– Nossa, o negocio esta animado aqui. – comenta Caroline entrando na sala junto com Elena. Damon para de fazer cocegas em mim e eu me afasto um pouco dele.

– Isso porque você não viu nada ainda. – comenta Alaric.

– E eu tirei uma foto incrível. – disse Thalia sorrindo marotamente.