Assim que Klaus falou donzela me virei para ver Elena. Ela olhava chocada para Stefan como se não acreditasse que ele estava aqui. Elena se levantou olhando atentamente para Stefan e eu fiz o mesmo me virando para encara-lo.

– Vim pedir seu perdão. E prometer minha lealdade. – respondeu Stefan á Klaus sem demonstrar qualquer emoção.

– Antes de tudo, melhor eu mostrar educação. – disse Klaus se postando ao meu lado com um sorriso torto no rosto. – Deixa eu lhe apresentar a nova amiga de Damon, Stefan. Essa é Annabeth e esse é...

– Stefan Salvatore. – falei interrompendo Klaus e cruzando os braços em frente ao peito. Stefan ainda não demonstrava qualquer emoção algo que era muito chato. – Conheço ele. Ele ameaçou me matar quando nós conhecemos.

– Ora vejam. Mais surpresas. O dia de hoje esta realmente surpreendente. – disse Klaus fingindo estar chocado.

– Annabeth não é importante. – disse Stefan e eu me senti bem ouvindo isso. Ser importante para eles nunca quer dizer boa coisa.

Elena é importante para quebrar a maldição de Klaus e isso quase a levou a morte. E se Klaus souber sobre a vital importância dela para a criação de seus “preciosos” híbridos, eu não quero estar na pele dela seja lá o que Klaus reservara para ela futuramente.

– O que importa mesmo é meu pedido de perdão e minha promessa de lealdade a você, Klaus. – continuou Stefan polidamente.

– Bem, você já quebrou essa promessa uma vez. – disse Klaus calmamente.

– Elena não significa mais nada para mim. – disse Stefan olhando para Elena, rapidamente me virei para olha para ela e a vi engolir em seco e voltei a olhar para Stefan, e depois se virou olhando para Klaus de novo se aproximando mais da gente. – O que quer que me peça... Eu farei.

– É justo. – disse Klaus animado.

Isso não vai dar certo. Já estou até vendo que o desfecho dessa noite vai ser sangrenta e eu não poderei fazer nada para mudar isso.

Eu devia ter tirado mais tempo para ler sobre feitiços, isso me ajudaria mais que minha habilidade de luta com vampiros. Tudo bem que meus reflexos de luta são bons e isso já me salvou muitas vezes, mas com vampiros isso não é lá muita vantagem em comparação com a força deles e a super velocidade.

– Vamos brindar a isso. – disse Klaus se afastando de mim e virando em direção a Elena e ao casal. Acompanhei com o olhar cada passo dele até ele chegar a poucos metros de Elena e dos outros dois. – Mate-os.

Sabia que ia terminar em sangue. E agora o que é que eu faço? Pensa, Annabeth, você sempre tem um plano. Atena sempre tem um plano. Pensa menina...

– O que esta esperando? Mate-os. – disse Klaus novamente e eu me virei para olhar para Stefan que estava parado sem se mover e eu queria poder saber o que ele estava pensando.

– Não, Stefan, não. Ele não vai me machucar. Ele já disse que... ahhhhh

Ouvi o grito de Elena e me virei alarmada em sua direção. Elena estava caída no chão e pelos últimos movimentos de Klaus podia perceber que ele a havia lhe acertado.

Ouvi Stefan rosnar e um borrão passou por mim rapidamente. Stefan avançou para cima de Klaus tentando agarra-lo, mas Klaus era mais rápido e mais forte que Stefan. Ele conseguiu impedir Stefan o empurrando um pouco para trás e depois com uma mão segurou com força o pescoço de Stefan.

– Ela não significa nada para você? – perguntou Klaus sarcástico. Corri para o lado de Elena a ajudando a se levantar. – Suas mentiras continuam se amontoando.

– Solte-a! Farei o que quiser, dou minha palavra. – disse Stefan roucamente com Klaus ainda apertando sua garganta e parecia estar apertando com mais força ainda.

– Sua palavra não significa muito. – disse Klaus e eu concordava com ele mesmo que Stefan tivesse feito tudo isso para salvar Elena, era a verdade. – Acreditei em sua palavra o verão todo e nunca precisei recorrer a isso. Para de relutar.

– Não faça isso, não faça...

– Eu não queria. – disse Klaus interrompendo Stefan e me deixando confusa com suas palavras. O que ele não deveria fazer? – Só queria sua fidelidade. Agora, terei que toma-la.

– Não, não... – Stefan tenta argumentar, mas pelo jeito que as coisas estavam indo Klaus iria fazer alguma coisa que eu ainda não sabia ainda o que era, eu odeio não saber das coisas.

Klaus puxou Stefan para mais perto de si de modo que os dois ficassem na mesma altura, um olhando nós olhos do outro deixando o clima mais tenso ainda.

– Você fará exatamente o que eu mandar, quando eu mandar. – disse Klaus e eu compreendi o que ele iria fazer com Stefan. – Você não correra, não se escondera, simplesmente obedecerá.

Simplesmente, Klaus soltou Stefan, afinal porque ele iria temer a impulsividade de Stefan se agora ele tinha hipnotizado Stefan. O olhar de Stefan estava vago, como se não estivesse mais vontade própria, o que era a mais pura verdade no momento.

– Não... – murmurou Elena descrente. – Stefan...

– Agora, mate-os, estripador. – disse Klaus se virando e apontando para o casal que agora estavam de pé e pareciam atordoados e assustados.

O olhar de Stefan mudou. Seus olhos ficaram vermelhos. Ele abriu um mínimo sorriso antes de, com sua velocidade vampiresca, atacar a mulher mordendo o seu pescoço. Elena gemeu assustada enquanto que Klaus abriu um sorriso de canto.

Em segundos Stefan soltou a mulher que caiu no chão inconsciente, ou morta, não sei. Elena parecia que tinha perdido as forças e sentou no chão olhando chocada para Stefan.

– Agora é a vez do rapaz. – disse Klaus e eu olhei com raiva para ele.

– Como pode ser tão mal assim desse jeito, Klaus? – perguntei fechando minhas mãos com força. Eu podia sentir minhas unhas querendo perfurar a minha pele, mas eu não estava ligando para isso no momento.

– Não é minha culpa eu ser assim. – disse Klaus dando um sorriso sem humor. – A vida pode ser bem cruel com você.

Respirei fundo, eu não poderia fazer muita coisa, – ótimo, estou ficando pessimista. – e olhei ao redor, mas meus olhos se focaram em Stefan que “atacava” o rapaz sem piedade.

– É sempre bom ver um vampiro em sua índole natural. – comentou Klaus se aproximando mais de mim e Elena. – A espécie se tornou tão desanimadora.

– Não, você fez isso com ele. – Eu admirava como Elena ainda queria acreditar que ainda existia aquele Stefan bom que eu tanto ouvi falar.

Mesmo Stefan estando na sua frente matando duas pessoas, que provavelmente ela conhecia, ela ainda acreditava que poderia trazer ele de volta para o lado “branco da força”.

– Eu o convidei para a festa. – disse Klaus olhando para Stefan que tinha soltado o corpo do homem no chão e nós encarava agora. – Ele é quem esta dançando na mesa.

– Onde esta? – ouvi alguém perguntar ao mesmo tempo em que ouvia a porta do ginásio se abrir escancaradamente com um estrando. – Onde esta meu colar?

Me virei em direção a porta do ginásio e vi uma mulher loira entrando parecendo nervosa, impaciente e com muito raiva. Elena se levantou ficando ao meu lado.

– Do que esta falando? – perguntou Klaus sem parecer estar muito preocupado com o estado da loira a sua frente e não era eu a loira, já que como ele virou para a porta da frente eu estava atrás dele agora.

– Ela pegou o meu colar. Olhe. – a loira estendeu um aparelho celular para Klaus que o pegou e olhou alguma coisa nele enquanto a loira se aproximava mais de mim e Elena com cara de poucas amigas.

– Ora, ora. Mais mentiras. – disse Klaus desviando o olhar do celular para olhar para Stefan.

– Onde esta? – perguntou a loira olhando para Elena como se ela fosse sua próxima presa, o que eu não duvidava. Julgando pela situação atual e que ela e Klaus se conhecem bem, eu diria que essa loira é uma vampira.

– Não o tenho mais. – disse Elena.

– Esta mentindo. – disse a loira e vi seus dentes crescerem.

Ela avançou para cima de Elena e por impulsividade, ou burrice, me coloquei na frente de Elena que acabou tropeçando e caindo no chão. Coloquei minhas mãos rapidamente em frente ao meu corpo tentando impedir a loira, mesmo sabendo que não adiantaria nada.

– Para com isso! – disse Klaus tirando a loira de cima de mim antes que ela conseguisse me morder e me colocando atrás dele encarando a loira. Suspirei aliviada. É muito ruim ser mordida por um vampiro.

– Faça a dizer onde esta, Nik! – eles devem ser muito íntimos para ela dar um apelido para ele. – E quem é essa dai? – perguntou a loira olhando com desprezo para mim.

– Também fui com a sua cara. – falei irônica e a loira rosnou para mim.

– Nem pense nisso Rebekah. – disse Klaus colocando uma mão no ombro dela. Então esse é o nome da loira. Quem será ela?

– Que seja, Nik, mas ela tem o meu colar. – disse Rebekah apontando para Elena que ainda estava no chão. Pela careta que Elena estava fazendo deve ter doido quando caiu no chão.

– Onde esta o colar, querida? – perguntou Klaus indo para perto de Elena e se ajoelhando ao lado dela. – Seja honesta.

– Estou dizendo a verdade. – disse Elena. Sua voz tremeu um pouco. – Katherine o roubou.

– Katerina. – disse Klaus como quem já soubesse disso. – É claro. Bem, isso é ruim. – disse se levantando. Deu para perceber a grande mudança no tom de sua voz. Klaus não gostou nem um pouco dessa noticia. – O colar tornaria tudo mais fácil para sua bruxa, mas já que estamos fazendo do jeito difícil, vamos introduzir um relógio.

Klaus foi para a mesa de controle rapidamente. Rebekah me olhava com despreza e eu fiz uma careta para ela. É chato alguém ficar te olhando assim sem você não ter feito nada para ela.

Mas minha cabeça estava em outro lugar. Quando Klaus disse sua bruxa ele provavelmente estava falando da Bonnie, mas o que ele iria querer da Bonnie e do colar? Pensando bem na situação, só tinha uma coisa que Klaus queria. Seus híbridos.

O som irritando do placar do ginásio soou, me virei para olhar para ele e vi que no placar estava marcando 20 minutos em vermelho.

– Vinte minutos. – disse Klaus indo para perto de Stefan com passos apressados. – Se Bonnie não tiver a solução até lá, quero que se alimente de novo, e dessa vez... Quero que se alimente de Elena. Você sabe que quer.

Olhei chocada para Klaus que olhava com um sorriso para Elena se divertindo com a situação. Eu estava tendo um embate interno bem intenso.

Se eu juntei as peças certas, Klaus estava querendo descobrir uma maneira de criar seus híbridos e para isso estava contando com Bonnie. O caso é que eu sabia o que ele precisava para criar seus híbridos, mas não sabia se valia a pena contar isso a ele.

Provavelmente se eu contasse para Klaus, isso manteria Elena viva, mas e as diversas consequências que surgiriam quando ele criasse um exercito de híbridos.

Era para isso que eu estava aqui, parar impedir que ele criasse híbridos, então não deveria contar para ele, mas... Elena era uma ótima pessoa, não merecia viver como uma prisioneira de Klaus para que ele tivesse seus híbridos.

Puxa vida, eu estava muito confusa.

– Não, Klaus... Não faça isso com ele – disse Elena alarmada ainda no chão me tirando dos meus pensamentos.

– Ninguém sai. Se ela tentar, quebre a espinha dela. – disse Klaus autoritário para Stefan apontando para Elena.

– Você não pode fazer isso. – falei com raiva vendo ele vir para perto de mim.

– Posso fazer isso e muitas outras coisas. – disse Klaus pegando com força o meu braço e me arrastando em direção a porta do ginásio.

– O que pensa que esta fazendo? Me solta. – falei tentando me soltar de seu aperto de ferro. Tentativa totalmente inútil devo dizer.

– Você vem comigo. Não sei porque, mas você me intriga. – disse Klaus e ouvi Rebekah bufar atrás de nós dois. A porta do ginásio se fechou com um baque.

– Qual é, Nik? Você não...

– Rebekah porque você não vai ver como está Caroline e Tyler? Seria de grande ajuda. – disse Klaus parando para encarar ela. Rebekah ficou alguns segundos quieta.

– Tudo bem. – disse ela de mal humor e saiu marchando em direção contraria a que Klaus estava me puxando, novamente.

– Isso esta me irritando e me machucando. Me solta que eu vou com você não precisa ser assim tão rude. – falei por entre os dentes. Meu braço estava até dormente pelo aperto forte que ele estava dando.

– Engraçado. – disse Klaus me soltando e andando em círculos perto de mim. – Você tenta ser uma pessoa legal para as outras pessoas, mas elas sempre fazem você se arrepender der ter sido legal.

– O que você quer dizer com isso? – perguntei esfregando o braço em que ele havia me apertado. Estava dolorido e tinha as marcas de seus dedos em volta dele. – E o que quer de mim, Klaus?

Levantei a cabeça para encara-lo e meus olhos se arregalaram quando senti os lábios dele sobre os meus.